No Flame Burns Forever escrita por sweetie


Capítulo 1
No Flame Burns Forever - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores. Aqui estou com mais uma one de Doctor Who, yaaay! Do meu mais novo ship preferido. (Desculpa Matt, não me expulse do squad)

AVISO MUITO IMPORTANTE: Se você ainda não viu o especial de Natal, contém spoilers. Então corre para ver esses lindos, e volta aqui depois.

Boa leitura!



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Ele não gostava de finais. Não gostava de ver o dano, de ver as pessoas envelhecerem. Arrancava as últimas páginas dos livros para que nunca tivessem que terminar. Para alguém que viveu doze vidas e presenciou infinitos finais, era compreensível.

Porque ele era velho o suficiente para saber que uma vida longa, nem sempre é a melhor. No final, você só fica cansado. Cansado da luta. Cansado de perder todo mundo que importa para você. Cansado de assistir tudo se transformar em pó. Se você vive o suficiente, a única certeza que sobra é que você vai acabar sozinho.

Mas ele também sabia que tudo acabava. Os dois sabiam que nenhuma chama queima para sempre. A vida era como um livro, e todo livro também tem seu final. Não importa o quão importante o livro seja, você vai chegar à última pagina. Vai ser doloroso. Pode ser lindo, pode ser triste, mas vai acabar. Sua história com River provavelmente tinha chegado ao último capítulo também.

Era incrível como aquela noite passou rápido, mesmo que tivessem sido, na verdade, vinte e quatro anos. Mas foi um bom tempo que passaram juntos, um tempo que eles precisavam. Depois de tantos desencontros, onde eles nem sempre se encontravam com a versão certa do outro. Nem sempre podiam desfrutar da companhia estando ambos completamente apaixonados. Embora todo momento que compartilhavam fosse único.

Ele a amava tanto, e tirou esses anos para demonstrar isso do jeito mais intenso e sincero que conseguia. Verbalizou também esse amor, porque mesmo que eles não precisassem fazê-lo, tinha momentos que parecia necessário. Ele a amava tanto, e era um crime, que ela não estivesse perto na maioria das vezes.

O sentimento sempre foi recíproco, apesar dela não esperar que ele a amasse de volta. Ela o amava de um jeito sincero, simplesmente por amá-lo, por não conseguir evitar. Sem esperar nada em troca.

Então é claro que ela não o teria deixado morrer no dia em que eles se casaram, mesmo que eles fossem o marco zero de uma explosão que ia engolfar toda a realidade. Não importava se bilhões e bilhões fossem sofrer e morrer. Ele era mais importante para ela do que qualquer pessoa no universo. Assim como Amy era para o Rory, e vice-versa.

River ficou feliz por ter a oportunidade de conhecer, e se apaixonar direito por essa nova versão dele. Ela o amou assim que o reconheceu, claro. Também era verdade que se eles fossem um daqueles casais, em que o outro perde a memória, com o tempo, iriam se apaixonar novamente.

Ela não estava destinada apenas a ser a psicopata criada para matá-lo. Ela era destinada para ser a esposa daquele Timelord solitário, a ser a mulher que amava o Doctor. E claro, a quem ele amava em retorno.

Embora eles não pudessem passar a vida inteira juntos, até porque isso era impossível, para qualquer pessoa que se apaixonasse por aquele deus que insistia em ter o rosto de doze anos – bem, não nessa regeneração.

De certo modo, eles eram sortudos. Quantas pessoas tem a sorte de se apaixonarem uma pela outra, em várias versões diferentes? Por vários “eu’s” diferentes? Podia ser doloroso, sim. Mas era único, assim como o amor que sentiam um pelo outro.

- Você não precisa dizer nada, Sweetie. – ela disse, segurando a sua mão. – Despedidas já são dolorosas o suficiente.

Ele tentou sorrir. – Eu sei, mas eu sinto que deveria. Essa pode ser, de fato, a nossa última noite juntos.

- Que noite!

- Mesmo assim, você deveria ter algo especial para se lembrar desse último dia.

Ela segurou seu rosto, e depositou um beijo casto em seus lábios. – Eu estou com você, tem algo mais especial do que isso? Além disso, você nunca foi muito bom expressando sentimentos. E não precisa. Tudo que poderíamos dizer um para outro, já sabemos. Por que estragar o momento, e deixar o ar pesado, com aquele clima horrível de “adeus”?

- Talvez não seja um adeus, no fim das contas.

Ela sorriu. – Ah, Doctor. Sempre cheio de surpresas.

- Spoilers. – ele brincou. Então olhou para TARDIS, odiava admitir, mas tinha mesmo chegado a hora dele ir. – Como você quer fazer isso então? A despedida?

- Independente da sua versão, você sempre tem que me perguntar como dizer as coisas bonitas.

- Você quer que eu diga coisas bonitas então?

Ela balançou a cabeça. – Não. Ainda só tem uma forma que eu aceitaria. Se você alguma vez me amou-

- Você sabe que sim.

- Fale como se fosse voltar.

- Então... – ele sorriu, repetindo as suas últimas palavras que seu eu anterior tinha dito. – Vejo você por aí, Professora River Song.

Ela sorriu de volta. – Até a próxima, Doctor.

- Não espere acordada.

- Tem mais uma coisa?

- Não tem sempre?

- Se essa for realmente a nossa última noite... Saía daqui sabendo que você foi a melhor parte da minha vida. – ele ia começar a falar, mas ela levantou um dedo. – Não banque o idiota sentimental, também não estou fazendo isso. Apenas... Não viaje sozinho. Não desista. Nunca. Nem por um dia sequer. Fique seguro, se puder. Mas sempre, sempre, seja incrível. Adeus, Sweetie.

Ela viu a TARDIS se materializar, esperando que não fosse à última vez. Aqueles anos tinham sido perfeitos. Os dois riram juntos, e discutiram também. Porque em 24 anos, era normal que acontecessem algumas vezes. Mas eles tentaram aproveitar ao máximo o restante do tempo que dia, e era horrível quando percebiam que estava acabando.

Duas noites atrás do dia final, ela estava deitada em seus braços, enquanto ele começava a verbalizar os sentimentos da melhor maneira que conseguia. Tentou cantar, mas nenhuma letra parecia dizer o suficiente. Tirando que ele cantava mal, o que a fazia sorrir.

Por outro lado, a voz dela era como uma melodia suave em seus ouvidos. Uma melodia que ficaria na sua cabeça por séculos, e que ele poderia ouvir todos os dias. Mas ela preferia ficar ouvindo a ele, ao invés de cantarolar. Também não era muito boa nisso, mesmo que ele dissesse que estava enganada.

Ele recitava poemas então. Alguns deles quase eram suficientes. Mas o amor deles era tão único, que ainda não existiam palavras que expressassem, assim tão bem, o que sentiam. Ele também tocava, e nisso ele era muito melhor. Sua nova versão amava guitarras, e River amava que ele tocasse para ela.

Mas a maior parte do tempo, eles passavam ouvindo a música das Torres. Ele até se arriscava a tentar dançar com ela algumas vezes. Ele não era tão desajeitado quanto o da gravata-borboleta, mas também não tinha a mesma habilidade de dança. Não tropeçava nos pés dela, mas também não a conduzia tão bem. Mas nenhum dos dois se importava.

No fim de cada dia, e até mesmo antes. Eles iam se deitar – ela tinha que admitir, amou o seu novo corpo, depois de ver o material completo. Conversavam mais um pouco, se perdiam nos braços um dos outros. Enquanto escolhiam cada pena do travesseiro, ambos ficavam longe da beirada da cama, forçando a ficarem mais próximos.

Felizes para sempre não significava eternamente. Apenas significava um tempo, um pouco de tempo. Eles tiveram o tempo deles. Mas como ambos já sabiam, nenhuma chama queima para sempre.


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Notas finais do capítulo

Ainda é bem recente para mim, escrever qualquer coisa com a River. Com o 12th também. Na verdade, com qualquer ship que envolva o Doctor e ela, em qualquer versão. Espero que tenha ficado legal o suficiente.

E claro, se puderem, eu amaria saber a opinião de vocês!



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