POV Bella

“ – Então, como estão as coisas ?

–Haa, está tudo bem , tudo tem ficado cada vez melhor

–Haa querida, espere pra ver, quando voce melhorar vai poder voltar pra Jacksonville, compramos uma casa maravilhosa

–Mãe, eu ainda quero ficar Mystic Falls

–O que ?

–To ficando animada com a cidade...

–E tem algum rapaz metido nisso ?

–É...

–E esse rapaz de chama Damon Salvatore ?

–Talvez... “

Falei com a minha mãe por mais alguns minutos e depois liguei pra Charlie, sua voz era cansada, a tosse do outro lado da linha entregava a sua condição, ele estava doente, e era culpa minha, doente por sua noites mal dormidas, por não ter comido direito nos últimos meses, minha consciência pesava, gerando uma culpa sem tamanho no meu peito.

Tudo estava voltando pro seu devido lugar, depois do concurso, eu voltei pra escola e tudo estava entrando nos eixos, eu ainda estava me acostumando com a animação da cidade.

Hoje teria mais uma festa, só que seria pros estudantes, o Baile dos anos 60. Eu nunca gostei de festas, mas essa não me parecia ruim, afinal estaria com os meus amigos, e me faria esquecer um pouco a culpa que eu sentia pelo meu pai estar doente, e eu aqui, de mãos atadas, sem poder fazer nada.

Stefan, Bonnie e eu estávamos na aula de história, Alaric ainda não havia entrado na sala, então, mostrei a Stefan que se sentava na carteira ao lado, um folheto do baile, o mesmo não gostou muito da Ideia, fez uma careta, eu em resposta revirei os olhos olhando pra Bonnie que se sentava a minha direita, ela, diferente de Stefan, se juntou a mim, animada com a ocasião.

(...)

– Nossa, sua família guardava tudo mesmo – disse meio admirada com todas as coisas que haviam naquelas caixas, Stefan teve vários parentes pelo visto, e os pertences deles eram como relíquias, e estão estranhamente bem conservados, aparentemente, todos eram acumuladores – Então o que você acha ? Twiggy ou Hippie Sexy ? – disse tentando parecer animada, Stefan que arrumava a gravata desajeitadamente na frente do espelho me olhou com uma cara de duvida, mas ele sabia que eu tinha desanimado com a festa.

–Sabe que não é tarde demais pra desistir não é ? – ele disse vendo o meu desanimo

–Nem pensar – disse vendo as outras coisas que estavam na caixa – E perder toda a diversão ?

–Ei... – Stefan veio até colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha

–A gente passou tanto tempo pensando no meu bem estar... Preocupados com a fato de mim melhorar, e agora... O pai está doente, por minha culpa... Meses de noites mal dormidas, sem comer direito, ele sempre tenso com o trabalho e preocupado comigo... E eu não posso fazer absolutamente nada...

–Acho que ambos sabemos que a culpa não é sua, nós sabemos de quem é a culpa Bella – disse ele calmamente acariciando meu rosto

–Mas não muda os fatos... Queria poder fazer alguma coisa

–E você pode... Olha, seu pai vai ficar bem, e se voce seguir em frente totalmente e continuar bem como está agora, tudo isso vai ter valido apena – lhe dei um sorriso fraco – Hoje à noite, nós vamos nos divertir e não se preocupar com nada, tudo bem ? Pode fazer isso por mim ? – acenei com a cabeça positivamente e ele me deu um beijo na testa, quando abri meus olhos, nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir a sua respiração, seus olhos verdes olhavam fixamente para os meus, eu não pensei naquele momento, somente fechei meus olhos esperando o inevitável acontecer :

–Bonnie chegou... – tomei um susto e olhei pra porta, minhas bochechas queimaram assim que eu vi que Damon se encontrava lá – Desculpe interromper, mas estamos atrasados – disse ele deixando a porta com um sorriso sem humor no canto dos lábios.

Respirei fundo e fui pro banheiro trocar de roupa, coloquei a de "Hippie " era a minha melhor opção, mas não saia da minha cabeça, afinal, que diabos eu estava fazendo ?

(...)

–Meu Deus, voces estão querendo me matar – disse quando chegamos na festa, a som tocava alto com a musica de época, e os estudantes dançavam animadamente, alguns conversavam e rodas de amigos, e eu me arrependi amargamente por ter dado a ideia de vir, apesar de saber que mesmo que eu não tivesse dado a ideia, Caroline nos arrastaria pra cá de qualquer jeito

–Se voce sobreviveu a aquele salto alto no concurso, consegue sobreviver a isso – disse Damon agora com um humor mais leve, sabia que ele tinha ficado irritado com a cena que viu, só não entendia o por que.

Adentramos mais a festa e Damon tinha ido falar com o Alaric, enquanto eu dançava animadamente com o Stefan

–Olha, a Caroline chegou – disse olhando pra porta e vendo Caroline adentrar a festa junto com Matt

–Eu vou falar com ela – Stefan disse e eu dei de ombros, então, ele me girou,e de repente, meu braço foi puxado, fazendo meu corpo se chocar com o corpo de Damon, que agora, dançava comigo

–Como voce está ?

–É... Preocupada, e voce ?

–Frio como gelo – disse em seu habitual humor negro – Eu lembro do ultimo baile desses, todos desanimados e no final da noite apareceu uma garota bebada gritando “ Aii meu Deus, tem um lobo na floresta “ – disse ele imitando o desespero dessa tal garota – Foi o ponto alto da festa... Anda se anima, até que aqui não está tão chato quanto eu pensei que fosse estar

–Como você consegue ? Estar sempre com senso de humor, parece que nada te afeta...

–Haa, a vida já é uma droga, estar em uma festa de colegial é pior ainda, então pra que ficar lamentando, só iria piorar a situação

–Você tem razão... - suspirei vencida

–É, eu sempre tenho – disse ele com um sorriso convencido nos lábios – Sua negatividade tá acabando com o clima

–Minha negatividade ou a minha total falta de noção ? – disse com uma das minhas sobrancelhas arqueadas

–Os dois – disse ele me girando novamente fazendo meu corpo se chocar contra o dele fazendo nosso rostos se aproximarem

–Voce é bom nisso – disse sorrindo e novamente ele me girou

–Sei de uns passos que voce nunca viu – ele sorriu segurando minhas mãos firmemente, ele me olhou fixamente com aquele belo par de olhos azuis, e aproximou seu rosto do meu, então, ele selou meus lábios calmamente e carinhosamente, sua língua passou sobre meu lábio inferior pedindo passagem, eu logo concedi, nossas línguas travavam uma batalha sem vencedor, e ele explorava cada canto da minha boca.

Quando o ar fez falta, nos separamos e olhamos um pro outro

–Acho que um de nos devia dizer alguma coisa – eu disse sorrindo

–Acho que não precisamos dizer nada – disse ele correspondendo ao meu sorriso com outro beijo