When You Learn to Devide escrita por SabrinaNithiel


Capítulo 4
Inferior


Notas iniciais do capítulo

E quando tudo parece tão certo e feliz, o coracão triste transborda de decepção para converter sorrisos em choro.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/668339/chapter/4

Aquela manhã não podia ter abertura melhor que o som do canto dos pássaros! A luz do Sol nascente refletia da janela. Ikki apreciou por um tempo àquela luz. O quarto com a iluminação neutra lhe agradava, gostava somente de ver os reflexos de a luz solar escapar pela janela. Olhou o irmão, que dormia na posição fetal, ele tinha um pequeno sorriso nos lábios. Pensou que estava tendo bons sonhos, Ikki não quis acordar o irmão.

Foi se levantando, fez a higienização matinal e desceu para preparar o café da manhã. Ele enchia a garrafa térmica de café quando a companhia tocou. "Logo agora? Mas que saco!" — Es — Ikki quase berrou, mas Shun descia correndo das escadas: — Deixa que eu abro, Ikki! — Ele irradiava alegria. Ikki olhou de rabo de olho, achou estranho. Mas aceitável, pois melhor alegre que, choroso! Ele ouvia a pessoa chata falar: — Shun! Bom dia! E aí, ta melhor?! — Este abraçava Shun e o balançava. — Ai! Ai!Poxa!... — Shun finalmente ficou livre. — Desse jeito você pôs o esqueleto no lugar! — Shun deu um sorriso sem graça, coçando a cabeça. Seiya deu uma gargalhada. — Cheiro de café! NÃO CREIO que seja Ikki o feitor! — Seiya foi direto para cozinha e viu Ikki terminar de pôr queijo no pão. — Hum... Eu quero! Café foi você que fez? — Seiya sentou se na cadeira e Shun vinha a se sentar com eles, Ikki resmungando falou: — Larga de ser chato! — Seiya achou engraçado, o amigo não gostava de parecer gentil. — Poxa, vai levar Shun a mansão Kido, né? — Perguntou com tom alegre, Ikki mastigava o pão, quando parou disse que sim. Seiya olhou para Shun: — Saiba que Tatsumi está tirando folgas! Além do mais, a Miho disse que tem um gato preto que aparece e some do nada, alguns empregados colocaram o nome de Lúcifer, dizem que além de misterioso é travesso! — Shun achou engraçado. — Ah, gatos são assim mesmo! — Ele falou em seguida provando do café de Ikki. — Delicioso! — comentou. Seiya comia feito um morto de fome...

Hyoga acordou e não quis levantar do sofá. Ele olhou para o relógio de parede vendo as horas passar. Ele perdia-se em pensamentos... "Acho melhor eu não insistir." O loiro pensava que não fora correspondido e da pior maneira. Ele viu as horas passarem... Até que se levantou e foi ao quarto colocar uma roupa no corpo, ele não pretendia sair pelas ruas de cueca. Imagina o que poderia acontecer? Sobre a cômoda um colar brilhoso, lindo lhe chamou a atenção e despertou a memória de sua amada mãe. Ela usava aquele belo colar que dera ao filho muito antes de partir... Ele pegou o colar, olhava lembrando-se da mãe dançar com ele... "Mamãe..." Ele fechou os olhos e guardou o colar no bolso da calça preta que usará, em seguida colocou sua regata azul sobre a cama e foi tomar seu banho. Lembranças do sorriso do outro ao por do Sol despertavam em sua mente, toda vez que sua cabeça era banhada... "Ah, Shun..."

Ikki e Seiya levaram Shun para a mansão e a despedida corria na entrada da mansão. — Ikki, posso ir pra casa a hora que eu quiser? — Shun questionou ao irmão. — Não, fique aqui, talvez Saori precise de você. — Seiya concordou. — Daqui a pouco Shiryu ou quem sabe Hyoga chegarão. — Seiya disse para Shun. Ikki então se despedia do irmão e junto com Seiya, foi embora, terminarem a tal missão sigilosa. "Hyoga... Hum, será que ele vem mesmo?" Shun dera um sorriso discreto. "Ai! Mais o que estou pensando?!" — Shun seu distraído! — Ele disse para si mesmo enquanto entrava na mansão. Ele ia para seu antigo quarto na mansão, chegado lá, olhava as coisas por lá, decidiu olhar a bela visão da janela e foi aí que uma figura lhe chamou atenção. — Mas olha só, Tatsumi pegando um sol e bebendo limonada! — Ele riu. Decidiu descer para o jardim. "Quem sabe o gato me aparece?" Ele pensou curioso e saiu correndo para o jardim. Miho o viu descer as escadas correndo e seu sorriso encheu os lábios dela de graça. "Ele está tão alegre hoje!" — Shun! Cuidado pra não cair! — Ela exclamou avisando o menino que respondeu um sim lá de longe. Shun estava tão alegre e se sentia livre pelo jardim. Corria a procura do gato e ia se afastando aos poucos da mansão. O espaço florestal era grande por lá. Perto da cadeira de praia que Tatsumi estava, tinha um arbusto. Shun se escondeu ali, o gato estava do outro lado da piscina. Tatsumi viu o gato e irritou-se: — Fora daqui seu gato vira-lata! — Ele irritado levantou praguejando, pulou na piscina e nadando pretendi pegar o gato de surpresa para afoga-lo. Shun não permitiria isso, saiu dali e correu para pegar o gato. Mas Tatsumi consegue pegar o gato primeiro. —Tatsumi, NÃO! — Shun exclamou desesperado, ajoelhado a margem da piscina, tentou tirar o gato das mãos de Tatsumi, o gato miava apavorado e Tatsumi amaldiçoava o gato e Shun: — Saia daqui seu pivete! Saia! Saia! ... Gato malvado! — Shun não estava conseguindo nada dali e o gato não fora afogado ainda, ele entrou na água e tentava pelo menos impedir Tatsumi de afogar o gato, que arranhava os dois. Mesmo assim Tatsumi não soltava. — Tatsumi, pare! Solte-o! Por favor! — Shun quase chorando. Estava sendo arranhado. Mas não desistira de mantê-lo no auto. Hyoga chegava quando viu a sena. Correu para lá, rapidamente ajoelhado na borda da piscina segurou Tatsumi pelos braços fazendo o soltar. Soltou o gato e Shun sem demora colocou o gato pra fora da piscina. Hyoga largou Tatsumi que insistia — Me solta! Me solta! Ahrg! Eu vou reclamar com a senhorita — Hyoga o calou. — Reclamar que Shun tentava salvar o gato que você ia matar? Vai cagar no mato! — Hyoga foi até Shun o ajudando a sair da piscina. Shun estava um pouco triste, com os olhos vermelhos. Seus braços estavam arranhados. — Eu cuido disso pra você, venha. — Então Hyoga o levou dali. Pediu a Miho uma toalha para Shun e o levou para o seu quarto. Ele sentou Shun em sua cama, ele estava quieto. Hyoga pegou uns curativos e foi tratar do braço do amigo, que lhe olhava, tinha um rubor nas bochechas. Hyoga o olhou nos olhos esmeraldas, o rubor nas bochechas de Shun combinava com a própria delicadeza. Ele disfarçou olhando para ferimento do amigo, tratando de enfaixa-lo, com bastante cuidado. Assim que terminou, Shun surpreendeu Hyoga o abraçando e disse: — Que bom que você apareceu naquela hora! — Hyoga surpreso, sentiu seu coração acelerar, e um calor tomava conta de seu corpo. Ele abraçou Shun, afagou seus cabelos e passara a mão de leve nas costas dele. Shun podia ouvir claramente as batidas do coração de Hyoga. Shun olhou para Hyoga ainda abraçado. Ele estava apaixonado pela beleza do russo, os olhos dele o fitando com ternura... Ele desejava que Hyoga o beijasse... Hyoga aproximou o rosto ao rosto de Shun, que fechava os olhos lentamente, Hyoga lembrou-se do ocorrido na praia, à maneira como Shun fechava os olhos esperando um beijo... Hyoga com leveza nas mãos tocou os lábios de Shun que o olhou apaixonado, então Hyoga apenas se afastou e virou-se des costas. Shun não entendeu, mas seu coração entristecera, ele envergonhou-se... —E-eu... É, quis dizer... O-obrigado, Hyoga! ... — Saiu do quarto de Hyoga correndo. Hyoga se virara, olhou para cama e se jogou nela. "Ele por acaso não sabe o que faz?" Shun correu para o seu quarto. Naquele instante ele não percebeu que o gato passara no corredor. Shun estava com um pouco de frio, a roupa molhada o incomodava. Ele não parava de pensar em Hyoga. "Por que ele não quis me beijar? Será que ele ficou chateado comigo por eu ter ido embora aquele dia?" Shun estava um pouco agoniado e confuso com aqueles pensamentos, Hyoga tinha se virado contra ele... "Isso foi como não ter coragem de me encarar!" Shun despia-se, ao banho, aquele dia ainda tinha muito pela frente!

Hyoga sentia calor, estava quente. Ele decidiu se jogar na piscina. Ele trocou de roupa, colocou uma bermuda de pano leve e foi sem blusa. Jogou a calça na cama. Hyoga abriu a porta e dera de cara com Shun que estava olhando pra ele surpreso. — Nossa, nem precisei bater! Erh... — Ele corou vendo o físico sarado do amigo. — Eu vou para a piscina. — Ele disse ignorando Shun e indo rumo à piscina. Shun ficou sem graça. Acabou de ser ignorado. Ele olhou para Hyoga indo, sem nem olhar para trás. Ele olhou o quarto e tratou de fechar a porta. O gato tinha entrado lá e ele nem notara. Shun foi para seu quarto e ficou lá, pensando no por que Hyoga agora o evitava.

Hyoga ficou na piscina e desfrutava da refrescante limonada. O tempo fora mudando, e as nuvens tamparam o sol. Ele saiu da piscina depois de longas horas. E decidiu voltar para o quarto. "Tenho que ignora-lo ao máximo." Pensou o loiro a respeito de Shun. Hyoga colocou a toalha sobre os ombros e quando Hyoga foi colocar sua calça, procurou o colar que havia guardado nela e não achou. Ficou procurando pela cama e depois de colocar a camisa, procurava o colar pelo quarto e não achava. "Onde será que o coloquei?" Ele estava desesperado, afinal, era o colar que sua mãe lhe dera, era muito especial, aquele colar tinha um grande valor sentimental! ...

Shun ficou cansado de ficar parado. Desceu para sala, e nada lá o interessava. Foi para fora e ficou andando pelo jardim. Ele viu o gato preto parado olhando para ele. "Aí está você! Que fofo!" Shun foi lá fazer um carinho no bicho, chegou devagar, mas o gato miou bravo para Shun e foi embora. — Mas? ... Ué?! — Ele viu um colar lindo. O gato estivera sobre a peça ainda pouco. — Nossa, mas brilha como um cristal! — Shun ergueu o colar na luz solar daquela tarde e admirou o brilho. — Será que é feito de diamante? — Ele admirava a beleza da jóia. "Será que é da Saori?" Com o colar em mãos, observou o gato entre os arbustos, esse gato olhava como se esperasse algo acontecer. — Shun? — Shun tinha levado um susto! Virou-se surpreso, e com o colar nas mãos, Hyoga o olhava estranho. — O que está fazendo com o meu colar? Me dá! — Hyoga o pegou bravo. Shun se assustou com a reação do amigo. — Ah... Eu não sabia que era seu! ... — Falou assustado. — Como você pode dizer que não sabia que eu era o dono se o colar estava no meu quarto? Eu deixei a porta aberta antes de sair! Aliás, como pôde ser tão baixo, Shun?! — Hyoga com raiva saiu de perto de Shun, que ficou confuso e triste, pois ele não tinha roubado o colar e não tivera chance de se explicar. — Hyoga! Espera! ... — Shun ia atrás do amigo, mas esse virou e segurando os braços de Shun o disse olhando bem em seus olhos: — Nunca mais toque nas minhas coisas! — Largou Shun e saiu correndo para dentro da mansão. Shun não teve chances de se explicar. Não aguentou tamanha injustiça, ele sentou-se no chão, e derramou as lágrimas que não conseguia mais conter. O pôr do Sol nunca fora tão triste... Ele se levantou e correu para algum lugar longe dali, que ele pudesse ficar e chorar sozinho, escondido.

Miho estava à procura do gato preto, que vira roubando o colar de Hyoga. Quando vira o garoto passar furioso pela sala. — Hyoga, você — Ela mal completou a frase: — Não! — Ele subiu as escadas correndo. — Nossa! Quanto mau humor! Ele nem se quer quis saber o que eu tinha a dizer. — Ela comentou com Sadako. — Depois você fala, vamos achar o gato primeiro! — Elas foram direto ao jardim. Procuravam o gato, mas não achavam. Elas pararam num lugarzinho onde tinha uma árvore que dava pra ver os altos morros da região, o céu estava rosa. — Sadako, chega! Vamos avisar o Hyoga, que fora o gato que pegou o colar e que estamos o procurando! — Elas correram para a mansão e pensava o quanto aquele gato era traiçoeiro! Ali atrás daquela árvore, estava Shun, chorando. Se sentindo mal. Quem ele gosta, se aproveitou de sua carência aquele dia na praia e agora o despreza, tanto que um colar de diamante vale mais que ele. "Por que eu fui me deixar levar pelas emoções?! Trouxa!" Cada vez chorava mais... Primeiro o russo não quis beija-lo, o ignorou e não quis ouvi-lo. Isso fora o desprezo total. Nunca se sentiu tão inferior, tão nada. Tão menos que um colar. Shun sentiu inveja do brilho daquele cristal, do valor que ele tinha para Hyoga, ficou com ciúmes. Sentia-se... Inferior!

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É, tenho um problema sério com drama! .-. Mas calma, um dia o Sol vai me fazer feliz de novo. E acabar com esse vazio na minha alma. Obrigada, desculpa os erros aí, beijos...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "When You Learn to Devide" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.