Hogwarts Paralela-Interativa Hiatus escrita por Santelmo


Capítulo 8
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi! Então, ontem á noite eu tentei postar, mas não consegui.
Mas aqui está o capitulo 7.
Todos os personagens novos são meus.
Boa leitura!



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Estavam agora na aula de Trato das Criaturas Mágicas, lecionada pelo Professor Caleb Cross. O doente era um homem com cerca de cinquenta anos, não muito alto, mas certamente musculado, o que lhe conferia uma figura no mínimo engraçada. Os braços estavam cobertos de cicatrizes, as quais afirmava ter ganho durante o seu antigo trabalho como tratador de dragões.

Thomas adorava as aulas de Cross, já Carter as detestava. Todos os dias afirmava estar arrependido de ter escolhido a disciplina e que só o havia feito devido á insistência do amigo e da irmã. Quinn também frequentava as aulas de Trato das Criaturas Mágicas, e fez questão de infernizar a vida do irmão até ele aceitar ir com ela.

Carter simplesmente não suportava animais. Para ele, bichos eram como mulheres, perseguidores maníacos. Odiava até Merlin e Lua, a coruja anã de Quinn. Viviam bicando ele. Se bem que as bicadas de Lua doíam mais.

Nesse momento, Professor Cross apresentava para eles Darwin, o hipogrifo.

–Darwin já é velhinho. Vive na escola desde que nasceu. Não precisam ter medo, ele não vos fará mal algum. Para se aproximarem dele têm apenas de ser educados. Façam uma reverência, e se ele fizer o mesmo podem se aproximar. Delano, você primeiro.- disse o professor com sua voz áspera e um tanto carismática.

–Não, obrigado.

–Não foi um pedido. Ou você faz o que eu disse, ou eu tiro quinze pontos á Grifinória por sua falta de esforço e dedicação na disciplina. Sua escolha.- nesse momento, os restantes alunos da Grifinória mandaram um olhar cerrado para Carter. Era quase como se dissessem “Se você não for, pode rezar por sua vida.” Então, embora altamente contrariado, o garoto deu um passo em frente e fez uma reverência, a qual o velho Darwin respondeu positivamente. Ele se aproximou do animal lentamente. Quando estava quase tocando no bico do hipogrifo, este fungou alto, dando um passo em frente e acertando em Carter, que caiu sentado no chão.

–AH! CARVALHO, FILHO DA PULGA!- gritou enquanto rastejava rapidamente de volta para o grupo, que ria histericamente da cena. Na verdade o bicho mal tocou nele, mas foi o bastante para o susto.

–Ahahahahahahah, pronto Delano, também não precisa ofender. Ele não tem culpa de você ser medroso. Bem, já que o vosso colega tem tanto receio que Darwin coma a mão dele, vamos experimentar outra coisa. Blake, venha cá.- um rapaz saiu do grupo e se postou ao lado de Caleb Cross. Ele era, pensou Thomas, no mínimo peculiar. Nunca o tinha visto, mas já assistia á aula desde o início. Quando perguntou quem era, Carter lhe respondeu que o nome dele era Travis Blake, um aluno do quinto ano da Lufa-Lufa. Sofria de albinismo, o que explicava a pele e o cabelo completamente brancos, bem como os olhos meio avermelhados.

Na verdade, não era apenas isso que definia a peculiaridade de Travis. Ele era também um lobisomem de nascença, e toda a gente sabia. A sua única família era a Professora Miranda Paddock, que o encontrou quando era bem pequenino e cuidou dele como se fosse seu.

–Como vocês já devem saber, vocês terão aulas especiais com vossos colegas mais velhos. É por isso que Blake está aqui. São todos seus. Confio na sua responsabilidade. Se alguém aparecer machucado são menos vinte pontos para Lufa-Lufa.- disse Professor Cross, saindo e arrastando o velho Darwin consigo.

–Ué, onde ele vai? Ele não devia ficar e assistir para ver se corre tudo bem?- Quinn perguntou, vendo o hipogrifo e o homem se afastando, enquanto esse último cantarolava animadamente uma melodia cuja letra era incompreensível.

–Provavelmente vai dar em cima de minha mãe de novo. Esse velho vive perseguindo ela. Sério, não entendo como Hogwarts consegue manter a boa fama com professores irresponsáveis como esses. Enfim, me sigam.- disse o garoto, dando as costas para eles e começando a caminhar na direção contrária á de Cross, não desfazendo a sua cara de tédio.

–Para onde vamos?- perguntou Quinn novamente.

–Para a floresta.- respondeu simplesmente, ainda com cara de quem não queria estar ali.

–Mas é proibido… e lá está cheio de monstros e criaturas estranhas.

–Por isso mesmo que nós vamos para lá. Não precisa vir se estiver com medo.- disse sem parar de andar, apenas virando o pescoço de forma a que pudesse ver a expressão dela.

–E-eu não tenho medo.- ela tremia. Detestava lugares escuros e desconhecidos. Blake voltou a olhar para a frente.

–Qual é o seu nome garota?

–Quinn. Quinn Delano.

–Delano? Vocês dois por acaso são irmãos?

–Gêmeos. Infelizmente.- disse Carter, recebendo um cascudo da irmã.

–Vocês não têm parecenças nenhumas. Bem, são os dois medrosos, mas pelo menos um de vocês não o esconde. É bom admitir que tem medo, assim é mais fácil de lidar com ele.

–Eu já disse que não tenho medo!- Quinn não estava gostando nada de Travis. Quem ele achava que era?

–Chegamos. Bem ali.- disse ele, já com o grupo na floresta apontando para-

–Não tem ali nada.- responderam os gêmeos em sincronia. Thomas olhou para os dois, e depois olhou de novo para onde Blake apontava.

–Tem sim. Eu consigo ver. São seis… erm… eu não sei o que são.- o mais velho baixou o braço, voltando a colocar a mão no bolso do uniforme, e olhou para Thomas.

–Mais alguém consegue ver?- ninguém se pronunciou- Você, qual é o seu nome?

–Thomas Jackson.

–O que você está vendo Jackson, são Testrálios. Algum de vocês consegue explicar para ele o que é um Testrálio?

–Testrálios são criaturas de mau agouro. Apenas podem ser vistos por pessoas que já presenciaram o momento da morte de alguém. Eu acho até que são sinal de azar e má fortuna. Aliás, a gente nem devia estar aprendendo como tratar deles, já que são criaturas selvagens e potencialmente perigosas.- afirmou Quinn, primeiramente olhando Thomas e em seguida encarando Travis.

–Em parte você não está errada. É verdade que eles só podem ser vistos por quem já presenciou a morte. Mas eles não representam mau agouro, isso é só algo que um bando de velhos idiotas inventaram e colocaram num livro qualquer. As pessoas julgam os Testrálios assim só por causa de sua aparência, mas a verdade é que são bem dóceis.- disse ele, ignorando a encarada da loira- Jackson, venha comigo. Vocês, observem com atenção. Principalmente você Quinn. Vão ver que nada é o que parece.- então, sendo seguido por Thomas, o rapaz se aproximou dos animais que apenas os dois podiam ver. O Testrálio que se encontrava mais perto dos garotos deu alguns passos para trás quando os sentiu se aproximando. Começou a ficar um pouco agitado, passando a sua inquietação para as outras criaturas.

Thomas parou na mesma hora, temendo que eles o atacassem por julgarem que ele poderia ser uma ameaça. Já Blake continuou avançando, muito calmamente, tirando as mãos dos bolsos devagar, á medida que se aproximava.

–Está tudo bem. Pode confiar.- o menino ouviu o colega sussurrar para o Testrálio á sua frente, como se este o conseguisse entender. E parecia que entendia mesmo, pois á medida que ele avançava, a criatura foi se acalmando. Quando a sua mão estava já a centímetros de tocar no focinho, Travis parou. Com a mão suspensa no ar, ele encarava o animal com seus olhos avermelhados.- Pode confiar.- repetiu novamente, num murmúrio. Alguns segundos se passaram, até que o próprio Testrálio deu um passo em frente e tocou com o focinho na palma da mão do menino de cabelos brancos.- Lindo. Bom garoto.- disse enquanto fazia carinho nele. Deslizou a mão por toda a extensão do pescoço do equino alado, passando depois para o seu dorso e o montando.

Os alunos, que até agora haviam apenas assistido atentamente de longe, estavam completamente boquiabertos. Alguns de olhos bem arregalados, como era o caso de Quinn, simplesmente não conseguiam acreditar naquela estranha visão. Ali estava Travis Blake, montado num cavalo com asas de morcego e que era completamente invisível.

Ainda em cima do Testrálio, ele foi até Thomas, tão espantado quanto os outros. Desmontou e se dirigiu ao garoto, com a criatura no seu encalço.

–Como…- o mais novo estava sem palavras, admirado com o animal na sua frente.

–Pode fazer carinho se quiser. Sem medo.- Thomas lentamente acariciou a pelagem negra dele.

–Como você fez isso?

–Eu confiei nele. Os Testrálios são assim. Se você mostrar que confia neles, eles confiam em você. Acho que funciona assim com todos os animais, para falar a verdade. Eles retribuem tudo o que você lhes der, seja bom ou ruim. Eles não julgam sua aparência, apenas suas ações, e agem de acordo com elas. Por isso que eu disse ainda há pouco, nada é o que parece. Issoa vale para tudo. Animais, pessoas, objectos. Você pode achar que uma caneta é apenas uma caneta, mas não é bem assim. Você não sabe a quem ela pertenceu, ou as palavras que ela escreveu antes de vir parar na sua mão. Entende o que quero dizer?

–Acho que sim. Mas há uma coisa sobre os Testrálios que eu ainda não compreendo.

–O quê?

–Bem, você disse que eles só podem ser vistos por quem já viu a morte de uma pessoa.

–Sim, certo.

–Mas… eu nunca vi ninguém morrer.


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Notas finais do capítulo

Seja feliz e faça alguém feliz !



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