Lá E De Volta Outra Vez escrita por Pacheca


Capítulo 40
Reatando Laços


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus lindos ♥ Vim deixar mais um pra continuar essa história lendja :3 Espero que esteja do agrado, como de costume. Boa leitura :)



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   Depois de me acertar com Nathaniel, voltamos a nos sentar juntos. Foi bem óbvio todo mundo olhando para gente enquanto ele deixava a caixa no chão e se assentava. Eu deixei a mochila na mesa e o imitei. Foi uma mudança excelente tê-lo de volta.

   No fim da aula, ele acabou de me contar seu plano sobre conseguir um gatinho, enquanto o professor passava um dever no quadro. Fui anotando, escutando o que ele me dizia. Parecia imenso.

   ─ E é isso. Quer vir comigo depois da aula?

   ─ Rápido assim? Quero, nem que seja pra morrer de inveja.

   ─ Você me ajuda a escolher um, eu te deixo visita-lo de vez em quando.

   ─ Ih, vou precisar de gato pra receber convite?

   ─ Não foi o que eu falei. Vai querer vir ou não?     

   ─ Já falei que quero.

   ─ Muito bem, então. A gente pode ir amanhã, se preferir.

   ─ É, pelo tamanho desse dever, vai ser melhor.

   ─ Okay. Bom, eu vou voltar pro meu serviço no grêmio. Beijinho.

   ─ Tchau, lindo.

   Enquanto eu guardava meu material, largada sozinha com minha caixa, Alexy se aproximou, arrastando o irmão e Kentin. Aqueles três nunca mais se largavam. Ele sorria, esperando eu explicar.

   ─ A sensação de não estar morta por dentro é excelente.

   ─ Credo, dramática.

   ─ Enfim, tudo resolvido. Por incrível que pareça, graças ao Castiel.

   ─ Ouvi meu nome. De nada.

   ─ Obrigada. Bom, todos vocês.

   Fechei o zíper da mochila e a coloquei nas costas antes de apanhar minha caixa e sorrir mais uma vez para eles. Castiel foi embora, enquanto Armin levantava a tampa da caixa.

   ─ Caraca, esse fone deve ter sido bem caro. Olha isso, Alexy, é daqueles que você sonhava.

   ─ Mentira, você tem um?

   ─ Presente do Nathaniel.

   ─ Sério que ele gastou isso tudo contigo? Onde eu viro amigo de infância? ─ Fui obrigada a rir, tomando o fone das mãos dele e colocando de volta na caixa.

   ─ O valor sentimental é maior, bobão.

   ─ O econômico também é.

   ─ Vocês são bem insensíveis. Eu fico feliz que ele tenha notado que agiu mal com você. ─ Eu achava tão fofo quando o antigo Kentin dava as caras, mesmo que mais controlado atualmente. Sorri para ele.

   ─ E eu fico feliz que vocês tenham ficado comigo esse tempo todo. Valeu.

   ─ Sempre que precisar.

   ─ Espero que para isso, nunca mais. Bom, eu vou para casa fazer aquele dever quilométrico. Deveriam fazer o mesmo. Até mais, amigos.

   E os deixei começando uma discussão dentro da sala, carregando meus presentes e lembranças de volta para meu quarto. De onde elas nunca deveriam ter saído, pra início de conversa. E, falando em quarto, eu realmente tinha que fazer aquele bendito dever. Tirei tudo da caixa e organizei nos seus lugares, antes de pegar o caderno e o estojo.

   ─ Bom, vejamos. Revolução industrial. Ótimo. ─ Algo que eu deveria deixar claro. Minhas notas sempre foram boas, minha mãe sempre me disse que herdei a inteligência do meu pai, a forma rápida de assimilar as coisas. O problema todo morava no interesse. Eu era de exatas, com certeza. E história não era a pior matéria do mundo, mas um dever daquele tamanho me deu vontade de morrer. ─ Pai, está ocupado?

   ─ Oi, meu bem. Não. Precisando de ajuda?

   ─ Na verdade, sim. O senhor gosta muito de história, confere?

   ─ É, eu conheço alguma coisa.

   ─ Excelente. Pode começar a passar um resumo básico da revolução industrial.

   ─ Como é?

   ─ Quebra esse galho, eu realmente não quero ficar relendo aquela matéria toda. Você sabe que eu não compartilho seu gosto por história.

   ─ Só pelas fictícias. Deixe eu ver. ─ Ele esticou a mão para pegar o caderno com as questões, sorrindo. ─ Vai ser fácil. Pega uma folha, vamos lá.

   Quando eu pedi a ajuda do meu pai foi para ganhar tempo por não ter que ler e para agradá-lo também. No fundo eu sabia que ele gostava quando eu pedia essas ajudas. A questão toda foi que eu passei duas horas sentada no braço da poltrona onde ele estava, sendo interrogada sobre a revolução industrial. Exaustivo, no mínimo.

   A vantagem foi que meu dever de dez questões só foi respondido por completo depois de quatro páginas inteiras com minha escrita. Ou seja, estava impecável. Agradeci meu pai e subi para meu quarto de volta, para pregar as folhas e guardar na mochila.

   No dia seguinte, minha aula com Faraize só aconteceria no segundo horário, então achei melhor deixar meu dever no armário para amassar menos. Só questão de estética mesmo. Antes que eu fechasse o armário, um berro veio do fundo do corredor, daqueles de dor. Fui checar, rezando para não ver nada muito sério.

   ─ Ah, é só você. Que show é esse?

   ─ Dá para me ajudar aqui? Eu acho que quebrei meu tornozelo.

   ─ Certeza que não é só uma unha, Li?

   ─ Cai fora.

   ─ Vem cá, anda. Como conseguiu essa proeza?

   ─ Meu salto quebrou, não consegue ver?

   ─ Pronto, de pé. Se vira agora.

   Larguei o braço que eu tinha segurado para ajudá-la e caminhei de volta para o corredor. Simplesmente bati a porta do meu armário e fui para a sala da primeira aula, uma bela lição de matemática. Sentei e passei a escrever enquanto o sinal não tocava. Não demorou, por sorte.

   ─ A gente vai mesmo ao pet shop hoje?

   ─ Uhum, por que?

   ─ Já comentei que essa malha sua marca seus braços?

   ─ Que?

   ─ Foi um elogio, de algum jeito. Um novo Nathaniel, ficou excelente com esse corte de cabelo. Ficou lindo.

   ─ Oh, nada mais justo que me livrar do meu cabelo depois de te fazer perder o seu.

   ─ Muito bom.

   ─ Aula do Faraize, vem. ─ Ele falou, pegando a mochila e caminhando para a porta. Avisei que precisava pegar meu dever e deixei ele ir sozinho. Abri meu armário, e então meu sangue gelou.

   ─ Oh, vamos lá, cadê? Eu coloquei aqui, não fiquei louca ainda.

   ─ Anna, você não vai assistir à aula?

   ─ Ah, já vou Kim, só preciso achar meu dever.

   ─ Oh, okay. Boa sorte.

   Tirei todos os livros, até tremendo de ansiedade, mas nada. Até o capeta aparecer. Ambre parou na minha frente, segurando quatro folhas coladas pela ponta dos dedos, sorrindo daquele jeito dissimulado dela.

   ─ Procurando algo?

   ─ Devolve, Ambre.

   ─ Respostas excelentes, hein? Fez sozinha?

   ─ O que isso te interessa? Devolve, anda.

   ─ Tudo bem. ─ Ela virou a folha e rasgou as quatro ao meio, na maior calma do mundo. Arregalei meus olhos, pensando em como depenar a galinha. Ela ainda fez mais pedaços antes de deixar tudo cair no chão e pular por cima. ─ Acho que ele não vai aceitar isso. Oh, e valia quantos pontos?

   ─ Como pegou, Ambre?

   ─ Li me ajudou, veio com um salto velho na mochila para quebra-lo.

   ─ E por que? Ou seu único objetivo de vida é me ferrar?

   ─ Pra você parar de se intrometer no assunto dos outros. Você acabou com nossa vida, sua vagabunda.

   ─ Ok, eu vou até ignorar que se trata de você e ser compreensiva. Eu sei que é difícil de aceitar, mas ele é seu irmão.

   ─ Cala a boca. O dia em que você entender qualquer coisa disso você pode opinar. Oh, esqueci. Não vai acontecer nunca. Seu irmão preferiu morrer a continuar com vocês.

   Bati a porta do armário e entrei na sala sem olhar para ela. Eu não queria ser presa por homicídio. Passei a aula rabiscando o caderno com raiva, sob o olhar curioso de Nathaniel. Não que eu fosse falar qualquer coisa. Eu odiava quando Ambre me deixava naquele estado, odiava a mim mesma por me incomodar com aquilo. Não ia assumir nunca que ela tinha me derrubado por um instante que fosse.

   ─ Muito bem, passem os deveres para frente até chegar ao primeiro aluno da fila. ─ As dezenas de folhas foram passadas, mas eu cruzei os braços e esperei. Vi que Nathaniel esperou, mas não expliquei. ─ Anna, onde está o seu?

   ─ Eu o perdi, professor. As quatro páginas inteiras de respostas maravilhosas, perdi.

   ─ Pois bem, como queira. Fique depois das aulas, encontre-me aqui.

   ─ Okey dokey.

   Dispensados. Vi o sorriso torto da filha da puta antes que ela deixasse a sala com suas vassalas. Que ódio. Fechei o caderno e fiquei de pé. Nathaniel só esperava eu dizer algo, qualquer coisa.

   ─ Que foi, Nath?

   ─ Parece bem irritada do nada.

   ─ Eu acabei de perder meu dever e ganhar uma detenção, era pra estar feliz?

   ─ Pode imitar a borboleta, o cavalo você já fez direitinho.

   ─ Desculpa.

   ─ É só por isso mesmo?

   ─ É o que vai arrancar de mim.

   ─ Okay, entendi. Eles talvez não entendam. ─ Ele murmurou, guardando suas coisas. Descruzei os braços e olhei para trás.

   ─ Ah, puta merda.

   ─ Olha, alguém anda de tpm, é?

   ─ Não, esse é seu estado natural. Dá um tempo, Castiel.

   ─ Ora, você faz suas escolhas, minha querida. Fala ai, essa foi sua melhor ideia de distração?

   ─ Castiel, não seja desagradável. ─ Lysandre resmungou. Era até engraçado vê-lo sendo um pouco menos tranquilo que o costumeiro.

   ─ Só morrendo para ele parar.

   ─ Esse mau humor todo é realmente por isso? As punições de Faraize são ridículas, vai estar livre em dois tempos. Para de drama.

   ─ Só larga do meu pé, Castiel, não é da sua conta.

   ─ Okay, foi meio rude até para ele. ─ Nathaniel ficou de pé, empurrando a cadeira de volta pro lugar. Desde quando ele ligava se eu era grossa ou não? ─ Não vai mesmo falar.

   ─ Pergunta para sua irmã.

   ─ Ambre te deixou nesse estado? Você gosta de sofrer pelo que não vale nada, minha nossa. ─ Castiel ignorou completamente a presença de Nathaniel e soltou aquela. Peguei meu caderno e abri na última página, a que eu estivera riscando com raiva na última hora. Arranquei-a e guardei meu material todo antes de esticar a folha dobrada ao meio para Lysandre.

   ─ Não é exatamente ela. Se me dão licença...

   Deixei a sala, mas ainda fiquei perto da porta. Lysandre desdobrou a folha e correu os olhos antes de entregar a folha para Nathaniel, suspirando. Acho que ele disse algo como “sua irmã deveria ser um pouco menos infantil”, pronto para deixar a sala. Suspirei.

   ─ Acha mesmo aquilo tudo?

   ─ Puta que pariu. ─ Pus a mão no coração, chocada com a voz que surgiu ao meu lado. Como é que ele tinha me visto ali? ─ Lysandre, quer me matar?

   ─ Não me respondeu.

   ─ Eu escrevi, não foi?

   ─ Eu nunca quis nada disso. Nunca fiz...

   ─ Questão de existir. ─ Suspirei, enquanto ele cruzava os braços numa pose elegante e me encarava, calado. ─ Eu estava...incomodada com o que ela me disse.

   ─ Que foi?

   ─ Importa mesmo? ─ Tentei virar o rosto para esconder, mas sem o cabelo ele ainda conseguiu ver que eu tinha começado a chorar. Aparentemente, era a única forma que eu conseguia ficar perto dele. ─ Eu estou me sentindo ridícula agora.

   ─ Ela é a ridícula da história. Acidentes acontecem, Anna. Vocês dois sempre foram duas pessoas diferentes.

   ─ Desculpa pelo drama.

   ─ Não dá pra controlar o que a gente sente, não é?

   ─ Acho que sim. Bom, vamos esquecer isso.

   ─ Vamos. Você e Nathaniel estão bem de novo?

   ─ É, parece que sim.

   ─ Vocês parecem ainda mais próximos agora.

   ─ Acho difícil que ele não tenha um pouco de culpa em si. E além do mais, não dá para esquecer nove anos de história assim. Só parece que tem algo de estranho.

   ─ Claro, o cenário entre vocês mudou, mesmo que tenham o reconstruído depois dessa pequena turbulência.

   ─ É, pode ser. Bom, eu vou almoçar e então vou preparar meu emocional para encarar uma punição nova.

   ─ Só um minuto. ─ Vi que ele tirou o bloco de notas do bolso e pegou uma caneta perdida num dos bolsos da mochila, procurando uma página em branco e escrevendo algo antes de me entregar o papelzinho. ─ Devia ler esse tipo de coisa mais vezes.

   Por curiosidade, desdobrei a folhinha e li a frase na letra florida dele. Okay, aquilo fez meu coração balançar um pouco. Também, duvido que algum coração ficaria quieto depois de ler aquilo.  

   “Você é tão imensa quanto a noite. Qualquer um se perderia no encanto que é seu céu estrelado.”

   ─ Para alguém que se esquece de tanta coisa, fico chocada que tenha se lembrado de algo que te mostrei há tanto tempo. A imensidão da noite.

   ─ Já comentei que não esqueço coisas importantes?

   ─ Acho que sim. ─ Sorri quando vi ele guardar seu bloquinho e me encarar com os olhos calmos. Guardei o papel dele no bolso e agradeci, enquanto ele deu de ombros e foi embora. Ainda sorridente, fui almoçar.

   Mesmo que eu estivesse me sentindo melhor depois de conversar com Lysandre, eu infelizmente ainda tinha uma detenção. Pelo menos Castiel tinha razão quando disse que Faraize era mole demais para me fazer sofrer. Meu castigo era limpar a sala de ciências.

   ─ Eu vou te deixar sozinha para limpar, sei como a presença de alguém pode atrapalhar nesse serviço. Volto para checar em meia hora. Oh, e Anna...

   ─ Pois não, professor?

   ─ Eu acredito que tenha perdido seu dever, mas eu não podia deixar passar. Desculpe.

   ─ Só fazendo seu trabalho, professor, mas obrigada mesmo assim. Se me der licença...

   ─ Boa sorte. ─ E finalmente me deixou. Depois de cortar meu cabelo, o único jeito de segurar a franja era coloca-la atrás da orelha, ou prender com uma bandana. Na ausência de um pano, joguei as pontas maiores para trás das orelhas e passei a apanhar o lixo que a outra turma tinha largado pelas mesas.

   ─ Toc toc.

   ─ Oh, hey Nath. Precisando de algo?

   ─ Hum, só checando se ainda vamos sair depois do horário. Digo, depois da sua faxina.

   ─ Se você não estiver com pressa...Ainda falta o chão, o quadro, ajeitar tudo e tirar o lixo.

   ─ Te colocaram pra limpar o chão também?

   ─ Para você ver, serviço completo. De todo jeito...

   ─ Eu preciso acabar de ajeitar uma papelada com a Melody, tome seu tempo. Eu volto aqui quando acabar, okay?

   ─ Okay, estarei limpando. Te vejo em uma hora.

   ─ Boa sorte.

   E lá se foi minha hora. Eu tive que apagar o quadro, limpar o chão com uma vassoura, juntar o lixo e deixa-lo do lado de fora da escola e, só para finalizar, ficar colocando as carteiras de volta no lugar. Eu esperava não ser do tipo de aluna que fazia aquela bagunça toda, porque sinceramente, que porre.

   A parte boa é que, como me fora prometido, Nathaniel estava lá, me esperando. Peguei minha mochila e fechei a porta, esperando que ele dissesse algo. Depois que eu passei meu braço no dele e já íamos descendo a escada, Lysandre apareceu no caminho.

   ─ Oh, oi Lys.

   ─ Lysandre, oi.    

   ─ Olás. Eu ia te oferecer companhia até em casa, Anna, mas pelo que eu vejo cheguei um pouco tarde.

   ─ Temos planos na verdade. Então, é, um pouco atrasado.

   ─ Obrigada, Lysandre, mas eu realmente tinha combinado algo antes. ─ Apertei o braço do Nathaniel que eu abraçava, tentando unhá-lo, mas ele me segurou. Fiz cara feia para ele antes de voltar a responder Lysandre. ─ Mas se ainda quiser minha companhia algum outro dia, fico honrada.

   ─ Muito bem, aproveitem. Boa tarde.

   Aquela foi a cena mais estranha que eu tive o desconforto de presenciar. Pela primeira vez eu vi um lado vulnerável de Lysandre. Ele tinha ficado irritado do nada, parecia até alguma briga interna. Nathaniel, porém, não fugiu do xingo.

   ─ Precisava disso?

   ─ O que? Eu respondi, só isso.

   ─ Não, você foi grosso. Se isso faz parte da sua mudança, não precisa nem continuar.

   ─ Tá bom, para de falar bobagem e vem logo. ─ E lá fui eu, arrastada pelo braço até o pátio. Fora a pequena falta de tato do meu lindo amigo, estava tudo bem até ali. Até ali. Dois segundos e chegou a encarnação de Satanás.

   ─ Naaaath. ─ Ambre veio para o lado dele. Ele negaria até a morte, mas reparei que ele suspirou antes de prestar atenção na irmã. Controlei meus nervos e esperei. ─ Desde que você saiu de casa não passamos mais tempo juntos. E você só quer saber dessa daí.

   ─ Essa daqui consegue te ouvir.

   ─ Ambre, eu estava prestes a dar uma saída, caso não tenha reparado. Precisa mesmo ser agora?

   ─ Aonde vai?

   ─ Pet shop.

   ─ Você vai comprar um bicho? Eu quero ir.

   E a bomba caiu no meu colo. Ele olhou para mim, como se precisasse de autorização. Dei de ombros, cruzando os braços. Eu ainda queria socar aquele nariz que parecia plastificado dela por causa do meu dever, mas não ia ser eu quem ia destruir a vida dos irmãos.

   ─ Contanto que ela não encha meu saco, não é como se eu fosse te monopolizar.

   ─ Ambre, sem confusão, sim? Vem.

   Saímos os três caminhando na direção do parque, enquanto o sol já começava a descer no horizonte. Olhei o relógio. Se ele me deixasse em casa, meus pais não veriam problema. Assim eu esperava, pelo menos. Continuei andando, prestando atenção no papelzinho que tinha tirado do bolso. Sorri.     


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Notas finais do capítulo

E é isso, moçada :3 Até mais vê-los ^~^