Thalia { HIATUS } escrita por rightpjo


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAA AMRSS, COMO ESTÃO ? Eu havia esquecido de avisar mas provalvemente todos os capitulos serão narados pela Thal´s. Bom é isso, espero que gostem do cap....(mesmo a fanfic não sendo minha)



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Nova York – 27 de Fevereiro de 2015.

"Se importa?–" a voz da Dra.Solther soou pela a enorme sala vestida com tons de branco e marrom. Balancei a cabeça negativamente e pude ver ela suspirar fundo. Sim, isso também é difícil para mim.

"Então Thalia, será que pode me dizer qual o seu nome inteiro e sua idade?"- ela novamente me perguntou. Como toda as vezes eu nunca respondia, eu não gostava de falar com ela, não gostava e não conseguia falar com ninguém.

"Vamos lá, eu sei que você consegue" -ela me encorajou mais uma vez e eu engoli em seco, eu tinha a cabeça baixa e os olhos postos em minhas pernas enquanto eu brincava com os meus dedos nervosamente.

"Meu ... "- eu parei de falar assim que vi o pequeno gravador preto em cima da mesa mesa branca, eu não queria ser gravada, não queria que minha mãe ouvisse as tais palavras que eu gostaria de dizer mas não consigo. "Alguma coisa te incomoda Thalia?"

Ela disse suavimente e eu balancei a cabeça rapidamente e apontei rigidamente para o gravador.

" Você não quer ser gravada?" eu neguei e logo ela respirou fundo e pegou no gravador o desligando e colocando dentro do bolso do seu jaleco branco.

"Meu ... meu nome é Thalia Grace, eu tenho 16 anos, quase 17" eu murmurei ainda com a cabeça baixa e ela parecia satisfeita com isso.

"Quando você faz aniversário Thalia?" ela está tentando socializar comigo novamente, mas ela em algum momento vai tocar no mesmo assunto e eu vou me fechar e me calar novamente.

"Faço 27 de março" eu resmunguei baixo e logo me lembrei que faltava exatamente um mês para o meu aniversário de 17 anos.

"Thalia, você gosta de festas?" ela perguntou o mais obvio e eu ri levemente

"Olha-me nos olhos Thalia" ela pediu-me suavimente e eu neguei, não consigo fazer contato visual com uma pessoa por muito tempo, é intrigante o jeito que os olhos mostram a alma da pessoa, mostram o mundo dentro delas, eu não gosto de olhar nos olhos das pessoas, é como se eu estivesse invadindo a privacidade dos pensamentos de alguém.

"Não, eu não gosto, não consigo ficar em lugares lotados ou com muitos ruídos" eu disse suavimente e logo ouvi seus saltos pretos da prada embaterem contra o chão e o assento ao meu lado do sofá baixou, eu recuei até a ponta com um contato muito próximo e ela chegou mais perto me encurralando.

"Thalia, olha-me, preciso te mostrar uma coisa" ela tocou no meu braço e eu segurei a minha respiração enquanto fechava os olhos, senti ela tocar meu queixo e puxar a minha cabeça na sua direção.

"Agora, abra os olhos" ela pediu-me e eu neguei.

"Vamos, você consegue" ela disse acaricíando a minha bochecha e logo eu respirei fundo. Abri os meus olhos lentamente e pude ver a mulher de seus cinquenta anos de idade, cabelos loiros e mais puxados para o branco, os olhos negros e grandes, o seu cabelo estava perfeitamente arrumado e o seu rosto tinha algum vestígio de maquiagem clara.

"Viu Thalia, não é nada demais" ela disse fitando os meus olhos, logo ela se afastou de mim e eu relaxei, eu continuei a olhar o seu rosto e ela parecia feliz com isso.

"Estamos progredindo" ela deu um sorriso amistoso para mim e eu permaneci sem expressão. Nunca consegui sorrir perto das pessoas. "Sim" apenas disse isso e ela ficou me fitando.

"Me fale de você, o que você acha da sua aparência"- ela disse fitando-me e eu logo voei em meus pensamentos, eu não costumava me vistir muito bem e passar maquiagem, nunca reparava no meu rosto e principalmente nos meus olhos, eu não fazia contato visual comigo mesma, eu quase nunca me olhava no espelho, não sei como eu sou de todo.

"Não sei sobre a minha aparência" eu sussurrei depois de uns instantes de silêncio

"Eu não costumo olhar-me muito ao espelho, não faço contato visual comigo mesma, não escolho muito bem as minhas roupas, mal lembro-me da cor dos meus olhos" eu prossegui e ela pode reparar no meu esforço.

"Por que você não olha-se ao espelho?" ela se ajeitou melhor ao sofá e ficou a me olhar.

"Como eu disse, não gosto de fazer contato visual comigo mesma" eu dei de ombros e ela riu-me.

"Venha comigo, Thalia" ela chamou-me enquanto se levantava, eu a segui e ela abriu uma porta que ia até um banheiro, eu parei na porta e ela ficou me olhando

"Entre" ela chamou e eu neguei.

"Oh vamos lá" ela pegou gentilmente na minha mão e me puxou para dentro do banheiro, eu rapidamente fechei os olhos.

"Thalia, abra os olhos e veja como você é linda" ela afagou os meus cabelos e eu me arrepiei levemente, podia sentir as minhas mãos soarem, eu estava me sentindo sobre pressão.

"Eu não consigo" eu sussurrei enquanto tentava baixar a cabeça, mas ela impediu-me.

"Vamos, abra os olhos mocinha" ela deu-me um pequeno empurrão e eu abri os olhos ligeiramente. Minhas calças acizentadas jeans um pouco rasgadas e uma simples blusa preta de mangas compridas e larga, os tênis brancos que eu tinha calçado, os meus cabelos negros e um pouco longos, e finalmente os meus olhos azuis, eu tinha uma pele clara, quase não lembrava.

"Quase que não me lembrava do meu aspecto" eu disse me aproximando mais do espelho e olhando profundamente o mar de olhos azuis que eu tinha.

"Você é linda Thalia" ela disse atrás de mim e eu me virei.

"Se em todas as minhas consultas você fosse assim, eu falaria mais" eu e virei para ela e sai um pouco da frente do espelho.

"O que você quer dizer?" ela pediu-me. Ela sabe o quanto eu tenho problemas em expressão os meus sentimentos, eu não consigo expressar nada, eu sou uma grande icógnita.

"Não gosto quando toca em alguns assuntos, isso me afeta" eu disse saindo da sala e olhando o meu relógio de pulso

"A minha consulta acabou" eu disse indo até o cabedeiro perto da porta.

"Se quiser, pode ficar mais um pouco, tenho o próximo paciente daqui a meia hora"

Ela disse vindo até mim e eu neguei rapidamente agarrando na minha jaqueta de couro preta e colocando no meu corpo, peguei a minha touca igualmente preta e coloquei sobre os meus cabelos negros.

"Obrigada, minha mãe já deve estar lá embaixo, não quero mais atrapalha-la, adeus Dra.Solther" eu disse acenando com a mão e ela me deu um pequeno sorriso, sai de dentro da sala e caminhei pelo o extenso corredor de paredes brancas que tanto conhecia. Cheguei até o final do mesmo e vi uma pequena sala de espera, vi de relance a minha mãe sentada junto a uma mulher e elas pareciam conversar animadamente. Ela se despediu rapidamente e logo eu baixei a minha cabeça não querendo olhar minha mãe.

"Como você está querida?"

Minha mãe perguntou enquanto passava o seu braço em volta dos meus ombros e me puxava para ela de forma que me aquecesse.

"A mesma" -eu somente disse isso e pude ver ela se entristecer. Nenhuma mãe deveria ir buscar a sua filha em um psicólogo, isso deve ser triste, não sei bem, mas uma parcela de tudo isso é culpa dos meus pais, mas nunca os vou falar isso, cada pessoa tem a conciência de uma maneira.

Como qualquer outra viagem de carro feita entre mim e minha mãe, ficamos ambas em silêncio. Eu olhava para a janela e vi as ruas de Manhattan sendo cobertas pela a fina camada de neve que caia. Em pouco tempo estava na minha casa, ela não era grande e nem pequena, era suficiente para quatro pessoas que moravam em Big Apple. *(New York)

Rapidamente sai do carro e fui até a porta da frente, sacudi o pouco de neve das minhas roupas e limpei os tênis entrando dentro de casa, a lareira estava acena como todo final de tarde e podia sentir o arôma de comida circular na casa enquanto ela estava aquecida, tirei o meu casaco e a minha touca colocando no armário debaixo da casa. Saí andando as escadas da minha casa em pleno silêncio e comecei a subir as escadas, no final das mesmas e pude ouvir um som agudo de rock invadir os meus canais auditivos, minha cabeça estava latejando e eu simplesmente comecei a gritar, eu não suportava barulhos altos, ou ruídos, com certeza era o meu irmão, em poucos segundos a música foi desligada e ouvi um estalo de porta a ser aberta e fechada bruscamente.

Encolhi-me em um canto da parede enquanto apertava a minha cabeça, podia sentir as lágrimas molharem-me o rosto.

"Thalia?" a suave e preocupada voz do meu irmão se fez soar no final do corredor e pude ouvir os seus passos apressados até mim.

"Me perdoe, me perdoe, não sabia que já estava em casa Nico é um retardado" ele envolveu o meu corpo e me puxou para o seu peito.

"O que o Nico faz cá em casa?" eu choraminguei para ele. Vi Nico duas vezes na minha vida, ele e meu irmão são amigos a seis anos e meio, Nico não sabia que era irmã de Jason, até porquê nunca pedi que Jason falasse para ninguém que eu era a irmã dele, não queria as pessoas se aproximando de mim por causa de ser irmã do Jason Grace

"Ainda somos amigos, lembras?" ele disse me carregando até o meu quarto.

"Mas ele não sabe que somos irmãos, e ele quase nunca vem cá em casa" eu sussurrei para ele e o mesmo me olhou.

"Eu sei, e eu nem quero que um dia ele descubra que eu tenho uma irmã" ele beijou-me a testa.

Sempre que os amigos de Jason vinham cá em casa eu ia para a sala de piano ou pintura e ficava lá, eram as coisas que mais me distraíam, e eu não me sentia tão diferente das outras pessoas.

"Me desculpe por isso" ele enfim me colocou na minha cama e puxou as cobertas dobradas do meu pé.

"Não faz mal, já falo para ele não colocar mais músicas alto" ele disse suavimente e se sentou na minha cama me observando.

"Como foi a consulta?" ele perguntou depois de ficarmos um pouco a nos encararmos. A única pessoa que eu fazia contato visual era Jason, os olhos dele eram lindos, um tom de azul céu, os cabelos curtos e loiros, Jason era lindo.

"Dra.Solther fez-me olhar-me no espelho" eu resmunguei baixinho e pude ver ela sorrir.

"Então você viu o quanto você é linda?" ele perguntou-me e eu ri.

"É pode ser" eu dei de ombros e pude ver ele rir.

"Melhor você ir, antes que Nico venha te preocupar, quando ele for embora depois venha aqui" eu deixei um beijo na sua bochecha e pude ver ele amuar.

"Nico vai dormir aqui hoje, ele brigou com o seu tio" ele disse e eu apenas soltei um

"Oh". "Tudo bem, amanhã nos falamos" eu tentei sorrir forçadamente, o que não deu muito certo. Já era noite e não ia descer para jantar, não estava com nem um pouco de fome e o meu dia tinha sido um pouco estressante, começando pelo o colégio e depois a minha consulta psicóloga. Ouvi dois leves toques na minha porta e me levantei dando de caras com o meu pai, baixei o olhar rapidamente e pude o sentir ficar mais rígido no lugar, nunca fui de falar muito com o meu pai, ele nem o fazia questão e muito menos eu.

"Sua mãe lhe pediu para entrar um lanche, não fique a noite inteira sem comer, não queremos mais problemas" a sua voz rude e já desgastada pela a idade soou e eu apenas assenti agarrando na bandeja e entrando no meu quarto enquanto fechava a porta, suspirei e fui até a minha cama, peguei no controle da TV e liguei o mais baixo possível enquanto dava um filme qualquer,

Comi metade do lanche e um pouco do suco de laranja, fui até o banheiro e escovei os dentes. Voltando ao meu quarto fui até o meu guarda -roupa e tirei o meu conjunto preto de shorts e regata para dormir, ele podia ser pequeno, mas eu me sentia já muito apertada nos meus sonhos para dormir com um pijama de malha. Prendi os meus cabelos negros em um rabo de cavalo e fui até a frente do espelho com os olhos fechados, respirei fundo e logo os abri fitando a figura do meu corpo pequeno, branco e magro coberto por uma roupa pequena, justa e preta. Talvez eu estava um pouco abaixo do peso necessário da minha idade, mas isso não faz tanta diferença, por mim ser pequena, isso não favorece tanto. Sai da frente do espelho e peguei no meu celular vendo as horas, era já um pouco tarde e meus pais deveriam estar já deitados prontos para dormir, meu irmão deve estar no seu quarto com Nico jogando videogame.

Sai silenciosamente do meu quarto com a bandeja na mão e logo desci as escadas indo na cozinha, o chão estava gelado por mim estar descalça e estar uma temperatura fria lá fora, coloquei as coisas na pia e logo saí da cozinha. Senti o meu corpo embater sobre algo forte e alto me fazendo cair no chão, rapidamente me encolhi e me encostei sobre a parede sentindo o meu corpo tremer.

"Mas que porra?" uma voz rude e grave se fez soar com um palavriado baixo, eu permaneci em silêncio e pude ver as luzes da sala serem acesas.

"Quem é você?" a voz disse e logo só pude lembrar de um única pessoa. Nico.


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Notas finais do capítulo

Obrigadaa pelaas 52 vizualizaçõess, comentem, compartilhem com os amigoos. EEE me desculpem por qualquer erro....

XXXX Duuh



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