When You Learn to Devide escrita por SabrinaNithiel


Capítulo 1
Solidão


Notas iniciais do capítulo

Não quis colocar muita coisa no primeiro capítulo, para que você não se fatigue. Espero que goste e interesse-se pelo próximo capítulo. Boa leitura.



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Amanhecia mais um dia em claro. O pequeno cavaleiro de Andrômeda não aguentava mais tanta insônia. Esse seria o terceiro dia visto o sol nascer. Olhou-se no espelho e as manchas ao redor dos olhos tão claro se notavam. – Olheiras...– falou baixinho para si entristecido, voltando a deitar-se. Desde que Ikki não voltara da Grécia, Shun morria de preocupação sozinho na casa de ambos.

Haviam se mudado a pouco tempo, Ikki mal habitou a casa, foi chamado na Grécia para uma missão sigilosa com Seiya, que Saori havia dado à eles e não deveriam contar aos demais cavaleiros de bronze o propósito da missão. Shun se preocupara, pois já fazia quatro dias que o irmão e Seiya não davam notícias, e ninguém o visitava. Shun olhou no relógio de parede do seu quarto, ainda era cedo demais e seus olhos pesados lutavam para que não fechassem. Shun visualizou às 4:20, ate que caiu no sono tão esperado.

Enquanto isso na cidade...
(Às 11:30)

Um jovem de cumpridas mechas loiras, vestido com uma regata azul e uma calça preta, corre entre as pessoas de forma apressada. Ele era xingando por quem esbarrava e mesmo assim continuava. Afinal, por que o jovem tanto corria? Ele finalmente para numa farmácia, compra um medicamento e segue correndo novamente pelo mesmo caminho. Chega em casa, senta-se exausto no chão de madeira da varanda de sua casa, arfante ele joga-se para trás, assim deitando de olhos fechados. Pensava ele no quanto se sentia só.
"Parece que todos os dias são iguais, estou sempre só. Não há nada para agarrar e eu não vejo o caminho para me levar até você." Já fazia semanas que o loiro não vira seus amigos e sentia falta de um, em especial, Shun Amamiya.

"Não sei o porquê de Ikki me pedir com tamanha grosseria que eu não mais viesse o lindo que eu soube amar. Fiquei triste em concordar aquele nunca mais... Será que Shun pensa em mim? Será que sente minha falta? Não tenho dormido, toda noite é fúnebre, sinto saudades eternas dele... Já não posso aguentar. Não posso!" – Chega! – Exclamou levantando-se rapidamente e entrou na casa. Foi para a cozinha, pegou uma garrafinha de água e a levou para o quarto solitário. A casa tão vazia, nunca ninguém, além dele habitou ou transitou por lá... Sentado na cama, vendo dificilmente os objetos pelo escuro do quarto, (as janelas estavam com as cortinas fechadas) sentia o ar gelado do local. Ele então pegou o remédio que tinha comprado e pegou uma cápsula como se fosse devora-la. Engoliu e bebeu um pouco de água. Deitou-se de qualquer forma. "Isso de nada me faz feliz... De fato que aprenderá toda a dor que tenho absorvido nessa vida." O jovem perdia-se em seus pensamentos mais obscuros, ele não estava bem. De todos os amigos ele era o mais só, não por escolha própria. Ele se sentia a pessoa mais insignificante do mundo. Derramou lágrimas ao recordar-se que não tinha declarado-se ao jovem de cabelos esverdeados. Lembrava de Ikki o empurrando na areia da praia naquela triste tarde exclamando que ele não tornaria a ver Shun nunca mais. E desde então ele sempre procurou Shun, corria, andava pela cidade, mas nunca soube onde o jovem cavaleiro de Andrômeda foi escondido... Chorava, até que fechou seus olhos.

Na casa de Shun...

O cavaleiro de Andrômeda estava em seu banho, ele lembrava de seu irmão ter lhe pedido algo, ele parecia muito sério.

Flash ~
– Shun, olhe nos meus olhos. – Ikki pediu segurando o irmão pelos braços. – Prometa-me que não irá sair de casa, enquanto eu não retornar? – Shun o fitava nos olhos, com as sobrancelhas arqueadas, lhe disse: – Eu nunca mais sai de casa desde que saímos da mansão Kido. – Ele parecia intrigado, mas Ikki odiou a resposta. – PROMETA que não irá sair de casa! – Apertou os braços do jovem. - Sim! Eu prometo! Por favor, me solta! - Shun exprimiu os olhos, ele estava assustado com a reação do irmão. Assim que Ikki o soltou ele o olhou assustado e correndo, subiu as escadas que o levava ao seu quarto.
~ End Flash

– Não entendo o porquê... – Shun chorou, não aguentava mais ficar só, não poder sair. Ficava observando tudo da janela e isso não era a mesma coisa. Ele sentia falta de Shiryu e Hyoga. E se perguntava: "Por que eles não me visitam?" – Será que... Será que todos me esqueceram? Será que não só foram a Grécia, Ikki e Seiya? Será que eu fiquei de fora? – Shun saiu do banho, de toalha. Olhou se no espelho, largou a toalha e observou o corpo. Parecia ter emagrecido. O jovem assustou-se e recolheu rapidamente a toalha, cobriu-se e tratou de achar uma roupa confortável. Depois de se vestir, perfumou-se e escovou os cabelos verdes enormes que faziam grandes ondas. Ele estava com olheiras e olhos vermelhos e inchados de tanto chorar. Ele desceu a cozinha, caçou um chá de camomila, ate que percebeu que este acabou. – Ah... Poxa vida! ... Já não há nada para me acalmar. Nada que tire essa insônia de mim. E o pior, não posso sair. O prometi isso... – Ele foi até a sala e observou o cômodo. Ate que parou seus olhos no telefone. Os olhos de Andrômeda brilharam e um sorriso curto surgiu em seus lábios. Ele se aproximou do aparelho e só de olhar, refletia de como aquele objeto que ele trocava tanto pelo vídeo game, lhe era útil para acabar com sua solidão. Do lado uma agenda.. Bom, ela facilitou as coisas. No momento Shiryu surgiu em sua mente como uma luz, pois ele desejava um chá que lhe tirasse a ansiedade e alguém muito sábio para conversar. Caçou o número de Shiryu até que encontrou. Discou o número e esperou que o outro atendesse...

– Alô, boa tarde, com quem falo? – Uma voz feminina questionou Shun.
– Boa tarde, Amamiya Shun. Shiryu está? – Indagou com mansidão.
– Ah... Lamento, mas não. –
– Ah, mas que pena. Uma outra hora eu logo então, obrigado Shunrei.–
– De nada Shun!– Ela disse gentilmente, e encerrou a chamada.

Shun ficou decepcionado, olhou pelos contatos e achou o número de Hyoga, mas este estava rabiscado e o número reescrito abaixo. Ele ligou...

– Alô? – Supostamente, tratava-se de um homem.
– Hum... Aqui é o Shun, Hyoga é você? – Shun questionou confuso.
– Não ligue para o Hyoga, Shun. Não enche o saco dele seu idiota! – Um homem falou grosseiro e desligou o telefone.
Shun não podia crer. Aquele número era realmente do Hyoga? Ele ficou triste. Sentou-se no sofá. Ligou a TV passou de canal em canal. Nada lhe interessou... Ele foi ao jardim. As flores pareciam tristes, ele olhou para o grande portão da casa, trancado e lá fora as pessoas passavam. Ele viu dois meninos comprarem sorvete e lembrou que Hyoga costumava pagar sorvete e depois sentavam na praia, no final de tarde, e ficavam conversando e rindo. Era tão alegre ao lado do russo. Não podia acreditar que pedira alguém para lhe dizer aquilo caso ligasse. Ele pensou na possibilidade de Shiryu e Hyoga também terem ido à Grécia. Já que nenhum dos dois haviam atendido. Ele voltou para o sofá. Deitou-se lá e retornou a lamentar de sua solidão.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado. Esperando o seu comentário e muito obrigada por ler. Beijos...



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