Respirei fundo. Por mais que muitas ilusões me enganassem, minha intuição dizia que isso era certo. Aquele toque, aquele momento e até aquelas palavras, já haviam sido sentido, ocorrido e ouvidos, estava completamente transtornada e turbinada com a quantidade de lembranças que chegavam à minha mente e parecia pesar uma tonelada no meu peito. Foi quando eu ouvi sua voz soar vagamente naquele espaço e tempo.

- Você deveria tomar mais cuidado. – afirmou uma voz desconhecida. – Por mais que a rua parece calma, muitos perigos ocultos podem estar por aqui.

-Como você, por exemplo? – Soltei uma leve risada.

-Talvez... – Ele sorriu de canto. – A senhorita pode rir o quanto quiser, mas realmente deveria tomar mais cuidado. – sua feição tornou-se séria.

-Por que diz isso?

-Um dia Elena, precisará da minha ajuda e a ajudarei com prazer. Espero que se lembre de tudo que disse essa noite nas outras vezes que iremos nos encontrar e a última vez que nos encontramos também.

-O que isso quer dizer? Com certeza, você é bem estranho! Aliás, como sabe meu nome?

-Nos encontramos antes, há muito tempo atrás...

-Posso saber seu nome?

-Na hora certa, saberá como me chamar. – ele riu. – Isso soou como um filme, não? – fez um gesto de despedida e partiu.

Pisquei mil vezes até me tocar do que havia me lembrado, depois de um tempo, balbuciei à mim mesma:

Agora, eu sei... Eu sei como te chamar.

''Game On, Elena''