Stars And Butterflies escrita por Lieh


Capítulo 8
Capítulo VII


Notas iniciais do capítulo

Hii queridos leitores!
Peço desculpas pela demora de postar novamente, estava muito atarefada com a escola (aff!)



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Deitada, Bella meditava em seu coração.

A carta destinada a Edward havia sido despachada há quase uma hora, logo após a saída da Sra. McCarty.

O estado emocional da jovem se encontrava lamentável, e isso ficou evidente em sua epístola para o noivo, mas não mencionou a visita da irmã do jovem Cullen; essencialmente pediu uma explicação ou algum conforto para sua angústia, que já estava insuportável.

Era incrível como que em tão pouco tempo sua vida tinha mudado de rumo. Seu coração a acusava de incessantes erros, pequenos, porém fatais.

Por que noivou às escondidas? Isso nem ela mesma conseguia entender. E mais: porque entregou o seu coração a um rapaz que mal conhecia, uma atitude mal pensada e sem escrúpulos, movida a uma paixão cegueira?

Todos esses questionamentos agoniavam Bella; receios, conseqüências, reações... Tudo o que ela não pensou quando selou seu compromisso com Edward, veio-lhe à tona como uma tempestade que chega sem avisar.

Não desceu para jantar naquele dia, dando uma desculpa de dor de cabeça e indisposição, que o Sr. Charlie acreditou sem fazer questionamentos.

Estava se preparando para dormir quando a Sra. Dolores adentrou o quarto:

- Desculpe entrar assim sem avisar, querida. Porém estou muito preocupada com a senhorita. O que aquela senhora queria?

Bella suspirou. Não poderia contar a “conversa” que teve com a Sra. McCarty, pois isso a levaria a contar sobre o seu noivado com Edward, apesar de estar louca para desabafar com alguém.

- Ainda não, Dolores. É melhor você nem saber nada por enquanto...

- A mim a senhorita não engana, menina Bella – retorquiu a velha senhora – Esse mal estar e indisposição só veio quando aquela senhora foi embora. O Sr. Swan não percebe, porém eu venho notando que a senhorita vem fazendo coisas às escondidas. Eu entendo se não quiser me contar nada, contudo só peço que antes que a senhorita tome uma decisão importante, avise-me. Promete?

-Sim minha cara Dolores. Eu prometo que a senhora será a primeira a saber – prometeu Bella, carinhosamente.

Era estranho, pois esse tipo de atitude era típico da Sra. Swan, então a fácil aceitação de Bella com a promessa foi devido a esse fato.

Contudo, sabia que não estava sendo justa com aquela bondosa senhora. Nem com o seu honrado pai.

 

O vulto elegante se estreitava no parapeito da enorme janela, levantando suavemente as cortinas.

Sob a luxuosa escrivaninha havia uma pilha de papéis de cartas, com alguns rabiscados ou amassados; outros formavam uma pilha de lixo ao lado da cadeira, enquanto alguns estavam espalhados na mesa, lado a lado, com o mesmo conteúdo, escrito em várias formas. E bem num canto afastado de toda essa bagunça, estava a carta de Bella, já gasta de tantas vezes lida.

Edward saboreava a gelada brisa invernal tentando pensar em nada. Era tudo em vão. Sua vida chegou a certo ponto que precisaria tomar suas próprias decisões, sem qualquer influência. No entanto, na condição que se encontrava suas decisões, ou boa parte delas, eram contra a sua vontade.

Estava preso em uma encruzadilha, a qual ainda não encontrou a saída.

A porta rangeu, revelando suaves passos até onde ele se encontrava.

Alice. O que seria dele sem sua confidente irmã? Aquela, a quem ele sempre ouviu, seguiu seus conselhos e protegeu? Mas em seu estado, nem ela poderia ajudá-lo. Era uma decisão exclusivamente dele, uma atitude que deverá partir dele. Teria que aprender a impor suas opiniões, tomar suas decisões, sem influências. No entanto, quem disse que seria fácil?

- Edward, você não está sendo justo. Bella precisa saber o que está acontecendo.

- Não posso – respondeu ele- Não consigo dizer a ela o que sinto Alice. Só sinto medo e desespero... – Ele suspirou, escondendo a cabeça nas mãos, enquanto Alice o abraçava suavemente, amparando-o. Sentindo medo com ele.

 

Como haviam prometido desde sua chegada, os King’s organizaram o tão aguardado jantar. Bella já estava farta de bailes e danças, e até a tarde que antecedia o baile estava resolvida a não ir, contudo acabou por recordar-se que seria uma oportunidade de conversar com Edward, pois o rapaz não havia respondido a carta e não a visitou nas últimas semanas, o que deixou Bella frustrada.

Na noite do baile, não era nenhuma novidade. A casa era da mesma proporção da dos Cullen’s, tirando a observação de ser claustrofóbica, pelo menos Bella se sentia assim. Como sempre, o Sr. Charlie já havia sumido, o que a filha já se acostumara.

Mesmas pessoas, mesmo repertório de canções. Nada novo. Só estranhou que ainda não tivesse visto nenhuma Stanley, com sua avó Swan e nenhum Cullen.

Estava num canto mais distante do centro da festa, quando avistou, vindo em sua direção, um dos anfitriões: Royce King.

Teria dado tempo de Bella escapar de uma companhia indesejada, se tivesse sido mais rápida, e ter não ter visto Edward chegando, olhando para ela estranhamente.

Já próximos um do outro, os jovens se cumprimentaram, com Bella sentindo-se completamente deslocada em sem ação.

- Srta. Swan – começou o Sr. King – Está sem par?

- Bom... Teoricamente sim, mas não sou chegada à dança, então não faz muita falta.

- Ora, é a primeira moça que eu ouço dizer isso. Já ouvi algumas línguas dizerem que a senhorita dança muito bem. Gostaria de ter essa honra.

Bella sabia que foi colocada numa situação embaraçosa, não tendo alternativa se não dançar com o Sr. King, contra a sua vontade.

A jovem tinha que admitir que o Sr. King era um bom dançarino, e até que se divertiu um pouco; o rapaz aparentava ser muito divertido e conversador.

Já estavam na segunda dança, quando Bella encontrou os olhos de Edward. Aquele olhar fez a jovem recuar: era de completa hostilidade, com um quê de tristeza, e ele não olhava só para ela, mas também para o Sr. Royce. Seria ciúmes? Bella não soube o que tirar daquilo. Só o que sentiu foi uma asfixia, mais uma vontade louca de conversar com Edward e sair dali. Ela queria estar dançando e rindo com ele, e não com outro rapaz. Mas não entendia a atitude dele nos últimos dias, e isso estava magoando-a profundamente, com tanta infantilidade, até por parte dela.

- Com licença, Sr. King, preciso sair daqui... – A jovem nem se quer esperou a resposta do rapaz, e saiu, sem olhar para traz.

Foi distraída, já perto da porta que dava para o jardim, com a conversa animada entre o Sr. Jasper e a Srta. Alice. Bella sorriu para eles, e a jovem Cullen notou o olhar da amiga, sorrindo de volta. Era de grande conforto para Bella que a sua querida Alice estava feliz. Automaticamente, ela se lembrou da sua prima, a Srta. Lauren que esta estava envolvida com o Sr. Jasper, de acordo com a Srta. Jéssica. Bella esperava que tudo tivesse morrido no Tenessee.

A noite estava iluminada com poucas estrelas, escondida por uma linda lua cheia. O jardim contava com alguns convidados rindo nos pontos iluminados da casa que chegava as alamedas rodeadas por orquídeas. Aquele foi um dos piores bailes que Bella participou na vida, não fazia idéia do que estava fazendo ali, só queria fugir...

De uma das entradas da enorme casa, iluminados por uma fraca luz, saíram um casal, que conversavam seriamente. Em poucos segundos, depois de se aproximar, pois estava no parapeito do pequeno alpendre, Bella distinguiu a moça sendo sua prima, Srta. Jéssica. Ela conversava e se agitava com o cavaleiro em sua frente, ao qual permanecia imóvel como que assistindo uma apresentação humorística, sem rir.

Do nada, inesperadamente, o casal se abraçou, com a jovem Stanley sendo a mais afoita. Bella não conseguiu ver quem era o rapaz, pois a iluminária da casa não mostrava o rosto, só o de sua prima.

- O que faz aqui sozinha? Procurei-a por toda parte!

Bella deu um pulo com aquela voz. Virando-se deu de cara com o Sr. Royce, que a olhava com censura. Olhou de volta para o jardim, e sua prima e o cavalheiro desconhecido havia sumido.

- Desculpe Sr. King, eu precisava de ar fresco...

-Ora, compreendo, porém fiquei preocupado... – Ele parou, olhando a distância, e depois para Bella, com algum tipo de resolução. O que quer que seja fez a moça tremer. Depois de alguns segundos ele recomeçou:

-Srta. Swan vai parecer uma atitude precipitada de minha parte ou até sem juízo, mas eu ficaria muito honrado em receber a mão da senhorita.

Bella ficou estática. Parecia que o chão estava sendo engolido pela terra, que o mundo estava saindo dos eixos. Não queria acreditar no que acabou de ouvir e na situação que se encontrava. O Sr. King fazendo-lhe um pedido de casamento?! Era inacreditável. Sem hesitar, respondeu:

- Perdoe-me, Sr. King, mas a mim é surreal o que escutei, além de ser tremendamente impossível aceitar a proposta. Sinto muito.

- A senhorita está mesmo negando-me?

-Pense como quiser, mas não volto atrás. E se o senhor me der licença, preciso ir embora.

Mais uma vez, sem olhar para o cavalheiro e nem esperar sua resposta, Bella saiu, com os pensamentos desordenados, sem perceber um jovem cavalheiro à espreita.

 


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