Echo escrita por Killua


Capítulo 2
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus amores ♥ Primeiro, gostaria de agradecer todos os comentários - favoritos e acompanhamentos. Eles me deixam bastante animadas ♥

Segundo: Explicando previamente aqui que, a história é toda narrada na "visão" dos personagens (geralmente, Adrien e Marinette) e isso pode causar umas 'lacunas' - por que vidência não é uma habilidade de nenhum deles. Enfim, boa leitura ♥

Qualquer erro me avisem (revisão muito básica).

Adrien P.O.V (também conhecido como ponto de vista)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/669266/chapter/2

Um minuto.

Eu tinha mais ou menos um minuto até que minha transformação se desfizesse, e não havia qualquer sinal de que aquela akuma cheia dos frufrus cor-de-rosa fosse me dar uma brecha para, tipo, sumir das vistas de terceiros e voltar ao normal para assim reabastecer as energias do Plagg.

Com aquele poder estranho, que se dividia em duas cores – sendo rosa para deixar as pessoas loucas de amor pela primeira pessoa que surgisse diante de suas vistas e o púrpura para detonar qualquer coisa que ela quisesse -, ficava um tanto quanto complicado lutar com ela sozinho. Após me esquivar de muitos raiozinhos irritantes e tentar derrubá-la uma porção de vezes, a ideia de ligar para Ladybug e pedir por ajuda era incrivelmente tentadora... Se eu tivesse tempo pra isso.

O máximo que consegui foi distraí-la por alguns momentos, mas não foi o suficiente. A akuma atacou – e eu podia agradecer por ela não ter lá uma das melhores miras –, atingindo uma placa de trânsito, no exato momento que Marinette (uma colega da minha sala) estava passando por ali, distraída com um pequeno pedaço de papel. Eu já mencionei que aquele raio púrpura é silencioso e terrivelmente difícil de prever? Pois é.

Eu não tinha lá muito tempo pra pensar, cogitar consequências nem nada do tipo, posso até considerar que meu corpo agiu por conta própria – dessincronizado com a minha mente – para eu ter corrido a toda velocidade para tirá-la dali à tempo. Não que eu estivesse muito longe de Marinette naquele exato minuto, por que eu não estava, mas ainda sim “toda a velocidade” quase não foi suficiente.

Quando me dei conta do que estava acontecendo realmente, eu já estava com ela em meus braços em uma travessia entre duas edificações. Praguejei, de maneira indelicada demais para quem está segurando uma dama no colo e logo em seguida quis saber se ela estava bem. Desculpe, eu estou demasiadamente acelerado agora.

Um segundo e quase fomos atingidos pelo poder da akuma que estava revoltada demais pro meu gosto. Sorte que eu realmente tenho reflexos ótimos, como um gato. Sem querer parecer exibido, claro.

E eu perdi o foco novamente, maravilha. Voltando: como mencionei anteriormente, eu tinha menos de um minuto (calculando mentalmente por força do habito) e, como eu já devia imaginar, aquele um minuto havia acabado. E isso não deveria ser um problema exatamente, uma vez que estou bem escondido... Exceto que...

Marinette Dupain-Cheng estava ali comigo, com o rosto branco feito papel sulfite e os olhos azuis – tão estranhamente familiares – arregalados por, provavelmente, estar surpresa e chocada demais em descobrir que seu colega de classe é um herói e coisa e tal. Não posso culpa-la por isso, acho que no lugar dela eu acabaria tendo a mesma reação (?).

Ela remexeu-se desconfortável, e acabei por coloca-la no chão. Havia um crescente desespero assolando o meu peito, e um gelo estranho no estômago... Eu nem sei expressar o quanto eu estou ferrado.

— Marinette! — Chamei-a, e precisei repetir o nome dela mais duas vezes, um pouco mais alto, para ter sua atenção. É isso que chamam de estar em transe? — Por favor! Prometa que não vai contar a ninguém!

Eu estava com pressa, assustado com a perspectiva de saber que a melhor amiga da Alya (que tinha tendência a carreira jornalística) acabou de descobrir que eu sou Chat Noir... Assustado? Acho que apavorado internamente deve descrever melhor.

Certo, um aceno positivo é melhor que nada. Plagg estava reclamando insistentemente, e isso pareceu tirá-la daquele torpor momentâneo dela. Por sorte, Marinette tinha queijo em uma de suas sacolas... Não era o tipo de queijo favorito de Plagg – o que ele com certeza reclamaria mais tarde -, mas já era o suficiente.

Um momento de distração de Marinette desapareceu das minhas vistas. Puxa... Ela é rápida.

Muito bem, vou resolver este problema depois de acabar com akuma responsável por essa bagunça. Voltei a me transformar e imediatamente liguei para Ladybug enquanto corria na direção em que a cúpido maluca se dirigiu.

Ela não me atendeu! Mas apareceu subitamente na minha frente, e quase não consegui parar a tempo de trombar com ela. Isso é o que se pode chamar de encontro surpresa! Destino, talvez?

Pulando a parte que ela estava um pouco estranha e avoada de início, e o idiota aqui que foi atingido e por alguns minutos sentiu como se a Chloé fosse o melhor partido do mundo por longos cinco minutos (falando sério, o que ela estava fazendo ali?), praticamente tudo acabou bem.

... Mentira. A pessoa que foi akumatizada era a Rose. E ela estava chorando bastante quando tudo terminou... A borboleta maligna estava em um colar, mas pela primeira vez não fomos capazes de entender o que realmente aconteceu. Pelo menos eu me senti meio impotente... Por que não parecia ser algo que pudéssemos revolver. Os poderes de Ladybug não foram o suficientes para curá-la, mas aquele abraço gentil e carinhoso pareceu dar conta do recado. Minha senhora é sempre tão encantadora...

Opa, acho que estava encarando demais. Ladybug esboçou um sorriso meio... Tímido? Certo, estou imaginando coisas.

— Chat... Eu... — Ela queria dizer alguma coisa, óbvio. Subitamente, eu estava me sentindo desenfreadamente ansioso. Ela nem deve ter percebido esse detalhe, imagina. Sou a pessoa mais discreta do mundo e – não. — Er... Bem, não é nada. Bem, estou indo... Vejo você depois.

E como sempre, saiu ao melhor estilo homem aranha. Ou seria mulher aranha? Não importa. É sempre meio frustrante quando não podemos passar mais tempo juntos. Já posso até escutar o Plagg me azucrinando pelo dia de hoje...

Hoje... ARGH! A sessão de fotos!

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

Eu não estava atrasado.

Na verdade, eu já havia perdido completamente o meu compromisso... O que me rendeu uma bronca bastante épica da Nathalie. E se ela, sempre tão impassível a quase tudo ficou irritada ao ponto de me repreender...

Confesso que estou com medo da bronca que vou levar do meu pai. Até acharia isso injusto – uma vez que eu geralmente sou bastante pontual – se eu já não estivesse me sentindo culpado. Fiz a equipe esperar por mais de uma hora, e o fotografo perdeu a paciência completamente e foi embora. Eu sou um modelo, supostamente profissional, que carrega a marca do meu pai por aí.

“Seu pai o espera em seu escritório” ... Eu estou morto. Certo Adrien, não seja dramático. Não é como se ele fosse te deixar de castigo pelo resto da vida e te lançar aquele olhar vindo diretamente de uma tempestade do Alasca. Ou melhor, não é como se isso fosse realmente o fim do mundo.

Mas, falando sério... É normal alguém gritar sem nem erguer o tom de voz?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

* Sobre o que aconteceu com a Rose, deixarei algumas ceninhas perdida em outros capítulos. Eu precisei mudar a ideia original para poder encaixar a narração do Adrien.

*** Adrien tenta fazer graça com seus problemas, isso não é legal.

Um pergunta geral para quem está lendo e ainda deseja acompanhar: vocês preferem a narração assim, no estilo mais "interno" (mais como eles se sentem do que como eles agem), ou algo mais intercalado com "descrições externas" (descrição um pouco mais detalhada de lugares, ações, expressões e etc)?

Estou pensando em adotar a segunda maneira, mas tenho receio de ficar enjoativo.

P.S: Não, os PoV's não irão seguir a linha de repetir a mesma cena em ambas as visões. Esse capítulo foi uma exceção.

Gostaram? Sim? Não? Sugestões? Críticas construtivas?