Aurora Goldwin and The Rise of Night escrita por Nightshade


Capítulo 9
Eu Caio Na Toca Do Coelho


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!!!!



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Quando Richard veio para o Acampamento, ele trouxe algumas roupas minhas, e isso é gratificante, assim não teria que usar a roupa de ninguém. Então, já vestida com meus jeans e camiseta azul arroxeada, encontrei Percy no pavilhão, depois do jantar.

– Você precisa de uma armadura. - ele comentou, me encarando.

– Ok, quando começa o jogo? - perguntei, apertando meu rabo de cavalo.

– Daqui à quinze minutos, vamos para o arsenal.

Caminhamos em silêncio até o arsenal. Quando entramos, Percy foi até uma porta que ficava atrás de algumas espadas... não me lembrava de ter visto portinha da última vez que tinha ido ali.

Havia várias armaduras ali dentro... Percy examinava cada uma delas.

– Então? - perguntei.

– Nada, todas são muito grandes e pesadas demais para você.

Do nada, senti como se alguém tivesse acertado minha cabeça com uma flecha. Ofeguei e fechei os olhos. Assim que fiz isso, a dor parou e foi como seu eu estivesse tendo um sonho. Eu via aquela salinha dentro do arsenal, mas sem o Percy e eu estando ali. Então eu vi uma grande arca, que parecia ser feita de madeira de cerejeira com duas tiras de ouro na parte da frente, uma de cada lado. A tira do lado esquerdo deslizou para fora, como uma fina gaveta, revelando uma chave com forma de uma delicada flor de lótus.

De repente meus olhos se abriram; olhei para Percy. Ele estava me encarando, de forma confusa.

– O que aconteceu com você?

– Acho que tive uma visão. Isso é normal? - perguntei.

– Não.

– Tudo bem. - achei que não havia nada que pudesse sobre isso.

Olhei para o canto daquela salinha e meu coração quase parou. Empoeirada no canto estava uma arca, feita de madeira de cerejeira com duas tiras de ouro na parte da frente.

Caminhei em sua direção e me ajoelhei na frente dela.

– Percy, o que é isso? - perguntei.

– Ninguém realmente sabe, Annabeth diz que isso foi dado a Quíron como um presente muitos anos atrás, mas ninguém sabe o que tem dentro ou como se abre isso.

Respirei fundo e toquei na tira de ouro do lado esquerdo. A principio, nada aconteceu, mas então a tira deslizou para fora, revelando a chave, como em minha visão.

Olhei para Percy e sorri.

– Bem, Watson, parece que estamos perto de resolver este mistério. - brinquei, mas ele estava tão chocado que nem piscou.

Enfiei a chave na pequena abertura e a girei para a direita e o leve 'click' me indicou que eu havia destrancado a arca. Levantei a tampa com cuidado. Dentro, completamente a salvo da poeira, estava um peitoral de couro, e ele era magnífico. Era de couro, que se modelava perfeitamente com o decote feito de prata pura na linha dos ombros. A prata parecia se ondular de forma majestosa de um lado ao outro. Uma flor de lótus estava incrustrada no meio do decote de prata, com suas folhas também incrustradas ali, de um lado ao outro, parecendo voar ao vento.

Percy finalmente pareceu voltar a seus sentidos.

– C-Como você...?

– Eu acho que isso é um... presente de Morfeu ou do meu pai para mim... A visão me mostrava como abrir isso. - falei - Me ajude a colocar.

– Não sei se é uma boa ideia... isso pode não ser para você.

Examinei novamente as bordas de prata; bem na altura do ombro, ela descia em três camadas, como uma manga. E em cada uma dessas camadas havia algo escrito. Na primeira em grego, na segunda em latim e na terceira em inglês. Mas todas as palavras significavam a mesma coisa: Romper do dia. Aurora. O meu nome.

– Isso resolve o problema. - mostrei para Percy.

Ele me ajudou a colocar aquilo. Me olhando no espelho empoeirado do arsenal, precisava admitir que eu estava muito bem com aquele peitoral de couro. Ele parecia realmente ter sido feito para mim.

Eu parecia mortal e elegante ao mesmo tempo.

– Aurora, você vai envergonhar as filhas de Afrodite hoje. - Percy sorriu.

Senti meu rosto enrubescer, mas balancei a cabeça.

Um sino foi ouvido a distancia.

– Acho que o jogo vai começar.

***

Percy distraia o pessoal de Ares e Afrodite, enquanto eu, na minha ideia mais idiota possível, corria na direção da bandeira do outro time. Haviam apenas dois campistas de Atena guardando a bandeira e eu, sai correndo das sombras das arvores e peguei a bandeira em um flash. Eles só conseguiram perceber o que havia acontecido quando eu já estava arrancando a bandeira.

Eu era boa em correr; me sentia livre quando corria.

Então continuei correndo, tentando achar as pessoas de meu time, mas ao invés disso, tropecei em uma junção de galhos e cai na escuridão.

Sim, a entrada que Nico havia feito, percebi tarde demais. Estava no mundo inferior. Meus olhos demoraram alguns segundos para se ajustarem. Eu estava em uma... caverna gigantesca, e quando eu digo gigantesca eu quero dizer que ali caberia toda a cidade de Sacramento ali. Um pequeno caminho feito de pedras escura seguia dali, mas eu não me atrevi a segui-lo.

Próxima ao meu pé, estava a pedra que Nico havia me falado; pisei nela, mas nada aconteceu. Pânico começou a me consumir, pisei mais 100 vezes na pedra e nada. Senti que teria uma crise de ansiedade. Tentei me acalmar apoiando minhas costas na parede e respirando fundo.

Fechei meus olhos, apertando a bandeira em minhas mãos... se alguém iria me achar ali, seria o Nico.

Nico, Nico, Nico... o nome dele se repetia em minha mente.

Então, foi como se eu tivesse mergulhado em um rio, mas eu podia ver ao meu redor, só que ao invés de água, eu estava na floresta outra vez e Nico corria por ali.

Eu estava sonhando?

– Nico! - chamei.

– Aurora? - ele se sobressaltou - Aonde você está?

– Na entrada que você fez para o mundo inferior. Estou presa.

Meus olhos se abriram; como se eu tivesse saído de um sonho. Apertei mais a bandeira.

Atrás de mim a pedra se moveu e eu fui puxada para a luz do por do sol.

– Aurora? - a voz de Nico estava confusa e preocupada, enquanto ele me colocava de pé.

Sorri para ele, e o entreguei a bandeira.

– Mais tarde você explica. - ele sorriu.

***

O pessoal do chalé de Ares me fuzilava com o olhar, mas Ariana sorria, como se estivesse se divertindo. O pessoal do meu time havia me cumprimentado e então todos foram para a fogueira. Eu fui me sentar com Nico na entrada do chalé de Hades.

– Então, o que aconteceu? - ele me perguntou, me fitando com seus olhos escuros.

– Eu tropecei na junção de galhos e cai no mundo inferior. Pisei na pedra que você tinha me dito, mas a passagem não abria, não importava o quanto eu pisasse nela. Então eu fechei meus olhos e pensei em você. - senti meu rosto esquentar - Então foi como se eu tivesse te vendo por uma câmera de segurança.

– Eu vi você.

– O que? - engasguei.

– Primeiro eu senti uma dor horrível em minha cabeça, e quando fechei meus olhos vi você sentada no mundo inferior, com a bandeira. - explicou.

Ficamos em um silencio confortável; ele perdido em pensamentos e eu tentando entender como conseguia fazer isso: mandar imagens para a mente de alguém e falar com esse alguém...

– Vejo você amanhã Nico. - me despedi, descendo os degraus do chalé 13, mas quando me virei ele não estava lá.


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Notas finais do capítulo

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