Aqui estou eu, em uma nova cidade, casa nova, nova vida... e esse cheiro magnífico de rosas no jardim. Finalmente longe do idiota do Dake.

Meu pai me abraça de lado.

— E aí? O que achou?

— Eu amei. – Falei sorrindo pra ele. Meu pai estava cheio de esperanças

— Nova vida, Mi. Nova vida. – Eu concordo com a cabeça e o abraço.

Nós chegamos agora, e são 04:29 da manhã, ou seja, vou para escola. AFF!

Dou um beijo no meu pai e subo para o meu quarto. Nossa, ele me conhece muito bem. Ele pensou em tudo, até no teto! Tinha estrelas no meu teto, meu quarto era lilás com um filtro de sonhos grandão na parede. Nem coloquei minhas roupas no armário, só tirei o uniforme da minha mala com a mochila e os coloquei no banco que fica na frente da minha cama, tomei um banho, coloquei meu pijama, olhei o relógio e já ia dar cinco horas, eram 04:56 da manhã. Aproveitei o tempo restante para dormir.

Acordei com a luz batendo na minha cara, tomei um banho e coloquei meu uniforme, peguei meu telefone, coloquei meus fones e saí do meu quarto. Chegando na cozinha tinha um bilhete do meu pai que dizia:

Filhota, tive que sair mais cedo,

Desculpe-me por não ficar para o café.

Aqui está o dinheiro para o lanche.

Beijos,

Amor, Papai.

Eu ri. Isso é normal do meu pai, ele sempre foi um pouco ausente. Tomei meu café, peguei uma maça e fui. Eu estava andando normalmente avoada enquanto ouvia música até me trombar com algum aluno.

— Hey!! garota vê se olha por anda!

Eu só olhei pra ele e ri. Pensei em me desculpar, mas ele era bastante rude.

— Pft... – continuei andando, pouco me importa ele.

Chegando na sala, sentei no fundo e peguei meu livro. Fiquei lendo enquanto ali ainda estava calmo. Alguns alunos começaram a chegar. Chegou uma garota com um cabelo bem legal, assim como o meu, o dela tinha mechas, o seu cabelo era platinado com mechas rosas, e seus olhos eram cor de mel, ela estava de mão dadas com um garoto de cabelos escuros e olhos pretos. Com ela veio um garoto de olhos azuis e cabelos pretos, um garoto de cabelos azuis, uma de cabelo roxinho - totalmente adorável — e uma de cabelos laranja. Pelo visto eram um grupo de amigos.

Depois chegaram uma menina loira com mais duas que pareciam cachorrinhas atrás dela, pelo que eu via, não me interessava.

O sinal tocou e entrou mais gente que não prestei muita atenção. O professor chegou.

— Bom dia, galera! – Disse o professor e a sala retribuiu.

A aula ia começar, e ninguém tinha sentado do meu lado. Ufa!

Alguém entra na sala.

— Atrasado de novo, senhor Castiel?

— Pelo o que você está vendo, sim estou. – O professor lançou um olhar de fuzilamento nele.

— Sente-se antes que eu mude de ideia. Tem uma cadeira do lado daquela menina. Ah! A novata.

Merda, ele me viu! Eu sentei aqui justamente para evitar apresentações! Eu sorri forçadamente, mas sem mostrar os dentes.

— Venha aqui na frente, senhorita.

MERDA, MERDA, MERDA, MERDAAA! Lá vou eu, Aff!

— Nos diga seu nome. – Disse ele sorrindo.

— Meu nome é Mia Oliver, tenho 16 anos e acabei de chegar.

— Nossa, cabelo natural esse seu, hein? – Disse a garota de cabelos loiros e a sala riu. Eu revirei os olhos e respondi.

—Mais natural que esse seu loiro de farmácia. Licença. – A sala inteira olhou pra ela, e ela se calou. Melhor assim.

O ruivinho me olhou perplexo, mas não falou nada. Anotei o necessário da aula e o sinal bateu. Aleluia, quero ler um pouco. Fui em direção ao pátio, subi numa árvore e deitei num galho, coloquei uma música e comecei a comer minha maçã. Até que algum desocupado tirou meus fones.

— EII! – Desci imediatamente da árvore para ver quem era. Era o ruivinho. – Ah é só você, Carlos.

— É Castiel! – Resmunga.

Dei de ombros.

— O que você quer? – Eu o olhei com braços cruzados.

— Saber mais de você... Milena. – Ele brinca e eu rio.

— Quer brincar disso agora, Cássio? – Ele ri também.

— Não, mas, se você quiser, te apresento meus amigos e a escola. Venha. – Ele nem esperou eu responder e já saiu me puxando. Ele me mostrou a escola inteira, até o porão. Ele ficou me olhando sem falar nada.

— O que foi? – Perguntei como quem não quer nada.

— Nada, só to observando como você parece uma tábua. – Eu franzo a testa, tinha ficado desconfortável e dou um tapa de leve nele, só pra virar o rosto mesmo.

— Ei! - Ele reclama - Pelo o menos é corajosa.

— Hum... E? – Eu ri

— E irritante. Vou andar de bike hoje, você curte?

— Meu estilo tá mais pra skate.

— Você vem ou não?

— Talvez. Você é sempre amável assim? – Ele ri

— Talvez.

O Sinal bate e vou para a sala, como sempre anoto tudo que o professor fala. Acabou a aula. Fui para casa, meu pai ainda não havia chegado... Novidade. Almoço, subo para o meu quarto, tomo um banho e faço a lição, daqui á pouco dá a hora de ir aonde o Castiel vai me apresentar a turma.

Continua...