Natural Selection escrita por Paper Wings


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Sou uma fã recente de TWD, então, sejam bonzinhos, mas isso não quer dizer que não quero que vocês comentem suas críticas e opiniões, beleza?
Boa leitura!



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— Me perdoe, querida.

Nunca fui perfeita. Uau, na verdade, estava muito longe de ser perfeita, eu era descartável. Eu era a bebê da família, a caçula inocente, aquela que precisava, acima de tudo, ser protegida.

Meu nome é Katrina Wayland e acho que agora tenho quinze anos. Eu vivia em Chicago, Illinois, e morava em uma bela casa com meus pais e meus irmãos mais velhos: Jake e Cameron, antes do mundo decidir nos pregar uma peça.

Minha vida era normal, dentro do possível. Cursava um bom colégio e tinha amigos legais, os quais sempre me deixavam feliz e satisfeita. Poderia até chegar ao ponto de descrever meu dia-a-dia como algo perfeito, ainda mais comparando à catástrofe atual.

Quando os noticiários passaram a mostrar as cidades contaminadas por algo, até aquele momento, sigiloso, o desespero não era tão grande, pois parecia que seria de fácil contenção — algo que nunca nos alcançaria — mas todos estávamos enganados. Muito enganados.

Foi tudo muito rápido e, logo, vimos nosso bairro infestado por criaturas, uma vez consideradas vizinhos carinhosos e de longa data. Era uma carnificina nojenta e, assim que conseguimos reunir suprimentos para sobreviver algumas poucas semanas, tentamos sair de casa em busca de um lugar não atacado pela ''doença'', assim chamada pelo meu pai a situação em que grande parte da população encontrava-se.

O fato era: tanto minha mãe, Liz, como meu pai, Joe, sabiam como atirar, e faziam parte da polícia da região. Mantínhamos algumas pistolas nas gavetas em cada um dos andares de casa, incluindo o porão, no caso, e ensinaram seus preciosos filhos como manusear uma arma. É claro que eu não estava incluída por escolha própria... Além disso, meus irmãos tinham outras vantagens: Jake era um exímio atleta, ganhara bolsa por causa do futebol americano da escola, e tinha um porte físico invejável; e Cameron era uma jovem talentosa, que sabia se defender muito bem, pois vivenciara um assalto e decidira fazer aulas de defesa pessoal, as quais vieram bem a calhar no final das contas. E tinha eu, a raspa do tacho, a decepção da família...

Eu era a ovelha-negra, a que não gostava da ideia de armas em casa, a que se recusou a aprender a atirar, a que odiava esportes e qualquer treino com professores quarentões de luta, os quais gostavam mesmo era de tocar nas garotas assustadas que decidiam cursar suas aulas. O que gostava mesmo era de desenhar, ler e fazer arte. Eu era a artista. Sempre com algum novo projeto que necessitava de mais material, que custava dinheiro do bolso de meus pais.

Então, quando o inferno desceu à terra, eu era a mais desprevenida e despreparada de todos, afinal, não dava para matar as criaturas com pincéis ou lápis, fator que levou ao meu inevitável desfecho.

Passamos cinco meses na estrada, roubando tudo que fosse necessário e tentando sobreviver. Eu, é claro, era aquela que não sabia se defender e, pela falta de munição, não poderia aprender a atirar. Decidi, portanto, aprender a lutar, porque não havia outra opção senão morrer nas bocas de zumbis. Mesmo pensando ser bem provável que não desse para aplicar um golpe de krav maga em um morto-vivo sem ser mordida, era uma forma de defesa.

E eu aprendi muito bem. Conseguia vencer minha irmã mais velha, ainda mais por ser menor e mais ágil, esquivando e melhorando a cada treino. O único porém? Eu era medrosa demais, algo que nunca pensara ser... Chegava a ser cômico senão trágico... Com aqueles dentes ensanguentados e podres, a pele descolando e o cheiro putrefato de morte, era impossível eu avançar, armada mesmo, em uma coisa nojenta daquelas do mesmo jeito que fazia com Cameron. A diferença era explícita e acho que essas minhas manias de dependência tornaram-se difíceis de aturar.

Foram tempos difíceis. Quanto mais evidente ficava que ninguém estava seguro, mais fechados meus pais ficavam. A cada ataque de errantes, minha família percebia que eu a atrasava, era uma ameaça à sobrevivência dela como um todo. Eu sempre era a que ficava para trás, com uma faca de quinze centímetros e que não tinha coragem o suficiente de me aproximar daquelas coisas e matá-los. Além de tudo, eu era covarde.

Recusava-me a acreditar no que via: no gradativo afastamento, nas palavras secas e duras ou nas acidentais — assim espero — vezes em que fiquei para trás, perdida, só para me encontrarem uns dez minutos depois com expressões chocadas e ressentidas de "Como ela ainda está aqui, viva?". Eu sabia que eu era inútil, um empecilho necessário, pois família não se abandonava. Afinal, eram meus pais e irmãos... Nunca desistiriam de mim, certo? Eu tinha somente doze anos, a caçula. Pudera eu ter enxergado e admitido a verdade...

Em uma tarde, em um pequeno complexo de lojinhas à beira da estrada, estávamos abastecendo as mochilas com qualquer coisa útil e procurando principalmente água e alimento, quando fomos cercados por um bando. Era uma questão de cinquenta ou mais zumbis aproximando-se por todos os lados e a munição estava acabando. Tentamos despistá-los direcionando-nos à floresta meio fechada, a qual se estendia como uma cerca ao redor do asfalto.

Corríamos, desesperados, e eu permanecia no meio dos quatro, com o facão em riste, mas que provavelmente nem chegaria a usar. Meus pais iam na frente e meus irmãos, atrás de mim, caso viessem errantes, os quais pudessem me alcançar.

Rapidamente, eles ficavam mais e mais próximos. Nunca chegáramos àquele ponto, de achar que alguém não continuaria com vida, mas era exatamente isso que imaginávamos naquele momento. Era uma simples equação: livrar-se do problema, no caso, eu.

— Por aqui, querida! Vamos!

Como eu era bem idiota na época, quando minha mãe chamou-me para seguir pela direita com ela, nem liguei para o breve aceno que ela deu para meu pai, e, estupidamente, fui. Talvez pelo medo ou pela confusão, porém, esses pequenos detalhes importavam em um mundo pós-apocalíptico, só não dei a devida importância a eles, ato que nunca mais se repetiria.

Lembro de estarmos sendo acompanhadas por um grupo de errantes até chegarmos em um riacho, cheio de folhas, um pouco de terra e gravetos boiando, a água consideravelmente limpa. Minha mãe estava atrás de mim e, ao virar para perguntar se atravessaríamos o rio e encontraríamos o resto da família depois, deparei-me com sua mão erguida com uma faca similar à minha apontada diretamente para mim. Lágrimas passaram a despontar de seus olhos, mas ela parecia certa do que estava prestes a fazer.

A primeira coisa que fiz foi dar uma analisada se havia zumbis às minhas costas, porém, só havia a correnteza e a continuação da mata. Instintivamente, dei um passo hesitante para trás, quase tocando a água com meus coturnos surrados e franzi a testa para a mulher a minha frente.

— Mãe?

Ela estava decidida. Eu via isso em sua expressão, mesmo com uma pontinha de sofrimento transparecendo e os braços tremendo. É claro que minha família havia discutido aquilo antes e decidiram que uma boca a mais para alimentar, uma vida a mais para proteger... Tudo isso era demais.

— Eu sinto muito, Kit Kat...

Eu não conseguia acreditar que ela ainda tinha a audácia de me chamar daquela forma, como se fosse carinhoso de sua parte esfaquear a própria filha para sobreviver. Eu deveria ter premeditado aquilo... Todos os pequenos detalhes, de fato, importavam.

— Não era para ser assim, mas você sempre estava viva quando nós...

Observei seus gestos, escutei sua voz embargada e os murmúrios de errantes que finalmente nos alcançavam. Eu os via contornando com dificuldade os troncos e tropeçando em pedras, enquanto ela aproximou-se e novamente andei para trás, com os calçados, então, molhando-se com a água cristalina.

— Quando vocês me largavam ocasionalmente para morrer?

Ela fechou os olhos pelo meu tom de ódio, como se sentisse um mínimo remorso, o qual eu estava decidida a ignorar. Ao longe, os tiros vindos de meu pai e meus irmãos não soavam mais para não chamar atenção dos zumbis, provavelmente. Eles deveriam ter encontrado um esconderijo e, logo, as criaturas se concentrariam lá, onde nós duas estávamos. Era a minha mãe... Minha mãe tentando me matar.

— Me perdoe, querida.

Ainda perplexa por tudo que estava acontecendo, antes que eu pudesse tentar desarmá-la ou correr, senti a lâmina entrando abaixo de minha última costela, a arma enfiada até o cabo dentro do meu corpo. Não pude impedir tombar no riacho, sentindo o sangue verter e os sussurros de conforto da mulher que uma vez chamara de mãe.

— Shh, já vai parar...

Ela depositou um último beijo em minha testa e eu não sabia se chorava ou tentava me afastar o máximo possível de sua presença, afinal, aquela ainda era minha mãe, apesar de tudo, e era difícil digerir o que acabara de fazer comigo. Eu estava tão confusa e a ferida doía, ardendo com o contato com a água, a qual passava a se tingir de escarlate.

Paralisada pelas escolhas da minha família e pelas coisas que nosso mundo obrigara as pessoas a fazer, pisquei duas vezes, vendo uma pistola apontada para mim, quase encostando em minha testa o cano frio e metálico. Acho que seu plano era não usá-la, mas ao ver grossas lágrimas escorrendo pelas minhas bochechas, ela decidira acabar com meu sofrimento. Um grotesco gesto de solidariedade, misericórdia... Só que, antes que pudesse, apertar o gatilho, um zumbi saiu de detrás de uma árvore e agarrou o braço de minha mãe. Ela não teve tanta dificuldade em empurrá-lo e acertar uma bala na cabeça da criatura, chamando mais deles em nossa direção.

Ela passou a atirar e, cedo demais, com um olhar de desculpas, fiquei sozinha à mercê de um grupo de errantes. Minha mãe, depois de me esfaquear, fugira, deixando-me na água, ensanguentada. Era uma bandeira vermelha, dizendo "almoço grátis".

Tentei levantar, mas uma pontada de dor fez com que eu caísse de volta no rio. O sangue atraía os mortos-vivos e eu não sabia ao certo o que fazer. Eu estava decidida de apenas uma coisa: não morreria ali e certamente não me tornaria um deles.

Com um arquejo, deitada, segurei minha própria faca com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos e, assim que um errante jogou-se para a frente para me morder, enfiei a faca em sua barriga cinzenta diversas vezes, enquanto suprimia o grito de puro horror, sentindo o sangue dele espalhando-se por mim e sua boca abrindo e fechando, perto demais de meu rosto. Rangi os dentes, chorando silenciosamente, e apunhalei sua cabeça, enfim, acertando a faca na lateral de seu crânio, o qual desmanchou-se facilmente.

Seu corpo ficou tombado por cima de mim e eu sabia que estava completamente suja do líquido pegajoso vermelho, beirando a negro. Eu estava prestes a jogá-lo para o lado quando enxerguei de relance mais três entrando no riacho, mas eles pareciam perdidos, vagando às cegas. Os zumbis aproximaram-se do morto e pareceram farejar o ar, porém, não encontraram a isca que procuravam, no caso, eu.

Eu nunca havia visto aquilo. Decidi, então, permanecer congelada, controlando minha respiração militarmente. Não sei quanto tempo fiquei daquela maneira, só que meus olhos começaram a pesar e eu suava frio. Precisava tentar estancar o sangramento, mas a hemorragia aumentaria ainda mais ao retirar a faca... Eu poderia também pegar uma infecção tanto se eu deixasse o metal alojado em meu corpo como se eu o retirasse sem cuidados médicos. Veredicto? Um terrível entrave.

Já começara a entardecer e minha família deveria estar bem longe. Com pesar, notei que eu não estava tão triste como deveria. Pelo contrário, eu estava aliviada que não os veria mais... Eu só queria aprender a viver sozinha e esquecer o incidente. Conseguiria me virar, afinal, matara o primeiro errante da minha vida e eu ainda sentia a adrenalina pulsando em minhas veias. Fora surreal...

Tentei não fazer barulho e joguei o corpo para o lado. Talvez o odor putrefato do ser tivesse aderido para sempre às minhas narinas ou o cheiro ficara em mim pelo seu sangue enegrecido, mas de uma maneira ou de outra, desejava um banho, algo que com certeza eu não teria tão cedo.

Respirei fundo e tentei levantar, pois era preciso. Eu poderia morrer de várias formas ali: comida de zumbi; transformação em zumbi, hipotermia ou hemorragia... A dor tangente me fez grunhir e tentei visualizar minha mãe como fonte de raiva. Se eu conseguisse concentrar toda a minha ira e simplesmente engolir o desconforto e me erguer...

Com um impulso, sentei. Arquejei, absorvendo a dor e pronta para meu próximo desafio: ficar de pé.

Eu já percebera que aparentemente pelas redondezas os errantes haviam se dissipado e teria espaço para reclamar nas tentativas de levantar totalmente.

Foi assim que minha vida realmente começara. Uma apunhalada vinda da própria mãe, o primeiro zumbi morto... Passei a partir daquele dia a não confiar em ninguém. Absolutamente ninguém. E não foi uma coisa ruim, afinal, após três anos eu ainda estava viva. Quero dizer, possíveis três anos, pois contar os dias torna-se difícil em um mundo devastado pela morte.

Apesar de contraditório, tentei meu melhor não me alimentar apenas de rancor pelo que minha mãe fizera, porém tiveram suas sequelas certamente: a dolorosa cicatriz em minha pele e minha dificuldade de confiar nos outros, por exemplo. Por isso, até hoje optara por sobreviver em isolamento.

Eu caminhava pela Geórgia, segundo um mapa que encontrara largado pela rua, à procura de um lugar para me instalar por algumas horas. Uma mochila descansava em minhas costas, com uma garrafa de água quase esgotada, uma troca de roupas, alguns medicamentos roubados e uma única barra de cereal. Se eu não encontrasse um ponto para abastecer meus suprimentos, estaria ferrada.

Mudara bastante conforme o tempo passara. Lembro de ver meu reflexo, semanas atrás, em uma lojinha de conveniência. Meus cabelos castanhos estavam desnutridos, caindo pelos meus ombros em cascatas, e minha pele estava mais pálida que o normal. Meu corpo já era mais curvilíneo, mesmo ainda magra, minhas feições tornaram-se mais adultas também, além de minha maneira de pensar. Eu evoluíra, era um ser que se encaixava no apocalipse.

Sempre estava armada. Dois facões, da época em que tinha uma família, depositavam-se em um suporte amarrado a minha coxa; um tubo de metal com ponta afiada, que às vezes ficava na mochila e um machado que era pendurado em meu cinto. Não era muito, mas foi o suficiente para me defender ao longo dos anos.

Eu andava por uma floresta desnivelada, atentando-me a qualquer barulho, seja ele um galho quebrando ou um pássaro cantando ao longe e, de repente, ouvi vozes. Escorei a uma árvore, imediatamente agarrando uma das facas.

— Daryl... — Um homem falou bem baixo, quase impossível de escutá-lo. — Acho que vi algo mexendo por ali...

Eram dois caras, obviamente, e como eu consegui entender o que fora dito, eles estavam mais próximos que o ideal. Talvez cinco ou dez metros de distância.

Como o mundo costumava avacalhar comigo, é claro que três errantes precisavam surgir na minha frente.

Um dos homens estalou a língua e deu um breve assobio, como se caçasse, enquanto eu tentava matar os zumbis sem chamar muita atenção.

Aproximei-me de uma e apunhalei sua cabeça, segurando seu couro cabeludo, mesmo a criatura sendo mais alta que eu, e depositei-a no chão com o maior cuidado possível. A próxima foi mais chata, não ajudou muito, pois ela era mais barulhenta, abrindo e fechando a boca. Fiz o mesmo movimento com ela e, ao tentar alcançar a última, outros zumbis apareceram.

Praguejei em silêncio e suspirei. Esperei eles chegarem perto o suficiente e passei a atacá-los com o facão, tentando camuflar meu corpo entre os dos mortos-vivos, os quais tentavam me cercar. Quando fui matar outra, uma flecha zuniu, acertando a cabeça de dois zumbis em seguida.

Não tive muito tempo para ficar admirada, porque outra flecha voou e acertou meu ombro, tingindo o tecido da minha blusa com vermelho. Mordi os lábios, irritada, e arranquei o objeto de uma vez, aproveitando para depositá-la "amigavelmente" na testa de um errante que segurara meu braço esquerdo.

Logo, os dois homens deram às caras, surpresos pela minha existência. Rapidamente, então, nós acabamos com aquelas coisas nojentas e, tentando ser discreta, no momento em que ambos conferiam se estavam todos mortos mesmos, dei um jeito de sair de lá.

Abominava-me a simples ideia de me socializar com outros sobreviventes, ninguém era confiável. Isso sempre levaria ao abandono do membro mais descartável e eu não estava exatamente animada para repetir a dose.

Antes que pudesse comemorar que havia despistado os caras, porém, eles surgiram dois metros à frente. Eu estava em território inimigo, não conhecia a mata e os homens acharam-me. A vida era uma droga, às vezes...

Um deles, o qual trajava um chapéu marrom, deu um passo em minha direção, franzindo a testa, e o outro arqueou a sobrancelha, desconfiado, e ergueu o queixo, indagando:

— Quem é você, garota?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Nossa Kit Kat acabou se transformando, hein? Quero saber o que gostaram, o que não gostaram e o que precisa melhorar... Se quiserem fazer perguntas referentes à fic ou sobre qualquer outra coisa (também dou conselhos nas horas vagas, só confirmar com minhas amigas), sintam-se à vontade para mandar um MP.
Essa fic não é exatamente movida por reviews, mas com eles, talvez eu poste mais rápido os capítulos. Sabe? Dá aquele gostinho de escrever. XD
Até o próximo capítulo!
Xxxxxx



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