De Repente Amor... escrita por gabriella


Capítulo 1
De repente, desastrada...


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos que puderem ler, é a minha primeira história e espero que gostem. Enfim, boa leitura!



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Já se passava das 10:00 da manhã quando fui incomodada com o som do despertador que tocava incessantemente ao lado de minha cama. Minha cabeça doía e com a visão ainda um tanto embaçada devido ao sono pesado, eu tentava me orientar. Levantei de minha cama ainda grogue de sono e só então fui me dar conta do horário. - Mas que droga! -resmunguei indo em direção ao banheiro. Abri a porta e encostei-me na parede jogando minha cabeça para trás e fechando os olhos levei uma de minhas mãos ao meu rosto, abaixei e eu ali fiquei.

– 1,2,3,4...Ah, força Paulina você consegue! - ainda meio sem rumo me ergui e fui até a pia, lavei meu rosto e após ter feito toda higiene voltei para o quarto que estava uma completa bagunça. Dediquei- me a organizar tudo por ali, arrumei minha cama, guardei a sandália que usei na noite anterior, as roupas espalhadas pelo chão até que tudo estivesse em ordem. Minha cabeça doía tanto que eu podia sentir as pontadas nela.

Logo que terminei tudo por ali fui para o banho, eu estava de férias e após muita insistência da parte de Rebeca, finalmente ela conseguiu me convencer a ir passar uns dias em sua casa. Seus pais iriam viajar para uma segunda lua-de-mel e como ela ficaria sozinha me convidou. Enquanto a água quente caía sobre minhas costas meus pensamentos invadiram minha cabeça, pensei no quanto seria difícil dali pra frente sem minha mãe, já havia passado quase 2 meses após sua morte e com tanto trabalho e correria ainda nem tinha tido tempo de realmente sentir sua falta.

Bem, depois de um longo banho e de secar meu cabelo não hesitei em pegar a primeira roupa que ví em meu guarda-roupa. Com um vestido de algodão rosa bebê liso e uma sandália de pequeno salto separei algumas roupas para levar na viagem e calçados. Coloquei tudo numa mala que depois de muito custo consegui tirar de cima do guarda-roupa e pronta liguei para que um táxi fosse me buscar, o que não demorou muito. O interfone tocou e logo me dei conta de que o táxi já havia chegado, então desci.

Um moço que aparentava ter seus 30 anos saltou pra fora do carro e gentilmente se ofereceu para pegar minha mala e abrir a porta. Sorri em agradecimento e enfim partimos rumo ao aeroporto. Assim que chegamos o rapaz repetiu a gentileza e após acertamos tudo adentrei as portas de vidro automáticas. Ali pessoas íam e vinham numa correria sem fim. No balcão uma moça cuidou de fazer meu check-in e logo despachou minha mala. Faltando exatos 30 minutos para o meu voou decidi dar uma volta no aeroporto, caminhando por ali logo avistei perto do portão de embarque uma pequena cafeteria. Não pensei duas vezes e em passos largos fui até lá, eu não havia tomado café da manhã e estava realmente com muita dor de cabeça, precisava de um café.

– Bom dia. - disse apoiando-me no balcão.

– Bom dia! - soltou uma senhora do outro lado do balcão parando frente a mim com um sorriso no rosto.

– Deseja alguma coisa? - perguntou me.

– Sim, um capuccino sem açúcar e com canela por gentileza.- atirei em seguida.

– Vai levar ou tomar aqui moça? - perguntou me.

– Pra viagem. - disse. Ela virou-se e se dedicou a preparar meu pedido, rápida logo voltou até mim com um copo térmico médio em mãos. Estiquei minha mão para pega-lo e indo até o caixa acertei a conta, sem pensar me virei rápido para sair quando...

–Oh meu Deus! - soltei em um quase grito assustando-me derramando boa parte de meu café num homem atrás de mim.

– Você está louca? - gritou o rapaz com uma parte do terno completamente suja de café quente.

– Me desculpa eu fui me virar e.. - antes que eu pudesse terminar a frase ele num grito me interrompeu.

– Imbecil! Veja o que fizestes no meu terno novo! Tens noção de quanto paguei nessa porcaria?

– Me desculpa por favor, me perdoe eu não tinha visto que você estava atrás de m.. - tentei argumentar mas já com os olhos ardendo em lágrimas fui novamente interrompida.

– Cale a boca! Neste momento aproximadamente todos na pequena cafeteria e nos corredores próximos haviam parado para ver tamanho escândalo.

– Co-como - gaguejei - eu posso te ajudar? Me perdoe por favor deixe-me te ajudar a limpar isso!?

– Saia! Vou até o banheiro tentar dar um jeito nessa sujeira, tenho uma reunião em Miami ás 14:00 não posso chegar fedendo a café! E tudo isso graças a você, sua...sua - tentando achar palavras tirou o terno de seu corpo ficando apenas com uma camisa branca que havia por baixo, e com um dos braços esticados segurava o terno que graças a mim estava sujo de café. - esqueça! - continuou ele jogando o terno no ombro e antes de sair encarou-me da cabeça aos pés e quando seus olhos finalmente se encontraram com os meus ele respirou fundo, e um pouco já aliviado ví em seus olhos que tamanha raiva já havia passado. - Com licença. - ele saiu a passos largos a procura de um toalete. Todo mundo, sim, aproximadamente todos estavam me observando. Eu não sabia onde enfiar minha cara com tamanha vergonha, podia sentir o ardor em meu rosto e minhas bochechas corando.

Totalmente sem rumo e sem conseguir pensar obriguei-me a sentar numa cadeira ainda na cafeteria e logo a mesma senhora que havia me servido o café me trouxe um copo d'água.

– Está tudo bem menina? Toma, trouxe um pouco com água, se acalme. - sem saber o que dizer nem como agradecer peguei o copo com as mãos trêmulas e bebi toda a água.

– O-obrigada. - agradeci quase sem voz.

– Se acalme menina, estás tremendo. Foi só um acidente, não dê muita importância às palavras daquele senhor, ele se alterou.

– Está tudo bem, muito obrigada dona... - não sabia como eu podia chamá-la então atrevi-me a perguntar - como posso te chamar?

– Rosa! Me chame de Dona Rosa. - respondeu entregado-me um sorriso.

– Está bem, muito obrigada, Dona Rosa. - devolvi o sorriso. - Bom, já estou bem, tenho que ir meu voou sai daqui a poucos minutos, preciso embarcar.

– Tudo bem filha, vá com Deus e mais cuidado.

– Pode deixar, e muito obrigada mais uma vez. Até mais. - me despedi com um simples aceno de cabeça.

– Até mais. - a educada senhora disse retribuindo-me o aceno. E assim foi, peguei minha bolsa que a essa altura já estava no chão e rumo ao portão de embarque eu fui. Após todo o processo por fim eu já estava dentro da aeronave.

Durante a viagem eu não conseguia pensar em nada - absolutamente nada - que não fosse aquele rapaz da cafeteria. Apesar dele ter sido extremamente grosso comigo, não posso ignorar o fato de que aquele olhar que ele me lançou antes de sair realmente havia mexido comigo. Mas, porque tão grosso? Céus!

Perdida em meus devaneios não percebi o momento em que cai no sono, foi quando uma mão suave, feminina, e uma voz leve me despertou. Era uma das aeromoças.

– Senhora, está tudo bem? - ela me perguntou, ainda meio tonteada de sono passei uma de minhas mãos pelo meu rosto e virei-me para ela.

– Está sim, aconteceu alguma coisa?

– Que ótimo. Não, não moça. Foi só pra avisar que dentro de alguns minutos estaremos pousando no aeroporto de Miami. A senhora pode voltar a cadeira para a posição correta e apertar os cintos por gentileza? - pediu-me educadamente.

– Oh sim, claro! - respondi já ajeitando-me.

– Mas antes, será que dá tempo de passar rapidamente no toalete?

– Sim, á vontade! - a adorável moça sorriu e voltou aos seus afazeres. Levantei-me e fui ao banheiro, aproveitei já para lavar meu rosto e retocar a pouca maquiagem que usava e então sai do pequeno ambiente. Voltando para meu acento completamente desajeitada não sei o que diabos houve com um pé de minha sandália que bastou uma pisada em falso para quebrar e quase me jogar de cara no chão. Tentando amenizar a queda eu rapidamente apoiei meu braço no primeiro banco que eu alcancei e ali mesmo eu tombei.

– Jesus! Que porcaria de sapato é esse? E ai meu pé! Mas que merda! - resmunguei tentando me levantar, foi então que uma mão nada parecida com a que havia me acordado anteriormente se estendeu para me ajudar a levantar.

– Está tudo bem? Você se machucou? - a leve voz masculina perguntou-me. Segurei em sua mão ainda sem ter forças nem coragem de olhar em seu rosto de tanta vergonha. Com a mão livre retirei a sandália de meus pés, e felizmente o pé que eu havia torcido não doía tanto, e assim, descalça, eu levantei. Erguendo minha cabeça e soltando sua mão, porém reconhecendo aquele terno com um leve aroma de café eu travei completamente. Oh meu Deus, não é possível! Não não não, não pode ser ele! De novo não!


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Obrigada a todos que leram. Comentem por favor.



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