Confia em Mim? escrita por bi4, Gom


Capítulo 14
Acontecimentos


Notas iniciais do capítulo

Não demorei dessa vez, uhú!
Bom, obrigada a todas que continuam a mandar reviews! Acho que posso contar com vocês com todas as histórias que escrever!
Agradeço também a Mya Kaulitz pela sugestão õ
Você, se tiver alguma reclamação ou sugestão, fica à vontade pra me mandar um MP!
Agora vamos a leitura...



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O que você está fazendo aqui sozinho? Perigoso, sabia? – Ele falou, tirando o capacete e balançando os cabelos loiros, como sempre fazia.

 

Eu sabia perfeitamente que Damiam não era o cara perfeito para se andar, principalmente depois de tudo que aconteceu. Mas, eu não namorei com ele por qualquer coisa. Eu realmente gostava dele e tudo aquilo não impedia que eu tivesse uma quedinha pelo seu físico, afinal, olhar não tira pedaço.

 

-Eu estou esperando o ônibus pra ir pra casa, mas está demorando um pouco. – Falei baixo, com um sorriso inseguro. Eu não sabia se estava fazendo a coisa certa dando trela para Damiam depois do ocorrido.

Tenho certeza que uma pessoa normal não teria nem dirigido à palavra.

 

-Você podia muito bem ser assaltado, sabia? Aposto que dona Simone não iria deixar você sair assim sozinho. – Falou com tom de censura, misturado com preocupação. Sua feição era indignada.

 

Por um momento eu não senti medo algum do Damiam. Ele parecia estar bem preocupado comigo, vai ver que depois de tudo aquilo ele tenha se arrependido?

 

-Na verdade, eu briguei com o Tom. – Resolvi abri o jogo quase automaticamente. Foram tantas lembranças boas com o Damiam que não podia mentir para ele. Ele sempre me ouvira até demais.

 

-Coisa de irmão, eu acho. – Falou pacificamente, me assustando. Ele sempre ficava com raiva quando o Tom fazia alguma coisa comigo.

 

Parece que ele se arrependeu mesmo das coisas que fez.

 

-É, mas não é muito comum entre a gente. – Acrescentei, soltando um suspiro.

 

-Sobe. – Falou, abrindo o banco de trás e pegando outro capacete preto. – Vai pegar um resfriado.


-Eu não sei subir em moto. – Confessei junto com uma risada frenética.

 

-Eu te ajudo. Sobe. – Afirmou, estendendo uma mão.

 

Com muita relutância, subi e ele deu partida pelas ruas cinza de Hamburgo.

 

 

 

                                                                     ***********

-O que tem feito? – Ele falou alto, ainda com a moto em movimento. O vento estava descomunal, eu mal conseguia abrir os olhos.

 

-Acho melhor conversarmos quando chegarmos em casa. – Gritei, fechando os olhos.

 

Só consegui ouvir sua risada e a moto acelerando.

 

 

Passei todo o trajeto de olhos fechados. Os mesmos já estava lacrimejando por conta do frio e da força do vento. Assim que a moto parou, eu abri os olhos e olhei em volta.

 

-Sua casa? – Indaguei, fitando a casa marrom claro que eu já conhecera.

 

-Pensei que você gostaria de conversar um pouco. – Falou baixo, com um meio sorriso. – Você deve estar bastante magoado, certo?


-Nem tanto. –Menti, olhando para baixo.

 

-Eu conheço você. – Murmurou, pegando minha mão e puxando para a porta de entrada. – Hoje a casa é nossa. Minha mãe viajou.


Suspirei, entrando. Eu não queria realmente estar ali, mas também não queria magoar o Damiam. Ele estava sendo muito legal comigo. Até mais do que quando estávamos juntos, o que eu estranhei muito.

 

Ele se esparramou no sofá e eu sentei ao lado dele, olhando a decoração da casa. Eu já tinha ido muitas vezes ali, mas não me cansava de olhar os quadros pendurados.

 

-Deve estar achando estranho né? – Ele murmurou, com um sorriso débil.

 

- Sim. – Falei meio sem graça, olhando para o chão.

 

- Eu me arrependi daquilo. – Falou com convicção, se ajeitando mais no sofá e inclinando-se para frente, olhando nos meus olhos. – Sei que você ficou assustado e magoado. Eu nunca fui muito de sentimento, sabe? Eu queria muito ter você, Bill, mas você nunca deixava.


Parei por um momento de respirar, ouvindo aquela confissão tão estranha e repentina.

 

-Eu gostava mesmo de você, Bill. Tudo em você me encantava, até o seu modo de rir. – Falou, dando uma pequena risada, deixando-me corado. – Eu queria ter você de todas as maneiras possíveis, queria sentir você.


Aquilo estava me deixando um nó enorme na garganta. Algo ali estava me deixando sufocado, minha vontade era de abraçá-lo e me desculpar por ser um fracote, mas o orgulho não deixava, a parte que eu tinha puxado do Tom não deixava.

 

-Assim que aconteceu aquela coisa estranha depois daquela minha tentativa, minha raiva foi tanta por mim mesmo... Eu nunca queria ter te perdido, Bill. – Damiam abaixou a cabeça. Sua feição era tão infeliz que estava me afetando.

 

Qual era o certo naquele momento? O que eu deveria fazer? O menino que tentara me estuprar há uma semana atrás estava se declarando para mim. Estava sofrendo na minha frente.

 

O que eu sentia por ele?

 

Faria sentido eu voltar para ele?

 

 


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Notas finais do capítulo

Boooooooom, e aí? O que vocês acham do Damiam? O Bill deve voltar pra ele?

Eu sei que o capítulo ficou pequeno, mas é porque o próximo vai ser bem grande! (Eu espero)

Deixem seus reviews, ok? Até o próximo post õ