The Last Chance escrita por Judy


Capítulo 2
Capítulo 2




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– Como assim você rejeitou um convite para assistir o jogo de quadribol? Cara, os ingressos já acabaram! – Blaise o encarava descrente. – Será que se eu falar com o Draco ele consegue um ingresso pra mim?

– Zabine, você tá zoando com a minha cara, né? – Nott e Blaise conversavam no quarto de Blaise e depois de Theodore contar sua manhã produtiva com Malfoy, a reação de Zabine foi correr para a mesa de seu quarto para escrever uma carta para Draco. – Depois de tudo que eu te contei é só isso que você tem a dizer?

Blaise continuou concentrado escrevendo apressado em um pedaço de pergaminho.

– Sabe o que mais o que eu tenho a dizer? Tu ‘é um puto de um gay, Theo. – Zabine concluiu movendo os olhos do papel para Theodore momentaneamente.

Zabine se levantou esperando uma resposta mal criada de Nott que não veio, apoiou-se na janela do segundo andar e assobiou. Uma coruja negra adentrou o quarto e Zabine a mandou para a mansão Malfoy com o bilhete.

– Você tá me assustando, Theo. Nunca ouviu o ditado de que quem cala consente?

– Cala a boca, Zabine. Eu só achei que você fosse ser mais útil.

– Obrigado pela parte que me toca. – Blaise colocou a mão no peito dramaticamente fazendo Nott revirar os olhos.

– Já que você não tem conselho nenhum para me dar, o mínimo que você pode fazer é me acompanhar no Natal n’A Toca... – Nott deu seu melhor sorriso para o amigo que fez uma careta de nojo.

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– Mione?! – Hermione viu a ruiva entrar na sala correndo para abraçá-la. – Você não disse que vinha só amanhã?

– Quis fazer surpresa... Surpresa! – a morena sorriu animada com a presença da amiga, já estava ficando louca com tantos homens na Toca.

– Vamos pro meu quarto, vem!

– Ei! Ela tá jogando xadrez bruxo com a gente! – Rony reclamou.

– Mas agora ela vem comigo, ué! A gente tem muita coisa pra conversar, mas se você quiser a gente pode ficar aqui, não me importo de contar como foi o jogo de quadribol, o Dino beija muito bem, sabia?

– Gina sorriu travessa.

– Argh! Saiam daqui! – Rony e Harry fizeram caretas de nojo.

– Com prazer, você já sabia que eu ia ganhar mesmo. – Hermione saiu rindo vitoriosa.

As duas subiram as escadas entre risos.

– Pode me contando direito essa história, Gina! Você e o Dino realmente se beijaram?

– Ué, mas não foi você que deu a ideia? – perguntou fingindo inocência.

– Eu disse pra vocês saírem, não ficarem!

– Ah, fala sério, Mione, até parece que você não sabia que ia acontecer. – a ruiva abriu a porta do quarto e deu passagem para a amiga.

– Na verdade, não. – Hermione disse simplesmente, deitando na cama.

Gina trocou suas vestes e prendeu o cabelo que estava a incomodando, Hermione a observava com os pensamentos longes, a ruivinha realmente era uma figura.

– Terra para Hermione, ei! Você vai pirar quando souber quem encontrei lá!

– No jogo? Não faço ideia. – a castanha fez pouco caso.

– Você vai ter que adivinha-ar. – Gina cantarolou. – Um trio muito peculiar.

– Trio?

– Foi isso que eu disse, Mione...

Hermione sentou interessada, oras, que trio podia interessar a ela para Gina fazer tanto mistério?

– Conta logo, Gina! Que trio?

– Bem, uma dica: Draco Malfoy é um dos componentes.

– Ai, meu Merlin! – Hermione levantou-se agarrando os ombros da ruiva. – O Theo foi? Fala, Ginna, o Theo estava lá?

– Uhum. – Gina riu do desespero da amiga.

– Como ele estava? Ele parecia machucado? Desidratado? Cansado? Desnutrido? – Hermione perguntou atropelando as palavras.

– Calma! Primeiramente, - Gina disse calma. – me solta, isso... Agora senta e me explica isso direito. Ele aparentava estar perfeitamente bem com seus amiguinhos sonserinos, um muito bem apessoado devo dizer, nunca tinha reparado o quão bonitinho o Zabini é e, uau, que músculos são aqueles, hein? – Hermione revirou os olhos. – Mas, voltando ao assunto, sim, ele estava bem, mas por que não estaria?

– Gina, a mãe do Nott morreu e o pai está preso em Azkaban, a guarda dele está com um tio que ele nunca viu na vida, literalmente, e o único dinheiro que ele tem até completar a maioridade está acabando, por isso, sempre que ele pode, fica em Hogwarts e nas férias de verão fica na casa dos amigos ou vai para algum hotel, ele é orgulhoso demais para ficar o verão inteiro dependendo de alguém. Então talvez ele não esteja bem, uma fez ele se meteu em uma briga feia na rua e acredita que ele não me pediu ajuda?

Os olhos da ruiva estavam arregalados ao fim do relato. Como um garoto de dezesseis anos sobrevivia sem uma família? Gina não era nada sem o resto do Weasleys.

– Merlin! Eu não sabia disso!

– Ninguém sabe, ele não quer a pena dos outros, Gina.

– É claro que não quer, ele é um sonserino, mas então por que nesse natal ele não ficou em Hogwarts se o dinheiro dele está acabando?

– Bem, é tudo culpa minha... – Hermione apoiou o rosto nas mãos. – Eu sou uma cabeça dura que não consegue aceitar que somos diferentes, eu amo ele, Gina, eu sei que sim, então eu tenho que aceitá-lo como é, não?

Gina analisava a castanha atentamente, amando? Fora isso que ela tinha dito?

– Nossa, Mione, você ama ele mesmo?

– Eu já pensei muito nisso, Gina. Eu prefiro passar todos os dias brigando com ele a ficar um dia sem vê-lo, só Merlin sabe o quão angustiada eu estou por estar sem notícias, não sei onde estava minha cabeça quando aceitei esse acordo...

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– Zabini, Zabini, que olhares foram aqueles para Weasley, hun? – Theodore perguntou sorrindo desconfiado quando os amigos chegaram à Mansão Zabini depois de assistirem ao jogo.

– Eu? Olhando para uma traidora de sangue como ela?

– Você acha que eu não ouvi você falando para Pansin o quão bonita a Weasley é? – Nott perguntou arqueando uma sobrancelha.

– Se você ouviu isso ouviu também quando eu disse que não tocaria em um fio traidor como aquele.

– Não sei se você lembra, mas vai ser na casa dela que você vai passar o natal. Olhando e sendo simpático, pelo amor de Merlin, com todos aqueles ruivos. Fala sério, Blaise, eu achava que você já estava superando essa coisa de sangue puro.

– Com uma ruiva daquelas, eu até poderia esquecer por uns minutos, mas, pelas cuecas de Merlin, por que eu aceitei isso mesmo?! – Blaise disse passando as mãos pelos cabelos curtos.

– Por causa do jogo, lembra? Eu convenci o Draco, agora você vai e pronto. Depois de amanhã de manhã bem cedo estaremos lá!

– E a sua namoradinha sabe disso?

– Não, - ele tentou não mostrar sua preocupação. – mas ela vai entender perfeitamente.

– Oh, - Zabine sorriu travesso. – espero que sim.

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–Gina, Mione! Mamãe está chamando para o café! – Fred gritou do andar de baixo.

O dia vinte e três amanheceu animado e barulhento na Toca. O Sr. Weasley conseguiu o dia de folga e um bônus inesperado, graças a Merlin, já que todos os filhos estariam em casa mais a namorada de Gui, Harry, Hermione e, pelo que ele soube, a amiga de seus filhos chamou o namorado ou algo do tipo. Os Weasleys agradeciam a Hermione e Harry a ajuda financeira, depois dos dois insistirem tanto eles não puderam recusar.

– Que barulheira é essa? – Gina perguntou sonelenta, ela e a amiga ficaram a madrugada inteira conversando e ainda eram sete horas! – Por que acordaram tão cedo?

– Cedo?! Você está brincando comigo, Ginevra! Amanhã e véspera de natal e você viu alguma comida nessa casa? Nem a árvore vocês montaram! Se não fosse por mim nem esses enfeites meia boca estariam espalhados pela casa! A senhorita quer andar pelo beco diagonal amanhã?! Você não acha que estará um pouquinho lotado? – Gina arregalou os olhos assustada pela reação da mãe seguida de risinhos pelos demais, nem Hermione aguentou.

– Calma, amor, vai dar tudo certo... – Arthur tentou tranquilizar a mulher.

– Bom dia, Mione. – Fred e Jorge desejaram segurando a amiga pelos ombros.

– Bom dia, meninos! – ela sorriu.

– Vejo que ela está animada, Jorge!

– Será que é porque vai ver o namoradinho amanhã?

– Calem a boca vocês dois! A Gemialidades Weasley vai ficar fechada logo hoje que as vendas aumentam tanto?

– Já estamos indo, pequena Hermione!

– Mas voltaremos, amanhã vamos conhecer seu fofuxinho!

– Eu não o chamo assim, Jorge!

E logo os gêmeos foram embora Gui, Fleur, Carlinhos e o Sr. e a Sra. Weasleys também saíram para fazer as compras.

– Céus! Qu confusão essa casa! – Gina reclamou.

– Eu também vou indo, não consegui folga hoje, até mais. – Percy se despediu.

– Então ficamos nós quatro pra montar a árvore... – Rony resmungou.

Os quatro amigos abriram caixas e mais caixas, retiram tanto objetos de decoração que não sabiam de onde tanta coisa vinha, a árvore que o Gui e o Carlinhos levaram era maior do que eles pensavam, então demoraram horas pondo os enfeites em meio às distrações, feitiços de iluminação, levitação, bolinhas encantadas voando pela casa, fotos da infância...

– Olha essa foto que eu achei nessa caixa! – Harry mostrou a foto sorrindo.

O Sr. e a Sra. Weasley estavam ao fundo acariciando uma Gina bebê no colo ao lado da árvore de natal que parecia ainda maior com as crianças pequenas ao lado; Gui e Carlinhos estavam na frente dos pais fazendo “chifrinho“ em Percy que estava emburrado com os braços cruzados; Fred e Jorge bagunçavam o cabelo de um Rony pequeno e gorducho com uma cabeleira ruiva que cobria todo o seu rosto, exceto pela boca que ostentava um sorriso feliz.

– Merlin, eu era tão gordo!

– Ainda é né, Rony! – Gina brincou e todos caíram na gargalhada.

Os preparativos continuaram noite adentro quando o resto da família voltou, as fotos espalhadas na mesa reuniram todos os ruivos para muitas lágrimas e risadas.

– Fleur, olha o Gui nessa foto! – Molly esbanjava um sorriso com os olhos marejados de lágrimas.

– Para com isso, mãe! – Gui reclamou sorrindo de leve.

– Mione, olha a Gina e o Rony nessa aqui! – Harry mostrou os dois cobertos de neve tentando se “desenterrarem”.

O moreno tentava não pensar nas fotos que ele próprio não tinha e tinha esperança de tudo logo acabar para construir novos momentos felizes.

– Molly, olha como o Percy era rabugento nessa época!

– Nessa época? Ele ainda é pai. – um dos gêmeos brincou levando um cascudo.

O Relógio anunciava meia noite, Molly resolveu que já era hora de todos dormirem e ninguém hesitou, enfim era véspera de Natal e todos dormiam na toca.


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