The Most Wonderful Time escrita por red hood


Capítulo 2
II


Notas iniciais do capítulo

Vez da Rose!!!! ♥



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O Natal definitivamente era a perfeita união de todas as coisas preferidas de Rose. A família unida, muita comida e presentes.

Quando era bem pequena, encarava a comemoração como um grande aniversário, com decorações que duravam praticamente um mês, e em um dia, no final desse mês, todo mundo se juntava e ganhava alguma coisa. Sua avó materna sempre tentava explicar que o Natal era mesmo um aniversário muito especial. Rose nunca entendia direito, porém, no final da noite, quando agradecia por seu dia, desejava “feliz aniversário” para quem quer que estivesse completando mais um ano de vida.

Em sua primeira manhã de Dezembro, sua mãe cismou que eles deviam passar a pegar suas próprias árvores de Natal, para que isso virasse uma tradição de família. Hermione gostava da ideia de fazer coisas em família.

— Eu podia muito bem usar magia para cortar esse bendito pinheiro — Ron reclamou, revirando os olhos.

— Não teria a mesma graça! — Hermione respondeu dando lhe um beijo, enquanto o entregava um machado. — Não se esqueça de levar a Rose.

A pequena, que já reconhecia seu próprio nome, deu gritinhos de animação quando seu pai a pegou e a colocou nas costas. Os cabelos ruivos e cacheados balançavam de um lado para o outro, enquanto Ron pulava e remexia. Já os olhos, tão azuis, cintilavam enchendo o coração de sua mãe do mais puro amor, além da preocupação com aquela brincadeira.

— Vamos para mais uma aventura, florzinha. — Ron falou, girando com a filha.

— Cuidado, Ron! — Hermione advertiu. Ficava maluca sempre que o via fazer esse tipo de coisa com Rose, pois morria de medo da filha cair.

Hermione mal sabia que no ano seguinte sua preocupação seria em dobro.

O primeiro Natal de Rose foi o único que ela passou como filha única. No ano seguinte, já havia um pequeno Hugo que adorava quebrar cada enfeite e comer todos os biscoitos da casa. Ela não se importava muito com isso, amava o irmãozinho e ele acabava sendo mais um convidado para brincar na hora do chá.

As coisas começaram a ficar estressantes quando Hugo e Rose tiveram que dividir quem colocaria a estrela no topo da árvore de Natal. A casa, que antes era pura risada, virava um campo de guerra quando esse momento chegava.

Felizmente, houve um ano que os pinheiros estavam tão feios que o mais bonito que eles conseguiram foi um bem torto e que se dividia em dois na ponta. Hermione ficou muito desapontada quando o viu. Porém, Rose torcia para que todos os anos a árvore de Natal fosse daquela maneira. Ela amava estrelas e ter duas na ponta da árvore era maravilhoso, já que ela e Hugo poderiam ter a chance se colocar uma estrela no topo que sem serem necessárias horas de gritarias de gritarias para decidirem isso. Hugo pareceu tão feliz quanto ela quando Ron o levantou para que colocasse sua bela estrela dourada.

Com as estrelas na ponta da árvore, a casa estava completa. Com tudo arrumado, a casa de cores neutras assumia uma atmosfera brilhante, colorida por enfeites vermelhos e verdes.

Ron olhou para a esposa. Era difícil conter a felicidade em seu peito. Hemione, que tinha Rose no colo, colocou a filha no chão e foi abraçar o marido.

Arrumação da casa para as festas de fim de ano realmente havia virado uma tradição entre eles. Colocavam sempre muitos enfeites, alguns comprados, mas a maioria eles mesmos que faziam. Hermione cuidava das flores. Ron dos adornos, normalmente bonequinhos com réplicas dos sweaters da vovó Molly, bolas da árvore de Natal que mudavam de cor e pirulitos vermelhos e brancos. Hugo gostava de colocar as meias na lareira e os enfeites das portas, que normalmente tinha renas e trenós. Já Rose era encarregada de encher a casa de pisca-piscas, deixando o lugar todo brilhante.

Doces e guloseimas também não podiam faltar. A cozinha ficava sempre bem lambuzada e com muitos biscoitos encantados correndo por ela.

***

O mês seguia lotado de cantorias e comilança, só que a melhor parte de todas, para Rose, era quando chegava a hora de ir para A Toca. Iam para lá no dia 23 e só saiam no dia 25 depois do almoço, pois depois tinham que passar na casa dos avós maternos.

Eram sempre os primeiros a chegar, o que significava que ainda poderiam pegar biscoitos. Essa era a única coisa que Rose reclamava por ter tantos primos: a comida sempre acabava cedo.

Entretanto, quando ela tinha sete anos, as coisas foram um pouco diferentes.

Seus pais resolveram aparecer primeiro na casa dos avós maternos de Rose. Vovó Granger arrumou uma bela mesa com muitos doces e tentou empurrar uma história sobre um “bom velhinho” que havia deixado muitos presentes. Depois de alguns minutos vovô Granger chegou vestido de vermelho e com um grande saco.

— Ho ho ho! Qual é o presente que vocês mais estão esperando crianças? — ele perguntou.

— A nova Nimbus! — Hugo respondeu sem hesitar.

Vovô o olhou confuso e depois mirou a filha.

— Uma vassoura, pai — Hermione explicou, com as bochechas levemente coradas.

Ele riu do pedido do pequeno

— Hum, isso eu não posso dar a você, querido — disse, abaixando-se com um pouco de dificuldade para poder ficar da altura do neto. — Porém, o que você acha de uma pista de carrinhos?

Hugo sorriu e assentiu, abraçando o avô, quase o quase o fazendo cair no chão.

— E o meu presente? — Rose reclamou.

Hermione lançou a ela um olhar de advertência, e Ron riu da filha pidona.

— Como eu pude me esquecer! — exclamou vovó Granger, pegando o saco de presentes no chão. — Aqui está, florzinha.

Tirou de lá uma coleção de livros de capa dura, com títulos dourados e capas coloridas. Eram clássicos para crianças, mas com muitas letras e apenas algumas figuras.

Os olhos de Rose brilharam e ela não conseguia conter um enorme sorriso. Mal sabia ela que aqueles virariam um de seus maiores tesouros.

Rose amava a magia que as varinhas podiam realizar. Porém, a mágica acontecia sempre quando as letras se juntavam e formavam palavras, depois frases e textos, que compunham livros.

***

Ao chegarem nA’Toca, foram recebidos por vovó Molly, que já tinha um sweater para cada um. Rose prontamente vestiu o seu que era vermelho e amarelo, com um grande R nele.

— Seus doces estão guardados, okay? — Molly sussurrou para a neta, que sorriu e correu para cozinha atrás de suas guloseimas.

Todos já estavam lá, até mesmo Ted. Lily Luna brincava com Roxanne, enquanto Molly lia algum livro para Lucy e Dominique. Os meninos ajudavam vovô Weasley a desgnomizar o jardim. Fred gritava com James se gabando de ter conseguido se livrar de mais gnomos que o primo, e aparentemente Albus estava com a cabeça presa em um buraco.

Seus tios estavam terminando de ajeitar as coisas nos quartos, para logo descerem, uma vez que a mesa já estava pronta e repleta de comida. Rose podia até ver alguns doces, que pareciam ser franceses, que tia Fleur havia levado.

Não demorou muito para que todos estivessem sentados à mesa, comendo enquanto falavam, rindo e brigando. A troca de presentes aconteceu logo depois, deixando a casa lotada de papéis coloridos e fitas. A Toca nunca se silenciava enquanto todos estavam por lá, e apesar de gostar do silêncio, Rose amava mais ainda aquilo tudo.

Tudo ali tinha cheiro e som de família, de um lar. Talvez fosse isso que Rose mais gostasse nas noites de Natal.


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