Nicalysson e Mared escrita por ludiangelo


Capítulo 28
Frederik me diz algo impossível


Notas iniciais do capítulo

Provavelmente esse vai ser pequenininho tá galera? Só pra matar a saudade xD, boa leitura.



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Eu não dormi bem aquela noite, não conseguia dormir, e as poucas horas que dormi, tive aqueles sonhos estranhos de novo.

- Ela está bem Aly!- Disse o garoto moreno.

- Eu sei...- murmurou a tal Aly.- Mas é que... eu não sei, é estranho eu não poder vê-la, não posso visitá-la?

- Aly... vai chegar o momento certo- disse o garoto.- Vamos, temos coisas à tratar.

Aly suspirou.
- Como você sabe que terá momento certo para eu visitá-la?

Ele sorriu.

- Venha- ele esticou a mão e ela a pegou, e então os dois sumiram na névoa densa.

Eu acordei arfando, eu precisava falar com Frederik. Olhei para meu relógio, eram 7:15, já estava quase na hora de ir para a escola, me vesti com a primeira roupa que encontrei e saí correndo.

- Filha!- Disse minha mãe quando eu passei pela cozinha, a ignorei, não sabia porque, mas era impresindível que eu visse Frederik, era quase necessário, parecia um desejo muito antigo, tentei tirar isso da minha cabeça, mas continuei correndo, entrando na escola trombei com um garoto, e era ele, era Frederik.

- Fred!- Eu instantaneamente o abracei, quando o soltei ele estava vermelho, e presumo que eu também.

- Oi...- murmurou ele.

- Io- disse eu.

Ele pareceu confuso.

- Io?- Ele perguntou.

- É, io é melhor que oi, porque não faz sentido você falar oi e oi, não faz, faz?- Comecei a tagarelar.

- Mari- disse ele, eu ainda tagarelava.- Mariana!- Eu me calei.

- Que foi?

- Cale a boca- disse ele sorrindo.- Por que estava tão ansiosa em me ver?- Ele voltou a sorrir.

Eu suspirei.

- Me explique o que foi aquilo ontem!

Seu sorriso desapareceu.

- Não foi nada, você tinha fumado muito- disse ele.

- Fumado!!?- Exclamei.- Vai ver se eu tô na esquina Fred!

- Ok, tô indo...- ele se virou para começar a andar mas eu o puxei pelo braço.

- Sério Fred, o que foi aquilo?

- Nada!

- Por que ninguém me leva à sério? Eu sou uma pessoa séria sabe, sabe, sabe? Eu... eu sou uma pessoa séria, mas ninguém me entende, eu nunca tive ninguém que me entendesse, na verdade, sinto como se já tivesse, alguém que ficara calado enquanto eu tagarelava, e no final me consolava quando triste, ria quando engraçado, sorria quando feliz! Esse ser me entendia, mas eu não o conheço! Por que ninguém me entende!? Quer que eu te explique? Me responde caramba! O que foi...- ele colocou a mão sobre minha boca.

- Já não mandei você calar a boca?- Disse ele.

Eu fiz que sim.

- Lembra-se das poucas aulas de mitologia grega que você deve ter tido?

Eu fiz que não.

- História não é comigo- tentei dizer com minhas palavras sendo abafadas.

Ele me puxou para o canto do corredor e continuou a falar:

- Lembra-se de... Hermes?- Ele perguntou.

Eu fiz que sim.

- Lembra mesmo?- Ele exclamou.

Eu fiz que não.

- Hermes- disse ele.- Deus do viajantes, dos ladrões... sabe?

Eu arregalei os olhos e fiz que sim.

- Se baseie nele- disse ele.- Ele é real.

Eu fiquei rígida.

- Eu...- ele olhou em volta.- Sou um filho de Apolo.

Eu apontei pra mim num jesto de e eu?.

- Não vou te contar, estraga toda a graça- ele riu e destampou minha boca, por incrível que pareça, me mantive em silêncio.- Há um acampamento, chama-se acamapamento meio-sangue, para filhos de deuses, temos de ir para lá, agora que você sabe, aqui não é mais seguro.

- Mas... meus pais- murmurei.

- Vem- ele me puxou para fora da escola e me atirou para dentro de seu corolla, trancou as portas e deu a partida, logo, estavamos na estrada, indo para o tal acampamento.- Não é longe- disse ele.

- Certo...- disse eu.

- Ali- ele apontou para uma colina.- É a colina meio-sangue.

Não sei porque, mas nesse momento, me senti em casa, eu senti que já estivera ali, lembrei de meus sonhos, do garoto e da garota, Aly... Aly é apelido de que? Alice? Alicia? Alysson...? Alysson... não... talvez de Aloncia.

O carro ia ronronando enquando nós subiamos a colina, de repente, o carro foi arremessado pra longe, os vidros quebrados perfuraram meu braço e eu gritei.

- Não se preocupe- disse Fred.- Eu estou aqui.

Ele segurou minha mão, o que fez meu coração bater mais forte. Fred subiu em cima de mim e com dificuldade abriu minha porta, que idiota, porque não abria a porta do lado dele e depois me ajudava? Nossos rostos estavam a centímetros um do outro, ao mesmo tempo tentamos sair, seus lábios roçaram nos meus por um instante, mas ele não pareceu perceber.

- Vo... você primeiro- disse ele fazendo força para sorrir.

Eu sai com dificuldade, sério, se você conhecer alguem mais burro que Frederik Falcon, me avisa! E me apresenta!

Ele saiu logo em seguida, quase tropeçando e caindo em cima de mim de novo. Ele chegava a ser mais desastrado que eu, o que era muito difícil.

Ele pegou na minha mão e correu quase trotando colina a cima.

- O quê nos atirou?- Perguntei enquanto corríamos.

- Não sei- disse ele.- Não quero saber e tenho raiva de quem sabe- ele riu, continuamos a correr, até chegar no fim da colina, passamos por um pinheiro, ele parou de correr e deitou no chão, não sei se sem querer, mas ele me puxou junto, e eu caí em cima dele, ele riu.

- Uaaal- disse eu sarcasticamente.- Aventura- revirei os olhos.

Eu tentei me levantar, mas ele me segurou, colocando minha cabeça em seu ombro.

- Algué... Alguém já... já te disse que você... alguém já te disse...- tentei falar.

- Não- disse ele.- Ninguém nunca me disse alguém já te disse...- ele riu.

- Pode me... so... so...

- Não- disse ele.- Não posso te soso- ele caiu na gargalhada.

- Isso é mancada- consegui formar uma frase.

- Eu sei- disse ele.- Desculpe por deixar nossos lábios se tocarem lá no carro- disse ele.- Parece que te deixou nervosa- ele riu ainda mais.

Eu bufei.

- Não é por isso que estou nervosa- disse eu.- Não que eu esteja, afinal, eu não gaguejo quando estou nervosa, eu gaguejo quando quero que alguém pare de me agarrar, o que não é muito frequente e...

- Você não vai mesmo calar a boca?- Ele perguntou.

- É muito difícil, porque eu sou muito tagarela, você deve ter perce...- ele soltou minha cabeça e me beijou.

- Espero que agora cale a boca- disse ele.

- Eu... ahn... er...

Ele riu.

- Fred!!- Alguém gritou correndo até nós, ele me soltou, e nós dois nos levantamos. Era uma garotinha, de oito ou nove anos, de cabelos pretos e olhos castanhos escuros, que me lembraram Aly e o outro garoto misterioso. Atrás dela, veio correndo outro garotinho, igual a ela.

- Sophia!- Exclamou ele.- Maxmillian!

Os dois agarraram as pernas de Fred sorrindo.

- Que saudades Fred!- Disse Maxmillian.

- Quem é essa?- Perguntou Sophia.- Namorada nova?- Eles riram.

- Não- disse Fred.

- Sabia que é feio ficar se agarrando comg arotas alheias Frederik Falcon?- Zombou Maxmillian.

Fred riu.

- Você é muito novo pra falar essas coisas Max- disse ele.- Onde estão seus pais?- Ele perguntou.

- Ah, eles vieram de manhã, mas voltaram para o Olimpo- disse Sophia.

- Olimpo?- Idaguei.

- É, nossos pais são dois deuses, di Angelo e Sword, que na verdade chamam-se Alysson Sword e Nico di Angelo- disse Max.- Você é nova aqui?

Eu me mantive calada, aqueles dois nomes... eram muito familiares, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, eu não sabia porque, eu estava muito feliz, mesmo longe de meus pais e de meus conhecidos.

- Sou- consegui dizer à Max.

- Bem vinda!- Disse ele.

- O... obrigada- murmurei.


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Notas finais do capítulo

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