Only You Can Save Me From Me escrita por Agente Black


Capítulo 2
Eu Conheci Meu Chefe E Foi Estranho


Notas iniciais do capítulo

Então gente, I'm Back.
Esse capítulo está maior, espero que gostem. É mais uma apresentação geral e as primeiras "impressões" da Kayla sobre o pessoal. Kiss.



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Capítulo 2 – Eu Conheci Meu Chefe e Foi Estranho

Star City, Estados Unidos. – 07:03.

Kayla Stark.

Sabe aquela sensação de que você vai morrer?

Eu também não sei, nunca senti. Mentira, mas não estou sentindo agora.

Acordei cedo, às 07:00 horas, mas fiquei enrolando. Consigo enxergar pelo vidro transparente da janela que o dia está só começando, em Nova Iorque, você enxerga um lindo nascer e pôr do sol, mas em Star City, tudo que se vê é névoa e as gotículas de água que o sereno da noite anterior deixou.

Além do mais, choveu. Aqui chove toda hora. Embora que eu goste de chuva – na verdade, amo a chuva – ficar um dia inteiro sem ver uma nuvenzinha branca é um porre. Mal cheguei e já estou odiando essa cidade.

Enfim, levanto-me.

Eu poderia contar a maravilhosa história de como tomei banho, tomei café, assisti o noticiário local e tomei cuidado no caminho para a empresa, mas não vou. Continuarei a narrar a partir do momento que entrei na Consolidação Queen – ou simplesmente QC.

Encarei o grande prédio de vidro a minha frente, me lembra o prédio das Indústrias Wayne em Gotham City – eu já estive em Gotham, lá é assustador, mais do que aqui. Lá eu fiz alguns amigos, como a Batgirl e o Asa Noturna, eles me ajudaram em umas missões e eu até conheci o Batman.

Isso sim foi épico.

Acho que, Star City está no ranking das cidades mais assustadoras que já visitei... Em primeiro lugar: Rio de Janeiro, no Brasil. Em segundo: Gotham City e terceiro lugar: Star City. Ainda não entendi por qual motivo o idiota do Ray Palmer sugeriu que mudassem o nome da cidade. Pra mim, sempre foi Starling City, então não se confundam quando eu trocar os nomes.

Voltando a realidade, entrei no prédio pedindo eternamente para que o pessoal da Comunicação não tenha errado meu nome ou qualquer dado comprometedor. O meu nome verdadeiro não pode vazar nesta empresa, estragaria tudo.

Me dirigi a recepção, uma mulher – cujo o nome não é importante agora – e dei meus dados. Aparentemente, os agentes incompetentes não fizeram nada para me ajudar. Eu vou ter que fazer uma entrevista para tentar entrar na empresa como ASSISTENTE de Felicity Smoak, uma hacker que ajuda o Queen nos seus trabalhos noturnos.

Tipo, na empresa do meu pai eu sou a descendente dele, eu sou filha de um bilionário e estou me sujeitando a um trabalho de assistente! Eu, no MÍNIMO seria uma gerente no Departamento de T.I. e com certeza, receberia um pagamento melhor do que de uma assistente.

Mas... Enfim, é tudo o que eu posso fazer no momento.

Peguei uma ficha e aguardei no meu lugarzinho insignificante. Tem mais umas... Três outras mulheres, um pouco mais velhas que eu e todas com cara de quem a água oxigenada do loiro tingido do cabelo havia acabado de entrar na cabeça e danificar o cérebro.

Preencher meus dados foi uma droga, perguntaram se eu já havia trabalhado em algum lugar antes, então eu tive que ligar pra Natasha e fazer com que ela convença o meu pai de me contratar e demitir das Indústrias Stark. Eu só trabalhei em um lugar em toda a minha vida: S.H.I.EL.D. e acho que as habilidades de matar e interrogar alguém me ajudem muito como assistente.

Quando terminei, já tinha começado a chamar, a primeira mulher que saiu da sala de entrevista estava pálida e nem tinha ficado dez minutos lá. A segunda ficou cinco minutos e saiu como se tivesse acabado de ter um ataque cardíaco. E a terceira ficou uns quinze minutos e saiu chorando, então, sem comentários.

Seja quem for que estiver fazendo a entrevista, é duro na queda.

Enfim, era a minha vez.

Comecei a procurar erros em minhas roupas – o que é impossível – cara, eu sou Kayla Stark. Desisti de encontrar defeitos em mim, já que é impossível e caminhei sem medo até a sala. Adentrei o local e confiei em mim, não havia nada a temer.

Só não esperava que minha entrevista fosse diretamente com Felicity Smoak.

–Bom dia senhorita Morgan. – ela cumprimentou gentilmente. O seu sorriso era tão branco que começou a me assustar depois de um tempo. Ela é loira e franzina, usa óculos, mas seus olhos são da cor azul claro. Ela está vestida muito bem, não parece ser .

Pergunto-me o que aconteceu com as outras mulheres que saíram.

Será que tô na sala certa?

–Senhorita Morgan...? – ela questionou. Acho que eu tava com a cara de quem acabara de ver um fantasma. Mas tudo que vi foi um fantasma da minha própria mente.

Eu nunca fiz uma entrevista de emprego.

(Kayla Stark! Pare de ser cagona! Você foi aceita em Harvard, Yale, Princeton e Stanford, mas desistiu de todas elas pra estudar em uma universidade pública, o que foi um desperdício! Agora tu vai sentar a bunda nessa cadeira e agir como uma pessoa NORMAL!)

Obrigado, Consciência. Deu pra notar que ela ta bolada comigo né? Longa história.

–Ah, me desculpe. Estou meio aérea hoje. – digo tentando disfarçar.

–Isto ocorre freqüentemente? – ela perguntou. Em seguida se sentou e pediu para que eu fizesse o mesmo.

–N-não, é só uma coisa pessoal. – menti.

–Mas... – a minha Consciência atrapalhou a Smoak, nem ouvi o que ela disse.

(Vai mentir mais é? Claro que isso acontece freqüentemente, você fala comigo toda hora!)

–Cala a boca. – pensei alto.

–Como disse? – ela perguntou. Deve ter ouvido meu comentário nada discreto.

–E-eu disse que gostei muito do seu batom. – menti de novo.

–Okay, vamos passar para vida social. – ela disse ignorando meu estranho comentário.

(Estranho é pouco.)

–Você tem filhos, é casada...?

–Não, sem filhos, solteira e moro sozinha no momento.

–No momento? – ela arqueou uma sombrancelha e juntou as mãos em frente do rosto.

–Sim, o meu tio volta de viagem na semana que vem. – foi mal Clint, mas você agora é o meu tio.

(Mas ele é praticamente seu tio.)

Por isso que eu não menti.

–Tudo bem. Sua ficha é excelente e vi que trabalhou nas Indústrias Stark, mas foi demitida, qual foi o motivo?

Ótimo, Tony me contratou e obviamente irão ligar pra ele pra confirmar. Tenho que pensar em algo que ele diria...

(Diz que o Tony não foi com a tua cara, o que é tecnicamente verdade, já que vocês vivem brigando.)

Vá se ferrar Consciência!

–Ah, o meu supervisor do Departamento de T.I. quis que eu dormisse com ele, mas como não aceitei e não queria ir a julgamento, pedi que me demitisse em troca de uma carta de recomendação.

–E você tem a carta?

(Excelente, se vira agora!)

–Na verdade, neste exato momento não. – agora eu tô lascada.

–Veio para a entrevista sem uma carta de recomendação?

–Vocês não haviam pedido e eu não achei necessário, já que é um trabalho como assistente...

Ah, qual é! Eu tinha que deixar claro que esse trabalho não é tão gratificante.

(Ah! Que bom! Estraga tudo mesmo... Não me importo.)

Consciência me ajuda!

(Tá! Mas vai ficar me devendo essa! Pede para usar o computador e inventa uma carta. Outros funcionários da empresa devem ter cartas de recomendação, usa suas habilidades de hacker!)

Mas ela também é uma hacker! Vai saber!

(Você pode muito bem enganá-la, afinal, você é uma Stark e ela é uma simples Smoak.)

Ótimo, Operação Faça Sua Futura Chefe de Otária iniciada.

–Eu tenho a carta digitalizada no meu pen-drive. – disse.

–Ah, está com ele aí? – ela perguntou e eu assenti. – Que engraçado, você vai para uma entrevista de emprego, traz um pen-drive e esquece uma carta de recomendação...

Ela é esperta.

Começo a procurar o meu pen-drive, que na verdade é como um hacker portátil, como disse: vantagens em ser umas das espiãs favoritas do Pirata. Por sorte, encontrei em rápido.

Pedi licença e ela me deixou utilizar o notebook dela, foi fácil entrar no sistema, escolhi uma carta de recomendação qualquer e falsifiquei os dados, no fim, acabei apagando o histórico de ações. Isto em dois minutos.

Claro que ela teria estranhado, mas como saiu da sala por exatos um minuto e quarenta segundos, não deu muita atenção. Também dei uma desculpa esfarrapada de que não estava achando o arquivo.

(Fala sério, ela é uma hacker e deixou o notebook com informações confidenciais da empresa nas mãos de uma estranha!)

Xiu, quieta!

(Depois vem choramingar pedindo ajuda...)

–Bom, esta carta confirmou minhas expectativas! Está contratada, pode começar amanhã mesmo! – disse Felicity.

–Sério? Muito obrigada! – tentei fazer minha melhor cara de surpresa. Imaginei Tony me dando minha amada Mercedes-Benz... É, deu certo.

–Bom, espero você aqui amanhã, senhorita Morgan. – ela se levantou e sorriu, em seguida estendeu a mão.

–Até amanhã, senhorita Smoak. – devolvi o cumprimento e tentei ser simpática.

Dei meia volta e abri a porta, saí com um sorriso vitorioso nos lábios.

Não foi tão difícil assim.

[...]

Fronteira entre Star e Central City – 22:17.

Oliver Queen

–Estou na cola deles Oliver. – ouvi Roy pelo comunicador.

Estamos em uma perseguição. Um caminhão cheio de suprimentos roubados, o motorista está pretendendo sair da cidade, fazendo fronteira com Central City, eu não podia deixar isso acontecer.

Roy estava bem atrás do caminhão com a moto, bem na cola, eu estava atrás dele, a 120 quilômetros por hora. Thea estava de carona com Roy, mas nessa escuridão é difícil diferenciá-los. Ambos de vermelho. Diggle não havia aparecido no QG hoje e Laurel também não havia dado as caras. Felicity estava como sempre no QG, nos observando.

Aumentei a velocidade e inclinei a moto para a esquerda, desviando deles, em poucos segundos fiquei bem na frente do caminhão, ou ele me atropelava ou parava.

Mas não reduziu a velocidade.

Ótimo, ele vai me atropelar.

Desviei rápido e não pude evitar a queda, caí uns três metros longe da moto. Roy e Thea prosseguiram.

–Thea, vai! – mandei.

Porém tudo que vi foi o seguinte: as portas do caminhão se abriram e lá dentro, uma luz forte fez com que uma silhueta surgisse, havia mais uma moto por aqui. A moto pulou Roy e Thea e estava vindo em minha direção, não reconheci quem era.

O caminhão perdeu o controle e bateu em um poste, logo à frente, Roy e Thea pararam. A moto – o motorista do caminhão havia passado para a moto – passou por mim em alta velocidade, não perdi tempo e subi na minha moto e persegui quem quer que seja.

Glades, Star City – 22:26.

Kayla Stark

Okay, confesso.

Eu me meti em confusão e neste exato momento, Queen está me perseguindo. Eu roubei um caminhão e peguei uma moto emprestada e... Quem eu tô querendo enganar? Eu tô ferrada até o último fio de cabelo!

Tento me comunicar com Clint, mas parece que ele tirou folga. Viro na primeira rua que encontro e reconheço, mas... Eu só conheço os Glades!

Dane-se.

Minha velocidade dobrou para 200 km e eu virei tão rápido que caí da moto, não me dei tempo de descansar, saí imediatamente da rua e entrei em um beco qualquer. Oliver passou direto por mim. Mas por minha moto ter despedaçado, ele continuou parado naquela rua.

Logo depois, Arsenal e Speedy chegaram logo atrás. Fizeram uma reunião de Arqueiros, mas não avistei a Canário e o Diggle. Eu realmente tentei ficar quietinha, mas eu meio que não consegui e então...

Eu subi com a maior dificuldade do mundo em um telhado – que eu não tenho a mínima idéia de quem seja. Eu tombei pro lado sentindo uma baita dor, foi quando eu percebi: eu arranjei um belo de um corte na perna.

O que eu vou vestir amanhã?! A única coisa que iria esconder isso é uma calça!

Por que eu não esperei o Clint?!

(Porque você é burra! Eu te avisei!)

Não tá ajudando!

Esperei mais uns minutos e fui embora.

Apartamento da Kayla, Glades – 07:01.

Eu poderia dizer que dormi bem, mas seria mentira.

Eu passei a noite toda cuidando do meu machucado, recebendo broncas de quatro pessoas: Fury, Hill, Barton e Romanoff. Engraçado, quando eu precisei daquele Passarinho ele não pode me ajudar, mas brigar comigo todo mundo quer! Eu sou mal compreendida.

Minha perna está horrível, a minha solução é usar meia-calça. Então eu me vesti e muito bem por sinal.

Saí de casa faltando dez minutos para bater o ponto e do jeito que eu sou atrapalhada, ainda consegui atrasada. Quando cheguei a CQ, Felicity estava quase enfartando.

Ótimo, inventa uma desculpa.

–Está atrasada. – ela disse. Acredita que ela estava me esperando na porta do prédio? É verdade.

–Desculpa, eu me perdi. – eu minto muito mal...

–Vou deixar passar por ser seu primeiro dia. – ela me olhou, avaliando-me. – Venha comigo.

Eu a segui até o elevador, onde pegamos carona até o último andar. Pelo o que está escrito na ficha dela na S.H.I.E.L.D., Felicity é a nova CEO da Consolidação Queen/Palmer Tecnologia, as duas empresas estão operando juntas e isso vai dar merda, eu tenho certeza. Oliver comanda a CQ e Felicity a PT.

(Sabe que essa sigla ficou uma bosta né?)

Fazer o quê? É o mais lógico.

–Você deve saber que os Queen e eu dividimos a empresa, como minha assistente, você fica responsável de me passar tudo que acontece aqui e lá também. O assistente do senhor Queen se chama Roy Harper, é função de vocês dois resolverem os problemas leves da empresa e passar informações para seus superiores, ou seja, os Queen e eu. – ela deu uma pausa. – Está compreendendo.

–Sim senhorita Smoak, então eu vou trabalhar junto com esse tal Harper?

Por favor, diz que não.

–Seria bom que vocês não tentassem se matar. – ela riu. – Roy é um bom rapaz, vocês vão se dar bem.

O elevador se abriu no último andar, onde ficam os representantes da empresa, e obviamente, eu também ficaria. Só havia duas salas e uma recepção, onde – eu tenho certeza que é ele – Roy Harper, o Arsenal, estava sentadinho em sua cadeira lendo alguns papéis. Do lado dele, está um homem moreno, de mais ou menos trinta e poucos anos, que deduzi ser John Diggle.

–Kayla Morgan, estes são Roy Harper e Jonh Diggle. – ele apontou um por um, me apresentando. – Diggle é o segurança particular deste andar, então vai vê-lo bastante e também já lhe falei sobre o Roy.

(Não creio, ela te chamou de KAYLA, quem ela pensa que é?)

Ela é minha chefe.

–É um prazer conhecê-la, senhorita Morgan. – Diggle se levantou e apertou minha mão, em seguida deu um sorriso simpático. Não sei o motivo, mas ele me lembra o Steve.

–Por favor, me chama de Kayla.

Já o Harper, continuou sentado na cadeira dele.

(Que grosso, se pudesse eu teria dado uma voadora nele!)

–Roy... – chamou Felicity.

–Tô ocupado Felicity, deixa o cumprimento pra depois. – ele simplesmente disse.

Felicity olhou pra mim, como se tivesse me dizendo: E agora?

Somente dei de ombros, como se eu não me importasse. Já sei que conviver com essa criatura vai ser uma maravilha, só pra não dizer o contrário.

Então ela me explicou que eu ficaria ali, junto com a Peste e o John – pelo menos eu vou ter alguém pra conversar além dessa Criatura. Por um motivo simples, Roy me lembra do Clint e do Tony, ambos com essa personalidade difícil. O bom é que eu sei lidar com os dois, então será fácil conquistar a confiança dele, eu espero.

Não tive muito tempo para observar o local, mas logo vi duas câmeras escondidas: uma na porta do elevador e outra bem no meio do saguão/recepção. Mas o local é bem iluminado, levando em conta que as paredes são de vidro que dão uma bela vista para toda a cidade.

O balcão onde eu vou ficar – já sabe com eu vou ficar – é prateado, com um metro de altura e quatro de largura, bastante espaço pra eu ficar longe dele. O lado dele é uma verdadeira bagunça, tem papel pra tudo onde é lado, seu notebook estava jogado de um jeito que é melhor nem comentar e um pote de canetas, lápis e outros tipos de objetos separavam os nossos lados.

O chão é de porcelanato claro cor de madeira, muito bem encerado – acho que vejo meu reflexo nele – e as cadeiras são aquelas de rodinha – quando ninguém estiver olhando, eu vou ficar rodando sem parar. Pelo que notei, só havia duas salas, que obviamente são de Felicity e Oliver, mas também tem uma porta escura em uma parede de piso – devo acrescentar que é a única do andar – então deduzi ser o banheiro pessoal deles.

Só então percebi: Queen não estava aqui. Não estava, até agora.

–Bom dia. – ele cumprimentou a todos. Em seguida, deu um selinho na Felicity. Juro que eu tentei não olhar, porém os outros estavam agindo normalmente, isso deve ser normal então. – Então, você é a nova funcionária? – somente assenti.

Queen me analisou, centímetro por centímetro – eu até fiquei com medo – mas seus olhos pararam em minha perna. A meia não deve ter escondido o machucado muito bem.

–O que houve com sua perna?


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Notas finais do capítulo

Look da Kayla:

(http://www.polyvore.com/social_pretty/set?id=182058859)

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