Nicalysson e Mared escrita por ludiangelo


Capítulo 35
Frederik


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, agora com as férias acho que posto mais (:, me matem se ficar pequeno x-x



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Eu suspirei, não acreditava que realmente estava saindo do acampamento sem permissão para salvar Nico. De qualquer modo, eu sorri, lembrei-me de quando eu e Nico saímos do acampamento sendo perseguidos por um cão infernal, fora onde tudo começara, e agora, eu estava prestes a ver o final disso, mais uma vez.

Eu não podia chorar mais, não por algo que eu tinha passado anteriormente. Meu coração se apertou, e eu senti meus olhos se encherem de lágrimas. Mesmo que houvessem possibilidades de que algum de nós acabaria essa missão proibida para sempre ao lado de meu pai, eu precisava salvar Nico, mais do que apenas porque eu o amava, mas porque ele era meu irmão.

- Aly, para de brisar- disse Mari.- Você está parecendo eu na aula de Geografia!

- Geografia é uma matéria que se aprende instantâneamente- disse Fred.

Ela o fitou, ele estava sorrindo, como da primeira vez, Mariana corou e olhou para o chão tentando esconder o rubor em sua face.

- Não é não!- Ela conseguiu dizer.

- Qual a única matéria em que semideuses vão bem?- Fred indagou.

- Geografia- disse Percy.

- Isso Percy, fique contra mim!

- Geografia é fácil porque é instantâneo, não é preciso ler- explicou Fred.

Mariana bufou e revirou os olhos ainda corada.

Eu dei uma risadinha, Mariana me fitou.

- Não sei como você consegue rir, Aly- disse ela.

- É porque eu sei que tudo vai dar certo- menti.

- Acredito- disse Mariana.

- Em fadas?!- Zombou Fred.

Mariana bufou e todos rimos.

Andamos mais ou menos por uma hora sem parar, meu super senso de direção me dizia que a qualquer momento cairíamos num abismo e morreríamos, graças aos deuses, meu senso de direção sempre foi terrível.

Percy parou de repente e arregalou os olhos.

- O que é?- Perguntou Fred.

Percy se manteve em silêncio, a imagem de Annabeth surgiu segurando a sua mão enquanto Percy retirava seu boné da invisibilidade.

Um pequeno sorriso surgiu e logo desapareceu no rosto de Percy.

Agora éramos cinco, o número total da profecia.

- Ótimo- bufou Fred.- Não precisamos de uma filha de Atena aqui.

- Típico dos filhos de Apolo- disse Annabeth.- Não aceitar que os outros podem ser bonitos e inteligentes.

Fred desviou o olhar.

- Já chega, não é?- Mariana se pôs entre eles, Fred a fitou, o que a fez se encolher ao meu lado.

- Não importa- disse Annabeth.- Não vou deixar Percy. Se você não gosta de mim, você que volte para o acampamento.

- Tsc. Eu não vou deixar- ele hesitou, olhando de relance para Mari.- Um meio-sangue morto.

- Certo, se as crianças já terminaram- murmurei.- Podemos ir?

Fred bufou e fitou o chão.

- Quanto antes chegarmos em Los Angeles, melhor- disse Percy.

- Percy tem razão- disse Annabeth.- Se vocês querem resgatar Nico, temos de chegar à Los Angeles antes que...

- Antes que o que?- Disse Mariana tirando as palavras de minha boca.

- Não sei- Annabeth olhou para mim como se soubesse de algo.- Talvez Aly saiba.

- Eu?- Indaguei.- Eu ia perguntar exatamente o que Mari perguntou.

- Entendo- disse Annabeth com um ar desconfiado.

- Não me importo, afinal, a única coisa que importa é resgatar Nico- disse eu.

- Já chega- disse Fred.- Essa garota- ele gesticulou para Annabeth.- Vai causar muitos conflitos no nosso grupo de busca, ela não vai ajudar em nada.

- Frederik, deixe pra lá- disse Mariana.

- Não, se nós nos desentendermos, vai ser culpa dessa... filha de Atena.

- Qual seu problema com filhas de Atena?- Annabeth o fitou.

Fred olhou pro chão, depois para Annabeth.

- É indiferente- disse ele.

Eu fitei Fred.

- Nunca mais... diga isso- disse eu.

- Por que-

- Nunca mais- cortei-o.

Frederik Falcon

O que todos naquele grupo de semideuses tinham? É impressão minha ou filhos de Apolo são rejeitados pela sociedade? Ou sou só eu mesmo? Qual o problema de não gostar de filhas de Atena? Eu não preciso responder o porquê deu não gostar delas, só não gosto, ok?

Aquela missão já estava começando a me cansar. Se é que aquilo poderia ser chamado de missão. Nós não tínhamos permissão para sair do acampamento, para começar, quando voltassemos, com certeza seríamos expulsos. Mas e daí?

Outra coisa, Aly tem alguma coisa com "é indiferente"? Alguém me explica isso? É só comigo ou ela tem algum tipo de trauma crônico que a deixou com é-indifenrente-fobia? O que é trauma crônico? Ah, enfim.

Nós montamos um acampamento de última hora e todos estavam dormindo em suas respectivas tendas/cabanas/barracas. Menos eu, sinceramente? Não me sinto muito bem de noite, deve ser algum male de filho de Apolo... sinto falta do sol.

Montamos o acampamento em um O com as barracas, no centro, uma fogueira, eu estava sentado à beira dela, vi alguma coisa se mexer nas sombras, logo tudo se silênciou, só havia eu e a fogueira na noite escura.

Olhei para trás, para a barraca de Mariana, depois voltei a fitar a fogueira.

Havia uma vela ligada na barraca de Alysson, ela estava acordada, o que não me deixava surpreso, eu também não conseguiria dormir se meu irmão... ou o amor da minha vida estivesse morto e quanto mais eu dormisse... mais tempo levaria para resgatá-lo.

De algum modo, eu entendia Alysson. Bem, nunca me apaixonei por um irmão, até porque, se eu me apaixonasse por um garoto, ficaria preocupado. Nada contra, obviamente, mas né. Mas nem por uma irmã... na verdade... a única pessoa que eu já amei na minha vida inteira fora uma filha de Atena, ela morreu atacada por uma fúria... tentando me salvar. Sim, por isso a birra com filhas de Atena... nenhuma seria boa o bastante quanto ela... mas era tarde, ela estava morta, e eu não quero mais lembrar disso, ok?

Uma mão tocou meu ombro, eu me virei com a mão no cabo de minha espada. Reconheci o Deus do sol na hora exata que vi seus olhos, obviamente, papai estava disfarçado.

- O que você quer?- Perguntei.

- Só vim dizer... que eu confio em você filho, você vai conseguir salvar Nico di Angelo... e outra coisa... cuide de Alysson Sword- disse ele.

- Por quê?- Perguntei.

- Ela é muito valiosa para nós.

- Nós quem? Eu e você?

- Não- disse ele.- Para nós... Deuses.

- Por que ela é valiosa?

- Se Alysson morrer junto ao Nico, Hades não terá mais poder de semideus nenhum... digamos que entre os Deuses, ele não terá muito uso.

- Mas ele é um Deus- disse eu.

- Sim, mas Deuses não podem... como se diz? Atacar uns aos outros.

- É claro que podem.

- Sim, mas por uma questão ética não- explicou Apolo.

- Pai, não precisa mentir para mim, sei bem que você quer Nico di Angelo morto porque assim Aly ficaria sozinha- disse eu, ele fitou o chão.

- Isso não vem ao caso agora, filho- ele hesitou.- Tecnicamente, Deuses não podem se envolver com semideuses.

Eu dei uma risadinha.

- Olha quem está falando isso- disse eu.

Ele também riu.

- Realmente- disse ele.- Eu não sou de seguir regras.

- Nem eu- disse eu.

- Tal pai, tal filho- disse uma voz ao nosso lado.

Eu olhei para Alysson.

- O que você está fazendo aqui... Apolo?

- Eu...- ele permaneceu em silêncio.

- Meu pai nao lhe deve explicações- tentei encobrir que papai acabara de dizer que queria Nico morto para ter Alysson.

- Saia daqui, Apolo- disse ela.- Pode ir também se quiser, Frederik.

- Fred- disse meu pai.- Fique, eu vou, boa busca... aos semideuses- ele cambaleou e dasapareceu na névoa.

Alysson me fuzilou com o olhar.


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