Dear Hogwarts - Interativa escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 9
Capítulo 9 – Não Seja Pego!


Notas iniciais do capítulo

Honeys, vou começar agradecendo vocês pela ajudinha e pelas respostas. Agora são minhas desculpas por demorar E por não ter respondido vocês, mas em compensação esse capítulo está "monstro" hahaha Espero que gostem!
XOXO



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Naquele ponto Felicity podia afirmar que não havia nada que ela não conhecesse no sétimo andar da escola. A dupla vasculhara, literalmente, cada parte de cada cômodo do último andar. Moveram mesas, entraram escondidas em aposentos, vasculharam até o fim de cada passagem secreta, antiga ou recente e quase foram pegas uma boa quantidade de vezes.

— Isso é tão frustrante! – A metamorfomaga explodiu – Essa merda de dicionário claramente não está aqui!

— Whoa! Vão te ouvir, se acalma! – Delayla falou para a amiga, sabendo que era completamente inútil, já que ela não se incomodaria em abaixar o tom.

— Whoa nada! – Felicity aumentou ainda mais o tom de voz – Eu não vou gastar mais tempo aqui quando não tem nada aqui!

— Shhh! – A morena brigou – Tem alguém vindo!

Os passos de “alguém” ecoaram no corredor quando este se aproximava. Eram duas pessoas. Um homem ruivo, alto, com olhos azuis e andar desengonçado. Acompanhando-o um homem moreno, mais baixo, de olhos verdes cobertos por óculos de aro redondo. Ambos usavam roupas do Ministério, aurores.

— O que estão fazendo aqui? O toque de recolher já soou! – O ruivo brigou.

— Ei, Ron, se acalma! Já fizemos isso muitas vezes. – O moreno falou – Vocês precisam voltar para o dormitório, senão precisaremos comunicar a Professora McGonagall.

— Boa, Harry! Desculpem, eu não sei fazer isso de mandar em pessoas não tão mais novas que eu. – Ron dirigiu a palavra a elas novamente. – Eu sou Ronald Weasley, esse é Harry Potter. Vamos com vocês até o dormitório!

Enquanto as duas meninas exibiam um semblante chocado por estarem conhecendo os heróis da última guerra bruxa, eles as conduziam suavemente para o dormitório corvino e conversavam sobre o modo apropriado de introduzirem-se a alguém.

— Você acha que conseguimos uma foto? – Delayla brincou.

— Certamente seria alguma cosa, hein? – Felicity riu.

— Estão entregues! – Ron falou quando parar em frente ao dormitório das águias – Se vocês forem pegas fora da cama nesse horário novamente a McGonagall ficará sabendo!

— O truque é não ser pega! – Harry brincou.

Quando as duas resolveram o enigma de entrada os dois aurores júniores fizeram a roa de volta para o último andar, onde esperavam não encontrar mais nenhum aluno perdido.

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Alexis e Avery sabiam que se fossem pegas estavam fritas. O sexto andar e o subsolo eram muito longes para criarem uma mentira plausível como “estávamos indo para os dormitórios”. Ninguém acreditaria. Após revirarem a sala de aritmancia e runas antigas, sobrou apenas as diversas salas vazias do sexto andar. O par procurou milimetricamente cada parte de cada ambiente. No momento, amas estavam estiradas no chão de uma das diversas salas não usadas.

— Estou cansada, com fome e procurando algo que nem está nesse andar. – Alexis resmungou -  Qual seu “status” atual?

— Desejando que nós tivéssemos ficado com o subsolo. – Avery respondeu – Poderíamos tirar um cochilo e comer.

— Como podemos ter tanto azar? – A morena resmungou.

— O que quer dizer? – Avery indagou.

— Primeiro os aurores por aqui, depois perder o dicionário e agora ter que procurar ele tão longe. – Ela respondeu, fazendo a outra rir e revirar os olhos.

— Dicionário? – Uma figura já familiar a ambas as meninas indagou enquanto encostava no batente da porta.

— Oh, professor Longbottom! – A húngara exclamou, chamando atenção da inglesa.

— Eu perdi um dicionário que minha avó me deu. – A morena mentiu – Alexis está me ajudando. Ele é muito importante para mim.

— Onde quer que ele esteja vai estar no mesmo lugar pela manhã, srta. Pearl. Agora vou acompanhar você e a srta. Kraskov de volta ao Salão Comunal de vocês. – Ele respondeu – Vamos. E evitem sair após o toque de recolher, os aurores não serão tão tolerantes a quebra dessa regra.

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Tiberius e Daeron já haviam esgotado seu estoque de piadas quando terminaram de buscar os cômodos usados do quinto andar. E os não usados também. A dupla, momentaneamente, procurava em silencio o banheiro dos monitores.

— E se alguém pegou o dicionário da bolsa da Black? – Daeron pensou alto.

— Elas veriam. – O loiro resmungou – Nenhuma das três é cega.

— Você não entendeu. – O moreno revirou os olhos, já acostumado com o comportamento do amigo – Alguém pode ter ouvido ou suspeitado de nós, seguiu a Black e a Ackles para a biblioteca, deu um jeito de esbarrar delas ou algo do tipo.

— E quem, além dos que já nos ouviram mais cedo poderia “suspeitar”? – Ele indagou.

— A garota que elas pediram para pegar o dicionário original, alguém que esteja suspeitando do fato de todos nós virarmos amigos depois de seis anos ou da Black e a Ackles nova que são razoavelmente preconceituosas andando com a Sartori. – O moreno respondeu, exasperado.

— Não é um pensamento idiota.  – O grifinório admitiu – Quando você voltar para o dormitório, pergunta a elas se alguém perguntou algo estranho, esbarrou ou ficou olhando.

— Certo. – O sonserino concordou – Vamos leãozinho, ainda temos muitas salas para olhar.

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Thomas e Matthew já haviam procurado na Torre do Relógio, sala de História da Magia e Ala Hospitalar. A dupla agora estava na biblioteca, onde estavam analisando cada um dos 2.579 livros da sessão restrita.

— Olha que irado! – O loiro exclamou, animado – Um feitiço para “trazer de volta seus entes queridos”.

— Nós não estamos aqui por diversão, McBley. – O moreno resmungou – É uma coisa séria.

— Eu sei que não estamos aqui de férias, Kane.  Ele respondeu, mais seriamente – Eu só estava checando se esse não era o dicionário e quando abri dei uma olhada no feitiço. Não tem nada errado em sorrir, sabia? Você não vai morrer se sorrir.

— Eu sorrio. – Thomas resmungou – Só não fico pulando por aí e sorrindo igual ao Peter Pan.

— “Nada se é conquistado com lágrimas. ” -  O mais velho citou, fazendo Thomas enrugar o cenho em confusão – Lewis Carroll. Você nunca leu Alice? É um clássico!

— Pelas cuecas de Merlin, estou preso com uma fada!  - O moreno exclamou, recebendo uma risada de Matt como resposta.

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Lyra e Elize estavam dando sua quarta volta nas salas do terceiro andar, não incluindo a sessão aberta da biblioteca que ficaria por conta de Matthew e Thomas. A dupla procurou dentro de cada troféu, cada parte das salas de feitiços o DCAT o mais silenciosamente possível.

— Por que não podia ficar em um lugar óbvio, como no sofá de algum salão comunal? Ou na cama? – Lyra exclamou, jogando seus braços para cima.

— Porque ninguém é burro o suficiente para fazer isso. – Elize respondeu.

— Qual é a da escola e salas completamente vazias? – A morena resmungou ao abrir mais uma sala vazia.

— Tem alguma coisa ali! – A loira falou, apontando para o meio exato da sala.

— Só se estiver invisível! – Ela rebateu.

A meio-veela sequer se deu o trabalho de continuar debate, que logo se tornaria uma discussão. Ela se dirigiu ao centro da sala onde, ao passar por cima, ambas perceberam uma mudança sonora nos saltos da loira.

— Aqui. Eu disse! É um alçapão. – Ela sorriu vitoriosa.

— Deixa ele aí e vamos continuar procurando. – Lyra falou, já dando as costas para o ambiente.

— Você enlouqueceu? E se estiver aqui, hein? Debaixo dos nossos narizes! – A corvina exclamou – Eu não preciso de você para achar o dicionário.

— Oh, merda! – O sonserino resmungou ao vê-la entrando no alçapão, não tardando a segui-la – Eu realmente espero que não aconteça o que aconteceu quando você e a Black estavam na Floresta.

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Peter e Ronan já haviam procurado o banheiro masculino e, no momento, estavam no banheiro feminino do segundo andar quando uma voz que todos os alunos de Hogwarts já estavam acostumados os interrompeu.

— É o banheiro feminino! Pelo que sei, vocês não são meninas, são? – A voz estridente da Murta Que Geme soou de sua “cabine-casa” antes dela colocar sua cabeça para fora.

 - Meu amigo aqui perde uma coisinha quando veio aqui da última vez, Murta. – Ronan riu enquanto cutucou Peter, fazendo-o corar levemente.

— Verdade! Quando vim com as meninas deixei cair uma coisa, um caderno preto. Você viu? – Ele perguntou sorrindo para a fantasma.

— E o que você vai me dar quando eu te responder, bonitão? – Ela se aproximou.

— Vou fazer as pessoas pararem de jogar coisas em você. Certo, Ronan? – O loiro respondeu, recendo um aceno de cabeça do outro loiro.

— Dois lufanos e um grifinório ficaram aqui por um tempo fofocando. A menina lufana estava com um caderno preto.

— Obrigada, Murta! – Ronan respondeu, já correndo porta afora – Vamos avisar de cima a baixo, Burkhardt.

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Hunith e Mary percorriam o térreo em relativo silêncio. Mary fazia a maior parte do diálogo recebendo ocasionais respostas positivas da loira, que estava com seus pensamentos longe dali.

— Você acha que vai acontecer logo? – Mary perguntou.

— Como? Desculpe, não ouvi. – Hunith olhou, como se estivesse percebido só agora que a morena estava falando com ela.

— Matthew. – Ela esclareceu.

— Ah! Talvez. Chama ele para Hogsmade, como um Sadie Hawking. – A loira sugeriu.

— Você acha que ele vai dizer sim? – A morena perguntou.

— Se você quer uma resposta precisa perguntar. – Foi a última coisa que Hunith respondeu antes do voltar a divagar.

O primeiro andar e o térreo estavam, surpreendentemente, com poucos aurores, o que facilitou elas não serem pegas. Ocasionalmente retomavam alguma conversa sobre livros, algum filme ou alguma aula. O assunto de relacionamentos não voltou.

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Kate e Sam vagueavam pelos corredores do subsolo e das masmorras, procurando nas salas e conversando sobre bobagens. No momento, loira e a ruiva estavam no subsolo, não muito longe da cozinha.

— Posso te perguntar uma coisa? – A loira perguntou – Talvez você não goste.

— Ok. – A ruiva concordou.

— Qual é o problema entre você e Elize? – Ela indagou.

— Ela era a única criança da família, até eu nascer. Ela apoia o Toujours Pur e toda essa coisa de sangue puro, assim como nossa linhagem. Apesar de não ser meio-veela, eles acham que eu vou trazer o prestígio de volta para a família. Tudo que era dela virou meu quando éramos crianças, ela passou a me odiar e ocasionalmente eu desisti. – Kate explicou.

— Eu meio que entendo isso. – Ela sorriu distraída para a ruiva.

— O que você... – A ruiva começou, mas foi cortada pela chegada da auror.

— O que vocês estão fazendo fora do salão comunal? – Cora perguntou – Se vocês duas não tiverem uma boa desculpa não poderei ajudar, mesmo que sejam puro-sangue.

— Nós.... Nós estávamos juntas.... Em uma sala vazia... – Kate gaguejou, fazendo Samantha olhá-la com seus orbes azuis arregalados, que se expandiram ainda mais quando a ruiva entrelaçou sua cintura com um dos braços.

— Ah, sério? Não tomaria vocês duas como um casal. – A auror analisava ambas.

— Você pode... estar em uma sala vazia sem ser um casal. Agora se nos dá licença, temos aula amanhã e já bem tarde, huh? – Samantha arrastou Kate para a escada mais próxima.

— Qual é o seu problema? – A ruiva sussurrou.

— Eu não poso mentir. Se eu minto tenho urticárias. – Ela confidenciou, fazendo Kate rir escandalosamente até chegarem ao dormitório, onde encontraram os sonserinos ainda de pé.

— Onde vocês estavam? Demoraram séculos! – Lyra exclamou.

— Nós procuramos com calma e esbarramos com a Crawley há alguns minutos. – Kate explicou.

— Black, alguém esbarrou em vocês? Ficou olhando? Perguntou algo? – Daeron indagou.

— Eu já te respondi isso, Dae. – Hunith resmungou.

— Não lembro de ninguém fazendo nada disso. Por quê? – Sam esclareceu, confusa.

—  Ele acha que alguém suspeitou de nós, seguiu vocês e pegou. – Thomas esclareceu.

— Isso significa que ninguém achou. – Kate constatou. – Vamos ter que mudar a “língua”.

— Os outros não parecem muito inclinados a aceitar. – Hunith suspirou – Além disso, o que usaríamos?

— Código binário e código Morse são muito fáceis. Podemos fazer uma adaptação do Código Q. – Samantha comentou.

— Código Q? – Lyra perguntou.

— O que diabos é isso? – Daeron acrescentou.

— É o código de comunicação que a Marinha e as Forças Armadas usam, não é? – Kate perguntou, recebendo um aceno positivo da loira.

— Por que mesmo vocês sabem disso? – Hunith perguntou.

— Não importa o porquê, a pergunta é como usar. – Thomas perguntou, logo dando espaço para as duas se sentarem no sofá onde ele estava deitado.

As duas aceitaram o local oferecido pelo moreno e logo os sonserinos já estavam aprendendo a usar o código. Parecendo muito com cobras em um ninho quando vistos de longe, como Cora constatou.


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