Hawking and The Doctor escrita por sweetie


Capítulo 1
Hawking and The Doctor - Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Minha tentativa de escrever um encontro desses dois. Espero que gostem!



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– Para onde nós vamos? – Doctor perguntou, enquanto enxugava os cabelos. – Eu já levei vocês na maior biblioteca do mundo? Não, não, foi a Donna. River estava lá também... – ele balançou a cabeça, tentando afastar as lembranças ruins, e começou a mexer nos botões da TARDIS. – Vamos para Roma! Sim! Se bem que não deve ser um lugar com boas recordações para você, Rory the Roman? Vamos lá, Ponds! Vocês sabem que não gosto de ficar falando sem receber respos-

Ele parou no meio da frase para olhar em volta e encontrar a TARDIS vazia. Não era possível que estava esquecendo-se das coisas tão rápido assim. Só podia ser sinal dos mais de novecentos anos fazendo efeito.

Amy e Rory resolveram tirar férias das viagens pelo espaço-tempo, se é que isso era algo do qual você desistiria. Ok, ele estava sendo dramático. Os dois só foram ficar um tempo com a família, fazendo coisas chatas e normais de humanos. Ele teria que ficar sozinho durante essas semanas.

Mas nada melhor do que se distrair da solidão viajando! Roma ainda era um lugar incrível, e ele poderia visitar novamente, conhecer pessoas novas e rever velhos amigos. Se bem que dependendo da época, não seria nada legal. Ele meio que tinha, acidentalmente, inspirado Nero a colocar fogo na cidade.

Segundos depois de puxar a alavanca da TARDIS, tudo começou a tremer e ele sentiu como se uma força maior tivesse puxando a sua caixinha, para outra direção do vórtice temporal. Olhou na tela do painel, e não viu nada. Se não fosse uma força invisível, a única explicação era que a TARDIS tivesse se recusando a ir para Roma, ou quisesse mandá-lo para outro lugar.

Então ela simplesmente parou. – Estranho. É quase como se ela tivesse aterrissado.

Ele saiu para ver onde estava e era uma universidade. Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O que de tão importante poderia estar acontecendo ali? Resolveu entrar e falar com as pessoas.

– Olá! – ele disse para a primeira pessoa que viu na recepção. Era uma mulher loira de aproximadamente uns 30 anos. – Sou o Doctor. Posso lhe fazer algumas perguntas?

– Doctor?

– Doctor John Smith.

Ela abriu um sorriso aliviado, como se o conhecesse. – Não me falaram que você já tinha um doutorado. Por favor, venha. Estive esperando por você o tinha inteiro!

– Esteve me esperando?

Ela o segurou pelo braço, e foi o arrastando, sem lhe dar tempo para protestar. – Sim, sim. Stephen estava preocupado em ter que dar conta das despesas do quarto sozinho.

– Stephen?

– Seu colega de quarto.

Ele a encarou ainda mais confuso. – Meu colega de quarto?

– Sim, pare de repetir o que eu acabei de dizer. – ela o repreendeu, sacudindo a cabeça como se ele fosse louco por estar fazendo tais perguntas. – Você sabe como ter um dormitório, que não seja compartilhado, sai muito caro. Nem todos podem pagar.

Ela continuou tagarelando, até que ele a interrompeu para perguntar se tinha acontecido algo estranho por ali ultimamente. Para a sua decepção, tudo parecia normal. Não era possível, a TARDIS devia estar fugindo de Roma então. Precisava se livrar dela e desse Stephen para ir ver o que era.

A moça parou em frente ao quarto, empurrando-o lá pra dentro. Era pequeno, mas aconchegante, com um beliche em uma das paredes e uma mesinha no canto. Debruçado sobre a mesma, estudando, estava um jovem. Com cabelos caídos na testa e castanho-dourados. Ele parecia muito concentrado e um tanto frustrado, mas foi simpático ao levantar para cumprimentar o Doctor.

– Você é o John Smith, certo? – ele estendeu a mão. – Stephen. Stephen Hawking.

Os olhos de Doctor brilharam de animação, e ele abriu um enorme sorriso. – Ah, que prazer imenso conhecê-lo, Stephen!

Ele balançou tanto a mão do garoto, parecendo tão satisfeito. Stephen ficou um pouco assustado. – É um prazer também.

– O que você está fazendo? – ele se aproximou dos papéis em cima da mesa. – Aposto que vai sair algo incrível dessas folhas!

– Que nada. É apenas o meu exercício de física. – ele voltou a se sentar, e olhou cansado para os papéis. – Bem difíceis.

– Ah, nada pode ser tão difícil para você. – ele sorriu, e foi logo acrescentando. – Assim, você tem cara de inteligente.

– Isso está parecendo um quebra-cabeça horrível!

– Tome um pouco de chá. – ele apontou para a xícara em cima da mesa. – Certeza que vai se sentir melhor depois de um pouco de chá.

Só que quando Stephen foi pegar a xícara, sua mão escorregou e acabou derrubando a bebida. Os primeiros sinais da ELA (esclerose lateral amiotrófica) aparecendo. Doctor o ajudou, enquanto o garoto se desculpava por ser desastrado.

– Ah, não posso te culpar por isso. – ele disse, não querendo que ele se envergonhasse por isso. – Vamos sair então, que tal? Se o chá não deu certo, podemos beber algo. Adequado para esse horário, claro. Não queremos que você não consiga terminar suas teorias.

– São apenas exercícios. – ele se levantou, e vestiu um casaco. – De qualquer maneira, não tenho tanta certeza se conseguirei terminá-los... Vamos. Talvez eu encontre o Brian por lá. Ele ficou insistindo que preciso sair mais do quarto.

Stephen não disse o motivo, mas ele já tinha sido diagnosticado com a doença havia duas semanas. Doctor percebeu pelo garoto estar mancando, e ter voltado para buscar uma bengala no quarto. Ele não comentou nada, e nem Doctor perguntou, o que fez com que Hawking simpatizasse com ele. Afinal, um estudante ainda tão jovem estar usando uma bengala é algo que chama atenção dos curiosos.

...

Dois dias depois, Doctor já estava se tornando amigo de Stephen, Brian – que era muito simpático também –, e sabia o nome de mais outros três estudantes de física, que andavam com os dois. Mas ainda nenhum sinal de vida alienígena, exceto a sua.

Tinha mais uma coisa que Doctor estranhou naquilo tudo. Stephen não mencionou Jane nenhuma vez, durante as conversas com os amigos. Ele já deveria estar todo bobo e apaixonado, falando dela o tempo todo. Mas tudo que conseguiu notar nele foi: cansaço e desânimo.

– Ei, Brian... – Doctor perguntou, enquanto os dois caminhavam pelo campus, indo em direção a uma lanchonete. Stephen se desculpou por estar se sentindo indisposto, e acabou indo para o quarto depois da aula. – Nosso amigo Stephen não mencionou nenhuma Jane para você? Uma garota branquinha, cabelos negros-

– Sim, sim. A Jane. – ele assentiu. – Eu achei que ia sair alguma coisa, mas boom! De uma hora para outra, os dois discutiram e ele não quis mais falar dela. Ficou um desastre em física depois disso, e ele é brilhante! Claro, tem os problemas de... Ah, uns probleminhas de saúde... Céus, eu não devia-

Agora foi a vez do Doctor de interrompê-lo. – Eles discutiram! Ainda é muito cedo, não me lembro de nenhuma discussão.

– Como você poderia se lembrar? – Brian perguntou, abrindo a porta da lanchonete.

Nesse momento, Doctor olhou para a placa que anunciava o preço das bebidas, se deparando com algo escrito na língua antiga de Gallifrey. Traduzido seria: Hello Sweetie!

– River! – ele exclamou surpreso.

– Quem? – Brian perguntou. – Olha, eu tenho certeza que não tem nenhuma garota envolvida no desentendimento dos dois. Stephen parecia tão encantado, quando falou de Jane pela primeira vez, deve ser outra coisa.

– River, River. – Doctor continuou falando, sorrindo, sem parecer estar ouvindo mais nenhuma palavra que saia da boca de Brian. – Ela sequestrou a minha TARDIS! Foi muito inteligente, sim, nem eu consegui ver pelo painel. Mas isso não é uma coisa que se faça.

– Quem é River? O que é uma... TARDIS?

Ele levantou animado, gesticulando com as mãos, conforme ia deduzindo o que tinha feito com que River o chamasse até ali. – Mas por que me trazer para conhecer o Stephen Hawking? Eles brigaram, mas não pode ter sido só para resolver o romance dos dois. Não, não, tem que ter algo a mais! – ele bateu na testa. – Pense, Doctor, pense! Ele está com problemas em física, isso pode prejudicar o andamento de suas famosas teorias. Mas como isso tudo está relacionado à Jane?

– Um grupinho bem rebelde de alienígenas a usou para que ela tirasse todo o conhecimento de física do cérebro de Stephen – uma voz feminina conhecida completou seu raciocínio. Ele se virou, e encontrou River – Claro, que sem o amor da garota e sem a física, ele ficou sem propósito na vida. Embora, Stephen seja muito persistente para admitir que não sabe mais resolver os cálculos, e continua tentando. – quando terminou de explicar, ela sorriu para o Doctor. – Olá, Sweetie.

– River Song, eu poderia te beijar agora!

Ela se aproximou e ajeitou a sua gravata-borboleta. – Mais tarde, querido. Temos assuntos mais importantes no momento. Desculpa pelo sequestro da TARDIS.

– Sim, sim! – ele se afastou, se lembrando de que devia estar zangado. – Você não podia ter mandado uma mensagem em um papel psíquico ou alguma coisa do tipo? Precisava mesmo sequestrar a minha TARDIS?

– Eu piloto ela melhor do que você. Até mesmo sequestrando, aterrissei sem fazer nenhum barulho.

– Eu já disse que ela tem que fazer o barulho! – ele protestou. – Eu amo aquele barulho. É um barulho brilhante.

– Claro que é, Sweetie.

– Do que é que vocês estão falando? – Brian perguntou, interrompendo os dois, sem entender absolutamente nada. – TARDIS, papel psíquico. Essa conversa está cada vez mais estranha.

Doctor colocou o braço em volta do outro do garoto. – Não é nada com o que você tenha com que se preocupar.

– Mas você falou da Jane, ela está em perigo?

– Jane em perigo?! – Stephen perguntou, deixando os papéis que estava segurando caírem no chão. – Meu deus, John. Diga-me, o que aconteceu?

Ele estava com as mesmas dificuldades, então decidiu que tinha que colocar o orgulho de lado e pedir ajuda. Brian era bom, e John Smith parecia tão inteligente como ele costumava ser. Sempre fazia as perguntas certas quando conversavam sobre física.

Mas ao entrar na lanchonete - onde eles disseram que iam – se deparou com uma cena incomum. John estava discutindo com uma mulher, que parecia ser mais velha, porém muito bonita. Enquanto Brian observava tudo totalmente perdido.

Até que ele se aproximou, conseguindo escutar um pouco da conversa. Ouviu seu amigo perguntar a John se ela estava em perigo, o que fez com que ele entrasse em pânico. Porque não importava se eles tivessem brigado muito sério, por algo que ele nem se quer lembrava, as palavras o atingiram mesmo assim.

– Ótimo. – River reclamou. – Tudo que precisamos é do apaixonado e seu amigo, para atrapalharem no resgate.

Stephen arregalou os olhos. – Resgate? Meu deus, alguém me explica que diabos tá acontecendo aqui? E mais importante, a Jane está bem?

– Ela está ótima. – River o tranquilizou. – Não muito consciente, mas vai ficar bem. Foi apenas um contratempo. Doctor, você vai precisar fazer alguma mágica para extrair a influencia alienígena nela.

– Alienígena?

– Por favor, fiquem calados, estou tentando resolver as coisas aqui. Desculpa Stephen, você é um gênio, mas essa é a minha área. – ele se voltou para River. – Por que você demorou tanto para aparecer? Eu podia ter ajudado, e você também podia ter me atualizado sobre tudo isso antes!

Ele não admitiria ainda, porque ainda estava um pouco zangado pelo sequestro. Mas queria que ela tivesse aparecido antes porque sentirá sua falta.

– Desculpe, eu estava ocupada prendendo os alienígenas. Em uma casa qualquer. É temporário, sim. Mas eles vão ficar lá por tempo suficiente para que você os mande para outro planeta. Ou os resgatem, e sabe se lá o porquê, eles estão perdidos e precisavam de uma das fórmulas do Stephen para ir embora. Por isso usaram a Jane para... adquirir os conhecimentos de física dele

Doctor sorriu. – E você já conseguiu derrotá-los?

– Bem, você ainda precisa fazer a sua parte. Provavelmente checar Jane, e esperar para a genialidade do Stephen voltar. Mas no geral, sim.

– Certo, não podemos perder tempo. - ele puxou Stephen e Brian. – Vamos, vamos. Ver como a Jane está, eu vou explicar todo o wibbly wobbly no caminho. Você, Professora River Song. – ele tocou de leve a ponta do nariz dela. – Comigo.

– Não vamos todos para o mesmo lugar?

– Sim, sim. – ele disse. – Eu quis dizer que a River vai... Ao meu lado.

Ela o segurou a sua mão. – Que fofo da sua parte, querido. Mas precisamos ir agora. – e então começou a puxá-lo, com Brian e Stephen correndo atrás deles.

– Não, River! Eu fico responsável pela parte de levar a pessoa pela mão!

...

Stephen ficou perplexo, tudo que o Doctor explicava ia contra muitas de suas crenças sobre o espaço. Foi ótimo quando ele desmaiou mais tarde – não essa parte de desmaiar, claro. Brian e Jane concordaram que depois que ele acordasse com todos os seus conhecimentos de física, nem uma palavra sobre alienígenas estaria em sua memória.

Seria muito ruim se um dos maiores físicos que estudava o casamento do espaço e do tempo ficasse sabendo que as viagens entre os dois, eram possíveis. E se ele passasse o resto da vida tentando provar isso?

Jane estava ótima quando eles chegaram, ainda um pouco abalada, mas bem. O que não era para menos, ela ainda se lembrava de ter a influência dos aliens em sua cabeça. Mas depois de uma conversa com o Doctor, ela pareceu mais calma.

– Doctor, você é do futuro certo?

– Sim, eu sou.

– A doença do Stephen... – ela começou apreensiva. – Eu o amo, e não vou abandoná-lo, jamais faria isso. Mas, eu preciso saber. A expectativa de vida-

Ele a interrompeu com um sorriso. – A expectativa de vida dele é muito mais alta do que qualquer um pode imaginar.

Poderia ter dito que suas teorias causariam um grande impacto na física, e os seus feitos seriam famosos e internacionalmente conhecido. Ele poderia ter dito que ele se tornaria um dos mais respeitados físicos e cosmólogos, que ocuparia um posto que pertenceu a Isaac Newton. Mas saber que ele ficaria bem e vivo, já era o suficiente para Jane.

...

No dia seguinte, Stephen acordou na casa de Jane. Ela lhe contou que ele passou mal no caminho até a sua casa, então insistiu que ele passasse a noite. Assim como Brian, que esperava pela melhora do amigo. John Smith tinha ido embora, com uma mulher misteriosa de cabelos loiros gigantes, mas mandou melhoras a ele.

Eles conversaram, e não conseguiam lembrar-se do motivo do desentendimento. Riram juntos, e Stephen começou a formular uma de suas primeiras teorias. – E se eu revertesse o tempo, para o começo do próprio tempo?

– Como voltar o relógio?

Ele sorriu para Jane. – Sim, como voltar o relógio.


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Notas finais do capítulo

FELIZ NATAL LUIZA!!!!Por aqui eu quero te desejar toda a felicidade do mundo, sucesso, paz e que você consiga realizar todos os seus sonhos!

Quero também agradecer por você ser uma amiga incrível, e espero que a gente não perca o contato nunca. Quem mais ia discutir sobre os ships, ir atrás de mim em TODAS as redes sociais quando eu sumo (sorry about that) e ser tão legal comigo assim?

Eu queria citar alguma coisa legal aqui, mas já sou péssima escrevendo essas coisas. Espero que a fic esteja legal, e veja que coloquei a sua filha River nela!!!

Enfim, nunca se esqueça que você é totalmente fantastic! Eu te amo imensamente. E de novo, FELIZ NATAL!

(e um Próspero Ano Novo)

P.S: Eu ia mandar a fic da Jane Austen, com a continuação que eu escrevi. Mas tive essa ideia ontem e resolvi tentar. Tomara que não tenha saído tão ruim.

P.S 2: APRENDI A USAR O PHOTOSHOP. Quer dizer, tentei fazer essa capa e acho que deu certo. Baixei a versão de 30 dias só pra isso.P.S 3: Eu já disse que eu te amo e você é demais?


Quanto as outras pessoas lendo, se puderem me dizer o que acharam, eu ficaria muito feliz!



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