Reaprendendo a amar escrita por keemi_w


Capítulo 8
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Perdoem a ausência se ainda houver algum leitor por aqui, só quero postar e deixar minhas histórias registradas aqui, mesmo que ninguém comente :( Estou meio desmotivada com a falta de engajamento aqui na fanfic, mas vamos que vamos...



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— Hoje é sexta! – Marcelo comemorou indo ao encontro de Yasmin na saída. – Animada?

A garota deu um sorriso amarelo para o moreno. Se ele soubesse o que tinha passado na última semana...

O rompimento com Leo. James e Rose dizendo que Leo não a merecia. Seus pais não aceitando a atitude do garoto e quase indo até a casa dele falar umas poucas e boas. O diretor que não a deixava em paz. Ela estando sem comer direito por causa do nervosismo.

Realmente, Marcelo não fazia ideia do que se passava na vida dela.

— Não muito... Vai fazer o que este fim de semana para estar tão animado? – ela perguntou.

— Descansar! – Ambos riram. – E fazer semanário, lógico. Mas, basicamente, vou ficar em casa. Tem planos para amanhã a tarde?

Ela pensou um pouco e refletiu na pergunta do amigo. Yasmin iria ao almoço de família na casa de seus pais, depois ficaria em casa com um pote de sorvete na mão lamentando tudo que estava acontecendo. Ela achava que merecia certo divertimento.

— Não, não tenho.

— Bom, então vamos fazer algo – ele propôs e começou a caminhar pela calçada ao lado da loira.

Enquanto caminhavam, passaram por Akiná e sua mãe.

Plô Yasmin! – a pequena correu para seus braços.

Yasmin a pegou no colo e lhe deu um beijo

— Está indo para casa, meu amor? – a loira perguntou com um sorriso de orelha a orelha. Como amava essa menina, mesmo não tendo muito contato com ela. Aquela japonesinha tinha algo especial no olhar e Yasmin era fascinada por aquela menininha.

sim! – ela respondeu a abraçando.

Sua mãe então parou ao lado das duas e sorriu.

— Acho que ela tem o dom com crianças – Marcelo comentou com a senhora.

— Com certeza! – ela respondeu com ternura. – A Akiná chega em casa e não para de falar da Plô Yasmin.

Marcelo piscou para Yasmin para mostrar que as pessoas reconheciam o trabalho dela.

— Bom, fico feliz que ela goste de mim, porque eu a amo muitão! – e dizendo isso abraçou forte a menininha e em seguida a colocou no chão.

Eles se despediram da mulher e de Akiná e continuaram andando até um beco em que poderiam aparatar.

— Então, Marcelo... Amanhã você poderia aparecer lá em casa por volta de umas 17 horas... A gente come uma pizza ou o que preferir. Preciso me divertir um pouco... Aliás, chama a Anna Vitória para ir também, vocês parecem ser bem próximos e ela é legal, sempre trocamos algumas palavras e será bom para mim ter alguma amiga dentro do colégio...

O moreno então ficou surpreendentemente vermelho.

— H-hum... A Anna Victória?

Yasmin logo entendeu o que se passava.

— Você e a Anna...

— Não! – ele exclamou rapidamente. – Mas eu gosto dela entende... E só estou confessando isso porque confio em você, novata. Sei que não é fofoqueira, mas... Bom, será ótimo se ela for.

— Contanto que você não fique vermelho igual você tá toda a vez que ela conversar com você será muito agradável – Yasmin brincou dando um soquinho no ombro de Marcelo.

Marcelo caiu na gargalhada e respondeu:

— Okay, novata. Amanhã às 17h na sua casa. Combinado. Levarei a Anna Vitória. Me passa seu endereço!

Ela sorriu e tirou da bolsa um bloquinho de anotações e uma caneta. Anotou rapidamente e entregou para Marcelo que o guardou no bolso. Como já tinham chegado ao beco que iriam aparatar, se despediram e cada um foi para onde tinham que ir.

—______________________________________________________

— Leo, hoje é sábado! – Steve cutucou o amigo.

— E daí? – Leo respondeu bocejando.

— Você vai marcar seu plantão de doze horas para hoje? Você ficou doido? Marca para terça, ou quarta...

Leo vestiu seu jaleco e pegou sua prancheta.

— Steve, já estou aqui. Tenho que trabalhar de sábado mesmo, então marco logo o plantão de doze. Não tenho compromisso hoje, na verdade não tenho absolutamente nada para fazer...

— Eu também tenho que trabalhar de sábado, mas hoje são só quatro horinhas, depois vou dormir e ficar o resto do dia fazendo nada. Porque as pessoas tiram o sábado para descansar! Descansar!

Leo suspirou e coçou os olhos por baixo dos óculos.

Ele estava exausto, mas era melhor ocupar sua mente do que ficar em casa se lembrando de tudo. Tudo que acontecera entre Yasmin e ele e tudo que poderia acontecer se ela o ouvisse e acreditasse em suas palavras.

— Cara, já disse... É melhor assim.

Os dois se levantaram dos bancos do vestiário e rumaram aos corredores.

— Impossível você ser tão cabeça oca assim. Hoje ia até ter um happy hour lá no Três Vassouras, mas pelo visto além de você trabalhar o dia inteiro vai ficar tão cansado que nem happy hour nem happy minute você vai querer.

Isso arrancou um sorriso do amigo.

Vários residentes passavam por eles com pressa e outros apenas com alguns exames na mão. Leo e Steve ainda não tinham sido convocados, por isso foram à cafeteria onde encontraram outros colegas.

— Estou de doze hoje – Ruth murmurou.

— Eu também – Thiago acrescentou com pesar.

— Qual é o problema de vocês? – Steve exclamou alto e todos riram. – Hoje é dia de ser feliz!

— Eu sou muito feliz salvando vidas e tentando descobrir cura de doenças, doutor – Ruth disse séria e ajeitou os óculos no nariz. – Se você está infeliz ou desanimado sugiro que procure algo mais fácil.

Steve revirou os olhos e bebeu um gole do seu café deixando bem evidente sua cara de entediado com o discurso de Ruth.

Leo e Thiago seguraram o riso enquanto a menina se afastava.

— Pirada – Thiago comentou.

Os três caíram na gargalhada.

Leo se sentiu bem melhor ao estar naquele ambiente de trabalho. Aquele era seu sonho. Salvar vidas, viver a adrenalina de uma cirurgia, conseguir criar laços afetivos com seus pacientes e por suas famílias sem nem conhece-los. Aquele era seu sonho.

Então o moreno respirou fundo. Levantou a cabeça. Olhou para aquele lugar excessivamente branco e com tantas pessoas andando de um lado para o outro. Decidiu que teria que parar de se lamentar por Yasmin e tomar uma atitude. Ele iria vê-la. Ele iria pedir pelo seu perdão e torcer para que ela o aceitasse.

Leo estava determinado a fazer a coisa certa.

—______________________________________________________

— Como você está, meu amor? – Liv perguntou para a filha assim que ela chegara.

— Estou bem, mamãe – ela respondeu a abraçando. – O Lipe vem hoje?

— Acho que sim, querida.

Seu pai ao vê-la deu um abraço e todos se sentaram no sofá da sala.

— Como está a academia de Ballet, mamãe? – Yasmin perguntou.

— Está bem, querida. Mas queria você lá como antigamente. Minha secretária favorita!

As duas riram.

— Ai, mamãe. Eu amava trabalhar para você, foi a minha chefe favorita! – Elas riram novamente. – Mas eu amo trabalhar com crianças, sabe? Pode ser uma tarefa muito difícil, mas é tão bom ver o desenvolvimento deles... Ouvir o que eles têm a dizer, dar risada com certas atitudes. Nossa, eu amo a minha sala de jardim de infância.

Lívia sorriu para a filha. Ela nem acreditava em como a menina era tão doce e meiga. Parecia um anjo. Ou uma boneca de porcelana. Era incrível a delicadeza na fala e os valores tão humanos que ela tinha.

— Adivinha quem vem hoje, querida? O tio Dan e a tia Karen!

Yasmin abriu um sorriso. Ela os amava! Sempre foram como segundos pais para ela e para Philipe.

— Nem acredito, mamãe!

Seu pai apenas observava e sentia uma enorme vontade de voltar no tempo, quando sua garotinha era menor e tinha menos problemas e responsabilidades. Jorge queria coloca-la em seu colo e ouvir todas as suas aventuras como aluna do jardim de infância, não como professora.

Suspirou triste em não poder ao menos resolver o sofrimento de sua filha que era visível. Ela estava mais pálida, tinha os lábios um pouco ressecados e parecia fraca além de claramente ter emagrecido uns quilos. Isso preocupou o ruivo. Ele não queria sua filha daquele jeito, ele queria sua Yasmin radiante.

— Filha, você tem se alimentado bem? – o pai perguntou mesmo já sabendo a resposta.

— Tenho, papai – ela deu de ombros. – Por que a pergunta?

— Porque você não está muito bem, querida. Eu sei que você está triste por aquele garoto, mas você não pode deixar de comer por causa dele...

Yasmin respirou fundo. Ela estava nervosa demais para conseguir engolir alguma coisa na última semana. Ela não conseguia nem sentir o cheiro de certas comidas sem seu estômago se embrulhar. E principalmente, Yasmin estava com o coração dilacerado por tudo que tinha acontecido.

— Papai, fique tranquilo. Eu estou bem.

O ruivo assentiu, mas não acreditou em suas palavras. Por isso, decidiu que era hora de conversar com o rapaz que magoara profundamente sua filha. Sua princesinha. Sua amada. Ele não ficaria vendo a menina triste de braços cruzados. Jorge ia acertar as contas com ele.

Philipe chegou juntamente com Clara, sua namorada. Eles almoçaram tranquilamente. Lipe também questionou sua irmã a respeito da perda de peso, mas ela se limitou a responder vagamente.

O filho fitou o pai, do outro lado da mesa, e em um acordo silencioso sabiam que mais tarde tinham que conversar a respeito disso.

A campainha tocou e Daniel e Karen (seguidos por seus filhos, Paul e Lisa) entraram na sala de estar sendo recebidos com sorrisos e abraços da família Weasley. Os quatro pais tinham uma história e tanto juntos, por isso não deixaram a rotina estressante e falta de tempo serem obstáculos nessa grande amizade.

— Yasmin, como você está linda! – Karen exclamou. – Você seria uma ótima modelo da nossa empresa...

— Ela teria que ser uns 30 centímetros mais alta, mamãe – Lisa brincou e cumprimentou a loira. Todos riram do comentário.

— Mas não muda o fato de você estar linda, Yas – Karen continuou.

— É verdade! – Daniel concordou abraçando a menina que sorriu sem graça. – Aliás, querida, seu namorado não veio?

Yasmin abaixou a cabeça um pouco envergonhada. Tinha esquecido de que contara a Dan a respeito de Leo. Seus pais se entreolharam desconfortáveis.

— Ele era um completo babaca – Philipe resumiu.

Dan estreitou os olhos para Jorge. Ambos se entenderam apenas com um olhar. Daniel logo tratou de mudar de assunto, falaria sobre aquilo mais tarde.

— Ah, Liv, o Paul seguiu seu conselho e está sendo encaminhado para se tonar um auror! – o moreno disse feliz. – Não será um médico brilhante e chefe da emergência do St. Mungus como o pai é, mas acho que é uma boa profissão também.

Todos na sala riram.

— Pára, pai. A talentosa da família é a Lisa... Eu só tento...

— Até parece, senhor – Lisa abraçou o irmão mais novo e fez um cafuné nele.

Lívia sorriu feliz.

— Então a dona Lisa realmente está no caminho para ser médica, é?

Ela assentiu.

Enquanto todos batiam papo na sala de estar, Philipe chamou Daniel para conversarem a sós na cozinha.

— Tudo bem, Lipe?

— Sim, tio. Estou bem... Eu só queria te perguntar uma coisinha: Você conheceu o namorado da Yas?

Daniel mexeu no cabelo desconfortável.

— Ahn... Ele trabalha comigo. É residente então certos dias fica na emergência... Isso conta horas para ele poder terminar a residência e se tornar membro do Staff. Então... Sim, eu conheci.

Philipe assentiu e ficou um tempo em silêncio pensando em como iniciar o assunto com ele.

— Então... É que esse cara foi um idiota. Ele traiu a minha irmã dentro do vestiário dos residentes. – Daniel arregalou os olhos inconformado. Nunca esperaria que Leo tomasse essa atitude. Ele era um ótimo médico e muito comprometido. – E meu pai e eu precisamos dar uma palavrinha com ele. Que horas termina o plantão dele na quarta-feira?

Daniel arrumou seus óculos no nariz e pensou bem antes de responder.

— Lipe, se eu te responder estarei sendo muito antiético. Eu colocarei o garoto em uma situação desconfortável e não honraria o juramento que fiz ao me formar em medibruxo de colocar o bem estar do paciente em primeiro lugar, considerando que ele ficaria abalado com a tal da conversinha que terão com ele e pode prejudicar meu paciente. – Philipe abaixou os olhos, triste por não conseguir nem uma informação sequer. – Mas pode apostar que vou infernizar esse otário para o resto da minha vida naquela emergência. Sempre que Leonardo Clearwater estiver ao meu lado eu não aceitarei dele nada menos do que a perfeição. E cobrar sempre o melhor dos meus residentes eu posso fazer.

Philipe sorriu para seu tio e os dois voltaram para a sala de estar onde continuaram a conversa junto aos outros. Foi nesse período que Yasmin não se lembrara de tudo que estava acontecendo. Ela apenas foi ela mesma e se esqueceu um pouco do sofrimento que ardia dentro dela.

—______________________________________________________

— Eu juro que não esperava que você me convidasse para um final de tarde na sua casa, Yasmin – Anna Vitória comentou tomando um pouco do seu suco na cozinha da colega de trabalho.

A loira sorriu envergonhada e Marcelo se sentou ao lado da morena de óculos.

— Você sempre foi bem gentil comigo. Acho que deveríamos nos conhecer, sabe?

Marcelo riu pelo nariz.

— Vocês são professoras do jardim de infância e não trocaram mais que uma dúzia de palavras.

— É que talvez nossos alunos de 4 anos dêem muito mais trabalho do que os seus de 10 anos. Fala sério, Ma, sua sala de aula é um paraíso! – Anna Vitória comentou e todos gargalharam. – Quer dizer, eles são independentes, legais, entendem um humor mais requintado e ainda te acham o máximo!

Yasmin concordou e comeu um pedaço da sua pizza.

— Eu amo minha turma, mas que é difícil, é. Muito complicado fazer com que eles se concentrem, sentem direito, parem de conversar e façam a atividade com capricho ao mesmo tempo. Ah... É difícil de lidar com a mentira também. – A loira estreitou os olhos para Anna Vitória que sabia do que estava falando.

Após o incidente com Benjamin, os pais decretaram que ele teria que ser transferido para a outra sala de jardim de infância, a sala de Anna Vitória. O diretor explicou resumidamente o que tinha acontecido e no final do dia ela foi conversar com Yasmin a respeito e encontrou a menina bem cabisbaixa pelo que tinha acontecido. As duas trocaram palavras por menos de cinco minutos, pois o sinal tocou para o horário da saída.

— Coitadinha, Yas, nem sei o que te falar... Acho que foi implicância com você mesmo, porque na minha sala o Benjamin é bem tranquilo. Briga, como qualquer outra criança, mas até que se comporta. E o pior é ter que ouvir tudo isso de pai e mãe desaforados que não respeitam e ainda ter que ficar quieta – Anna respondeu parecendo se importar realmente com a menina.

— Bom, já passou – Yasmin encerrou o assunto delicado. – Aliás, Marcelo, você falou que sua amiga tinha um semanário do jardim que era bem detalhado... Você trouxe?

— Trouxe sim! – Marcelo respondeu se levantando da cadeira e indo até sua mochila que trouxera.

— Bom, eu vou aproveitar então para ir embora – Anna falou também se levantando e os dois começaram a insistir para que ela permanecesse mais um pouco. – Ai, desculpem, pessoal. Eu amei de verdade nosso encontro, semana que vem será na minha casa, anotem. Mas eu preciso mesmo ir, vou dar uma passadinha nos meus pais.

Eles então se despediram de Anna Vitória, mesmo com muita insistência de Marcelo para que ela permanecesse só mais uma meia horinha para que ele a acompanhasse, mas ela estava realmente com pressa. Por isso, quando Anna Vitória foi embora, Marcelo mostrou rapidamente seu semanário e deu pequenas observações.

Sua amiga tinha emprestado o semanário porque ele queria ajudar Yasmin a conquistar a confiança do diretor. E Yasmin amou a ideia. Marcelo já estava arrumando as coisas para ir embora quando se lembrou de perguntar algo:

— Yas, eu percebi você meio abatida essa semana... Você está bem?

A loira olhou assustada pela percepção do garoto.

— Não, Ma... Mas vou ficar – ela respondeu forçando um sorriso.

— Bom, Yas, precisando é só gritar – ele brincou já que viu que ela não estava disposta a se aprofundar no assunto.

— Obrigada, Ma... – Ela agradeceu sinceramente e lhe deu um abraço.

Após se separarem, Yasmin decidiu ajeitar a bagunça de sua sala de estar e de sua cozinha. Marcelo estava pegando seus pertences quando ouviu um barulho alto vindo da cozinha. A loira tinha derrubado umas panelas no chão e ria sozinha. Foi então que a campainha tocou.

Ela ainda estava em meio a confusão de panelas, por isso pediu:

— Marcelo, abre a porta para mim, por favor?

E ele a abriu, ainda rindo.

—______________________________________________________

Leo saiu correndo do seu plantão.

Foi rapidamente comprar flores azuis – a cor preferida de Yasmin – e uma caixa cheia de bombons. Ele teria que fazer a coisa certa. Nem que ele tivesse que assumir que estivera errado. Leo engoliria o orgulho por ela. Pela sua loira.

Por isso, tomou um banho na velocidade da luz. Ao passar pelo seu quarto lembrou-se do dia em que acordara com Yasmin ao seu lado e o quanto ficara feliz. Lembrou-se de como estava envergonhada e até desconcertada, mas continuava adorável.

O moreno sequer penteou o cabelo, apenas se vestiu e saiu de seu apartamento às pressas.

Desaparatou em um beco e em um piscar de olhos se encontrou na rua da casa de Yasmin.

Leo não sabia onde aquele sentimento tinha nascido. Ele só sabia que precisava dela. Precisava dela por perto. Como ele pudera ter vivido tanto tempo sem Yasmin?

Suspirou nervoso. Tocou a campainha e esperou ser atendido.

Porém, sua decepção foi enorme ao abrir a porta.

Havia um homem na casa de Yasmin. Um homem alto e de cabelo preto. Ele portava um sorriso no rosto.

— Pois não?

Leo endireitou o corpo e espiou na porta para ver se tinha ido ao numero certo.

— Eu...

Yasmin apareceu de repente na porta segurando várias panelas na mão.

— Leo? – ela perguntou assustada com sua visita repentina.

Marcelo se afastou da porta sentindo uma forte tensão entre os dois.

— Sim – Leonardo deu um passo a frente.

Seu coração estava a mil. O que eles dois estavam fazendo sozinhos no apartamento de Yasmin? Leo não conseguia pensar em mais nada. Principalmente quando viu um casaco masculino no sofá da sala da menina.

— O que você está fazendo aqui? – ela perguntou.

— Nada, já estou indo embora – o moreno respondeu dando as costas e indo em direção a porta.

Foi então que a loira não entendeu nada. Alcançou-o e segurou seus braços, obrigou-o a olhar para ela.

— O que foi, Leo?

— Yasmin, você seguiu em frente. Então eu também vou. Eu só... Eu só pensei que você fosse diferente, mas me decepcionei. – Ele olhou para seu buquê para os chocolates e colocou na mesa de centro da sala. – Eram para você.

Marcelo ainda estava ouvindo tudo desconcertado. Tentava pegar seus pertences rapidamente, mas os dois estavam no meio do caminho para que ele pudesse ir embora.

— Eu não estou entendendo, Leonardo – a loira ficou brava.

— Você já está com outro! Enquanto eu tentava vir aqui assumir a culpa por um erro que não foi meu! – Leo exclamou alto.

Marcelo então viu a fragilidade de Yasmin quando o garoto disse aquilo para ela. Ele não conseguiu ficar quieto. Jogou seus pertences no sofá novamente foi em direção a Leonardo.

— Você não sabe do que está falando! – Marcelo exclamou no mesmo tom. – Mesmo que Yasmin estivesse com outro isso é um problema dela, você não é dono dela. Se liga, não vem aqui no apartamento dela arranjar briga com ela.

Leonardo então perdeu a cabeça.

— Com licença, eu estava falando com a Yasmin!

— E eu com você! – Marcelo exclamou.

— Chega! – Yasmin gritou. – Marcelo, eu sei me defender. E, Leonardo, você está me decepcionando de uma maneira que eu não sei nem descrever. Já não basta o que você fez, ainda está conseguindo piorar tudo. – Então as lágrimas começaram a escorrer pelo rosto da loira. – Eu te amei, Leo. Muito. Você foi uma brisa fresca no meio do deserto... – Leo então não sabia mais o que sentia, se era amor, dor ou raiva. – Eu queria muito que tudo tivesse dado certo. Aliás, o Marcelo é meu amigo. Ele é professor também... E eu só queria te falar isso. Pode ir embora, se quiser. Acho que este é realmente nosso ponto final.

Era com o se o coração de Leo tivesse sido jogado para fora de seu corpo. Ele observou sua loirinha, sua princesa e sentiu uma incrível vontade de abraça-la. De tirar todo o seu sofrimento. De bater em quem a tinha magoado. Mas era ele mesmo.

Entretanto, ainda estava cego de ciúmes por Marcelo estar lá. Por isso, virou as costas e saiu andando.

Quando a porta se fechou, Yasmin caiu no choro. Marcelo não sabia como reagir, o que falar, mas sabia do que ela precisava: um abraço.

Sentou com ela no sofá e a abraçou por bastante tempo. Até o choro passar e ela pegar no sono. Sem nenhuma palavra. Marcelo apenas ficou lá.

E aquilo era o suficiente.

Por enquanto.


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Notas finais do capítulo

Capítulo meio deprê, né? PFOASKDFPOAK Mas prometo que os próximos serão mais agitados :D



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