Eu Quero o Meu Chefe escrita por Elle, Lai


Capítulo 1
Um quase AVC na porcaria do meu almoço


Notas iniciais do capítulo

Olá galera, bem vindos a uma loucura nossa hahaha
faz algum tempo que tivemos a ideia da fic mas nunca tínhamos parado para escrever, esperamos que gostem e que acompanhem o andamento da história, Beijos, Lai e Gabi! :*



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Acordei com o despertar me dizendo que era segunda mais uma vez e eu precisava ir trabalhar. Todos os dias era a mesma coisa na minha vida, levantar da cama, acordar minha irmã, deixa-la na escola e ir para o trabalho em uma das maiores empresas de perfumes de Belo Horizonte, Não que eu gostasse do meu trabalho – mesmo meu chefe sendo um gostoso – mas eu precisava aguentar pra cuidar da minha mãe que estava doente e sustentar minha irmã que só tinha 12 anos e eu jamais a colocaria pra ralar tão cedo na vida, já que eu mesma nunca precisei disso até minha mãe ficar doente.

- Vamos Alice, está na hora! – gritei pra minha irmã acordar.

- Já estou indo! – ela gritou de volta.

Em menos de 20 minutos nós duas já estávamos arrumadas, já tínhamos tomado café da manhã e estávamos prontas pra sair. Alice pegou sua mochila e foi em direção ao portão enquanto eu fui ao quarto da minha mãe me despedir.

Seu nome é Reneé, ela foi diagnosticada com câncer no colo de útero aos 31 anos. A sua segunda gravidez foi cheia de complicações e assim que minha irmã nasceu ela teve a confirmação de que não poderia mais ter filhos. Se fosse só isso estava tudo bem, mas 10 anos depois do nascimento de Alice ela foi diagnosticada com essa doença. Eu tinha 19 anos, mas com tudo isso acontecendo eu mudei totalmente a minha cabeça e desde então eu decidi que ela não trabalharia mais e eu iria cuidar dela, da minha irmã e da casa, e por isso eu aguentava esse emprego. O dinheiro dava pra fazer tudo isso e era uma coisa fácil. Depois de dois anos nessa empresa eu já consigo aturar meu chefe brigando comigo a todo o momento e não ir para o banheiro chorar no chão comendo chocolate, assim como eu fazia antes.

Ainda era difícil ver a minha mãe na cama todos os dias, ainda mais sabendo que ela sempre gostou de trabalhar e cuidar de mim e da minha irmã, mas eu dava o maior e mais convincente sorriso quando Reneé olhava pra mim pra ela saber que tudo ficaria bem.

Nessa manhã minha mãe ainda estava dormindo quando foi me despedir, então dei um beijo na sua testa e saí.

Depois de pegar os dois ônibus de cada dia, deixando Alice na escola, chego na empresa. Ela é enormemente grande e ainda me dá arrepios sempre que eu passo pela porta.

- Bom dia Gertrudes – eu disse à atendente, que nunca respondia.

Peguei o elevador e subi ao 13° andar. Eu era secretária de Edward Cullen, um dos homens mais poderosos da empresa. Certamente por causa de seu pai Carlisle Cullen, porque, os gênios que me desculpem, mas não consigo aceitar a posição que esse homem tem sem pelo menos 10 anos de estudo.

A porta do elevador se abre e lá está ele. Edward Cullen com aquele olhar que faz qualquer garota molhar as calcinhas me encarando. Eu passo por ele e vou pra minha mesa na frente da sua sala.

- Bom dia senhor Cullen – digo.

- Já disse pra me chamar de Edward – ele diz com a sua voz grossa que arrepia os meus cabelos da nuca.

- Me desculpe senhor C... Edward.

- Certo. Hoje tenho três reuniões, quero que adie a ultima pra uma hora mais tarde, por favor.

- Sim senhor. Mais alguma coisa? – eu pergunto, mas a essa altura ele já entrou na sala dele e me deixou falando sozinha como sempre faz.

Passo as próximas 5 horas fazendo vários nadas porque o senhor Bonitão Cullen me ignora sempre que vou me dirigir a ele. Já faz semanas que ele vem fazendo isso comigo e eu ainda não descobri o porquê, então eu apenas ajo como se tudo estivesse normal.

Na hora do meu almoço Edward aparece. Ele segura meu braço me impedindo de sair e me encara com uma expressão de “vou te matar aqui e agora” por longos 2 minutos. Então eu finalmente desisto e pergunto:

- O que eu fiz?

- Não te dei autorização pra sair – ele diz.

- Me desculpe Edward, mas não tenho que te pedir autorização pra ir almoçar. O horário é comum à todos os empregados da empresa.

- Mas eu sou o seu superior e digo que tem que pedir.

- Tudo bem então, me desculpe – peço desculpas quase vomitando – posso ir almoçar?

- Não – ele diz com um sorriso de vitória no rosto. Meu sangue esquenta e eu me seguro na mesa pra não socar aquele rostinho lindo e quebrar todos aqueles dentes perfeitos na mesma hora.

- Como??? – eu quase grito.

- Hoje você vai comer comigo – ele diz normalmente e entra na sua sala, deixando a porta aberta como um convite pra eu entrar atrás dele. Eu encaro a entrada sem saber o que fazer. Comer com ele? Isso não fazia o menor sentido. – Vamos Isabella!– ele grita da sala e ri, eu me sinto tendo um inicio de um AVC, mas entro na sala mesmo assim.

Lá dentro eu vejo a mesa dele vazia, só com dois potes tampados e dois copos, um de cada lado. Ele me aponta a cadeira na frente dele e eu me sento. Ele olha no fundo dos meus olhos me avaliando e eu viro a cara. Ah sim, eu estou tendo um AVC.

- Você gosta de Coró? – ele pergunta.

- O que? – então ele tira a tampa do pote que estava logo a minha frente e lá estão elas. Pequenas larvinhas, se contorcendo pra lá e pra cá, e lá está meu estômago, correndo pra longe de mim – QUE PORRA É ESSA EDWARD? – Eu grito sem pensar e ele começa a rir loucamente, estou nervosa demais, brava demais. – Você está louco? Quem você pensa que é?

- Seu chefe – ele diz, ainda rindo.

Então eu voo em direção a ele, determinada que dessa vez seu rostinho bonito não vai fugir das minhas mãos, mas meu pé agarra em algo e então tudo dá errado. Eu vejo a cadeira em que eu estava sentada cair pra trás com um pedaço da minha calça presa nela e então eu caio pra frente, bem em cima de todos aqueles bichos nojentos. E então eles estão por toda parte, na minha pele, no meu cabelo, entrando dentro da minha blusa.

Eu começo a gritar e a pular tentando tirá-los de mim e, como tudo sempre pode piorar, eu caio em cima de Edward, sinto ele tentando soltar meus braços e tentando expulsar todos aqueles bichos nojentos que agora estão nele também. Quando enfim eu consigo me levantar pego uma jarra cheia de água e despejo em cima de mim tirando os bichos e o resto jogo no Edward. Por fim estamos os dois molhados e pingando e há pedaços de larva e larvas inteiras se contorcendo no chão.

- Olha o que você fez! – ele grita.

- Eu? Olha o que você fez! Isso tudo é culpa sua, você que me chamou pra almoçar aqui e me assustou desse jeito.

- Ah é? O que você vai fazer então? – ele pergunta como se esperasse uma resposta e eu penso em dizer que vou me demitir e ir embora dali o mais rápido possível, mas eu preciso cuidar da minha irmã e da minha mãe e não posso ficar sem emprego no meio da crise eterna que o Brasil está, então eu apenas digo:

- Vou pedir a Gertrudes um pano pra limpar isso.

Edward parece despontado com a minha resposta e eu fico desapontada com o desapontamento dele. Ele não me quer trabalhando ali afinal. Então é bom daqui pra frente eu fazer tudo o que ele mandar sem reclamar e sem gritar ou ele vai acabar me demitindo e eu não posso ficar sem emprego e, por mais louco que isso pode parecer, ficar longe do Edward acabaria comigo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Devemos continuar? comentemmmmmm!
Nos vemos em alguns dias, beijoos :*