Escrevendo Uma Nova História escrita por Alessia Serafim


Capítulo 1
Capítulo 1 - Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Não esperava escrever tanto para um prólogo mas fora preciso, espero que gostem, tem muitos personagens novos a caminho. O ponto de vista será contado pela primeira pessoa e terceira pessoa.
Recadinho: Demorei um pouquinho para postar, porque eu não sabia como começar, pensei em três formas diferentes e a terceira foi essa, mas precisei da opinião de um grande amigo meu AlessandroHFC já que não sabia como a primeira versão da ideia estava boa, graças a ele eu pude melhorar e trazer essa belezura para vocês.



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Vivia uma vida tranquila em uma pequena cidade na Alemanha, era relaxante. Morava sozinha, que era uma benção para mim, não tinha ninguém para me perturbar, não precisava dar satisfações a ninguém além da editora para qual eu trabalhava. Há muito tempo eu trabalhava como planejadora de festas, mas não tinha muita oportunidades, só no final do ano, o que era bem ruim, minhas festas sempre foram muito bem comentadas mas eu precisava de algo mais garantido, foi assim que passei a trabalhar para uma editora, ela não era muito conhecida mas adorava trabalhar para ela. Traduzia vários livros ou até mesmo ajudava a editar, ajudando também os autores quando seu editor não podia, era um trabalho interessante, e no final eu sempre ganhava vários livros, além do meu salário, era fantástico.

Em uma noite qualquer em quanto eu traduzia um livro, já tinha tomado mais de quatro copos de café para me manter acordada, já se passava das duas da madrugada e eu estava lá digitando furiosamente com o meu teclado, foi quando eu escutei um barulho estranho vindo do lado de fora da minha casa, eu não era medrosa nem nada, então nem dei importância mas o barulho continuava e eu já estava ficando irritada, eu tinha um livro para traduzir e queria total silencio da noite. Abri a porta e um vento gelado me atingiu, fechei os olhos institivamente, dei um passo para o lado de fora, começou a ventar muito, o vento estava muito gelado, abracei meus braços e abri meus olhos, eu quase surtei quando vi a paisagem branca a minha frente. Eu estava no meio do nada, em quanto uma nevasca acontecia, cai na neve, tentei recuperar o folego e tentar me esquentar com a minha blusa de manga cumprida e minha calça jeans, mas obviamente não foi possível, achei que ia morrer, até que escutei uma voz na minha cabeça.

- Não fique parada, um pouco de neve não pode lhe atingir – disse uma voz grossa, parecia muito com uma voz masculina. – Lembre-se de quando esteve aqui pela primeira vez.

Eu não estava entendo nada, não que eu não podia entender a voz ao contrario ela era bem clara dentro da minha cabeça, eu não entendia o que ela queria dizer, como assim eu já estive nesse lugar gélido? Como se algo estalasse na minha cabeça eu comecei a ver pequenos flashes, eram memorias, a primeira era bem simples, uma menina de cinco anos corria no meio da neve, ela tinha cabelos castanhos avermelhados como o outono, igual aos meus cabelos, tinha lindos olhos, pareciam cinza de longe, quando mais se aproximava via que mais parecia com prata, seus olhos inocentes brilhavam. Vestia um vestido medieval, com cores bem claras, estava descalça, ela ria, suas gargalhadas contagiavam outra pessoa mas não conseguia ver.

- Tome cuidado criança, você esta derretendo o chão – avisou a voz. A mesma que falava comigo segundos antes. A lembrança se quebrou nesse instante e quando voltei a realidade estava cercada pela grama verde, sentia algo dentro de mim, um poder, era quente mas confortável. Usei esse poder para não ser tocada pela neve e comecei a andar, via um caminho na minha mente, o caminho que a menina tinha feito. Depois de horas andando, achei uma floresta, os troncos eram negros, seus galhos estavam sem folhas, estavam congeladas, quando eu passava por eles, folhas começavam a nascer em uma velocidade anormal, mas não dei atenção. Quando terminei de atravessar a floresta, segui uma trilha, que me levou até a entrada de uma cidade.

As pessoas me olhavam com um olhar estranho, até desviarem seus olhos para trás de mim, suas expressões ficaram assustadas algumas admiradas. Era muito estranho ter toda aquela atenção para mim, nunca fui tão notada. Depois de cair de joelhos no meio da rua de pedra, foi que alguém foi até a mim, me ajudou a me levantar e me colocou uma capa, depois eu só me lembro de acordar dentro de um quarto lindo.

Um homem veio falar comigo, tinham cabelos negros muito longos, em cima deles estava uma coroa de ouro, cheia de pequenas joias. Seus olhos eram azuis bem claros, sua pele era pálida como de todas as pessoas que vi antes de chegar naquele quarto, vestia roupas respeitáveis, com uma longa capa.

- Não deve se lembrar de mim, minha pequena Adele – comentou dando um sorriso triste. Como ele sabia meu nome? E por que falava como se me conhece-se? Nunca o vi na minha vida – Deve ter muitas perguntas, eu compreendo – disse em um tom calmo.

- Quem é você? – perguntei essa era uma das perguntas mais importantes naquele momento.

- Eu sou Rhoshamandes, rei do reino de Alba – apresentou-se, mostrando sua autoridade.

- Rei? – falei quase sem voz, ele só riu. – Pode me explicar como eu vim parar aqui? – perguntei ainda surpresa – Vossa majestade – completei.

- Só sei que quando entrou em meu reino, foi avistada pelos guardas, eles viram seus olhos e a reconheceram, Ulyssis a trouxe até o me castelo – respondeu.

- Como assim fui reconhecida pelos meus olhos? – perguntei curiosa

- Só uma pessoa apareceu com a mesma cor que eles nesse reino – respondeu.

- Meus olhos são castanhos, são bem comuns – respondi.

- Em seu mundo eles são dessa tonalidade – disse colocando as mãos atrás de suas costas – Aqui eles são como prata liquida.

Minha expressão parecia inacreditável já que o rei foi até a penteadeira do quarto e me trouxe um espelho de mão. Quando olhei meu reflexo me assustei com o que eu vi, ele tinha razão, meus olhos não eram castanhos.

- Como? – perguntei surpresa

- Não faço ideia – disse com uma expressão neutra – A história da origem de vocês é muito complexa e impossível de ser lida por alguém fora do circulo das doze – comentou.

- Doze? – perguntei curiosa

- As doze magas dos olhos de prata, aquelas que trazem paz e calamidades a Terra-Média – explicou – Sempre acompanhadas pelos seus guardiões, os dragões brancos.

- Eu estou sonhando, só pode – disse despertando daquela loucura.

- Eu entendo que não acredite, mas poderá obter respostas através do seu dragão – disse o rei Rhoshamandes.

- Dragões não existem! – exclamei

- Não custa tentar – disse o rei me deixando sozinha no quarto.

Fiquei pensando muito no que ele disse, mas acreditava muito que estava sonhando mas não custava nada tentar, comecei a chamar o dragão na minha mente. “Dragão? Dragãozinho?”

- Sou Viseris guardião da decima maga, mas se me chamar de dragãozinho novamente esquecerei o meu dever de protegê-la! – respondeu a mesma voz de antes, dentro da minha cabeça.

- Certo, minhas desculpas – pedi – Agora poderia me explicar o que esta acontecendo?

- Isso vai ser longo, ainda bem que esta deitada – disse Viseris dando um suspiro.

Foi conversando com Viseris que descobri estar dentro de uma realidade paralela. Eu estava dentro de um dos meus livros favoritos, gostava muito dele por casa dos lindos elfos. Mas eu não estava lá a passeio, eu tinha uma missão a cumprir. Alba nem sempre foi um reino gélido, tinha ficado assim graças a uma Maga das trevas, que o condenou ao gelo eterno e a única pessoa que poderia salva-lo era a dona dos olhos de prata, que viria de outro mundo e com um bastão em suas mãos traria a salvação a Alba.

***

Não foi tão difícil quanto eu pensava mas depois de vários ensinamentos e estudo, eu consegui fazer o que me foi destinado, vindo de um mundo sem magia eu pude despertar a magia das estações naquele reino. Mas como um sábio uma vez disse “Toda ação a uma reação” e foi assim que acordei um dragão que dormia em uma caverna fora do reino. Com muito medo, segurando o bastão como se minha vida dependesse dele, eu entrei na caverna sozinha e fui encarar a fera. Seus ossos eram pontudos, sua pele era cinza, seu corpo era enorme, sua expressão parecia doente e sofrida, com uma voz mansa, o que me deixou duplamente com medo, me disse:

- Não tema, não machucarei seu reino e ninguém que vive nele – disse o dragão – Me chamo Shadow, vivo aqui há muito tempo.

- Peço desculpas se fiz algo que lhe incomodou – pedi em um fio de voz

- Trazer a prosperidade que esse reino já teve não me incomodou só me trouxe um pouco de energia – disse Shadow – A algo que precisa saber no futuro receberá a visita de uma das suas companheiras, ela precisará da sua ajuda e você precisa ajuda-la.

Ouvi com muita atenção tudo o que o dragão Shadow dizia, até por que seria estupido ignora-la.

***

Voltei para o reino mais tranquila, sabendo que não teria um dragão destruindo o reino de Rhoshamandes. Contei para o rei a boa novidade, que foi muito bem recebida, com o tempo acabei esquecendo as palavras do dragão. Já tinha se passado mais de um ano que eu estava naquele mundo, já tinha me aproximado bastante do rei, já que ele sempre me tratava com carinho e respeito, um dia em quanto ele me mostrava um lugar pouco conhecido, onde tinha uma linda cachoeira com aguas cristalinas, eu e o Rhos demos nosso primeiro beijo, foi bem romântico, com um cenário lindo em nossa volta. Foi assim que meu romance com Rhoshamandes começou, todos os dias eram maravilhosos, até mesmo quando trabalhávamos, no meu mundo dizíamos que estava tudo um mar de rosas. Como eu estava namorando um rei, na certa alguém comentaria sobre nosso relacionamento e o conselheiro do rei foi o que comentou.

- Vocês foram feitos um para outro – disse com um ar sonhador – Quando planejam marcar o casamento? Avisa-me antes, minha irmã é louca para criar um vestido para a realeza, será um sonho para ela criar um vestido de casamento.

- Casamento? – perguntei sem reação

- Sei que vocês vivem se agarrando pelos cantos do castelo, só estou esperando marcarem a data – disse com um sorrisinho suspeito. Eu e Rhos coramos até a alma, nada podia se passar despercebido pelo Hayley. Mas a ideia ficou na mente do rei de Alba, mas nos amávamos tanto que não foi uma surpresa quando um dia o rei me pediu em casamento. Foi um dos dias mais felizes da minha vida, tinha até esquecido que eu não pertencia aquele mundo. O reino adorou a noticia, mas por outros motivos, eles estavam loucos para o dia que teria crianças da realeza para adorarem.

***

Anos depois eu já estava casada com Rhoshamandes, andávamos pelo jardim do castelo, conversando sobre futilidades, quando um servo apareceu, ele trazia uma mensagem para mim. Uma mulher de olhos de prata chamada Orianna queria falar comigo, tudo o que disse era que era uma emergência das doze, essa palavra me despertou muitas lembranças. Mandei que a levassem até a sala do trono, pedi ao meu marido para que me deixasse conversar sozinha com essa mulher, com muita relutância ele concordou.

Entrei na sala e andei até os dois tronos, me sentei no da direita e esperei que a mulher chegasse. Ela atravessou o salão e fez uma pequena reverencia. Ela tinha cabelos loiros platinados, lisos, com os mesmos olhos que os meus, tinha uma pele branca, um pouco rosada nas bochechas. Vestia roupas de couro por baixo da capa azul escuro.

- É um prazer conhece-la rainha Adele – disse Orianna, seus olhos me analisavam – Muitas de nós fizeram várias conquistas, mas nunca de se tornar rainha, meus parabéns.

- O que veio fazer aqui? – perguntei, odiava que enrolassem algum assunto.

- Direta – comentou - Uma grande catástrofe esta para acontecer e será inevitável que entremos em combate, vamos precisar de todas as doze reunidas, somente junto de nossos dragões impediremos o fim deste mundo. Foi para isso que eu vim, para lhe chamar e pedir ajuda.

- Viseris me avisou sobre uma profecia...

- A profecia das doze, exatamente – afirmou Orianna.

- “As doze magas se juntaram por uma causa, para destruir a grande calamidade à frente” – citei as palavras de Viseris.

- Essa calamidade esta para acontecer mas podemos evitar – disse Orianna seria – As doze magas se reuniram em Rivendell, no reino élfico, protegido por Elrond.

- Soube que a decima segunda esta impossibilitada de atuar ha anos – comentei.

- Sim, mas Celestia já cuidou disso – respondeu Orianna ao seu comentário.

- Mas ainda faltará a Fiora – disse analisando-a

- Chorona cuidará para que ela seja libertada – disse Orianna com uma expressão calma.

- Chorona?

- A substituta da decima segunda.


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Notas finais do capítulo

Então, o que me dizem? Nesses últimos tempos eu ando fazendo muitas referências, acabei fazendo isso já no prólogo, com o nome do rei e o reino gélido e uns pequenos detalhes, graças aos livros que estou lendo e um jogo que estou gostando muito rsrs. Creio que o Capitão America ficará satisfeito com as minhas referencias.
Espero vocês nos comentários.



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