Além dos Miraculous escrita por MarianaProkopowiski


Capítulo 24
Aquilo que nunca se esquecerá. Marcas eternas, porém melhores que cicatrizes.


Notas iniciais do capítulo

Bugaboo!
Primeiro, antes de terminarmos oficialmente essa fanfic maravilhosa (ok, na verdade só vai estar terminada depois que eu arrumar os capítulos mais antigos, daí cabô de vez) DESCULPA PELA DEMORA, eu não tava conseguindo deixar do jeitinho que eu queria e deu um bloqueio, e dai SUPRISEMOTHERFUCKER, veio prova, veio 30.000 trabalhos, veio o sistema solar inteiro, veio gente até lá de Xezubergk (Se não existe, inventei essa galáxia agora) pra me ferrar de trazer essa coisa maravilhosa pra vocês.
Segundo, CHOREMOS FEEEEELINGS ETERNOS POR ESSA FIC 3 (pelo menos vou poder escrever outras, né?)
Agora, vou deixar vocês aproveitarem ♥



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Mariana encarava seu caderno num sorriso, encarava a primeira folha, com um desenho realista feito por ela mesma.

Havia ela, sua mãe, seu pai, e o irmão mais novo. No momento em que se sentiu mais feliz e segura. Quando finalmente pode abraçar sua família, estar entre a sua verdadeira família, sem ser famílias que teve durante os milhares de anos que se passaram desde o seu nascimento.

—Mariana! – A voz serena de Clarisse chamava pela ruiva.

—Já to indo, mãe! – A ruiva gritou de volta, fechou o caderno e deixou-o na cama mesmo, pegou a mochila que estava ao lado, e desceu até o hall, encontrando-se com Adrien, Gabriel e Clarisse.

— Prontos para nossa viagem em família?! – Clarisse indagou animada, havia um ano já que se libertara e já falava como uma mulher do século XXI.

— Eu to pronta para descobrir como o HawkMoth vai viajar sem suas borboletas. – Mariana rebateu num sorriso irônico, encarando seu pai. Eles haviam planejado uma viagem diferente das normais, Mariana e Clarisse iriam voando com seus poderes e Adrien, mesmo que não precisasse mais ser o Chat Noir após a derrota de HawkMoth, iria com seu bastão.

HawkMoth ficava numa sala quase o dia inteiro, ele não se locomovia, apenas com suas borboletas, que eles doaram para um parque.

— Tenha mais respeito com seu pai, Mariana! – Clarisse advertiu.

— Ah! Papaaaaii! Você não vai me deixar de castigo vaaaai?! – Mariana indagou melodicamente, fingindo inocência, voando levemente e rodando um pouco o corpo para parecer uma criança pedindo algo.

— Se não me respeitar vou lançar uma maldição para ficar de castigo pelos próximos 5000 anos! – Gabriel Agreste brincou, puxando a filha para o chão. Ele havia conseguido um senso de humor após dar uma pausa em sua carreira de designer para ficar com os filhos.

—Nããããão! – Mariana lamentou atuando, todos ali riram.

—Mas já que tocou no assunto. – Dessa vez foi Adrien quem falou. – Como vamos levar o pai? – Ele indagou logo em seguida.

—Simples. – Mariana disse num sorriso, remexeu as mãos e alguns brilhos amarelados surgiram, e Gabriel começou a flutuar. - O quê magia não resolve nos dias de hoje? – Indagou retoricamente.

—Mariana! Você é uma gênia! – Clarrisse exclamou, e segurou a mão de Gabriel. – Filha, pode levar as malas?

— Com prazer. – Mariana estralou os dedos num sorriso divertido, e todas as malas flutuaram na mesma hora. – E agora, Chat Noir vai se transformar ou não?

— Injusto, todos voam menos eu. – Adrien respondeu, fingindo chateação.

—Nada que não dê para resolver. – Mariana fechou os olhos, colocou uma das mãos no quadril, e estralou os dedos da mão livre, Adrien começou a flutuar, mas não conseguia se equilibrar.

—MARIANA! – Adrien vociferou irritado, mas por dentro estava feliz. Não por voar, mas por ver a Mariana irônica e divertida como sempre.

—Ué! Não tava querendo voar, não? – Mariana rebateu, dando língua, encarando de perto o loiro. Ela estralou os dedos novamente, e o irmão caiu no chão, de barriga. – Ok! Desculpa. – A ruiva se agachou e ajudou o loiro a levantar.

—Bem, vamos? – Clarisse indagou, todos assentiram. Lançou um feitiço sobre as malas e elas encolheram, a ponto de caberem até em bolsos costurados de calças jeans.

—Espera! – Adrien gritou. – Tenho que fazer algo primeiro... – Ele continuou levemente envergonhado.

—Está bem, vá filho. – Gabriel concedeu permissão, e o loiro correu através do portão, ignorando todos os paparazzi e fãs dele, que estavam além dos muros.

Ele foi correndo em direção da casa da única fã que importava para ele. Uma fã com lindos e penetrantes olhos safiras.

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Marinette andava desesperadamente de um lado para o outro em seu quarto.

—TIKKI! – Gritou apavorada. – O que eu faço, o que eu faço?! – Indagava repetidamente.

—Marinette, relaxa, respira. Tudo vai ficar bem. – A Kwami vermelha tentava acalmar a morena.

—Como você pode dizer isso agora! Tá tudo um desastre! Minha jaqueta favorita caiu na fonte, e depois o ventou levou e caiu na lama, e espirrou em mim! Eu ainda tropecei e o sorvete que eu tava tomando caiu na camiseta da Alya! E depois eu tropecei de costas e empurrei a Chloé sem querer, e ela me envergonhou na frente de todo mundo do pátio! Eu tenho um trabalho de pesquisa para amanhã e a internet caiu! E o Adrien vai viajar! Tem como piorar?

— Marinette! Tem alguém querendo te ver. – Sabine gritou do andar de baixo. Marinette pegou um casaco de moletom velho, vestiu-o e desceu.

Ela não esperava em ver aqueles olhos verdes esmeralda tão cedo.

My Lady. – Adrien se curvou, como um verdadeiro cavalheiro. Sendo o gatinho que realmente era.

—Adrien! – Marinette se iluminou, atravessou a porta e fechou-a, ficando na entrada de sua casa, admirando o galanteador namorado que tinha. – Achei que ia viajar! – Marinette praticamente pulou em Adrien, o peso dos dois, fez Adrien andar alguns passos para trás, até bater no corrimão.

— Eu vou, mas meus pais deixaram eu vim aqui, me despedir da joaninha mais bonita do mundo. – O loiro abraçou a morena com força, e beijou-lhe na bochecha. Aquilo não era suficiente para Marinette, ela virou a cabeça de Adrien e deu-lhe um beijo apaixonado, porém rápido, em seus lábios.

— E o que essa joaninha, deverá fazer sem seu gatinho para ela acariciar? – Marinette brincou, remexendo os dedos nos dourados fios de Adrien, que ronronava baixinho.

— Talvez ela tenha que aproveitar os minutos que tem. – Adrien disse, com a voz rouca, o tom irônico, mas ao mesmo tempo sexy e galanteador, em seu ouvido. O loiro mordeu levemente o lóbulo da morena.

Marinette, até podia ser a corajosa e determinada Ladybug, mas não pode evitar de corar, o rosto tão quente quanto o calor que estava sentindo com aquele casaco sobre si, mesmo sabendo que o motivo, não era o verão.

Então foi atacada desprevenida, sentiu os lábios quentes de Adrien sob os seus, sentiu a língua dele pedindo passagem, que foi cedida, e passou os últimos minutos que tinha com Adrien, trocando carícias entre si. As carícias que demorariam meses para serem sentidas novamente.

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O cabelo voando por debaixo do capacete, o vento gelado percorrendo sua pele, o som da liberdade, que ouvia toda vez que subia na moto azul. Dois anos, dois anos que passara por ali da última vez.

Era o dia do seu aniversário. Estava completando 3018 anos, de dor, de medo, inseguranças, aventura, e principalmente, de felicidade. Não podia estar mais feliz, em estar de volta a cidade de Paris, em voltar a ver os lugares, que ela havia acompanhando a construção e evolução, os lugares em que sabia melhor do que a palma da sua mão.

Bateu na porta, da casa de uma das suas amigas favoritas. Após subir as escadas, é claro. A porta estava destrancada e ninguém vinha a atende-la. Empurrou a porta levemente e não esperava o que veio a seguir.

—SURPRESA! – A luz acendeu e diversas pessoas surgiram na casa de Marinette. Sua mãe, seu pai, seu irmão, a própria Marinette, Alya, Mylene, Nino, Sabine, Tom, Nathaniel praticamente todos os seus colegas de classe, que já sabiam muito bem da sua história e de sua verdadeira idade, assim como toda Paris já sabia.

—Espera, é o quê? Ahn... Mas como... Que? O que tá acontecendo!? – Mariana travou, não conseguindo terminar uma frase.

—Feliz aniversário! – Adrien e Marinette vieram lado a lado, com uma caixa azul com uma fita verde, entregaram nas mãos de Mariana. – Feliz 3018 anos!

Mariana abriu a caixa com cuidado, encontrando dentro, uma caixinha preta, um pouco menor, com uma fita branca, abriu também, e se fascinou.

—Gente... – Disse com a voz levemente baixa. – É lindo! – Mariana pegou a pulseira dourada, com vários pingentes decorando-os. Havia um de joaninha, um preto com uma patinha verde, outro dourado com uma parte azul com alguns detalhes mais escuros, numa forma mais semelhante à uma gota, outro que era mágico, era um coração prateado quebrado ao meio que depois de um tempinho ficava vermelho por alguns instantes, se juntava, e virava dourado, exatamente o que havia acontecido com ela. – Obrigada! Sério, muito obrigada! – Mariana abraçou o irmão mais novo, e logo em seguida, sua melhor amiga, ou melhor, sua cunhada.

— Filha. – Clarisse chamou Mariana com sua voz serena. Entregando-lhe uma caixa pequena, Mariana abriu e encontrou uma joia, a joia que ficava em seu colar, dois anos atrás. Mariana não fazia ideia de como sua mãe havia conseguido, mas estava feliz de rever seu pingente. Na hora que tocou, tudo mudou.

A sala de estar da casa de Marinette, transformou-se em um enorme salão de baile. O chão era de cores pasteis, tão limpo que era possível ver reflexos. Não estava mais usando a camiseta folgada e o short surrado. Estava usando um maravilhoso vestido, azul ciano claro e longo, simples, e ao mesmo tempo elegante. Digno de alguém da realeza.

Assim como a coroa prateada em sua cabeça, dizia.

— Feliz aniversário! – Clarisse disse abraçando a ruiva. Usando um lindo e suave vestido verde. – Minha princesinha! – Clarisse terminou tocando no topo da coroa prateada de Mariana, fazendo a coroa brilhar ainda mais, para que a atenção fosse toda para si.

—Uau! – Exclamou Mariana, com luzes de todas as partes sendo refletidas em seus olhos azuis. – Mas... Como você sabia que eu sempre quis uma festa assim? – Mariana indagou, observando para todos os lados, já tivera bailes, mas nunca pode ter um baile com jovens de “sua idade”, uma festa moderna misturada com uma festa clássica. Com um Dj, mas conhecido como Nino, tocando uma música eletrônica, uma pista de dança que a cada passo que se dá, ela brilha, e vai mudando de uma cor à cada passo, um buffet enorme com salgadinhos, doces, um bolo enorme, junto com refrigerantes, ponches e várias outras coisas. E todos de roupas formais.

—Esse pingente, é encantado, eu sempre pude ouvir você, ver você, ver suas aventuras, e até ouvir seus pensamentos. - Clarisse respondeu serenamente, abraçando novamente a filha.

— Acredito que tenha vários querendo te parabenizar. – Uma voz mais grossa surgiu atrás de Mariana. Imediatamente se virou, viu Adrien, Gabriel e Marinette. Adrien e Marinette, o novo casal do momento, que não se desgrudava mais, abraçaram Mariana ao mesmo tempo.

—Espero que tenha gostado do nosso presente, não é grande coisa, mas... – Adrien disse, mas logo foi interrompido.

—Que isso! Claro que foi grande coisa, é um dos melhores presentes que já recebi! – Mariana respondeu. – Caçulinha bobo! – Zombou com um apelido que inventara na hora, e Adrien reagiu com uma careta que fez Mariana e Marinette rirem.

— Você merece, Mariana! Felicidades! – Marinette disse, enrolando seu braço ao de Adrien, e juntando sua mão à mão dele.

— Agora, só o irmão e a cunhada podem ver a aniversariante? – Gabriel Agreste disse, detrás dos dois pombinhos.

—Pai! – Mariana correu ao abraço de Gabriel, ele perdia a personalidade fria a cada segundo que passava. Gabriel beijou a testa da filha e abraçou-a.

— Será que está “jovem” senhorita, concederia uma dança para o coroa dela? – Uma música clássica começou a tocar, era hora da valsa, Mariana já dançou com vários reis que eram seus “pais” e vários príncipes, a maioria desencantados, e agora poderia dançar com seu verdadeiro pai.

E então, após algum tempo depois que entraram na pista de dança, vários outros casais, incluindo Adrien e Marinette, entraram na pista dançando também. Ao final da música, Gabriel guiou Mariana até uma cadeira na entrada da pista, em que Clarisse estava logo atrás. A cadeira começou a flutuar, todos os convidados fizeram duas filas, meninas à direita, meninos à esquerda, as filas iam reto até o palco que ficava do outro lado da pista de dança, no palco havia um piano e microfone. Na hora entendeu.

A cadeira a levou suavemente até o piano, estava tudo planejado.

Fechou os olhos, respirou fundo, e a mesma melodia seria usada. Jamais, a mesma letra.

Abriu a boca, e deixou sua voz brilhar, assim como si mesma.

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“♫ Finalmente livre

Finalmente feliz

Finalmente verdades em meu coração

 

Posso dizer as palavras que sempre quis

Não preciso mais me esconder

Posso falar, voar, gritar

Posso rir, sorrir, agir

 

Deixarei minha luz brilhar

E meu próprio caminho iluminar

Não, não irei me assustar

Oh! Oh! Oh!

 

Finalmente posso ser quem sou

Não me esconder em uma máscara qualquer

Não preciso fingir paz eterna

Eu já chorei,

Mas as dores do passado esquecerei

 

Cicatrizes se formaram,

Mas o sorriso formando supera essas dores

Eu não irei abaixar

Só minha cabeça levantar

 

Finalmente livre

Finalmente feliz

Finalmente verdades em meu coração

 

Finalmente...

Quem...

Eu...

Sou. ♫”


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Notas finais do capítulo

Mariana: http://marianaprokopowiski.deviantart.com/art/Happy-3018-years-Mariana-633817798 (Desenho feito por mim)
Clarisse: http://www.marinacasemiro.com.br/wp-content/uploads/2014/12/Marina-Casemiro-look-da-noite-vestido-de-festa-verde-esmeralda-cinto-de-pedraria-m%C3%A1xi-brinco-clutch-prata-meire-alves-araraquara-parceiro-festa-formatura-casamento-1.jpg
Marinette: http://1.bp.blogspot.com/-9kbE48f0two/VkjcQv8eB1I/AAAAAAAANqY/HdNpTiGXp1Q/s1600/vestido%2Bpara%2Bformatura%2B-%2Brosa.jpg


Só pra explicar, essa viagem, é uma viagem que a família Agreste planejou por meses, para darem a volta ao mundo, por isso Marinette ia ficar sem ver o Adrien por meses. E a Mariana lokona que nem ela é, ficou viajando ao redor do mundo mesmo depois que sua família já tinha voltado (A Mari ficou viajando por 2 FUCKING ANOS ahsdihaiusdhuiahd), pois (um detalhe que não contei sobre a maldição) ela não podia sair da França, imagina, você viver mais de 3000 anos e não sair do seu pais de origem? dnaosdoasdoadoaddnksndoad. E daí ela tinha acabado de chegar no dia do aniversário dela com uma moto loka :v

E sim, preciso terminar com feelings, não me julguem ♥