Prince Henry é uma dicotomia. Para o seu povo, ou é amado ou é odiado. Há quem de mais destaque ao seu lado humanitário e solidário, herdado de sua mãe, dizendo que ele é um bom moço e de grande coração. Há quem compartilhe da ideia de seu tio de que ele é um irresponsável e imaturo e que não deve assumir o trono devido seu histórico de bebedeiras, baladas, manchetes de jornais e tabloides, corridas e até mesmo comportamento inadequado. Além da divisão de opiniões dentro de seu própria nação, Henry ainda deve lidar com a repercussão política mundial. A instabilidade e controvérsia geraram a discussão: "Príncipe Henry deve herdar o trono ou não seria apto para o cargo?". Essa dúvida começou a causar uma repartição política onde o Duque de Hillston, irmão do atual Rei, diz que o príncipe deve abdicar ao trono , porém países aliados com a Noruésia e Illéa garantiram retirar seus apoios se a lei de sucessão der preferência ao herdeiro presuntivo ao invés do herdeiro inerente. Assim como as ondas separatistas dos estados da Scotia e da União das Irlandas, que alimenta o movimento de independência e separação do Reino Unido Maior. Ao que parece a Solução encontrada pela Rainha Mãe foi a inusitada Seleção. Um prática esquecida pelos últimos cinco reinados, a Seleção não é realizada faz cerca de 120 anos. A última Seleção foi realizada pelo Então príncipe herdeiro Phillip que casou-se com a senhorita Penélope Hastings, os bisavós da Rainha Mãe Cecilia. Basta saber se realmente o "plano real" irá funcionar e esperar para ver se mais uma vez na história, uma mulher será usada para consertar um homem.

Jornal The Monarch, London, Maddesdon

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—Você tem certeza disso mamãe?

—James, quando a sua mãe esteve errada?

—A senhora percebe que estamos colocando em jogo? - O rei finalmente virou seu rosto em direção a mãe.

—Sim meu querido. - A senhora concordou balançando a cabeço.

—Não estou falando apenas do povo, ou da coroa. Estou falando de Henry, ele nunca vai concordar com isso. - O Rei se sentou na poltrona em frente à mãe de forma largada.

—Ele já é um garoto crescido James, vai entender. - Cecilia encarou sua maneira de sentar com uma careta de desaprovação.

As vezes penso que se Julienne estivesse aqui, tudo seria mais fácil. - O rei passou os dedos indicador e médio na sobrancelha direita.

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—Vai com calma Henry!

—Não seja irritante Sebastian.

—Apenas não quero morrer aqui. - O garoto sentado no passageiro segurava forte na porta ao seu lado e no cinto de segurança que transpassava seu corpo.

—Nós não vamos morrer, não se preocupe. - Henry encarou o amigo rapidamente antes de mudar novamente a marcha.

—Henry, por favor! - O garoto foi aumentando o tom de voz até gritar a última parte da frase em desespero.

—SINTA A ADRENALINA, BASH! - Ele gritou por cima do ronco do motor!

O carro, um Lamborghini Aventador petróleo, deslizava pela pista improvisada, na descida de uma colina. As curvas ingrimes, e a inclinação da estrada poderiam assustar a qualquer um, menos Henry que não sentia nada além da adrenalina invadindo seu sistema e se espalhando pelo seu corpo. A Ferrari GTE prata que antes estava ao seu lado agora desacelerava, dando confiança em Henry, foi ficando para trás. O sorriso do príncipe apenas crescia até que, repentinamente, surgiu uma manada de veados atravessa a rodovia correndo. Sebastian desesperado colocou uma mão em frente ao rosto e Henry puxou a direção toda para a direita querendo desviar e pisando fundo no freio, queimando os pneus e levantando uma grande fumaça.

O cheiro de queimado invadia as narinas dos dois rapazes sentados dentro do carro. O barulho de patas nos asfalto só não era maior do que as respirações ofegantes de Henry e Sebastian que tremia convulsivamente. Era quase impossível de enxergar através dos vidros e janelas de tanta fumaça fazendo os dois enxergarem apenas as silhuetas dos animais correndo ao redor deles.

—Bastardo, filho da mãe! - Bash xingou baixinho ainda com dificuldade de falar.

—Esta vivo ainda? - Henry perguntou sorrindo

—Você ainda brinca, seu merda! - Sebastian o xingou.

—Deixa de agir feito covarde, Bash. - o príncipe deu um soco no ombro do amigo.

—Safado, filho da mãe! A gente quase morreu! - O Melhor Amigo Real, companheiro de loucuras de Hezzy, Sir Sebastian Harrington, batia no moreno sentado ao seu lado.

—Ta bom, ta bom! Você venceu! Desculpa! Desculpa! - Herry tentava se defender, mas ele mais ria do que escapava dos tapas e golpes do amigo.

Sebastian cansou de deferir tapas no amigo e sentou recuperando seu fôlego. Os dois se encaram observando o vasto campo agora vazio a frente, pisoteado e revirado. Um barulho engraçado preencheu o veículo, deixando Henry curioso. Ao observar Bash, encontrou o amigo tentando segurara uma gargalhada que foi liberada quando os dois começaram a rir descontroladamente. Era bom agir assim as vezes, de maneira descontraída e despreocupada, para variar. Henry definitivamente não sabia o que o esperava em casa.

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Confirmamos no último censo que uma mulher solteira entre dezesseis e vinte anos reside atualmente em sua casa. Gostaríamos de informá-los sobre uma oportunidade próxima de honrar a grande nação do Reino Unido Maior.

É de conhecimento geral que o príncipe Henry atingiu a maior idade no ano que se passou. Esta nova fase em sua vida demanda comprometimento com seu povo e seus deveres. Para acompanha-lo nesta jornada, o Príncipe Herdeiro deseja dividi-la com uma verdadeira filha do Reino Unido Maior. Se sua filha, irmã ou protegida elegível estiver interessada na possibilidade de tornar-se a noiva do príncipe Henry e a adorada princesa do Reino Unido Maior, por favor, preencha o formulário anexo e entregue-o no Departamento de Serviços Provinciais da sua localidade. Cinco jovens dos cincos estados serão escolhidas, uma de cada província, para representar seu povo e ter a chance de conhecer o futuro Rei. As participantes permanecerão hospedadas no palácio real de Maddesdon durante a seleção. A família de cada participante será recompensada generosamente por seu serviço à família real.

Abaixo encontra-se a ficha de inscrições, responda adequadamente, revisando sua resposta. Seja detalhista, coerente e criativa. Quanto mais informações sobre “você”, mais o príncipe saberá sobre a candidata e poderá considera-la uma opção.