Rosalya

A Mia ainda não desceu com o Castiel, provavelmente ficaram presos lá. Se eu tenho algo a ver com isso? N-Não! Tá bom... Eu tive um dedo nisso, mas não achei que iria funcionar, eu dei uma “mexidinha” na trava antes de sair. Mas pra isso eu tive que pagar um preço grande, o “namorado” dela é fogo! Não se aquietou um segundo, toda hora queria subir lá pra chamar eles.

— Eles estão demorando muito! – Nathaniel diz inquieto.

— Te acalma homem! É difícil achar algo legal no meio das tralhas. – Eu tento acalma-lo.

— Já devem estar descendo. – Kyle repete.

Kyle está falando isso faz uns 35 minutos, pelo o menos consegue acalmar o loiro por um tempo. Se a Mi não tiver se resolvido, voadoras vão rolar.

                                                      ~X~

Já se passaram mais 15 minutos, vou subir se não o Nathaniel vai.

— Eu vou também. – Nathaniel se levanta.

— N-Não! – Eu quase grito.

— Por quê? – Ele cruza os braços e ergue uma sobrancelha.

— P-Porque ora... – Estava nervosa.

Vamos... Vamos! É só usar uma desculpa simples. Eu respiro fundo e respondo.

— Você não pode porque ainda não foi, se eles tiverem tido uma ideia, pode ter plágio.

— Mas eu não vou plag... – Eu o corto.

— Não vai e ponto.

Coloco moral mesmo! Tô me sentindo a ultima coca-cola do deserto agora.

— Alexy você vem comigo. – O chamo

— Ma... – Nathaniel ia se manifestar, mas eu o corto.

— Antes que fale algo, ele já se apresentou.

Eu subi as duas escadas com o Alexy e chegamos à porta. Eu a forço, mas ela nem se move. Alexy também tenta, mas sem sucesso.

— O que faremos agora? – Alexy pergunta.

— Espera, estou pensando. – Respondo. – Pensa... Pensa... Lembrei!

Eu enfio minha mão no bolso dos shorts e tiro uma chave.

— Sempre tenha uma reserva querido! – Sorrio para Alexy.

Nós conseguimos abrir a porta. O que vimos é agradável aos olhos, Mia e Castiel deitados num colchão e ambos rindo, e era uma risada, como posso dizer... Gostosa, daquelas de verdade.

— Psiu. – Alexy chama e eles olham.

— Porra Alexy! – Sussurro. – Poderia ter deixado mais um pouco né?

— Desculpa. – Ele sussurra.

Mia se levanta e me dá um abraço.

— Ainda bem que abriram, ficamos presos aqui dentro.

— Pelo o menos agora estamos nos entendendo.  – Castiel ri.

                                                              Mia

— Pelo o menos agora estamos nos entendendo.  – Castiel ri.

— Uhum. – Concordo.

— Bem melhor do que antes. – Ele pisca para mim e eu mando gentilmente o dedo do meio.

— Idiota. – Eu chamo e ele sorri.

— Agora vamos descer teu namorado quase voa aqui em cima. – Alexy comenta e Rosa dá uma cotovelada nele.

— AI! – Alexy reclama e eu rio.

Nós descemos as escadas, Rosa e Alexy foram na frente, eu e Castiel atrás. No momento que eu apareço no arco do corredor, vejo Nathaniel andando de um lado para outro, ele me percebe ali e vem correndo me abraçar.

— Estava preocupado, vocês demoraram. – Ele me sufoca num abraço.

— Desculpa, estávamos presos. – Eu explico.

— Eles só estavam no porão Nathaniel, relaxa. – Armin comenta e Nathaniel o olha com um olhar mortal. – Desculpa não tá mais aqui quem falou. – O mesmo levanta as mãos em modo de rendimento. Nathaniel volta para o abraço.

— Calma, eu tô aqui agora. – Eu o abraço de volta.

Eu olho para minha frente e Castiel está meio cabisbaixo. Ele olha para mim e eu sorrio para ele, o mesmo também abre um sorriso pra mim. Eu silabo para ele “Apenas amigos”. Nathaniel me segura pelos ombros e me dá um selinho.

— Não faça isso de novo, tá? – Ele me olha fixamente.

— Tá. – Eu sorrio e dou outro selinho nele.

— Não vamos brincar mais disto, não está dando certo. – Nathaniel avisa e depois passa o braço em volta do meu pescoço.

— Concordo. – Eu contribuo com a ideia. – Não foi como eu esperava essa brincadeira... Mas os primeiros ainda terão que pagar. – Eu sorrio maliciosamente e Alexy engole seco.

— Eu quero fazer a punição de Alexy. – Rosa ri bem alto, me deu arrepios. Alexy agora engole seco suando.

— Okaaay. – Eu dou para ela esse gosto. - Mor, vamos sentar, tô cansada. – Eu peço pra Nath. Logo nos sentamos no sofá e eu encosto minhas costas no ombro dele.

— O-O que irá f-fazer R-Rosalya? – Alexy pergunta tremendo.

— Nada de mais. – Ele sorri. – Só quero que você beije alguém.

— Opa! – Alexy se anima.

— Mas é um beijo hétero. – Ela avisa e ele engole seco de novo.

— B-Beijo h-hétero? – Ele pergunta.

— Sim, sim. – Ela afirma e assente. – E vai ser na Vio. – Ela fica com um sorriso na cara. Alexy engole seco de novo.

— O-Okay. – Vio confirma toda rosadinha.

Rosa pega Alexy pelo braço e vai em direção à Vio. Ela o coloca na frente dela e a puxa para deixá-la em pé.

— Pronto. Agora podem se beijar. – Rosa confirma.

Vio fecha os olhos, Alexy se aproxima muito vermelho e...

— UM SELINHO? – Rosa reclama. – Falei B-E-I-J-O não selinho. – Ela cruza os braços. – Vai ter que fazer de novo.

— U-Uh? – Alexy fica com um ponto de interrogação na cabeça.

— A-G-O-R-A. – Rosa ordena batendo o pé no chão.

Eu que nunca quero fazê-la querer vingança contra mim. Alexy estava se aproximando da Vio, mas lentamente, até que acontece algo que ninguém esperava. Vio puxa Alexy pela gola da camisa e o beija. Alexy logo abre os olhos assustado com a atitude, mas não a impede, tanto que ele fecha os olhos e a segura pela cintura. Estávamos todos boquiabertos.

— C-Como assim? – Eu, Rosa e Armin falamos juntos.

Eles se separam por falta de ar. Tô chocada.

— Mal... Dita... Falta de... Ar. – Alexy diz entre varias respirações fundas.

— Uh... Hum. – Vio concorda recuperando o ar.

— I-Irmão? Você não é gay? – Armin pergunta confuso, mas ele parecia alegre.

— E-Eu nem sei mais. – Ele olha para a Vio e sorri.

MEU DEUS, O QUE FOI QUE ACABOU DE OCORRER NA MINHA FRENTE? ALEXY VIROU HÉTERO? AI MEU SENHOR AMADO.

— O-Ok... – Rosa tenta absorver a situação.

— E quem vai fazer sua punição? – Alexy pergunta.

— Não sei. – Rosa responde.

— Eu sei! – Eu digo levantando a mão.

— Diga então. – Rosa me olha.

— Que tal a Rosa ir fazer uma pipoca, uns cookies, hamburgers e umas batatas frita para nós?

— É mais fácil eu pedir. – Ela ri.

— Pode ser, mas você paga. – Ela fica um pouco pensativa.

— Isso vai custar caro... Prefiro fazer então, alguém me ajuda? – Ela pergunta.

— Kyle te ajuda. – Eu empurro Kyle com o pé.

— E-Eu? – Ele pergunta apontando o dedo para si.

— Sim, você. Porque você sabe cozinhar melhor do que eu, lembra?

— Sim.

— Pois então, tá esperando o que? Tô com fome maninho. – Sorrio pra ele.

— Você é terrível. – Ele ri.

— Também te amo. – Mando um beijo pra ele e ele me dá língua.

Ele e a Rosa vão para a cozinha. A cozinha era dividida da sala por uma meia parede, então dava pra eles “nos acompanharem”.

                                                               Kyle

Aqui estou eu, na cozinha com a Rosa, e estamos sozinhos.

— Então... – Eu começo.

— Então o que? – Ela pergunta.

— O que devo fazer?

— Sabe fazer hamburger?

— Sei.

— Pode fazê-los pra mim? Acho que é umas das coisas que ainda não aprendi a fazer foi a carne temperada.

— Posso sim, posso até te ensinar se quiser. – Falo para ela.

— Perfeito então. – Ela sorri pra mim.

É tão lindo aquele sorriso dela, ela se virou para pegar uns ingredientes no armário de cima, ela se vira rápido, ou seja, o cabelo dela fez um papel perfeito.

— Kyle? – Ela me chama.

— E-Eu.

— Sabe fazer um coque de cabelo? – Ela me pergunta com um elástico de cabelo na mão.

— Sei, eu fazia na minha irmã quando ela era pequena, não que ela ainda não seja. – Dou de ombro e ela ri.

— Pode fazer no meu? – Ela se aproxima e se apoia na bancada.

— P-Posso.

— Òtimo! – Ela me entrega o elástico e se vira.

Eu faço o coque dela, deu trabalho porque o cabelo dela é bem maior do que o da minha irmã.

— Pronto. – Sorrio sem mostrar os dentes.

— Uau! Ficou legal. – Ela diz se olhando no espelho do micro-ondas. – Obrigada. – Ela me beija na bochecha.

— D-De nada. – Eu coloco minha mão na bochecha que ela beijou.

— Tá tudo bem? – Ela me pergunta levantando uma sobrancelha.

— Sim, por quê?

— Você tá vermelho, tá com febre?

—... – Fico calado.

— Deixa eu ver. – Ela se aproxima e coloca o pulso na minha testa. – Não. Acho que é só você mesmo. – Ela sorri e se vira para os ingredientes. – Mãos na massa!