Hidden In The Forest escrita por Noel Em Fevereiro


Capítulo 8
Capítulo 8: Se Eu Vou Aprendendo, Você Vai Aprendendo


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys!

Gente, eu queria pedir pra vocês recomendarem a fic para amigos, colegas... Agradeço desde já.

Sobre o capítulo:
Tem percabeth, mas não é nada demais...



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POV. PERCY

Acordei com os sons de alguém batendo na porta e gritando:

– PERCY! Acorda, Bela Adormecida! Morreu, é? - Óbviamente, quem estava gritando isso era Annabeth (acho que ela está passando muito tempo com a Thalia).

Bom, voltando ao assunto, já fazem duas semanas desde que eu acordei na casa de Ann. Nesse meio-tempo, ela se mostrou uma pessoa bem bipolar, mas legal. Eu ainda tomava aquela poçãozinha toda vez que eu sentia dor ou tontura, e por sorte isso vem se tornando menos frequente.

Levantei-me da cama. Eu estava com uma camiseta branca e a jaqueta de couro, como sempre. Calcei as botas de couro com uma mão só, já que meu braço ainda estava pendurado na tipoia. Abri a porta, dando de cara com uma linda Annabeth com uma expressão brava.

–Bom dia, Sabidinha. – falei sorrindo.

Eu poderia jurar que vi um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

–Bom dia, Cabeça de Alga. O café está pronto. – ela disse isso e desceu. Fui atrás dela.

– Oba! O que temos dessa vez?

– Amoras, dois esquilos que cacei ontem, alguns morangos da horta das meninas e algumas maçãs. – respondeu Ann. A essa altura já haviamos chegado na cozinha. Ela pegou duas maçãs que estavam na mesa e jogou uma pra mim. – Tenho boas notícias. – disse sorrinda.

– Quais? – perguntei, mordendo minha maçã.

– Provavelmente, seu braço já está curado. Se estiver, você pode tirar essa tipoia! – respondeu com um sorriso. Era bem bonita quando sorria.

– Sério? Mas...como você vai saber se meu braço está curado? – indaguei.

– Vem aqui. – disse a loira, fazendo um gesto com o dedo indicador pra que eu chegasse mais perto. E foi o que fiz. Eu estava ao seu lado agora, e por algum motivo nossa proximidade fez meu coração palpitar. – Sente-se na mesa. – ordenou. Me sentei e ela afastou as cadeiras e ficou de frente pra mim.

Annabeth tirou a tipoia com delicadeza, e também minha jaqueta. Ela apertou meu braço esquerdo na altura dos bíceps.

– Dói quando eu aperto? – perguntou.

Eu neguei. Ann apertou meu ombro e repetiu a pergunta. Neguei novamente. Ela fez isso por toda a extensão do meu braço, e eu neguei todas as vezes. Não estava mentindo, realmente não doía. Eu acho. Não estava prestando atenção no braço, e sim na proximidade entre mim e Annabeth.

Ann parou de apertar meu braço.

– Bom, aparentemente seu braço está curado. Parabéns. Agora...quero te ensinar algumas coisas necessárias para se viver na floresta.

– Que coisas? – perguntei.

Ela sorriu.

– Vamos lá pra fora. – disse. Annie foi até a porta e saiu. Eu a segui. Ela parou no meio do terreno do “quintal” da casa. Ali perto tinha um fosso de pedra, e ao lado da casa tinha algumas grades de metal, e nelas estavam penduradas vários tipos de armas. Annabeth seguiu na direção das grades e pegou um arco e uma aljava, e me estendeu os mesmos. – Toma. Quero ver se consigo te ensinar a atirar. Como você tem uma espada, suponho que já saiba lutar. Portanto, vou tentar te ensinar a atirar.

–Tudo bem, mas já vou avisando: minha mira é péssima. – falei.

– Ah! Você não pode ser tão ruim assim! – Annabeth respondeu.

– Acredite. Eu sou.

– Vamos fazer assim: você tenta uma vez. Se não conseguir, eu te ajudo. Feito? – perguntou.

– Feito. – respondi.

Peguei o arco e uma flecha da aljava. Respirei fundo e preparei a flecha.

– Naquela árvore. – disse Ann ao meu lado, apontendo uma árvore com tronco bem grosso a minha frente. Mirei na tal árvore e soltei a flecha.

Por mais incrível que pareça, a flecha, ao invés de ir reto, foi para cima. Ela teria caído em minha cabeça se Annabeth não tivesse me puxado pra trás. Nos entreolhamos e, do nada, começamos a rir.

– Certo! Você realmente não tem boa mira! – disse Ann. Já tínhamos lágrimas nos olhos de tanto rir. Ela respirou fundo e parou de rir. – Venha aqui. Deixe-me ajuda-lo.

A loira se posicionou atrás de mim e segurou minhas mãos. Seu toque me proporcionou um choque por todo o meu corpo. Ela posicionou uma flecha no arco, de modo que praticamente me abraçasse por trás. Eu podia sentir sua respiração em meu pescoço. Ann puxou a flecha.

– Puxe a flecha até perto da boca. – Puxei um pouco mais a flecha, deixando-a do modo que me pediu.

Confesso que era bom ter Annie tão perto de mim, ter suas mãos quentes sobre as minhas. Ela entrelaçou seus dedos nos meus pelas costas de minha mão. De repente, senti um frio na barriga. Meu coração parecia estar fazendo polichinelos. O que é isso que estou sentindo? (N/ Noel: Isso que você está sentindo É O AMOOOR! QUE MEXE COM A SUA CABEÇA E TE DEIXA ASSIMMM!! ‘cara de eu amo quebrar o clima’) (N/ Percy: GRRRRR)

– Pronto? – perguntou Annabeth em meu ouvido. Assenti.

Soltamos a flecha juntos. Desta vez, porém, não foi um desastre total. A flecha foi direto na árvore. Annabeth me soltou, ficou de frente pra mim e sorriu.

– Foi difícil? – perguntou.

Sorri.

– Não, mas essa não valeu! Você me ajudou! – respondi, e ri logo depois. Annabeth me acompanhou.

–Te ajudei porque é isso que amigos fazem, Cabeça de Alga! Ta dizendo que não gostou da minha ajuda? – perguntou, cruzando o braços e arqueando uma sobrancelha.

– NÃO! Eu adorei! – respondi rápidamente, e depois corei ao perceber o que tinha dito.

Annabeth, que havia corado tanto quanto eu, resolveu mudar de assunto:

– Hã... Acho melhor entrarmos. Está na hora do almoço, e pelo que parece, vai chover. – disse ela.

– Tudo bem. – respondi e entrei, com ela em meu encalço.

***

No fim da tarde, eu e Annabeth nos sentamos no quintal para comer um pequeno lanche de amoras e morangos. Estávamos conversando sobre nossas respectivas vidas: eu falando sobre como era no castelo ( e contando todas as coisas engraçadas e contrangedoras que já aconteceram lá) e ela sobre a vida na floresta.

O sol já estava se pondo. Eu estava contando sobre os bailes em que convidamos o povo para participar quando Annie disse:

– Eu nunca fui a um baile.

– Nunca? – perguntei incrédulo.

– Nunca. Bem, de vez em quando eu e meus amigos organizanos pequenas festinhas aqui neste quintal. Mas não chega a ser um baile.

– Mas vocês não dançam nessas festas? – perguntei.

– Bom, meus amigos até dançam... Mas eu sou sempre a que fica sem par, num canto, só olhando. As únicas vezes em que dancei na minha vida foi quando eu era pequena, com meu pai. Ficávamos só nós dois... Eu subia nos pés dele e girávamos pelo quintal. Mas, a realidade é que... Não sei dançar.

Ficamos um tempo em silêncio depois disso. Então me surgiu uma ideia. Uma ideia boba, mas uma ideia. Me levantei e estendi a mão pra Annabeth.

– Levanta. – pedi.

Ela me olhou como se eu fosse louco.

– O que? Por quê? – perguntou.

– Você faz perguntas demais! Só... levanta. – respondi com um sorriso travesso no rosto.

Ann deu de obros como se dissesse “então tá, né”. Ela segurou minha mão esquerda com sua direita e se levantou. Rápidamente, a puxei pra perto, coloquei minha mão direita em sua cintura e comecei a girá-la pelo quintal. A loira me lançou um olhar confuso.

– O que... O que você ta fazendo? – perguntou.

– Te ensinando a dançar! Você me ensinou a atirar uma flecha! Está na hora de eu retribuir! – respondi com um sorriso brincalhão.

– O.K. Então.– ela disse sorrindo. Annabeth colocou a mão esquerda em meu ombro e começou a tentar acompanhar meu ritmo. Vez ou outra ela pisava nos meus pés, mas eu não me importava.

De repente, senti um pingo em meu ombro, mas ignorei. Vi outro pingo cair na cabeça de Annie, mas ela também ignorou. De uma hora pra outra estávamos dançando na chuva.

– Está chovendo. – falei. Mas eu ainda não havia parado de dançar com Annabeth.

– E...? – respondeu. Entendi o que ela queria dizer, e sorri.

Puxei Ann um pouco mais pra perto. Nós dançávamos em sincronia perfeita. Não estava muito rápido, mas também não estava devagar. Vez ou outra eu a erguia do chão, e ela ria.Estávamos encharcados pela chuva, mas mesmo assim continuávamos dançando como bobos.

– Estamos encharcados e ainda assim estamos dançando feito bobos na chuva. – ela disse, como se lêsse meus pensamentos.

– Sinceramente... Eu não estou nem aí. – respondi. A loira em meus braços sorriu.

– Sinceramente... Eu também não. – disse Annie.

Estávamos perigosamente perto agora. Nossos rostos estavam a mais ou menos vinte centímetros de distância e se aproximavam cada vez mais. Nossos lábios estavam quase se tocando até que...

CABRUMMM!!!!!!

Nós dois pulamos de susto. Annabeth foi parar a meio metro de mim. Ambos estávamos extremamente corados. Tentei pedir desculpas mas saiu como um “Hã.. Hum.. Ah...”.

– Hã... Acho melhor entrarmos ou vamos pegar um resfriado. Outro dia você me ensina a dançar. – disse Annabeth.

– O.K. – consegui dizer.

Ela pegou os dois esquilos que havia caçado ontem ( no café da manhã só comemos maçãs, e no almoço alguns pedaços de coelho) e me deu um. Comemos em silêncio, e depois decidimos dormir cedo, então fomos para nossos respectivos quartos.

–Boa noite, Sabidinha. Obrigada por me ensinar a atirar. – falei e lhe dei um beijo na bochecha, o que a fez corar.

– Boa noite, Cabeça de Alga. E... obrigada por tentar me ensinar a dançar. – Annabeth me deu um beijo na bochecha, e foi a minha vez de corar.

Entramos em nossos quartos. Assim que fechei a porta, encostei as costas na mesma e escorreguei até ficar sentado no chão. Fiquei repassando cada momento daquela tarde, desde a “aula” de arco e flecha até meu quase beijo com Annabeth. Desde aquele momento, meu coração não para de bater depressa.

Resolvo me deitar logo na cama. E assim o faço. Durmo pensando no que teria acontecido se eu a tivesse beijado; como seria beijá-la.

Penso nos sintomas que venho tendo recentemente. Coração acelerado, mãos suadas, frio na barriga...

Será que.. Será que eu posso estar apaixonado por Annabeth?


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Notas finais do capítulo

MUAHAHAHAHA!

Peguei vocês!!!! Qual é, acreditaram mesmo que não tinha percabeth? Acharam mesmo que eu faria uma crueldade dessas?

Mudando de assunto, o que vocês querem que eu coloque primeiro:

* Luta contra um troll (ou ogro, tanto faz).

ou

* Percy e Annabeth encontram os amigos de Percy.


Só pra avisar: Tem percabeth nos dois. E não é pegadinha dessa vez.


Beijos, Noel!



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