Dear Hogwarts - Interativa escrita por Harleen Quinzel


Capítulo 11
Capítulo 11 – Familiaridades


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de volta (ainda viva)! hahah Vou ser rápida aqui, pedindo desculpinhas pela demora. Essa coisa de Carnaval + aulas na semana seguinte acabou comigo (e as aulas ainda estão me matando, então abafem)! Sem mais delongas, o capítulo! Espero que gostem!
XOXO



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— O que vocês recordam sobre a profecia que presenciaram? – A diretora perguntava pela terceira vez.

— Nada. – Katherine mentiu, recebendo um aceno positivo dos três que estavam com ela.

— Vocês estão cientes que, se necessário, contactaremos suas famílias sobre o uso de Viritaserum, certo? – A mulher mais velha perguntou, claramente infeliz pela situação.

— Entendemos sua preocupação, professora McGonagall, mas temo que estava dormindo durante o momento do acontecido. – Tiberius interviu – Assim como tenho certeza que Thomas e as meninas não estavam exatamente prestando a atenção devida à aula da professora Trelawney.

— Já que admitiu o fato, sr. Blood, dez pontos serão descontados por cabeça a cada dia até que decidam contar a verdade. Menos dez pontos para a Grifinória, menos dez para a Lufa-Lufa e menos vinte para a Sonserina por hoje. – Ela decretou, cortando toda e qualquer objeção feita com suas palavras – Isso se repetirá diariamente até que decidam ajudar-nos. Além disso, se a srta. Crawley estiver de acordo, vou requisitar um auror para cada um de vocês, com a mesma condição. Podem ir, estão dispensados.

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— Quando exatamente você decidiu que seu sono de beleza já tinha durado o suficiente? – Cora perguntou rispidamente para a morena a sua frente.

— Pelo menos você esperou Lorde e Lady Le Fay saírem. – A mulher replicou, rolando os olhos – Eles me trouxeram de volta dos pedacinhos que eu era.

— Você, pelo menos, planejava me contar? – A mais nova exigiu saber.

— Da última vez que eu chequei, eu era uma bruxa que praticava arte das trevas, auror. – A mãe respondeu, cuspindo com desprezo a profissão.

— Você quer um trunfo melhor do que ser Chefe dos Aurores? – Ela respondeu, orgulhosa – Tudo, tudo¸passa por mim. Por que você acha que as coisas acontecem na hora em que o Lorde Le Fay quer que aconteçam?

— Posso ver que sua inútil revolta adolescente já passou. – A morena zombou.

— É o que acontece quando a família não cobre todas as bases. – Cora rebateu – Meu pai?

— Morto dez anos atrás, não vai estar menos morto agora, Cora. – A morena mais alta resmungou – Você tem sorte que Rodolphus o matou em vez do que fizemos com os Longbottom.

— Realmente, muita sorte. – Ela ironizou – Estamos atrasadas para a reunião.

— Mostre o caminho. – A mais velha falou, antes de dar uma de suas famosas gargalhadas, que pareceram ecoar por um longo tempo nos corredores da Mansão.

Quando as morenas chegaram ao salão que aconteciam as reuniões, diversos olhares foram lançados para a dupla, a maioria dos bruxos presentes não acreditando em quem estava a sua frente.

Cora tomou seu lugar habitual, três cadeiras após Lady Le Fay, sendo seguida por sua mãe, que tomara o lugar de Abraxas McIntosh, quem sequer ousou reclamar. Como acontecia na maioria das reuniões para o Núcleo, cada membro discorreu sobre as novidades no setor que foram encarregados, seja esse o Ministro da Magia, áreas do Ministério, Potter e Hogwarts, que era a atual área da auror.

Ela relatou cada detalhe, cada vírgula que Sybill Trelawney deu ao recitar a Profecia, sobre os “herdeiros” que estavam presentes e suas reações, dando ênfase especial ao fato da jovem Ackles se recusar a revelar alguma coisa.

Após mais pressão efetuada pelo Lorde Le Fay sobre Tobias Ackles, o homem permitiu que todos aparatassem para seu setor. Cora Crawley se limitou a fazer sua visita regular a Mansão Malfoy antes de retornar à escola de magia.

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Elize Ackles caminhava, surpreendentemente sozinha, nos já familiares corredores de pedra do castelo. A loira permitiu-se aquele momento para ponderar sobre tudo que estava acontecendo.

Ela sempre fora perfeita. A garota perfeita, a aluna perfeita, a herdeira perfeita. Tudo aquilo fora por água abaixo assim que pisara nos terrenos da escola inglesa. Entrou em confusões, levou uma detenção e estava andando com mestiços e sangues-ruins. Se alguém falasse, ano passado, que ela estaria assim atualmente, a loira olharia com seu usual desprezo, seguido por uma gargalhada, “Oui, mademoiselle. Je suis sûr que oui. ” (Sim, senhorita. Tenho certeza que sim).

Ela sentou-se nos jardins enquanto esperava o silêncio voltar. Aparentemente todos estavam muito animados com a ida a Hogsmade. Pelo que lhe informaram, muitos casais saíam em encontros ao Madam Puddifoot’s Tea Shop, amigos bebiam cerveja amanteigada no Three Broomsticks Inn e os mais novos iam comprar bobagens na Zonko’s Joke Shop. Ela não estava, de fato, interessada em nada daquilo.

— Ackles, você vai ficar aqui sozinha? – Delayla perguntou se aproximando, assim que a viu sozinha.

— Não tem nada em Hogsmade que me interessa. – Ela se limitou a responder.

— Oh, não me diga que você não gosta de fazer compras? Roupas? Alguns CDs? Livros? Mandar uma carta? – A morena perguntou, parecendo animada – Você vem conosco!

Enquanto ela carregava uma relutante Elize Ackles em direção a Felicity, Peter e Alexis, ela fingia ignorar o que a loira dizia sobre os nascidos-trouxas e mestiços.

— Nós já estamos ferrados até o pescoço, Ackles. Passar o dia com a gente não vai te matar. – Ela brincou.

— Poderia. – Elize resmungou.

— Poderia, mas não vai! – Ela respondeu animada – Agora coloca um sorriso nessa tromba e vamos guiar você em sua primeira visita Hogsmade!

— E única. – A loira fez questão de ressaltar.

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Ninally ainda achava um tanto quanto impressionante estar “bancando o cupido”, sem o consenso de seus amigos, claro. Seu lado racional gritava sobre a insanidade de seus atos, nas entrelinhas apenas, que havia deixado escapar nos últimos dias.

A morena caminhava entre seus amigos completamente distraída, ainda se sentindo como o próprio Jano. Ela nunca esteve mais confusa. Seu lado lógico mandava-a parar, entretanto seu lado sentimentalista sabia que os únicos que não percebiam o elefante na sala eram Harvey e Daniel.

— Nina? Você está bem? – Daniel perguntou, enquanto acenava para ela.

— Acho que ela só está viajando. – Harvey replicou, franzindo as sobrancelhas.

— Desculpem, meninos. Me distraí. – Ela respondeu, revirando os olhos – E estou muito bem, obrigada.

— Claramente. – Harvey brincou.

— Ha ha ha, muito engraçado. – A garota resmungou, revirando os olhos – Eu preciso ir.... Comprar umas coisas. Vejo vocês mais tarde!

Enquanto a morena de límpidos olhos azuis se afastava, os dois se entreolhavam, mais confusos que nunca. Ela não era o tipo de pessoa que se perdia em pensamentos, não tão facilmente e, certamente, não em público.

Sabiam que ela queria ficar só, portanto a dupla se limitou a retornar ao familiar caminho do Three Broomsticks Inn e sentarem-se em sua mais que habitual mesa.

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Tiberius, Katherine, Avery e Thomas faziam questão de informar todo o acontecido na aula de Adivinhação a Mary e Matthew, que foram os primeiros encontrados pelo quarteto após a dispensa da diretora.

Os seis caminhavam distraidamente para Hogsmade. Eles conversavam desde assuntos mais triviais aos mais sérios. Todos estavam tão absortos em suas respectivas conversas que só se deram conta de onde estavam quando um dos garçons.

— Olá, queridos! O que posso trazer para vocês? – Madam Puddifoot indagou.

— Nós... – Avery começou, mas se deu conta que não sabia o que os outros queriam – Eu vou querer um chá.

— Faça dois. – Kate pediu.

— Três! – Mary acrescentou.

— Cerveja amanteigada. – Ty pediu, recendo um aceno positivo de ambos os garotos a sua frente – Três.

— Vou trazer em um minuto! – Ela respondeu, um tanto quanto empolgada – É relativamente comum casais em encontros duplos, mas raríssimos ver em encontros triplos, sabiam?

Antes que qualquer um deles pudesse explicar eles não estavam em um encontro, fora apenas coincidência, a mulher abandonou a mesa. Eles ignoravam os olhares curiosos lançados pela maioria dos casais no local.

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Samantha e Hunith estavam bebendo cerveja amanteigada em frente à Casa dos Gritos. Ambas liam silenciosamente um livro, a Black lia “A Divina Comédia” e a d’Auvergne lia “Guerra e Paz”.

— Me diz alguma coisa sobre você. – Samantha requisitou, fechando o livro.

— Seja mais específica. – Hunith respondeu, também fechando seu livro.

— Qualquer coisa. – A loira se limitou a dizer.

— Eu já li “Guerra e Paz” mais vezes que gostaria. – A outra loira falou – Você?

— Sobrenome oculto.


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