Hogwarts Paralela-Interativa Hiatus escrita por Santelmo


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Capitulo fresquinho.
Hoje não tem personagens novos.
Boa leitura!



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Esse era o segundo jogo da nova temporada. Estamos falando, é claro, de Quadribol. As bancadas estavam cheias de espectadores, que esperavam ansiosos pelo início da partida entre as casas de Sonserina e Lufa-Lufa.

Bem alinhados nos seus lugares, estavam respectivamente Steven, Caliel, Thomas, Carter e Quinn. Steven era o mais inquieto do grupo. Embora não o admitisse, sempre ficava assim durante as partidas de Sonserina. Deixavam-no ainda mais nervoso do que quando era a Grifinória a jogar. Isto pelo simples facto de que Lyra era a apanhadora, e esta sempre realizava jogadas demasiado perigosas. Certa vez, após ter pego o pomo, ela partiu o braço ao colidir em alta velocidade no chão, o que lhe rendeu uns quantos dias ouvindo o irmão da amiga dizendo “Eu te avisei” repetitivamente.

A partida começou e Winchester subia mais alto com a vassoura, de forma a ver melhor o campo e encontrar mais rapidamente o pomo.

Enquanto isso, os batedores da Sonserina já tentavam acertar com os balaços nos artilheiros do time adversário. Curiosamente, pensou Thomas, um desses mesmos artilheiros era Travis Blake. O garoto desviou habilmente dos ataques e recebeu a goles de seu colega de equipe, que após realizar o passe foi atingido violentamente, quase caindo da vassoura. Quando ele se recompôs, os três artilheiros avançaram velozmente, realizando passes sucessivos entre si á medida que desviavam dos adversários que os tentavam bloquear. Então chegaram até Delayla, a goleira das serpentes.

—VAI TRAVIS, REBENTA COM A CARA DELA!- Caliel gritava histérica, levantando do assento.

—Você não devia estar torcendo pelo seu time?- perguntou Steven, repreendendo a irmã mais nova pela sua empolgação em ao ver Lufa-Lufa com a vantagem. Ela simplesmente o ignorou, aumentando os gritos e incentivando o jogador pálido a jogar Cerasis da vassoura abaixo. Thomas a olhava assustado. Mais assustado ainda ficou quando Quinn se levantou também, tão brutamente que acabou derramando em cima de Carter uma bebida quente que o mesmo estava bebendo.

—DEL MEXA ESSA BUNDA! ACABE COM A RAÇA DELE!- berrava com a voz estridente.

Carter amaldiçoava mil vezes sua própria vida, enquanto as duas davam espetáculo, sobrepondo as vozes uma da outra.

Para o azar da morena e felicidade (euforia) da loira, Cerasis não teve qualquer dificuldade em defender o remate, já que Blake levou com um balaço que o fez se desequilibrar, bem na hora que ia tentar marcar o gol.

Os que apoiavam a Sonserina se juntaram a Quinn numa onda de aplausos, berros e cânticos de incentivo á casa. Agora com a posse da goles, os artilheiros de uniforme verde avançavam em direção ao adversário.

Apesar de ser curioso o facto de Travis ser artilheiro da Lufa-Lufa, o que Thomas achou mais surpreendente na formação daquela equipe foi o seu goleiro; Sava Reiben, a garota tímida da aula de Adivinhação.

—Coitada. Espero que ela não se magoe, com um corpo magrinho daqueles…- Quinn estava sendo sincera. Mesmo estando desejosa para ver a cara de Blake depois de ser derrotado, ela não queria que Savana se magoasse. Ao contrário do irmão, a loira a conhecia já desde que entrou para o segundo ano, apesar de não conversarem muito. Sempre teve um pouco de pena de Reiben, já que esta não só era baixinha como também aparentava ser muito frágil.

—Cala a boca Ratazana. Só porque a menina é baixinha não significa que não seja forte. Agora fica quieta e me deixa ver o resto do jogo.- mas Carter estava redondamente enganado. A verdade é que Savana era apenas uma suplente, e só estava jogando porque o goleiro anterior se magoou seriamente durante um dos últimos treinos. Como Lufa-Lufa não tinha mais jogadores, tinha que ser ela ou seriam desqualificados. Aliás, a menina nem queria estar ali. Só o fez por ser um pedido de Travis, seu amigo de longa data.

Os artilheiros se aproximavam rapidamente, já certos de sua vitória, ao verem a garota tremer que nem uma vara verde. Mas, de repente, ela para. Carter, mesmo das bancadas, conseguiu perceber exatamente o que acontecia, e logo chamou a atenção de Thomas. Ela assumiu a mesma postura severa que haviam presenciado pouco tempo atrás, e seus grandes olhos revelaram a mesma cor amarela muito vibrante. No entanto, diferente de quando estavam em Adivinhação, o seu cabelo ganhou o mesmo tom de azul da sua raiz, que agora se estendia por todo o comprimento dos fios.

Por essa altura, ninguém conseguia entender o que se passava com Reiben. Ninguém exceto Blake, que agora ignorava completamente o jogo.

—Savana! Savana, acorda!- gritou desesperado, tentando chamar a atenção dela.

Num movimento brusco, ela se agarrou firme na vassoura e abandonou as balizas, deixando-as completamente desprotegidas. Voou rapidamente em direção á plateia, parando bem na frente dos garotos, de costas voltadas para eles. Fechou os punhos com força e cruzou os braços num “X” á sua frente. Assim que o fez levou em cheio com um balaço, o qual havia sido atirado por um batedor de sua própria equipe. Foi claramente um acidente, já que este estava tão distraído com o que estava acontecendo que não viu a bola vindo em sua direção. Com o susto, acabou a acertando com demasiada força, não prestando atenção para onde havia atirado. Se Savana não tivesse defendido, o balaço teria acertado em Carter ou Thomas, que estavam ali sentados.

Depois de receber o golpe, a menina, de cabelos agora totalmente azuis, desmaiou e caiu da vassoura. Só não bateu com a cara no chão porque Travis chegou a tempo de a agarrar.

—Savana, abre os olhos! Alguém faça alguma coisa!- Thomas, bem como o resto do grupo, desceu aflito, se aproximando deles. Pelo meio da multidão que se aglomerou ali, irrompeu Diretora Good, seguida pelo Secretário Füssair. Do nada, Savana abriu os olhos, ainda amarelos.

—Savana, o que está sentindo?-perguntou Amadeus, se baixando e ficando ao lado de Travis, que ainda segurava a garota.

Ela não respondeu. Apesar de ter os olhos abertos, ainda estava inconsciente. O corpo dela começou aos solavancos nos braços do amigo, enquanto seus olhos reviravam, como se estivesse sendo possuída.

—Será possível?- a diretora se pronunciou, também já do lado de Reiben, com sobrancelhas arqueadas numa expressão tensa.

Nesse momento, ela ficou imóvel de novo. Olhou ao redor, como se procurasse algo. Parou. Ergueu o braço e estendeu a mão na direção de Thomas, que olhava para ela, tão preocupado quanto os outros. Ele não sabia o que fazer. Tituba o encarou com os olhos castanhos confortantes, como se o incentivassem a aceitar a mão da menina. E ele assim o fez. Pegou a mão dela e se aproximou.

—Thomas Jackson…- era Savana quem falava, mas a sua voz parecia completamente diferente. Na verdade, várias vozes saíam da boca dela, umas em uníssono e outras não, criando uma espécie de eco. Pareciam até sussurros de criança.- O Criador chegou. Mas com sua chegada os Obscuros ganharam força. Eles vão buscar a força no poder dos Destinados, tentarão furtar sua criação. Proteja-os e confie neles. Está em sua sina cumprir a Regra. Quando todas as cinco Estrelas Guias estiverem reunidas, o Filho da Noite lhe mostrará o caminho e o equilíbrio voltará. A criação estará completa… Ouça as vozes e decida se as seguirá. O Criador não deve temer.- depois de falar, ela apertou a mão dele mais forte e voltou a desmaiar, já com os cabelos regressando á cor normal.


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Notas finais do capítulo

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