Capítulo 1 - Tempo da arte

Narrador P.O. V.

“No Japão feudal, havia muitas formas de vida. Os principais eram os humanos. Humanos eram brancos, morenos ou negros. Seus cabelos e olhos tinham uma grande variedade de cores. Viviam cerca de 80 anos.

Havia os demônios. Seres que bebiam o sangue dos humanos, mas não chegavam a mata-los. Demônios eram como humanos . Exceto pelas asas de dragão . Essa raça quando se alimentava, passava por uma mudança na coloração dos olhos.

Os olhos dos demônios famintos possuíam uma esclera preta, íris vermelha e pupila preta. Esse olho era chamado de Kagukan. Se um demônio possuíssem apenas um Kagugan significa que um de seus pais era humano.

Demônios são imortais. Mesmo os meio-demônios. Eles só podem morrer se forem assassinados.

Uma outra espécie era o povo mágico . Os mágicos eram como humanos. Só que com asas de borboleta e/ou pássaro. Eles viviam 200 anos. Ao termino da vida, sua boca produzia uma substância que envolvia o corpo em um casulo. Após seis meses da formação do casulo, uma nova criança saía de lá dando início a uma nova vida.

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Um casal corria pelos bosques. Eram meio-demônios bem jovens . A moça era muito baixinha. Tinha cabelo, olhos verdes, 25 anos. O rapaz era baixo também. Tinha cabelos, olhos pretos, 23 anos. As asas deles eram vermelhas. A garota usava um colar de esmeraldas, flor vermelha no cabelo, pulseira floral no pulso, brincos, uma túnica verde. O rapaz usava um uniforme guerreiro preto e branco. Eram recém-casados, com apenas quatro meses de união matrimonial.

“Vamos, Ken. Venha logo. Venha correr. Se não vamos perder a festa da poesia.”

“Calma, aí, Eto-chan. Eu sou rápido, mas não sou um vendaval.”

“Vamos logo, Ken. Apresse-se.”

O casal se apressou. Aquele festival foi muito importante. Era tudo para eles.

Eles chegaram a um grande pórtico. Passaram pela entrada. Receberam as pulseiras de identificação. Eto recebeu uma pulseira especial, porque ela iria participar do concurso de poesias.

Eles percorrem um caminho com várias barracas. Com comida, bebida, livros, objetos mágicos, bijuterias e muito mais. Era uma grande feira. Ao final do caminho, havia um grande palco onde apresentações artísticas estavam acontecendo.

Eto e Kaneki conseguiram um bom lugar para sentar. Pois estavam com dinheiro e haviam comprado entradas Vips. Puderam se sentar na primeira fila.

No momento, aconteciam apresentações de dança do povo mágico.

Eram dançarinos muito hábeis.

Quando a apresentação corrente terminou, o mestre –de –cerimônias anunciou a última apresentação de mágicos. E logo em seguida, haveria concurso de poesias. Óbvio que Eto se escrevera com muita antecedência. Ela seria a primeira a declamar.

Mas, antes disso, ainda havia uma dança para assistir.

Foi anunciado que a próxima apresentação seria feita por Yomo, 35 anos; acompanhado de sua jovem esposa, com 21 anos, chamada Touka.

O homem era alto e musculoso. Com cabelos abaixo da nuca na cor prateada. Mesma cor para os olhos. Ele tinha uma tatuagem preta no rosto. Estava sem barba. Sua roupa era um uniforme guerreiro nas cores verde-azul, verde-escuro e com detalhes dourados. Suas asas eram como penas e de cor laranja.

A moça era baixinha com olhos roxos, cabelos curtos roxos, asas de borboleta rosadas. Usava uma flor lilás no cabelo, sua aliança era uma estrela roxa, pulseira de perolas. Sua roupa guerreira tinha as cores roxa, lilás com detalhes dourados. Ela possuía duas estrelas roxas na testa. Que Kaneki reconheceu como o símbolo do clã Kirishima, o melhor clã dançarino do Japão na época.

O casal se posicionou frente a frente. Então, eles alçaram voo. Dançaram o zouk humano. Só que no ar. O que gerou um efeito muito interessante na dança.

Eto e Kaneki ficaram encantados com a apresentação. Eto sorria de orelha a orelha. Kaneki falava para esposa que iria pegar autógrafo para os dois.

Depois que terminou a apresentação de danças, o mestre-de-cerimônias convocou os participantes do concurso de poesia a irem para o lado do palco, pois logo começaria o campeonato poético.

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Foi anunciado:

“Nossa primeira participante é Eto Kaneki vulgo Sen Takatsuki, 25 anos, casada, escritora profissional, meio-demônio. Senhora Takatsuki, venha para frente e declame sua poesia.”

Eto ficou perto da borda do palco, tomou folego e declamou sua poesia:

“Eu sou Sen Takatsuki e vou declamar o poema “meu amado”. Ouçam com atenção.

Quem é que é mais lindo

do que a flor da cereja :

Mais perfumado do que o

jasmim ?

Mais doce que o pêssego?

És tu, meu cobertor.

És tu, meu protetor.

És tu, meu cantor.

Face de anjo.

Lábios de mel.

Cabelos de ébano.

Sem você,

Os dias são tristes,

As noites, frias,

A comida, sem graça,

O sono, sem conforto.

Meu amado,

Se a vida quiser

apartar-nos ,

por favor ,

Não se aparte

de mim .

Muito obrigada por sua atenção e tenham um bom-dia. “

Eto foi aplaudida, fez uma curvatura de agradecimento e retirou-se do palco. Então, ela retornou para o sua cadeira, ao lado do marido, a fonte inspiradora para a poesia declamada há pouco.

Quando o concurso terminou, o mestre-de-cerimônias avisou que haveria 3 horas sem apresentações. E desejou um bom festival a todos.

Pela hora, deveria ser 14 horas. O festival iria até a noite.

Kaneki e a esposa se retiraram para visitar as barracas.

Compraram comida, livros. Algumas pessoas reconheceram o casal e pediram autógrafos. Ambos eram escritos. Eto, sob o pseudônimo de Sen Takatsuki, havia se tornado uma lenda em todo o Japão. Com todos os livros incríveis de horror/fantasia. E Kaneki era um poeta bem reconhecido na região.

Mas, agora vamos parar de falar sobre esses, para narrar às aventuras de outro casal.

Yomo e Touka chegaram bem cedo à feira. Pois ainda não tinham se inscrito para o concurso de dança. Por sorte, quase ninguém se inscrevera. Foram só 6 participantes . Normalmente, a média é 20 por concurso.

Eles fizeram um bom lanche antes da dança. Assim que acabou o concurso dançante, eles assistiram somente a apresentação da Sen Takatsuki, pois estavam com muita fome. Por Yomo, eles teriam que ir comer logo depois da dança. Mas, Touka brigaria com o marido se não assistisse a apresentação da sua autora favorita.

O casal já tinha comido. Estavam passeando pelas barracas , quando Touka insistiu em ir a barraca dos livros . Ela queria ler o mais novo livro da Takatsuki. E ainda cismou que queria um autógrafo da autora. Yomo disse para procurar sozinha. Que ele estava cansado. Touka deu os ombros e foi procurar por seus ídolos. Enquanto o marido ficou a sombra de uma cerejeira.”