Até Que Eu Morra - Dramione escrita por Srt Florencio


Capítulo 25
Capítulo 20




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Hermione Granger suspirou quando finalmente se jogou em sua cama no dormitório das meninas. Tinha se atrasado terrivelmente para a aula de Runas Antigas, causando risinhos de algumas alunas quando chegou toda descabelada, e seu dia tinha continuado assim. Estava tão alterada que quase havia esquecido de acrescentar losna no tempo certo em sua poção na aula do professor Slughorn. Ainda não sabia como tinha conseguido chegar ao fim do dia sem nenhuma preocupação e aquilo era um alívio.

Talvez ela pudesse tirar uma soneca agora, antes do jantar…

Um grande coruja das torres, pertencente ao castelo, bicou repetidamente o vidro da janela.

… Ou talvez não.

 Hermione sabia quem estava lhe mandando bilhetes, pois ele sempre usava a mesma coruja quando queria conversar com ela. Esse era seu código.

Encontre-me na Sala Precisa. Agora.

D.M

Sim, Draco realmente podia ser incômodo algumas vezes.

Suspirando novamente Hermione saiu do dormitório, passando pelos diversos alunos no Salão Comunal da Grifinória e pelo retrato da Mulher Gorda. Enquanto seguia pelos corredores vazios do castelo ela não pôde deixar de pensar na outra vez que tinha recebido um bilhete com aquelas mesmas palavras.

Havia sido logo antes da primeira morte acontecer, antes da pequena Elise Lockwood ser brutalmente atacada, quando o bruxo por trás de tudo aquilo tinha, de forma ingênua, tentando atraí-la para a morte.

Mas ela sabia que dessa vez não era assim, mesmo que não fizesse tanto tempo do último ataque quando Draco a levou até a Torre de Astronomia, conhecia bem a letra de Draco Malfoy, afinal tinha passado as últimas semanas trocando diversos bilhetinhos e cartas com ele.

— Agora não é hora de estar vagando pelo castelo, Granger — disse alguém — O jantar está a ponto de ser servido.

Hermione parou, o coração batendo rapidamente, seu sangue correndo por seus ouvidos, mas não era medo, não, era ansiedade.

— Digo o mesmo de você, Malfoy — respondeu sem se virar.

A respiração de Draco tocou sua nuca, mesmo com seu revoltoso cabelo solto, enviando calafrios agradáveis e deliciosos por todo o seu corpo.

— Marquei um encontro com uma garota.

— É mesmo? E o isso me diz respeito?

— Achei que você gostaria de saber que ela é maravilhosa e eu estou louca para beijá-la — braços envolveram a cintura de Hermione, o calor ficando mais forte.

— Draco… — ele a virou, abraçando-a mais apertado quando seus corpos encaixaram.

— Vamos, Granger — Draco suspirou — Não ficamos sozinhos há dias, e o máximo que nos beijamos foi o selinho na bochecha hoje de manhã.

— Eu sei, mas perdemos muitas aulas. Era necessário que recuperassemos, prometi ao professor Rowle que prestaria atenção às aulas.

— E você também desconfiou dele por muito tempo. Como poderia cumprir uma promessa?

— Draco!

— Certo, nós podemos… Só ficar juntos?

— Claro — Hermione pôs-se nas pontas dos pés e depositou um beijo na boca de Malfoy, entretanto não foi um beijo como o de mais cedo. Era um beijo como aquele primeiro que deram. Aquele que marcou suas novas vidas, recomeçou uma era, os transformou.

Quente, faminto e delirante. Apaixonado.

— Aqui não — a garota disse quando se separaram quase sem fôlego.

— A Sala Precisa — exclamou ele.

Juntos deram as mãos e seguiram mais alguns metros até a Sala Vai e Vem. Hermione ria enquanto Draco a colocava de lado e se postava diante da porta.

Fechou os olhos, se concentrando exatamente no que queria.

— O Salão Comunal da Sonserina? — Hermione perguntou quando a porta se fechou atrás deles.

Draco sorriu — Já que você me fez visitar o Salão da Grifinória achei que você deveria conhecer o lugar em que passei muito tempo nos últimos anos.

Os olhos da grifinória percorreram todo o espaço - na ponta de sua língua que quase havia conhecido aquele Salão no segundo ano, porém se conteve, aquele ainda era um segredo - o lugar era amplo, semelhante ao seu próprio salão, embora muito mais frio, cinza e verde predominavam em cada canto, desde as poltronas perto da lareira até os sofás perto de onde deveriam ficar as portas que levavam aos dormitórios dos sonserinos.

Hermione sentiu um ar de abandono, não era aconchegante e acolhedor como o Salão da Grifinória, tinha um ar estéril e inabitável.

— O que achou? — Questionou Draco animado de uma forma que a garota nunca vira.

A resposta travou em sua garganta, quando o levara até aquela sala com a aparência do Salão Comunal de sua casa nunca lhe passou pela cabeça o significado daquilo, contudo ali, naquela sala verde e prata, podia ver as diferenças, a amostra de seu passado. Que ela não era sangue-puro, embora nada disso tenha importado alguma vez, era uma nascida trouxa, melhor amiga de Harry Potter.

— Não acho que a cor combine com minha pele  — soltou.

Mas ela estava enganada, Draco podia ver bem isso. O verde e prata de sua casa caía perfeitamente em Hermione, fazia jus a sua beleza e levou o garoto a se perguntar porque ela nunca tenha usado verde, então se lembrou que ali, em Hogwarts, as cores significavam muitas coisas, os qualificava e separava. Assim como o preconceito, algo que ele tinha tido por quase toda a vida, culpa de sua criação bruta e arcaica.

— Acredito que combine muito bem — replicou ele passando as mãos nos ombros de Hermione. Olhos nos olhos. Cinza no castanho.

— Quem imaginaria que… — Draco a beijou.

Céus, nunca se cansaria daquilo. Da boca doce e suave da garota trabalhando de encontro a sua. Das mãos femininas e firmes percorrendo todo o caminho que conseguiam alcançar, como em seu sonho, o calor reconfortante e indescritível envolvendo todo ele.

Era uma das melhores sensações que ele poderia se lembrar e nunca imaginaria que desejaria mais e mais dela.


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