Confia em Mim? escrita por bi4, Gom


Capítulo 17
Resgate


Notas iniciais do capítulo

Eu nem demorei mt dessa vez... Eu acho :S
Bom, provas finais chegando, mas eu nem to estudando, então aproveitem -QQ

A partir desse capítulo as coisas ficam um pouco mais sérias, mas depois eu volto pra comédiazinha besta UAHSUA'

A fic está na reta final! Acho que só falta 1 ou 2 capítulos para acabar ):
Mããããnz, como eu não vou deixar vocês tão cedo, terá uma mini-fic extra, porque... Não vou dizer, porque se não é spoiler 8D'

Espero que gostem e boa leitura!

PS: esse capítulo ficou muito grande, então dividi em duas partes (:



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-Calma, Tom. Temos que esperar o momento certo. – Helena sussurrou em seu ouvido, ao senti-lo enraivar-se.

- Eles estão indo para a ala 48 do galpão abandonado na Goldship street, n° 32 daqui a 46 minutos. – Nap continuou, agora fitando meticulosamente o sofá vermelho. Após algum tempo de observação, ela se sentou em um dos bancos e relaxou os músculos. Focou-se em Tom à sua frente, com os punhos cerrados.

-Senta, Tom. – Yuki falou entre dentes, olhando para o mesmo ponto de atenção de todos. – Se eles nos verem, teremos que recuar imediatamente.

Demorou um pouco até Tom voltar a si. Uma onda de fúria passara pelo seu corpo causando uma forte dor no estômago, além de arrepios em sua coluna. Pensamentos lamuriáveis passearam por sua cabeça por um longo tempo.

Era um fato que ele ainda não tinha se acostumado com a ideia de ver seu pequeno irmão com outros olhos. Aquilo fora tão repentino, que só piorou as coisas dentro da sua cabeça. A chacoalhou rapidamente, antes de sentar-se ao lado de Helena, suspirando seguidamente.

Os 40 minutos restantes se passaram rapidamente na visão do louro. Seus olhos captavam tantos acontecimentos, a fim de ignorar o sofá vermelho a sua frente, enquanto sua cabeça tramava mil maneiras de matar o Damiam de todas as maneiras possíveis.

Tom estava tão fora de si que pensara em torturar seu irmão também. Não fisicamente, mas psicologicamente. Em sua cabeça, ele o xingava e o chantageava de muitas ofensas enterradas com o tempo. A expressão magoada de Bill o excitava, o fazia continuar com aquele jogo mais tempo.

Após ver Bill chorando aos seus pés, ele o pegava com força e o molestava. Seus olhos rodaram de prazer nessa hora, sua boca se contorceu em um sorriso deplorável, demonstrando o quão maquiavélico ele poderia ser. Suas calças por um momento ficaram apertadas e um riso escapou de seus lábios, chegando aos ouvidos da garota ao seu lado.

Helena começara a ficar preocupada ao andar pela cabeça de Tom. Ela mesma presenciou as loucuras escondidas pelo garoto. Fitou os olhos piedosos de Bill e as gargalhadas de Tom, até finalmente encontrar os destroços de Damiam.

Tom estava enlouquecendo gradualmente.

Suspirou, deixando isso de lado, observando Bill e Damiam, que pareciam mais entretidos entre eles do que antes.

-Isso não está bom. – Zuzk murmurou, olhando para o mesmo lugar. – Tens certeza que devemos esperar?

-Sim, eles não vão passar daquilo. – Helena falou com convicção, assumindo um olhar sombrio. – Afinal, o Bill já gozou.

As duas garotas presentes arregalaram os olhos por poucos segundos ao ouvir palavras tão duras vindas da menina, o que as deixaram preocupadas. Agora, com mais curiosidade, continuaram a observar Bill e Damiam.

Realmente as coisas tinham esquentado nesse meio tempo. Damiam tinha colocado Bill sentado à sua frente e aberto suas pernas, escorrendo as mãos pela parte interna de suas coxas, chegando finalmente entre suas pernas.

Um gemido saiu dos lábios de Bill, que continuava com os olhos fechados, sendo levado pela bebida que as pessoas te davam de minuto em minuto e seus instintos.

Damiam o massageou por um tempo, arrancando finalmente longos e profundos gemidos da sua presa quase inconsciente. Um sorriso não conseguia largar seus lábios.

-Vamos, Tom. – Helena voltou-se para o amigo que se encontrava em transe. O puxou com certa irritação e seguiu para fora do bar, junto com as duas garotas à sua frente.

Entraram no carro e Helena assumiu a direção. Colocou a chave na ignição, mas não ligou o motor. Deixou o aquecedor ligado e desabou na poltrona de coro, soltando um longo suspiro.

-Esperamos 13 minutos e partiremos indo pela Laughlin Street, seguindo pela rua principal e entrando pelo terceiro beco à direita. – Yuki falou com uma voz branda, arrancando a atenção de Tom, que pousava a cabeça no vidro do passageiro.

-Então quer dizer que o Bill tá gostando... – Tom murmurou pela primeira vez, olhando para fora do carro. Sua voz carregava ainda o ódio e o sadismo de antes.

-Era droga, Tom, você não viu? – Yuki resmungou, surpresa com o tom de voz do garoto.

-Eu não acredito em você. – Tom falou em um tom altamente sombrio, escondendo-se cada vez mais no banco. – Aquele idiota... Inocente idiota.

O silêncio sentou-se junto com aqueles adolescentes no carro. Todos estavam surpresos com os desabafos de Tom. Pareciam extremamente bipolar suas expressões e frases ofensivas contra o próprio irmão.

Helena já sabia que não podia mais lidar com a reação de Tom em relação a seu sentimento. Aquilo era uma coisa que ele devia controlar sem ajuda de ninguém.

Suspirou, derrotada.

Tom sentia-se traído. Mágoa, tristeza, opressão. Tanta coisa guardada dentro de si que ele não sabia lidar com aquilo.

Optou pela raiva, o mais acessível. Seu cérebro ainda formava cenas mirabolantes com seu irmão e Damiam, sempre envolvendo violência e estupro. O peito embaixo a camisa suada descia e subia rapidamente, como se estivesse sufocado. Os lábios entreabertos e os olhos cerrados não enxergavam mais um palmo à sua frente. Estavam afogados a lágrimas quentes e doloridas, que escorriam seu pecado mais doloroso.

Ofegou baixo, retorcendo o rosto por causa do choro. Seu corpo curvou-se para frente, ficando em posição fetal no banco do carro. A cabeça entre as pernas, os olhos fechados.

Tom se perguntava como ele pôde pensar, nem que fosse por um mísero momento, uma coisa daquelas com seu irmão. Bill que sempre fora seu irmãozinho menor, a coisa mais importante de sua vida, o seu apoio emocional, sua luz no fim do túnel.

A culpa não era dele. Tom sabia disso no fundo, mas era muito mais fácil ele culpar a todos e tirar a culpa de si.

Seus pensamentos foram interrompidos quando seu celular vibrou no seu bolso da calça. O corpo cansado mexeu-se vagarosamente, esticando o braço no bolso, logo alcançando o objeto metálico no fim do bolso.

-Alô? – Murmurou, logo em seguida dando uma fungada para disfarçar o choro.

-Filho?

Por um segundo, o coração de Tom parou de bater de medo. Não tinha ideia do que dizer a mãe naquele momento. Sua mente já estava tão cheia de realidades que não teria mais espaço para uma mentirinha.

Em um gesto insensato, passou rapidamente o celular para Yuki, que se encontrava na poltrona de trás.

-Dona Simone, é a Yuki! – A menina tentou falar naturalmente, dando uma ênfase do próprio nome.

Após alguns minutos, uma pequena história fora inventada e assim Simone poderia dormir sossegada e despreocupada.

Assim que o celular foi desligado, o motor fora ligado e o carro arrancado daquele lugar, costurando-se rapidamente entre as ruas. Todos colocaram os cintos de seguranças, com certo medo da Helena no volante.

O trajeto fora extremamente silencioso. Não se ouvira nem suspiros ou respirações. Todos pareciam bastante apreensivos com o que estava prestes a acontecer.

Os corações tentavam pular do peito quando o carro fora estacionado em um lugar remoto, perto de um enorme prédio abandonado ao lado de um terreno baldio.

Yuki tentava se acalmar, respirando profundamente, mas não estava sendo muito eficaz. A garota começara a tremer nas bases e a roer as suas preciosas unhas.

-Hey, se não quiser entrar, não precisa. – Helena murmurou, dando um sorrisinho de compreensão para a menina. – Precisamos de alguém que fique na base mesmo.

Yuki apenas assentiu, voltando a sentar no carro, só que agora na poltrona do motorista, com as pernas fora do carro, mexendo no rádio para ver se estava tudo ok.

-Tudo funcionando. – Ela falou depois de um tempo – mais calma- dando um sinal que eles já poderiam ir.

                                                                      ****

Três homens se encontravam na porta central do segundo andar. Pareciam mais uns armários de tão musculosos que eram.

Zuzk se escondia em uma fresta de concreto que não fora demolida com o tempo um pouco antes da porta onde os homens se encontravam. Em sua mão se encontrava dois pedaços de aço encontrados no caminho.

Pensou em como poderia atacar por um minuto. No segundo minuto, colocou os dois pedaços enfiados na blusa, a fim de não fazer barulho ao colocar no chão e amarrou os cabelos loiros com um elástico qualquer.

Quando estava prestes a atacar, um dos homens se pronuncia.

-Hoje acordei com uma vontade louca de trepar. – O do meio falou, enquanto os outros dois gargalhavam, mas concordavam.

A menina parou por um momento, tendo uma estratégia melhor para ataque.

                                                                    ****

Tom se encontrava nas escadas de emergência do prédio, ao lado do elevador quebrado. Um pau de madeira com cerca de um metro de comprimento era esmagado por suas mãos.

O louro encostou-se à parede ao ouvir vozes vindas de baixo, em direção as escadas. Preparou a madeira e quando o primeiro homem tocou os pés no segundo andar, Tom lhe deu um porrete, acertando bem em seu estômago.

Como se era de esperar, acontecera um efeito dominó e todos os outros que estavam atrás do que receberá o prêmio caíram escada a baixo. Tom riu, antes de subir mais um lance de escadas.

                                                                   ****

-Damiam, onde... estamos? – Uma voz fraca e conhecida vinha dos jardins dos fundos. Todas as lâmpadas daquele local fora quebradas, fazendo com que o lugar seja completamente escuro.

-Chegamos ao hotel, meu amor.

Um tremor percorreu o corpo de Helena ao ouvir aquela voz tão aterrorizante para seus ouvidos. Respirou fundo e os seguiu sorrateiramente, conseguindo enxergar suas sombras negras.

-Ir pra... casa. – Bill murmurou no colo de Damiam. - Mamãe...

-Eu já liguei pra ela, Bill, pode ficar tranqüilo e aproveitar a nossa noite de amor? – Damiam parou bruscamente no meio de um corredor que daria para dentro do prédio e apertou Bill em seus braços, arrancando-lhe beijos.

Estalos foram ouvidos e gemidos da parte de Bill também. A garota segurou-se para não vomitar de desgosto. Era tão nojento.

Damiam colocou Bill no chão, rapidamente retirando suas calças, junto com a boxer e massageando novamente o membro ereto do garoto.

-Isso... Não. – Bill se embolava com as palavras que faziam eco naquele corredor.

Damiam não respondeu, apenas dirigiu sua boca até entre as pernas do moreno, sugando desesperadamente o membro de Bill. O mesmo gemia agora alto. Poderia ser ouvido lá de cima.

Não demorou muito para Bill desmanchar na boca de do louro. Sua respiração estava ofegante e os lábios entreabertos. Suas mãos ainda estavam pesadas e a cabeça tombou em seu ombro.

-Seu safado... Você gosta de ser chupado, sim? – Damiam mudou o tom de voz, assumindo seu tom original. O sádico.

Helena ficou atenta a voz do louro, acordando de seus pensamentos enquanto o ato. Aquilo estava sendo tão nojento, que ela pensou várias vezes em interromper, mas seria a mesma coisa que matar Bill.

Um passo em falso e Bill morria.

-Tom... – Bill falou rapidamente, embolando a língua no céu da boca e beirando ao desespero.

-Ele não está aqui, idiota. – Damiam falou alto, dando um forte tapa no rosto de Bill. – Ninguém está aqui para te salvar dessa vez.

Helena quase que saiu de seu esconderijo. Quase mesmo.

O coração da garota pulava de raiva no peito. Os dentes rangiam e as mãos apertavam um as outras.

Não podia sair dali. Teria que esperar eles chegarem lá em cima.

                                                                      ****

-Hey. – Zuzk aparecera apenas de sutiã, segurando sua blusa com uma das mãos, rodando em cima de seu corpo, enquanto a outra mão segurava o pedaço de aço em suas costas. – Querem uma amostra grátis?

Os três armários ficaram estáticos, olhando o tamanho daqueles peitos esmagados por aquele sutiã branco bem na sua frente. O do meio logo se apressou e tentou rodear o braço pela cintura fina da menina, logo depois recebendo uma bofetada na cabeça.

Por ser aço, o homem caiu desacordado ao lado dos colegas. Os outros dois olhavam com um sorriso malicioso para a menina.

-Dois contra um, o que acha? – Um loiro falou, enviando uma piscadela para Zuzk.

- Não estou contando. – Zuzk respondeu, pegando o outro pedaço de aço que estava preso em sua calça e indo de encontro aos dois homens.

O aço acertou em cheio o rosto do loiro, mas o outro conseguiu segurar o pau com uma das mãos e a outra rodear a cintura de Zuzk, a segurando no ar.

-Me solta, seu desgraçado! – Ela gritava, mexendo as pernas no ar.

-Eu deveria te estuprar agora mesmo, mas acho que o chefe não vai gostar nadinha. – O homem falou no ouvido da loira.

-É, agora me coloca no chão.

-Não antes de dar umas boas apertadas nesses peitos. – Ele murmurou, desabotoando a fenda que ficava na frente do sutiã, e segurando os peitos da menina com força, fazendo movimentos fortes.

Zuzk não sabia mais o que fazer, estava bem desesperada. Só conseguiu gritar.

-TOM! TOM!

                                                               ****

-Tom! Tom! – Gritos foram ouvidos no corredor do anexo do prédio vindos de cima. A cabeça de Bill teve força para se levantar um pouco.

-Tommi... – Ele tentou gritar, mas apenas conseguiu embolar novamente sua língua.

Damiam parecia furioso à sua frente, arregalou os olhos e fez um bico de insatisfação.

-Merda! Temos que continuar logo. – O loiro falou alto, colocando apenas a boxer em Bill e o pegando no colo novamente, como se fosse um saco de batatas.

Enquanto isso, Helena se preocupava cada vez mais com a Zuzk, quando se lembrou do comunicador. Apertou o botãozinho que se alojava no ouvido e falou baixo.

-Tom, Nap falando.

-Tom na escuta!

-Ajude a Zuzk. Vire à esquerda e entre pelo saguão 34 e siga reto até a porta principal do salão central.

-Entendido.  E o comunicador foi desligado.

Quando Helena foi olhar para Damiam, ele já não estava mais lá. Levantou-se e correu pela outra lateral do prédio, seguindo o mesmo trajeto de Tom, mas pelos fundos, onde se encontraria com o Damiam.

Quando chegou a porta dos fundos, parou por um momento. Fechou os olhos e fez uma pequena oração a Deus, pedindo para que tudo desse certo. Logo depois, escancarara a porta, dando de cara com um Damiam maquiavélico, portando uma faca em sua mão.


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Notas finais do capítulo

Bom, é isso (:
Não vou demorar mt pra postar, porque o próximo capítulo já está quase pronto!

Reviews? :3