Depois do Fim escrita por Talyssa


Capítulo 24
O Fim do Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi *-*
Genteeeeeeeeen >< Tudo bem? Eu demorei pra postar, eu sei, mas aqui está o capítulo :3
Espero que vocês gostem! Obrigada por não me abandonarem, por continuarem esperando os capítulos, comentando e favoritando, é por causa de vocês que não desisto!
Curtam aí! Beijos :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667278/chapter/24

POV CEBOLA

Sai com a Mônica em meus braços, de fato estava muito fraco e mal dei conta de chegar à sala que levava à saída, ainda bem que não encontramos Viskhas no caminho, do contrário, seria desastroso. Entretanto, eu sabia que não demoraria até que alguém chegasse até nós ou encontrasse o corpo do Rei.

Assim que cheguei ao lugar da batalha percebi que algo errado estava acontecendo, tudo estava silencioso de mais, será que os guerreiros haviam sido mortos? Ou haviam feito uma saída estratégica? Se uma das duas coisas tivessem acontecido não conseguiria salvar a Mônica. Por falar nela, tanto seu pulso quanto sua respiração estavam muito fracos, mal dava para senti-los; Doce se aninhou no peito da dona e pegou carona, ronronava baixinho, como se implorasse para que ela não nos deixasse.

Eu estava mancando e meu sangue pingava sobre o rosto de minha yala sem que pudesse impedir isso, as dores físicas substituíram parte da dor no peito que eu sentira quando achei que a Mô estava morta, preciso confessar, antes essa dor do que a outra, afinal, saber que quem você ama não está mais contigo no início te faz querer não viver também.

Antes de passar pela porta respirei fundo, tomei coragem e o plano era passar correndo, entretanto, percebi a maior parte dos meus soldados em posição de defesa com muitos Viskhas aos seus pés, mortos. Infelizmente percebi alguns dos meus homens sem vida também, mas a guerra era cruel desse jeito, levaria seus corpos para suas famílias e daria todo o apoio que necessitassem, afinal, aquelas pessoas deram a vida por mim e pelo resgate da minha yala.

Magali e Cascão vieram ao meu encontro assim que perceberam que eu trazia a Mônica nos meus braços, ainda bem que eram fortes, pois, mal chegaram perto da gente e eu sucumbi à dor e à fraqueza, se eles não tivessem nos segurado certamente teríamos ido ao chão.

— E-ela tá morta? – Magali perguntou com lágrimas que derramavam-se por sua face.

— Cebola, por favor, diz que ela tá bem, cara... – Cascão não chorava, mas percebi que estava entrando em desespero.

— Ela está muito fraca, mas tem pulso, precisamos levá-la imediatamente a Syati. – Respondi tentando me manter acordado e em foco.

Senhor, precisamos sair agora, não sabemos quantos irão voltar. Demos sorte de os pegarmos desprevenidos, mas é questão de tempo até se reorganizarem. – Capitão Franja falou numa voz grave, estava um pouco machucado, porém, fiz certo em escolhê-lo para comandar meu exército, era um Syati forte e merecia a posição em que se encontrava.

Tudo bem, mas eu quero levar todos os nossos mortos e feridos, não deixaremos ninguém. É possível? — Ele afirmou com a cabeça e nos organizamos para sair.

É claro que não pude andar sozinho, também não tive tempo de explicar o que havia acontecido, diria tudo no caminho, me recusei sair carregado, mas aceitei a ajuda do Cas para apoiar-me. Meus homens eram muito bem treinados e dois deles decoraram o caminho e conseguimos voltar tranquilos até a mata, dali apenas tivemos que chegar à estrada, pegar nosso veículos e sair. Fizemos o caminho o mais rápido que conseguimos, com medo que viessem atrás de nós, mas àquela altura já tinham descoberto o corpo do rei e, por isso, deviam estar sem saber o que fazer e tendo outras prioridades.

O percurso era longo, mas conseguimos chegar ao nosso reino sem problemas, pedi a todos que fossem direto ao hospital cuidar do feridos e tratar os mortos no necrotério.

POV MÔNICA

Pequenos flashes vinham na minha memória, mas eu só tinha certeza de uma coisa: O Cebola viera me buscar. O Toni havia me dito tantas vezes que eles nunca viriam, que estavam todos mortos, eu quase acreditei! Quando ouvi a voz dele sofrendo, dizendo meu nome ao longe me desesperei, queria muito dizer que estava bem e viva, mas era presa dentro do meu próprio corpo.

Depois daquele momento só tive vários flashes espaçados, um deles era a sensação dos lábios do Cebola tão macios e cuidadosos nos meus, quis abrir os olhos, mas estavam tão pesados, desisti e adormeci. A outra lembrança era de uma briga, sabia que o Cebola estava lutando bravamente com o Rei e torcia para que levasse a melhor. Apaguei. Magali chorava copiosamente e Cascão estava com uma voz desesperada. Apaguei novamente.

— Ei, naem, voltou pra cá outra vez? – DC estava em cima de mim com os olhos brilhantes, mas com bolsa em volta deles, com toda certeza devia estar ali desde que cheguei.

Olhei para o lado e meu coração disparou, Cebola estava dormindo profundamente, com algumas intravenosas no seu pulso, também pude ver que estava bem machucado.

— O que aconteceu com ele? – Perguntei assustada. – Ele não tá muito bem, DC, o que foi?

— Não sei se percebeu, mas você também não tá lá muito aquelas coisas... – Foi aí que percebi as dores do meu corpo, vi os tubos que entravam no meu pulso.

— Isso tá levando vitamina pro seu corpo, não tira daí. – Ele avisou antes que eu me desesperasse.

— Tá, mas... E o Cê?

— E-eu tô bem. – Viramos a cabeça para o lado e ele estava acordando. – E você, yala?

— Eu tô ótima... Q-quer dizer, na medida do possível. – E sorri para ele. Ainda não acreditava que ele havia arriscado a vida por mim.

Eles contaram que haviam costurado meus olhos e que fora difícil tirar tudo sem machucar meus olhos, também informaram que eu dormira por quase dois dias inteiros. Conversamos por muito tempo e eu ri, sentia muita falta daquilo. Com um tempo acabei segurando a mão do Príncipe, não sei quando foi, mas não quis soltar. Maga e Cas chegaram abraçados para uma visita, levaram algumas furtas, pães e doces e passamos momentos muito alegres.

Quase na hora de todos saírem para descansarmos um rapaz entrou todo pomposo no quarto em que estávamos.

— Com licença, senhores, gostaria de anunciar a presença da Princ...

— Oh, minha nossa! Como não me avisaram que meu futuro marido estava nessa situação? — Era ela, naquele tempo todo eu já havia esquecido da noiva do Cebola, a única mulher que poderia tirar o Príncipe de mim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem! Comentem! Comentem muitooooooo *-* kkkk
Espero que tenham curtido, beijos :3