Trilogia Aventuras 02: AFA - A Nova Aventura escrita por Renny Gouveia


Capítulo 8
Capítulo 07: Confronto Ninja - Parte 02: Killer Bee e seu parceiro entram em ação!


Notas iniciais do capítulo

Bom, aqui vamos nós com o penúltimo capítulo da história.
Como estamos na reta final, esse capítulo ficou um pouco grandinho, e vai acontecer o mesmo com o último.



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CAPÍTULO 07

CONFRONTO NINJA – PARTE 02:

KILLER BEE E SEU PARCEIRO ENTRAM EM AÇÃO!

A fúria de Shukaku ecoou pelas redondezas, causando o terror em todos os que escutavam o seu poderoso rugido; sua gigantesca cauda se agitava de um lado para o outro, espalhando ventania enquanto ameaçava se chocar contra veículos e casas ali perto, cheios de pessoas adormecidas pelo encantamento do Mugen Tsukuyomi.

Os clones de Letícia — que estavam perto de Clarice no momento em que ela se transformou —, se esquivaram para escapar da ameaça eminente; mas, quando viram o novo perigo que se aproximava sobre as pessoas inocentes fora do Centro de Educação à Distância, algumas se reuniram em duplas e atacaram a fera com rasengans e kunais enquanto as demais correram para os locais onde aquelas pessoas adormecidas estavam expostas e em perigo, para retirá-las dali.

Apesar dos ataques eficientes dos clones, todos os seus esforços se mostravam em vão, pois os ataques nem mesmo provocavam arranhões na pele da criatura, que percebeu a presença das garotas e as encarou silenciosamente por alguns instantes, paralisando-as de medo com seu olhar assombroso.

— Saiam daí, rápido! — gritou Letícia, à distância; ao seu lado, Alex usava seu sharingan para tentar descobrir o que havia acontecido ao corpo de Clarice no meio de todo aquele amontoado de chakra e areia.

Quando a voz de Letícia chamou a atenção de Shukaku, os clones da garota aproveitaram o momento para se afastar; entretanto, apesar de não parecer, Shukaku estava atento a tudo que se passava a sua volta e quando viu as inimigas que o atacaram, recuar, ele moveu seu grandioso braço cheio de músculos e as amassou no solo, transformando os kage bushins em fumaça branca.

— Droga! — praguejou Alex, nervoso. — Como a gente vai vencer um bijuu? Precisamos de mais poder pra isso. Letícia, se você...

— Nem adianta pensar nessa ideia — interrompeu Letícia, decepcionada consigo mesma. — Eu não consigo sentir o poder da Kyuubi dentro de mim, nem mesmo a existência dela.

— Então precisamos pensar em algo, e rápido. — continuou o rapaz, olhando para a parede onde Rafael ainda estava preso no casulo de areia. — Pois o Killer Bee não vai aguentar muito tempo ali sem oxigênio.

A fera rugiu novamente e agora começava a encarar os dois ninjas paralisados alguns metros a sua frente. Ele ergueu seu enorme braço, disposto a atacá-los sem piedade.

— Ore-sama, vou esmagar esses petiscos e comê-los com sakê — disse a criatura, com uma voz que lembrava muito uma pessoa bêbada. — Sakê gostoso! Muito sakê, ore-sama! Hora de festejaaaaar...

— Se prepare, ele vai atacar! — avisou Letícia, suas mãos se cruzando para criar novos clones. — Tajuu, Kage Bushin no Jutsu!

O braço musculoso da besta desceu sobre os heróis, mas eles desviaram no momento certo, de modo que o impacto atingiu apenas o solo, causando um forte tremor de terra que criou rachaduras nas paredes do CED. Quando a criatura retirou sua mão do solo, Letícia e suas múltiplas guerreiras em Modo Sennin se mobilizaram para atacá-lo.

— Kakashi, continue tentando libertar o Killer Bee, nós vamos tentar segurar o Shukaku por um tempo.

Alex assentiu e moldou os selos do Chidori, subindo novamente na parede onde o colega estava preso.

“Se métodos comuns não abrem esse casulo, então hora de usar algo diferente.” 

As fagulhas azuis do chidori dançaram nas mãos do ninja e ele se preparou para abrir o casulo, com o máximo de cautela possível para não machucar seu amigo e nem machucar ainda mais o próprio ombro, ainda dolorido.

— Você não precisa fazer isso, Kakashi — disse uma voz de dentro do casulo, aparentemente séria. — Nós damos conta.

Alex se surpreendeu quando ouviu a voz de Rafael e viu que o casulo começava a se desmanchar, com algo líquido e brilhante de cor alaranjada rompendo a areia que o envolvia. Enquanto isso, Letícia e suas companheiras se espalharam ao redor da criatura e se dividiram em duplas para criar seus ataques.

— Ataquem ele por todos os lados — gritou a original, sua preocupação maior focada nas pessoas inconscientes que estavam enfeitiçadas.

A fera tentou atacar as garotas ao redor, jogando seus braços contra elas; muitas foram atingidas e transformadas em fumaça, mas aqueles ataques não eram suficientes para parar o que esperava o bijuu.

— Chou, Oodama... Rasentarengan! — Por todos os lados, múltiplas esferas enormes se chocaram contra o corpo do bijuu, mirando preferencialmente nos braços e na cauda da criatura, de modo a imobilizá-la tempo o suficiente para Alex completar sua missão.

Shukaku gritou quando a dor se espalhou por seu corpo enquanto as esferas brilhantes queimavam a sua pele. Furiosa, a criatura expandiu seus músculos e usou toda a sua força para afastar as atacantes, lançando seus braços e sua cauda contra elas. As garotas gritaram, com os impactos dos ataques furiosos da besta, que espalhava vento e destruição por todo canto, desmanchando os enormes rasengans e destruindo os clones.

A cosplayer genderbend original de Naruto sentiu quando, segundos após a sua queda, uma mão enorme envolveu o seu corpo. Quando ela abriu os olhos, se aterrorizou ao ver que Shukaku a tinha presa em sua mão.

 — Você foi muito atrevida, garotinha. — Shukaku abriu a boca e começou a mover sua mão, enquanto Letícia gritava e tentava se libertar. — Agora ore-sama vai devorar você, mesmo sem sakê como acompanhamento.

Letícia gritou e começou a se debater para tentar se libertar da criatura, mas nem mesmo o seu Modo Sennin lhe dava força suficiente para se soltar da criatura. Tudo parecia perdido enquanto a garota encarava a sua provável morte; quando, de repente, alguém surgiu e exclamou:

— Você não vai devorar essa loirinha bonita, yeah!

Killer Bee surgiu  no ar envolto pelo manto liquido de energia do Hachibi, seu bijuu, e golpeou o queixo de Shukaku com a espada Samehada, arrancando areia e deformando a face da criatura ao absorver o chakra que dava forma ao rosto da besta. O demônio de areia caiu sentado, seu rabo se chocando contra os veículos e casas atrás, e Rafael aproveitou o momento para libertar a garota, desferindo um único golpe com a Samehada contra o pulso da criatura, que se desmanchou em areia e deu a Letícia a possibilidade de saltar e aterrissar em segurança no chão.

— Que bom que você está bem, Killer Bee — disse Letícia, sorrindo enquanto seu salvador aterrissava ao seu lado e lhe dava um “ok” com o polegar do punho direito levantado.

— Eu tive uma ajudinha especial, yeah!

§§§

Trancado dentro do casulo de areia, Rafael começou a entrar em pânico quando se viu dentro daquela escuridão com muito pouco ar para respirar. Por vários minutos, ele tentou mover seus braços ou chamar por ajuda, mas nenhuma das duas coisas adiantava e, para seu desespero maior, a cada segundo que se passava, se tornava ainda mais difícil de respirar ali dentro.

O tempo continuou passando e ele começava a ser sufocado pela falta de ar e pelo calor. Estava tão mal que nem percebeu quando Alex tentou libertá-lo sem sucesso pela primeira vez. A consciência do cosplayer começou a se apagar, aquele parecia o fim; ele queria poder ao menos meditar em sua vida, nas coisas que fez e que sonhava em fazer um dia, mas a realidade da “quase morte” não era como nos animes ou filmes, ele não conseguia ter concentração nem mesmo para pensar nestas coisas. Era o fim!

“Bee, ei, Bee!” Rafael escutou uma voz masculina o chamando, uma voz familiar. Ele pensou que estivesse delirando e não respondeu nada. “Bee, acorde! Vai deixar mesmo tudo acabar desse jeito? Você se esqueceu de mim?”

Rafael acordou ao se lembrar de quem era aquela voz, e quando abriu seus olhos, percebeu que agora estava parado num espaço vazio meio escurecido, sem areia o prendendo. Uma gigantesca criatura parecida com uma lula com quatro longos chifres (um deles cortado) em sua cabeça estava parada em sua frente; a criatura tinha dentes retos e os braços curvados para trás, semelhante a um bisão americano, com saliências pontiagudas nos cotovelos e olhos sem pupila e sem íris que o observavam pacientemente. Rafael gargalhou, emocionado por ter a chance única de se encontrar pessoalmente com o Hachibi. O parceiro bijuu, por outro lado, não entendeu o motivo da gargalhada e bateu sua mão direita com polegares opostos, como os de um ser humano, no chão úmido daquele local, de modo a chamar a atenção de Bee.

— Por que você está rindo, seu idiota?! Não percebe a situação crítica em que se encontra lá fora.

Repreendido pelo bijuu irritado, Rafael parou de gargalhar e respondeu sorrindo levemente:

— Desculpa, cara, é que é muito emocionante poder te ver pessoalmente; é um sonho realizado.

— Do que está falando, palerma? Eu sempre estive dentro de você. Você fala como se nunca tivesse me visto ou falado comigo antes na vida... Bom, não importa! Bee, você precisa usar meu chakra para sair desse casulo de areia, ou vai morrer sufocado dentro de alguns instantes.

— Mas, como eu faço isso? Não sei como invocar o seu poder.

— Hum, que estranho... Bem, não se preocupe, eu vou ajudá-lo com isso. — O Hachibi se locomoveu para ficar mais perto de seu parceiro, fazendo seus oito tentáculos, que lembravam os braços cefalópodes de um polvo, se agitar, então ele ergueu o punho fechado para Rafael, apontando o que devia fazer. — Bata aqui, como nos velhos tempos. — Rafael sorriu e se aproximou com o seu punho fechado, tocando o do seu parceiro, sentindo-se todo orgulhoso e especial.

Rafael despertou dentro do casulo de areia, com o chakra alaranjado do Hachibi iluminando o interior e se expandindo, quando ele percebeu a presença de Kakashi do lado de fora com algo luminoso irradiando perto da areia — provavelmente o chidori.

— Você não precisa fazer isso, Kakashi. Nós damos conta. — Alex se afastou quando Killer Bee irrompeu para fora do casulo, respirando profundamente.

— Puxa, ainda bem que você conseguiu sair sozinho, cara — disse Kakashi, vendo o amigo envolto pelo chakra liquido do Hachibi, com três caudas projetadas atrás dele.

De repente, Letícia gritou e os dois ninjas viram que ela tinha sido capturada pelo demônio Shukaku. Sem perda de tempo, Killer Bee pegou sua espada Samehada do chão e, com um único salto, atacou a criatura.

§§§

Após o ataque que aparentemente havia derrotado Shukaku, metade do corpo de Gaara emergiu da barriga da criatura e olhou para os três ninjas.

— Vocês acharam que haviam nos derrotado facilmente, não é? — Os olhos da cosplayer estavam completamente em branco e baba escorria de sua boca diabolicamente aberta num sorriso insano. — Mas se enganam! Estamos apenas começando! — Clarice gargalhou alto, a voz alterada e a personalidade de Gaara a possuindo cada vez mais, como um demônio de um filme de terror tomando o corpo de uma pessoa inocente.

Subitamente, uma grande quantidade de areia saiu, como um jato, da boca de Gaara, movendo-se em direção ao braço e a cabeça dilacerada pelos ataques da Samehada de Killer Bee; e não só isso, a areia também começava a envolver todo o resto do corpo da besta, aumento o seu tamanho e o seu poder.

Gaara retornou para o interior da criatura, que se levantou do chão, rugindo enfurecidamente — sua cauda e braços se agitando e destruindo tudo ao redor.

— Que droga! — praguejou Kakashi, preocupado e enfurecido. — As pessoas hipnotizadas vão morrer se aquela porra continuar se debatendo desse jeito.

— Não se preocupe, eu tomei minhas providencias — revelou Letícia, seu Modo Sennin aparentemente desativado. — Algumas cópias minhas se espalharam ao redor secretamente e tiraram todas as pessoas hipnotizadas da rua e daqui de perto do CED e levaram elas pra longe. Parece que...

Antes de Letícia terminar sua última frase, Killer Bee saltou com sua espada em direção a Shukaku, liberando mais chakra em seu corpo e transformando-o numa película mais grossa de um tom vermelho rubro bem forte, projetando chifres de chakra em sua cabeça e aumentando, de três para cinco, o número de caudas atrás de si.

— Hachi-san, vamos mostrar pra esse Shukaku doido o lugar dele — disse Rafael, avançando com a Samehada e abrindo um corte enorme no meio da criatura, espalhando areia pelos arredores enquanto a Samehada se deliciava com o chakra que devorava. — Yeah! Mais uma vez! — Killer Bee se equilibrou no ombro de Shukaku e saltou contra o rosto da criatura para uma nova investida; no entanto, Shukaku abriu sua boca feroz e disparou uma bomba de vento que arremessou o jinchuuriki contra a parede do Centro de Educação à Distância.

— Rafael, você tá bem? — perguntou Alex, correndo na direção do amigo.

— Não se preocupem comigo — respondeu o ninja, saindo da fenda na parede enquanto liberava mais chakra, fazendo uma nova cauda surgir e uma fileira de ossos com o formato do Hachibi se modelar ao redor de seu corpo. — Deviam se preocupar em me ajudar a vencer esse bicho, porque o bagulho tá difícil.

Killer Bee avançou novamente e Kakashi correu logo atrás com um chidori empunhado na mão e seu sharingan tentando descobrir novos pontos fracos. Logo atrás, Letícia reunia energia da natureza para entrar no Modo Sennin enquanto tentava, sem sucesso, convocar a Kyuubi.

O jinchuuriki disparou pequenas esferas de chakra contra Shukaku, a fim de atordoá-lo para poder lançar sua nova investida com a Samehada, mas Shukaku não se intimidou com os impactos explosivos, capturando o inimigo bem no momento em que ele tentou sua nova investida. Inesperadamente, Kakashi se viu pressionado a fazer algo a respeito quando Killer Bee foi capturado, então atacou o braço da fera com seu chidori, mas acabou sendo capturado também pela criatura.

“Hachi-san, precisamos assumir a forma bijuu completamente; não temos poder suficiente pra atacar essa coisa só com esse poder,” Killer Bee falou telepaticamente para seu companheiro enquanto sentia a pressão do punho da criatura espremendo-o cada vez mais.

“Desculpe, Bee, estou tentando, mas parece que seu corpo não está pronto o suficiente para suportar a forma bijuu completa,” respondeu o Hachibi, preocupado com a situação em que seu companheiro se encontrava.

Capturados e espremidos por Shukaku, a única esperança dos garotos estava agora depositada em Letícia, que mais uma vez ativara o poder do Modo Sennin. A garota fez os selos para preparar o kage bushin, mas o inimigo pressentiu a intenção da inimiga e escancarou sua bocarra, disparando um poderoso jato de ar quente que explodiu contra ela e a deixou desacordada no chão.

— Ore-sama, mais uma caiu — gargalhou a fera, desviando seu olhar para os dois cosplayers capturados em suas mãos e espremendo-os mais ainda com o dobro de força que usava antes. — Agora vou cuidar desses dois, inclusive desse Hachibi traidor que se aliou a um humano.

Subitamente, um feixe de luz dourada surgiu no campo de visão da criatura pela direita e explodiu em sua face, estraçalhando completamente seu crânio. O corpo de Shukaku desabou sentado mais uma vez, sustentado pelo apoio da cauda grossa e comprida, e suas mãos se abriram de uma vez, liberando os dois cosplayers aprisionados, que foram segurados no meio do ar antes de caírem no chão, quase inconscientes.

— Vocês precisam de uma mãozinha? — perguntou Goku, sorridente.

O amigo cosplayer, transformado em Super Saiyajin 2, aterrissou próximo de Letícia e colocou os amigos sentados no chão para poder conferir a situação dela.

— Valeu pela ajuda, chapa — agradeceu Rafael, ainda tonto, o chakra se desfazendo ao redor de seu corpo, revelando novamente sua forma humana.

Kakashi se levantou e se aproximou de Letícia para conferir como ela estava, então pôde dar uma boa olhada em Goku e ver que a situação dele estava péssima: seu corpo tinha muitos machucados, a roupa exibia vários rasgões e queimaduras leves e médias e o sapato do pé esquerdo havia desaparecido.

— Acho que ela vai ficar bem, só está desacordada — comentou Goku, desviando seu olhar para ver a areia serpenteando ao redor da cabeça de Shukaku, regenerando o membro perdido. — Como está a situação da luta de vocês aqui?

— Difícil! — respondeu Alex, cansado e zonzo. — Toda vez que atacamos o Shukaku, ele cura os ferimentos e ainda acaba ficando mais forte e esperto. Onde estão o Kevin e a irmã dele?

— Foi complicado derrotar aqueles dois, principalmente a pequena, mas eu venci. Eu deixei eles dormindo num local ali perto do Rainha... E lá dentro — Goku olhou de relance para o CED. —, os outros ainda não derrotaram o bruxinho pirado?

Alex voltou sua atenção para a abertura que dava acesso ao hall e depois olhou para o amigo, negando com a cabeça.

— Não sei. Desde que saímos, tudo lá dentro parece ter ficado meio quieto.

Shukaku regenerou completamente sua cabeça e rugiu para os adversários.

— Então, qual o plano? — perguntou Rafael, se aproximando dos dois.

— Primeiro vamos dar um jeito de afastar o Shukaku daqui — disse Goku, sua aura dourada começando a se esfumaçar e espalhar-se pelo seu corpo. — Depois vamos tentar descobrir um modo de tirar a cosplayer que tá dentro do corpo dele, ela é a chave pra derrotar o Shukaku.

Os dois amigos assentiram e avançaram contra a criatura, deixando a companheira Letícia para trás, ainda desacordada.

Goku voou e disparou diversos projeteis de energia por cima, Killer Bee liberou novamente as seis caudas do Hachibi e lançou projeteis de chakra enquanto corria de quatro como um touro e Kakashi usou seus selos de mão e disparou uma grande rajada de fogo contra a face da criatura... Por mais que estivessem cansados, os cosplayers estavam determinados a vencer aquele desafio e impedir que tragédias acontecessem ali, então atacaram com todas as suas forças na última e desesperada investida que definiria tudo.

§§§

Enquanto isso, dentro do CED, mais precisamente dentro de uma dimensão totalmente diferente, a batalha contra Luiz continuava, sem muitos resultados positivos para o Time Ren.

Renny estava caído no chão, dentro de um escudo protetor enquanto Ursula chorava e tentava usar sua magia de cura para salvá-lo da fatalidade eminente que ocorrera minutos atrás quando ele empurrou Pedro Lyn e recebeu o ataque no lugar dele. Pedro, por outro lado, lutava junto dos demais para vencer o inimigo, custe o que custar, nem que isso dependesse de sua vida, pois ele se sentia culpado pelo desfecho trágico do amigo e acreditava que deveria, se necessário, pagar com a própria vida para reparar seus erros.

Luiz lançou uma bomba de fogo negro contra os guerreiros, mas Daniel invocou um espírito de uma raposa sagrada de pelo branco que projetou um escudo de gelo, protegendo a todos. Karen e Felipe atacaram novamente com o bastão e a espada, tentando acertar o inimigo; porém o dominador das trevas criava barreiras para se proteger e depois projetava chicotes de sombras para contra atacá-los. Benny lançava bolas de fogo para evitar que o inimigo conseguisse ter sucesso em seus ataques e Pedro aproveitava as aberturas na defesa do inimigo para tentar atingi-lo com suas flechas mortíferas, mas Luiz estava atento a presença do garoto e conseguia escapar dos ataques.

— Irônico como as coisas acontecem, não é? — comentou Luiz, sarcástico; o tom de sua voz normalizando um pouco enquanto ele chicoteava os adversários e os fazia recuar. — Eu planejava deixar o amigo de vocês por último, pois eu queria torturá-lo lentamente para fazê-lo pagar por ter sido parte daquela revolta no FAMS que aniquilou todos os meus planos; mas, ali está ele: caído no chão... morto!

— O Ren não morreu, seu ordinário! — gritou Karen, atacando-o novamente.

— A Ursula vai salvar ele — disse Benny, jogando uma grande bola de fogo contra o escudo no momento em que Karen se afastou para evitar o chicote de trevas.

— Ela é muito boa com magias de cura, é a especialidade dela! O Ren vai ficar bem! — Felipe atacou quando as chamas da amiga se dissiparam e mostraram uma rachadura no escudo.

Luiz recuou, levitando e pousando em uma grande estátua de um dragão.

— Salvar? Eu acho improvável. — Luiz gargalhou, uma pequena dor de cabeça o afetando lentamente. — Ele foi pego por um dos meus feitiços sombrios mais terríveis, não há magia neste mundo que o cure. Ele já está morto! Admitam! — A voz do vilão se alterou mais ainda, adquirindo um tom demoníaco e os objetos mágicos que ele utilizava, como os anéis, o colar, o bracelete e a pulseira, desintegraram-se quando suas trevas cresceram em ondas esfumaçantes e a dor de cabeça insuportável o fez gritar. — Droga! O que está acontecendo comigo! Eu... eu...

Pedro e Benny dispararam ataques de flechas e bolas de fogo contra o inimigo, mas as técnicas se dissolviam completamente na névoa negra que ocultou todo o corpo do vilão.

— Gente, reagrupem — pediu Daniel, assustado. — Não vem coisa boa pela frente.

As trevas se desmancharam e revelaram um Luiz completamente diferente de antes, tanto em personalidade, quanto em aparência: sua pele estava pálida, num tom quase acinzentado, como a de Renny sobre o efeito da maldição; três chifres vermelhos enfeitavam a cabeça do vilão — dois grandes nas laterais e um pequeno no meio de sua testa —; suas orelhas estavam pontudas e asas de penas negras haviam se projetado em suas costas. Luiz abriu sua boca num largo sorriso que revelou longos caninos brancos e começou a se analisar por alguns instantes.

— Meu corpo... — A voz do vilão saía como um eco assustador e diabólico, completamente inumana. — Meu corpo... meu poder... eu não sei o que aconteceu comigo, mas isso é... maravilhoso!

O Time Ren observou com espanto o poder do inimigo e começou a perder as esperanças.

— Meus queridos adversários — anunciou Luiz, sua expressão fechada, agora sem exalar nenhuma emoção. — Está na hora de encerrarmos essa brincadeira entediante, não acham?

O inimigo se fortaleceu inesperadamente...

      O fim da batalha se aproxima!


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Notas finais do capítulo

Gente, o último capítulo será postado no domingo (28/02) da semana que vem e o epílogo, provavelmente na terça (01/03).



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