Eu ainda estou a procura dela, isso está me deixando muito preocupado. De manhã ela não estava bem, mas ela não parecia que era capaz de sumir assim. Imagine se isso chegar até o Prof. Faraize? Ou pior, até a diretora? Se ela ficar sabendo, iremos ter sérios problemas. Eu estava chegando perto de uma área cheia de palmeiras, era denso, eu ia entrando quando recebo uma mensagem.

“Hey Kentin, não achei ela por esse lado.”

“Estou indo para o outro lado de ajudar.”

Era do Castiel, então quer dizer que eu estou perto da Mia.

“Hey Kentin, não achei ela por esse lado.”

“Estou indo para o outro lado de ajudar.”

                                                                                      “ Okay, será melhor.”

Eu guardo meu celular de novo e entro na mini floresta. Vou andando mais a dentro e escuto uma voz meio abafada.

— POR QUE EU TINHA DE SER TÃO IDIOTA?

Parecia a Mia, nesse momento comecei a correr atrás dela, eu era capaz até de dar um beijo nela se ela estivesse bem. Eu a abraçaria bem forte e só a soltaria quando pisarmos na casa. Tinham árvores baixas que os galhos batiam no meu rosto, mas eu nem liguei, o importante era ter ela comigo sã e salva.

                                                              ~X~

Já se fazia 15 minutos e eu ainda não havia achado ela. No momento está chuviscando, pelo o que eu estou vendo, vai cair mais chuva e não vai demorar para isso acontecer. Eu ando mais um pouco na mini floresta adentro e a encontro, ela estava encolhida, abraçada aos seus joelhos e chorando.

— Por... Que? – Ela repetia para si mesma.

— Mia? – Eu falo com uma voz calma.

                                                               Mia

Eu já havia perdido a conta de quantas vezes eu perguntava por que razão eu fui tão idiota. Havia começado a chuviscar, mas eu nem olhei para o céu para ver se iria chover mais. Eu me encolhi em um tronco, abracei meus joelhos e comecei a chorar.

— Por... Que? – Eu repetia para mim mesma.

— Mia? – Uma voz calma chamou meu nome.

Eu olhei para cima e lá estava Kentin, na minha frente. Sua expressão era serena e calma, porém feliz. Minha primeira reação foi abraçá-lo, pois eu estava perdida e ele me achou.

— Kentin... – Minha voz saiu abafada.

Ele me abraçou de volta e começou a fazer carinho no meu cabelo.

— Oi... Nunca mais suma assim ta me ouvindo? – Ele briga comigo.

— Desculpa... Aconteceram umas coisas e eu saí, desculpa.

— Tudo bem.

Ele me abraça mais forte, ficamos abraçados por um bom tempo.

                                                           Castiel

Eu estava tentando encontrar o Kentin e a Mia, já que não achei a Mia no outro lado. Eu estava andando até que vi duas sombras, só podiam ser eles. Eu me aproximo e vejo o cabelo castanho do Kentin, eu chego mais perto e vejo uma cena, no entanto... Desagradável. Vejo a Mia e o Kentin bem abraçados enquanto ele faz carinho nela. Já me basta o loiro de concorrência, agora o Kentin? Mereço mesmo.

— Ur-Hum! – Eu tusso forte e os dois me olham.

— Oi Castiel. – Mia sorri meia sem graça.

— Finalmente Castiel. – Kentin comenta. – Você demorou.

— No entanto nem se importaram enquanto estive fora. – Eu comento e bufo.

— Eu nem sabia que você tava me procurando, Castiel.

— Aham. – Eu ironizo.

— Acredite se quiser baby. – Ela dá de ombros.

— Vamos voltar Mia? – Kentin pergunta.

— Claro.

                                                           Mia

Os garotos haviam me achado e eu estava voltando no meio dos dois. Fomos o caminho todo em silêncio, acho melhor assim. A chuva começou a engrossar e estava me dando frio, eu estava começando a tremer de frio.

— Toma. – Kentin coloca um casaco nos meus ombros.

— Obrigada. – Sorrio para ele. Castiel bufa. – O que foi Castiel?

— Nada. – Ele responde seco.

— Aham, sei. – Eu o olho com um sorriso de canto.

— D-Dá pra parar? – Ele vira o rosto.

— Como preferir. – Eu dou de ombros.

Ele se vira para me ver de novo e eu sorrio de canto, ele fica vermelho e vira o rosto de novo. Nós finalmente chegamos na casa. A primeira coisa que vejo é Rosa e meu irmão batendo o pé no chão.

— Oi... – Falo toda sem jeito.

Rosa se vira e me vê, logo ela me puxa para um abraço.

— MIA! – Ela vai me apertando cada vez mais forte. – Não suma assim de novo! – Ela me dá um coque na minha cabeça.

— Au! – Reclamo.

— Agora você pode me deixar abraçar minha irmã? – Kyle intervém.

— Não. – Rosa sorri e me aperta mais.

— Ro... Sa... Oxi... Gênio. – Eu alerto.

— Desculpa. – Rosa fala e me solta.

Eu mal recupero o ar e meu irmão me abraça.

— Me deixa adivinhar, foi para um rochedo? – Ele pergunta.

— Sim... – Eu respondo envergonhada.

— Na próxima, avise para onde vai. – Ele dá a bronca e puxa meu cabelo.

— Ai! – Eu reclamo.

No momento em que eu ia puxar o dele, o mesmo segura minha mão.

— Você estava merecendo por sumir.

— Odeio quando você tem razão. – Eu cruzo os braços e faço biquinho.

— Portanto que eu mesmo não me odeie pra mim ta tudo bem. – Ele sorri dá de ombros.

— Idiota. – Eu dou língua pra ele.

— Fresca. – Ele também me dá língua.

— Tá bom, já chega. – Rosa ordena. – Se não vocês irão ficar nessa para sempre.

— Tá bom. – Nós dois cruzamos os braços.

Kentin que está atrás de mim, coloca suas mãos nos meus ombros.

— Você está gelada, precisa ir para um banho quente agora. – Ele ordena.

— E se eu não quiser ir?

— Você realmente acha que tem escolha? – Ele me olha meio travesso.

Eu cruzo os braços.

— Claro que sim.

— Tá ok, você que sabe.

Ele se abaixa e me pega no colo.

— Mas o qu...? – Eu nem termino de falar e ele já me pega.

— Agora você não tem escolha. – Ele agora sorri travesso.

— Me solta! – Eu grito. – Socorro ele quer cuidar de mim!

Saiu meio estranho o que eu falei então todos começam a rir.

— Você não existe. – Kentin fala sorrindo.

Ele sobe as escadas comigo e me coloca na cama.

— Agora seja uma boa menina e vá tomar banho. – Ele ordena.

— Você não manda em mim. – Eu cruzo os braços.

— Você quer mesmo que eu te dê banho? – Ele me olha sorrindo por cima do ombro.

— N-Não. – Eu coro. – Eu sei tomar banho sozinha.

— Bom mesmo.

Ele chega perto de mim e me dá um beijo na cabeça. Ele saiu do quarto e eu vou ao guarda roupa para pegar uma roupa para mim, obviamente. Eu entro no banheiro e encho a banheira com água quente, eu tomo meu banho totalmente relaxante e vou me vestir. Eu vesti uma blusa branca com o símbolo do álbum Sound Good Feels Good do 5SOS (Aquele coração quebrado com uma agulha), uma saia vermelha e calcei minha sandália de dedo mesmo. Faço uma trança de lado e desço as escadas com fones em meus ouvidos.

— Fly away, fly away tonight. – Canto um trecho da música atual.

Estavam todos esparramados no sofá vendo televisão. Já havia parado de chover e o sol aparecia. Eu me jogo no sofá, para ser mais precisa, em cima do meu maninho.

— Saí daqui enjoada! – Ele me empurra.

— Me obrigue. – Eu me atiro mais.

Ele puxa minha trança.

— AIÊ! – Reclamo.

— Você mereceu. – Ele me dá língua.

— ROSA! – Choramingo.

— Dá pra vocês dois pararem? Estou tentando pensar no que iremos fazer durante a tarde e a noite. – Ela estava com o dedo indicador no queixo e com cara de pensativa.

— Desculpa. – Falamos em uníssono.

Eu saio de cima dele e ele se senta no sofá. Se passa um tempo e Rosa ainda estava pensativa.

— TODO MUNDO DESCE AQUI AGORA QUE EU TÔ MANDANDO.  – Rosa grita com todas as suas forças.

Todos descem, pois Rosalya pode ser perigosa quando quer.

— Todos presentes? – Ela pergunta e assentimos. – Okay, estou querendo que nós fossemos curtir essa linda praia bem na nossa frente. – Ela aponta para a praia. – E então eu decidi que iremos ficar na praia hoje e ir numa festa estilo luau hoje à noite. – Ela sorri. – E então?

Cochichos começam a rolar soltos por ali, por mim, pode ser. Demora uns 5 minutos e todos já têm tomado sua decisão.

— E? – Ela pergunta ansiosa.

— Nós topamos. – Diz Lysandre.

— Eba! – Ela começa a dar pulinhos de alegria. – Agora todos irão vestir sua roupa de banho para irmos para a praia!

Ela exalava felicidade. Todos subiram menos meu parceiro de quarto. Eu entro no quarto, fuço numa gaveta e tiro um biquíni azul marinho junto com uma saída de praia branca com flores. Eu me tranco no banheiro e me visto. Ao sair do banheiro eu me deparo com uma cena... Constrangedora. Eu encontro Castiel apenas de cueca Box procurando um calção de banho.

— Eu tenho certeza que deixei por aqui... – Ele falava para si.

Ele acaba se virando e me vê ali, ele cora automaticamente com minha presença.

— A-Achei que estava sozinho. – Ele comenta.

— P-Pois eu também...

Ficamos um tempo em silêncio.

— P-Preciso ir. – Eu dou uma desculpa.

— T-Tá.

Eu saio daquele quarto correndo e Rosa me vê.

— Hey, o que houve? Você ta vermelha como um pimentão. – Rosa comenta tentando olhar nos meus olhos.

— N-Nada. – Eu desvio o olhar.

Rosalya franze a testa.

— Mia... Podemos conversar, por favor? – Nathaniel pergunta.

— Já disse que não, com você não quero papo algum!

— Mais... – Ele tenta falar e eu o interrompo.

— Mais nada. – Eu falo. – Vamos Rosa.

 Eu puxo Rosalya lá para baixo.

— Agora somos nós que precisamos conversar! – Ela briga.

Ela me leva no jardim da frente da casa, que a propósito era incrível.

— Pronto. Conta-me.

— É o seguinte, o porque de eu estar vermelha naquele momento é que eu saí do banheiro e me deparei com o Castiel apenas de cueca.

— Eita. – Ela comenta com um sorrisinho. – Agora me explique o do Nath.

— Terminamos. – Falo curta e grossa.

— Sério? M-Mas por quê? – Rosa me pergunta confusa.

— Sabe hoje de manhã quando cheguei com o Kentin?

— Sim.

— Ele ficou com ciúmes, depois falou várias coisas pra mim.

— Tipo?

— Que eu não era mais confiável, que dava trela para todos os meninos e... E... – Eu aperto os olhos. – Ele me chamou de vadia... – Eu abaixo a cabeça.

— Nossa... Nossa... NOSSA! VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO, NINGUÉM CHAMA MINHA MANINHA DE VADIA NÃO! – Ela exclama e eu rio. – CADÊ ELE? CA-DÊ E-ELE?

— Calma Rosa, eu não quero mexer em nada.

— E pensar que eu fiquei meio alegre quando vocês começaram a namorar. – Ela cruza os braços e balança a cabeça em negação.

— Calma, não me importo com ele mais. Eu queria saber o porquê dele ter sido grosso comigo... Mas não quero nem olhar para ele mais. – Eu cerro os punhos.

— Hum... Relaxa, um dia você irá esfriar a cabeça e perguntar a ele. – Rosa sorri para mim.

— Tomara.

— Vem, temos que ir para a praia. – Ela se levanta e estende uma mão para mim.

Eu me levanto e a sigo.