Alysson Sword

Eu bati os pés no chão.

- NÃO ERAM PARA ELES VOLTAREM MEIO-SANGUES!- Gritei em meio a todos os deuses.

- Como você queria que a gente descobrisse que nossos frutos iam ser logo eles... de novo?- Perguntou Apolo.

- Não sei, vocês não podiam se segurar um pouco? Vocês tem mesmo que ter filhos todos os dias?

- Todos os dias!?- Exclamou Hermes.- Nós não temos filhos todos os dias, filha de Hades.

Nico suspirou ao meu lado.

- Aly, seria teoricamente impossível eles terem filhos todos os dias- disse ele.

Eu cerrei os punhos.

- Eu vou ao acampamento- disse eu.

- Não- disse Zeus.- Você deve ficar, Sword.

- Eu quero ver Mariana!- Explodi.- Quero ver Frederik! Porfavor!

- Você já esteve demais em contato com Maxmillian e Sophia, se controle, filha de Hades- disse Hera.

- Você diz isso, mas como ficaria se nunca pudesse ver Hefesto, por exemplo?- Perguntei.

Ela segurou a risada, coitado de Hefesto, o deus não era tão feio assim... olhei de relance para ele.

- Esqueça- disse eu.- Não preciso ver meus filhos, não agora. Preciso ver Mariana, porfavor Zeus!

- Não- ele repetiu.

- Aly- disse Nico.- Se acalme, como eu disse, vai chegar o momento certo...

- Eu não posso mais esperar- murmurei.

- Você acha que eu também não quero ver Mariana?- Ele perguntou.- Ela era uma das minhas melhores amigas, Aly, vamos- ele pegou minha mão e me puxou para fora do salão de reuniões, nós nos sentamos em um banco do lado de fora.

- Eu quero ver Mariana- disse eu.

- Eu sei...- disse ele segurando minha mão.- Mas, como eu disse, ela está bem, está no acampamento, está segura, já é hora de você deixá-la para trás Aly.

Eu o olhei nos olhos.

- Não foi você quem disse para eu cuidar de Mariana?- Perguntei.

- Aquela carta...- disse ele.- Não era pra você levar tudo a sério, só a parte do todo homem que é capaz de amar corre o rísco de odiar...

- Agora é tarde- disse eu.- Já me importo demais com Mariana.

- Já não se importava antes?- Ele perguntou.

- Antes me importava mais com você.

- Agora se importa mais com ela do que comigo?- Ele encarou o chão.

- Não foi isso que eu quis dizer, Nico- disse eu.

- Ainda assim, se importa, não é?- Ele perguntou de cabeça baixa.

- Se eu me importasse mais com ela do que com você, minha primeira opção de campista para minha busca, não teria sído ela, e eu te deixaria morto- murmurei, ele sorriu e voltou à olhar em meus olhos.

- Mas você não me deixou- ele afirmou.- Por que?

- Porque eu te amo, Nico, você sabe disso- disse eu.

- Sim... mas, você sabia que nós eramos irmãos, que não daria certo...

- Mas deu, não deu?- Perguntei sorrindo.- Isso é o que importa.

- Na verdade, ter dado certo é indiferente, o que importa, é que estamos juntos- disse ele.- E agora que somos deuses, nada pode nos separar.

- É- disse eu sorrindo, ele me deu um beijo de leve e também sorriu.

- E tem mais- disse ele.- Zeus pode não ter deixado, mas eu deixo você ir ver Mariana- eu sorri mais ainda.

- Mas você não é o rei dos...- ele me beijou.

- Não, mas sou seu marido, se Zeus perguntar onde você foi, falo pra ele que você caiu no tártaro e não conseguia sair- ele riu.

- Não brinque com isso Nico!- Disse eu.

- Ele não precisa saber que é brincadeira- disse ele se levantando e começando a correr, pra minha sorte, diferente de todas as deusas, eu nunca usei um vestido, geralmente me vestia como me vestia quando mortal, corri atrás de Nico, que ria.

- Seu idiota- gritei.- Vou te matar!

- Tem que me pegar para me matar!- Zombou Nico.

Quem diria, eu estava com 29 anos, e ainda corria como uma criança, mas também, minha aparência era a mesma, e meu fôlego também, comecei a correr mais, e pulei em cima de Nico.

Nós rimos e nos beijamos.

- Eu te amo- disse ele.

- Eu te amo- repeti.