Darkness Heiress escrita por HannahHell


Capítulo 13
Capítulo 13: O Ataque


Notas iniciais do capítulo

Cinco palavras: EU ODEIO O TERCEIRO ANO.



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Voldemort estava brincando de esticar um elástico frágil e prestes a arrebentar quando ordenou que Catherine comandasse o ataque contra os membros da Ordem da Fênix como recompensa por ter contado quando eles sairiam da proteção da Toca. 

            Mas Catherine não se sentiu surpresa por esta ação, se um observador mais atento e conhecedor da psique da morena a observasse no momento em que o anuncio da missão fora dado, este observador repararia que a garota parecia já ter previsto isto desde o momento em que ela contou tudo que descobriu na noite anterior.

            Era uma fato, no entanto, que este mesmo observador iria perceber que, no fundo, ela não estava muito contente com o desenrolar dos fatos. Mesmo assim, ela aceitou a missão e, sem demora planejou tudo nos mínimos detalhes e iniciou a ação.

Se havia algo que Cath não gostava: era ficar de tocaia, esperando em meio as sombras, na esperança de sua presa aparecer. Porém, ela havia achado uma saída viável até para a parte do seu plano que ela não suportava: cumpriria uma promessa pendente.

Segurou uma de suas varinhas e, com pequenos murmúrios alterou a cor de seus cabelos para loiro, também tornou-os lisos e num corte chanel com uma franja que cobria suas sobrancelhas. Este mesmo feitiço também alterou a cor de seus olhos para azul. Isso, junto com a camiseta branca, o colete jeans surrado, o short preto de cetim, a meia calça de lã branca e as botas de cano alto pretas a deixou irreconhecível. Ela não queria ser vista por algum Comensal. Muito menos por algum membro da Ordem. Olhou ao redor, o beco em que estava escondida estava deserto. Aparatou com um crack que ninguém ouviu aparecendo instantes após na frente da loja dos gêmeos.

Caminhou lentamente e abriu a porta, o som do sino fora abafado pela grande quantidade de clientes que conversavam e gritavam  impressionados com os produtos. Eles realmente tem talento para o comércio, pensou com sarcasmo observando tudo ao seu redor.

“Em que posso ajudá-la senhorita?” Fred  perguntou profissionalmente com um sorriso no rosto, ao aparecer do seu lado.

“Algo que me ajude a me proteger” ela se lembrou vagamente sobre algum comentário sobre uma linha mais séria voltada à Defesa Contra as Artes das Trevas e, como não viu nenhum dos produtos nas prateleiras, imaginou que estariam em algum outro lugar menos movimentado e, como vira Gregório Goyle  olhando alguns produtos e não iria revelar seu disfarce tão facilmente.

“Oh! Sim... Por aqui” Ele fez um sinal para que ela o seguisse e foi até o fundo da loja, passaram por uma cortina e chagaram em um lugar cheio de caixas e produtos menos coloridos “o que procura? Temos essa linha de Chapéus-escudo que fazem muito sucesso”

“Não vejo muito sucesso por aqui” ela comentou desfazendo o feitiço.

“Cath!” ele deu alguns passos para trás por causa da surpresa “o que faz aqui?”

“Eu prometi que iria vim visitar a loja, não prometi?”

“Depois que algumas coisas sobre você vieram a tona, não confio mais em nada do que diz” ele retrucou cruzando os braços no peito.

“Se há uma coisa que você deveria saber é que promessas são sagradas. Quebrá-las não é uma opção” ela contou se divertindo com a irritação dele.

“Que nobre da sua parte. Aposto como seu pai deve estar muito orgulhoso” ele retrucou com frieza.

“Sabe, Fred, você vive falando sobre como eu sou cruel, sem coração, fria e incontáveis outros números de defeitos que vocês consideram imperdoáveis. Mas neste momento, quem está sendo muito frio, é você” ela deu um sorriso de lado e soltou uma pequena risada sarcástica.

“Convivi sete anos com você, talvez seja contagioso”.

“Espero que não” ele a olhou confuso e ela apenas riu “seria um desperdício se você se tornasse alguém como eu”

“Fred! Mamãe e papai chegaram e eles vieram com Tonks e Olho-Tonto” Jorge anunciou passando pela cortina “Catherine? Você por aqui?”

“Sim, ela decidiu cumprir pelo menos uma promessa” Fred respondeu.

“Exato, mas receio que já tenha de ir” ela reativou o feitiço que modificou sua aparência e passou por Jorge com passos firmes, desviando das pessoas até chegar à porta e sair da loja. Aparatou novamente para o beco e tocou a pequena marca que havia em seu pulso esquerdo com a varinha. Ao mesmo tempo que murmurava algumas palavras para retornar à sua aparência original.

Cinco estalos foram ouvidos e cinco pessoas apareceram: Lucio, Narcisa, Belatrix, Yaxley e Dolohov. Todos parecendo excepcionalmente  ansiosos, com suas capas negras arrastando pelo chão sujo do beco e as faces cobertas pelas máscaras.

“Se contarmos com os gêmeos, eles estão em seis, creio que cada um de vocês consegue controlá-los individualmente”

“Que tolice, claro que conseguimos, eles não perdem por esperar” Belatrix exclamou num tom arrogante que lembrava claramente Catherine.

“Ótimo, aguardem o momento certo, não deixe que ninguém os veja e fiquem atentos para quem entra e sai dali” apontou para a Gemialidades Weasley, que ficava bem em frente ao beco.

Os cinco acenaram positivamente com a cabeça e Catherine se moveu para a pequena escada de ferro que havia na parede, subindo-a sem dificuldade. Lançou sobre si um feitiço da Desilusão e caminhou pela laje da loja sentando-se na borda, podendo observar todo o Beco Diagonal e a Travessa do Tranco.

Respirou fundo e se levantou caminhando lentamente, até achar o ponto em que tivesse a melhor visibilidade possível. Fechou os olhos e respirou fundo, empunhou suas varinhas e abriu os olhos. Era visível sua concentração, seus olhos passeavam por todo o cenário abaixo enquanto ela murmurava palavras em várias línguas já há muito tempo mortas e realizava floreios complexos e precisos com as mãos.

Um tipo de linhas de energia começaram a sair das varinhas e a se prenderem como um teia cada vez mais fechada, até formarem uma parede de energia fechada que se dissipou como uma onda invisível por toda área do Beco Diagonal e da Travessa do Tranco.

Ela desceu do teto e desfez o feitiço da Desilusão “Se preparem, vou tirá-los dali” caminhou na direção da loja dos gêmeos e entrou.

“Garota? O que faz aqui?” Moody indagou rispidamente.

“Salvar vocês, já que você não faz um bom trabalho quanto a isso” ela retrucou.

“O que quer dizer?”

Ela se aproximou mais para que os clientes não os ouvissem “Voldemort soube que tem membros da Ordem aqui. Todos vocês, incluindo os gêmeos tem de ir para a Londres trouxa imediatamente”

“Por que a Londres trouxa, podemos aparatar”

“O problema, Moody, é que vocês não podem. Eles fizeram um feitiço que impossibilita a aparatação e levará um tempo muito grande para desfazê-lo. Até lá pode já ser tarde demais. Saiam agora e terão as melhores chances”

Ele olhou desconfiado para ela por um momento, mas depois decidiu não correr o risco, chamou Tonks com um aceno de mão e lhe contou o que a morena disse quando a auror chegou.

“Vou avisar Molly, Arthur e os Gêmeos” Tonks anunciou e saiu de perto deles.

“Vou tentar resolver o problema com a aparatação” Cath informou e saiu de lá antes de receber uma resposta de Moody. Voltou para o beco “eles já vão sair” informou aos Comensais com um sorriso frio nos lábios.

“Como sabe que vão lutar?” Lucio indagou.

“Eles são grifinórios, não fugiriam de uma boa briga por nada, está no sangue” ela explicou com um sorriso nos lábios “só me acompanhem”.

Fred, Jorge, Moody, Tonks e o casal weasley saíram na direção do Caldeirão Furado poucos minutos depois. Catherine e os comensais os seguiram longe o suficiente para não serem percebidos, mas pertos o bastante para poderem iniciar um ataque quando bem entendessem.

Entraram no bar e, um pouco antes dos membros da Ordem atingirem a saída Catherine chamou sua atenção “Cachorrinhos de Dumbledore fugindo? Onde está a glória corajosa da Grifinória?” lançou um feitiço em Arthur que o fez  ser lançado para fora do bar.

“Eu sempre soube que você era uma traidora” Moody vociferou já se preparando para enfrentar a garota e os comensais “mas atacar desta maneira é baixo até demais para uma cobra como você”.

“Silêncio, você de nada, Alastor” ela apontou a varinha para ele e sua voz parou de sair “bem, melhor, você devia optar mais pelo silêncio, Moody, você parece mais simpático de boca fechada”.

Uma pequena batalha começou nas dependências do bar, mas logo Catherine e os Comensais adquiriram a vantagem e conduziram a batalha para fora, bem no meio da Londre trouxa numa rua altamente movimentada.

Ninguém estava com a vantagem numérica, então fora uma sucessão de duelos bem equilibrados entre membros da ordem e Comensais. Feitiços voavam e quebravam vitrines, feriam bruxos, mas nenhum dos lutadores parecia se importar. A mínima distração poderia significar a derrota e, muito provavelmente a morte.

Catherine proferia inúmeros feitiços que eram direcionados para Tonks, que ao mesmo tempo que procurava desviar dos raios multi coloridos e se esforçava ao máximo para atingir a garota com o seu arsenal de contra feitiços e feitiços de ataque ensinados na Academia de Aurores.

A maior dificuldade de todos eram os carros que passavam por eles em alta velocidade, forçando-os a prestar atenção não só nos feitiços, mas nos automóveis que podiam muito bem matá-los.

Cath se controlava ao máximo para não matar ou ferir Tonks, até aquele momento nenhum de seus feitiços mais letais passaram perto o suficiente da Auror “Avada Kedrava” pronunciou e o raio verde errou a orelha de Tonks por pouco.

            A morena não prestava muita atenção ao redor, nenhuma dos duelos lhe interessava muito. Estava mais preocupara em achar uma maneira de acabar com aquilo rapidamente, não era bom para seus planos perdas significativas em nenhum dos lados.

Sabia apenas que, à sua direita, Moody lutava contra Belatrix. Do seu lado esquerdo e a pessoa mais próxima dela naquele momento, era Fred que duelava acirradamente com Lucius.

Mas sua visão periferia pegou uma imagem que a interessou. Virando a rua á sua esquerda vinha um carro em alta velocidade indo na direção de Fred, que estava tão concentrado que parecia não fazer idéia do perigo que corria.

A mente de Catherine trabalhava tão rapidamente que, por um instante parecia que o tempo havia parado.

Dois segundos, foi tudo que ela precisou. Neste pouco tempo ela estuporou Tonks, virou-se para Moody e deu um pulo para trás enquanto lançava uma Maldição da Morte no Auror que passou á centímetros de sua orelha. Seu corpo colidiu-se com o de Fred com força o suficiente para tirá-lo da rota de colisão com o carro.

Mas dois segundos não foram suficientes para que ela saísse da frente do automóvel.

Catherine ouviu um barulho de algo se quebrando na altura de seu joelho, mas não teve tempo para descobrir o que aconteceu, pois enquanto seu corpo rolava por cima do carro uma dor lancinante irradiava de sua perna esquerda confundindo todos seus sentidos. Só percebeu que caíra no chão quando a dor na perna foi substituída por uma forte dor na cabeça, provinda do impacto com o asfalto. Depois disso tudo ficou escuro.

Seu corpo doía, sua cabeça rodava e seus músculos não a obedeciam. Não sabia onde estava, mas sabia que estava deitada. Tentou abrir os olhos, mas a claridade a fez fechá-los imediatamente.

“Que bem que decidiu juntar-se a nós, Catherine” a voz de Alvo Dumbledore soou deveras irritante aos ouvidos da garota. Ela havia sido resgatada pela Ordem. Maldição.

“Onde estou?” estranhou a maneira fraca e rouca como sua voz saiu, não parecia nem por um momento a voz dela. Uma voz dessa não impunha respeito ou temor.

“Na Toca, no antigo quarto de Fred e Jorge Weasley para ser mais exato” ele explicou calmamente e Catherine ouviu pelo menos duas pessoas saírem do quarto.

“Quem estava aqui?”

“Moody e Tonks, queriam ter certeza que você não tentaria nenhuma gracinha” Dumbledore disso isto como se fosse algo absurdo e apenas a idéia de pensar que Catherine fosse fazer algo contra ele fosse ridícula.

“Eu devia ter os matado quando tive chance” ela comentou aborrecida, ainda sem conseguir abrir os olhos ou mexer o corpo.

“É exatamente sobre isso que vim aqui. Por que você não os matou? Chances de sobra você teve, mas ao invés disso, a senhorita além de não os matar, salvou o senhor Weasley. Por quê?”

“Eu disse isso antes” ela respirou fundo e abriu os olhos, juntando toda sua força de vontade para ignorar a dor e tontura em sua cabeça e encarar o diretor “seu time não pode se dar ao luxo de perder peões a toa”.

“Não é só por isso” Dumbledore também a encarava, desafiando-a a permanecer de olhos abertos “Vamos, Catherine, pelo menos uma vez na sua vida responda a verdade sem floreios ou jogos de palavras”.

“O senhor é muito tolo para achar que eu vá falar algo.” Ela deu um sorriso de lado e, se não fosse pela voz ainda fraca e rouca, parecia que ela estava de volta ao normal.

“Você não me deixa escolha’ o diretor lamentou e se levantou. Tirou do bolso um pequeno recipiente verde. Abriu e tampa e se aproximou dela. Obrigou a garota a beber o conteúdo a força e apenas depois que teve certeza dela ter engolido tudo voltou a se sentar.

Enquanto tossia numa tentativa falha de tirar o líquido do seu organismo, Catherine não pode deixar de sentir um gosto amargo e a bebida descer desagradavelmente por seu esôfago. Era o gosto da verdade, ela sabia muito bem disso, mas não mudava o fato de odiar tal gosto.

Seu olhar transbordava ódio e raiva e Dumbledore tinha mesmo muita sorte por ela não conseguir mexer muito seu corpo sem sentir uma dor insuportável.

“Responda-me uma coisa. Você já amou alguém?” antes que ela conseguisse se recuperar, Dumbledore perguntou sério e avidamente interessado na resposta.

Ela mordeu o lábio e respirou fundo, não queria responder, mas a poção a forçava a falar. A verdade subia por sua garganta como uma náusea irritante “Já” disse por fim, rapidamente, antes que mais informações escapassem por seus lábios.

“O que aconteceu?”

“Ele morreu” ela murmurou mal humorada desejando que sua tontura a levasse a desmaiar antes de mais alguma pergunta ridícula sobre o passado que ela não queria lembrar.

“Conte-me essa história” Dumbledore ordenou e Catherine teve uma vontade insana de matá-lo, mas apenas respirou fundo e deixou a poção responder ao pedido de Dumbledore.


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Notas finais do capítulo

Mil perdões pela demora, mas só agora que consegui tempo de sobra para escrever, sem a minha mãe ficar me mandando estudar, ou fazer tarefa, ou fazer provas dos vestibulares dos anos anteriores ¬¬"