Juro que vou jogar esse homem pra fora da cama se ele não levanta dessa cama em menos de 60 segundos.

—Will, Will acorde. Digo colocando a mão em seu braço e o chacoalhando. Ele resmunga. -oi. Mas nem se move.

—William acorde, levante meus filhos estão na porta. Pego meu travesseiro e começo a bater nele e ele finalmente me olha.

—Só mais uns minutinhos. Ele só pode estar brincando comigo.

 Levanto da cama e lhe tiro as cobertas.

—Levante dessa cama agora. Ele percebe que percebe a derrota e lentamente se levanta.

—mamãe. Protestam novamente meus filhos por permissão para entra no quarto.

—Vá se lavando no banheiro, se arrume e saia pelos fundo vou abrir a porta e descer com as crianças. Ele boceja e anda lentamente até o banheiro.

—Quantas ordens a essa hora da manha mulher, só queria dormir mais um pouco.

—É mais não pode, vá logo. Digo o empurrando para que vá mais rápido para o banheiro. Quando ele entra fecho a porta e vou até a porta do quarto, a destranco Teddy e Pheoby estão com seus pijamas...

—Por que demorou tanto mamãe ? O que estava fazendo ?  Pergunta Teddy 

—A mamãe estava no banheiro querido. Ele questiona novamente.

—Não ouvi barulho de descarga, você esqueceu ? Ele é muito esperto.

—A mamãe esqueceu, vai com sua irmã até a cozinha que eu já vou. Eles seguem pelo corredor e vou ao banheiro, quando abro a porta e me arrependo terrivelmente.

—A meu Deus, o que você fez nesse banheiro ? Ele estava no chuveiro e me deu um sorriso tirando a cabeça de baixo da agua.

—Você disse que eu pra eu me lavar, eu me lavei. 

—Will você não se lavou você empestou o banheiro. Que fedo. Borrifo no esprei de bom ar para ver se o cheiro desaparece o que acho pouco provável. Chego bem perto do box do chuveiro e digo. 

—Se eu solbe se que iria transformar o meu banheiro em um esgoto nunca teria deixado você entrar aqui. Ele abre o box e diz:

—Porque não entra aqui comigo? Esse fedor vai desaparecer rapidinho. Ele para a mão pelo meu rosto. Olho pra ele lá dentro, nu tão lindo...

—Por mais que seja muito tentador, eu não posso caso não se lembre de sou esperada na cozinha e vc tem que dar o fora antes que alguém te veja. 

—Se a senhorita quer assim. Ele diz e balança a cabeça me molhando. Dou alguns passos pra trás e saio do banheiro. 

Vou até a cozinha e vejo que Teddy, Pheoby e Christian estão terminando o café da manhã. O menino de cabelos negros me olha e diz:

—Nossa mamãe demorou pra dar descarga. Estava dando tchau pro coco? Ele me arranca uma pequena risada.

—Eu também fico dando tchau pro coco mamãe. Diz Pheoby e depois sorri.

—Eles praticamente já acabaram o café Ana. Diz Christian depois de tomar seu último gole de café. 

—Bom Dia pra você também Christian. Ele dá aquele sorriso de lado lindo. 

—Bom Dia Anastasia, se me dá licença vou até o meu escritório trabalhar um pouco. Ele dá um beijo no rosto dos filhos e sai.

Os dois acabam o café e vão ao banheiro, escovo os dentes de Pheoby e dou uma ajuda a Teddy. Pegam as mochilas e correm para o carro, eles me abraçavam em despedida e seguem para o colégio. 

Tomo meu café da manhã, tomo um banho e me arrumo para o trabalho, quando estou praticamente pronta passo pelo corredor e passo pelo quarto, o quarto que seria do meu menininho, e não consigo seguir meu caminho entro no quarto. A poucas semanas atrás esse quarto estava pronto para a chegada desse pequeno ser, ele veio em uma péssima hora, sem avisar, sem planejar. Mas era carne da minha carne, sangue do meu sangue e o queria tanto, mas tanto... Que até dói de lembrar, me encosto em uma parede e sento me no chão. Esse bebê seria diferente, sua criação seria diferente, não seria apenas mais uma gravidez sabia disse desde que apenas suspeitava da gravidez e ele se foi. 

A única coisa que podia ouvir além do turbilhão de pensamento era o barulho do meu relógio... 

—Anastasia, achei que tivesse que ir para a Editora ?  O que aconteceu ? Me assusto com Will que se senta ao meu lado no chão.

—Eu nem te vi... ah.. Eu. Olho pra ele. -Simplesmente não consegui...

—A ferida ainda está aberta, está muito exposta e é muito recente. Natural. Dou uma risada fraca.

—Uma forma de fala de sentimento pela medicina. Haha. Sabe, os acontecimentos da noite passada me fizeram esquecer, simplesmente esqueci. E a dor se foi mesmo que por poucos momentos ela se foi. 

—Foi muita coisa pra se processar. Você vai conseguir seguir em frente, de pouco em pouco. 

—Essa dor vai embora algum dia? Digo com o choro na garganta.

—Embora é pouco provável mas vai aprender a lidar com ela, haverá dias que vai doer menos haverá dias vai doer mais.

—Nossa me sinto muito melhor. Olho para o teto onde os adesivos de estrelas que brilham no escuro. Como vocês conseguem?

—Como assim? O que está perguntando.

—Como vocês médicos fazem? Como lidam com a vida de alguém ou quando perdem um paciente? Como são fortes para isso?

—É uma boa pergunta, mas depende do médico, do paciente, do estado que se encontra o paciente de muitas coisas. Quando estava fazendo residência tratei de uma garotinhas de 4 anos com câncer, ela precisava de um doador de medula óssea, passei 6 meses com ela, sabia que sua cor preferida era vermelho, que gostava de ursinhos de pelúcia, que era quando ficava com dor queria agarrar o braço de alguém e quem não gostava de enfermeira. Sabia tudo sobre ela e ela finalmente consegui-o a medula óssea e iria realizar o transplante, não podia ficar mais feliz e naquela noite ela acabou morrendo antes da cirurgia ser realizado. Naquela noite depois de saber da morte dela, de vê-la fui até a parede de trás do hospital e chorei por 1 hora. 

—Nossa meu Deus, nem posso imaginar como se sentiu. Os olhos dele estavam cheios de lágrimas. Eles os limpou antes que elas caíssem, colocou a mão dentro cá camisa e mostrou o cordão com crucifixo de prata.

—Sei que ela se foi, mas ela foi para um lugar melhor, sem dor onde ela pode brincar pela eternidade. Sei que o seu bebê também está em um lugar melhor. Ele segura o crucifixo. Olho pra ele, e tento digerir como ele pode dizer isso.

—Está dizendo que Deus levou o meu bebe para um lugar melhor? Melhor do que estar comigo que sou dia mãe? 

—Nós na maioria das vezes não entendemos os planos de Deus, mas é assim. Seu bebezinho está olhando para você, a bela mãe dele sofrendo aqui na Terra. As lágrimas caem e encontro a cabeça em seu ombro. 

—O meu bebe se foi por culpa do Christian, ele fez isso, e dói, dói muito. 

—Não o condene, ele também perdeu um filho. O que foi que ele disse? Afasto-me um pouco dele e digo:

—Como pode defendê-lo por dele cai daquela escada e meu filho morreu ainda no meu ventre se ver a luz do sua sem eu poder ver seu rostinho. Não ouse defendê-lo. Levanto-me e saio do quarto. 

—Anastasiaaa. O ouso me chamar. Pego minha bolsa e sigo para a Editora. Sei que se não trabalhar vou enlouquecer. 

É tão estranho estar na empresa, as pessoas a pouco tempo estavam me parabenizando pelo bebê, perguntando como estava me sentido, me dando lembrancinha e coisas para o bebê e agora parece que não sabem como agir. Estão quietas, mais fechadas, aquela alegria de antes de foi. Ou sou eu. 

Só sei que a manuscritos em minha mesa, é uma reunião com os outros setores da editoria para hoje que terei de enfrentar. Por você meu filho, eu vou encarar.