Encantados escrita por LivOliveira


Capítulo 3
Max e Colin


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá bem longo. Mas ta bem legal. Espero que gostem. Bjs .



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667150/chapter/3

Melanie estava pensando no que seu pai acabara de lhe contar.

– Sua vida não vai mudar. - Ela ouve a voz de Max, ao seu lado, sentado no tronco da árvore.

– Eu não estou nem aí, Max. Eu não queria ter... Poderes. - Melanie responde. Quando ela diz "poderes", ela fala num tom sarcástico.

– Isso não significa que é algo ruim. - Diz Max.

– Tem razão. - Max sorri. - É péssimo.

– Você pode utilizar essa magia para algo bom, Melanie... - Max diz, segurando a mão de Melanie.

– O rei mandará me matar. - Ela responde.

– Talvez esse rei seja diferente... - Max diz.

Com todos os sentimentos de Melanie em erupção, Melanie e Max acabaram subindo, flutuando. Cada vez mais alto, porém devagar.

– O que está acontecendo? Estamos voando! - Max grita. Ele começa á se debater no ar, mas hesita ao ver que foi em vão.

– Foi eu. Eu fiz isso! - Melanie grita segurando a mão de Max mais forte. - Eu preciso de ajuda!

Eles pararam de subir. Ficaram totalmente parados, em pé no ar, frente á frente, perto das nuvens. Estavam olhando a lua cheia brilhar. Melanie se virou e viu a vila. Logo, bem atrás, estava o palácio. Era grande e repleto de guardas.

– Espero que ninguém olhe para cima. - Max diz.

– Por quê? - Melanie pergunta.

– Você está de vestido. - Ele diz. Então os dois caem na gargalhada.

Melanie sentia protegida em seus braços. Era como se a sua vida estivesse nas mãos de Max.

Max sempre gostara de Melanie. Sempre foram amigos, mesmo Max querendo mais. Ele ama a ver sorrir.

E foi com esses pensamentos que Max se inclinou com os olhos fechados em direção aos lábios vermelhos de Melanie. Realmente, era um momento muito romântico. Melanie decidiu ceder, queria testar se realmente o amava, sem ser como amigos. Não foi um beijo intenso, foi um calmo e doce. Max finalmente conseguiu o que queria, um beijo. Com as mãos na cintura de Melanie, Max aproveitava cada momento.

Não durou mais de dez segundos para que Melanie largasse Max e se afastasse.

– Desculpa. Eu não sei o que deu em mim. Podemos... Esquecer o que rolou? - Max pergunta.

– Eu gosto de você, Max. Como amigo. - Ela responde. Max dá um sorriso falso e assente.

– Como vamos descer? - Ele pergunta.

– Eu não sei. - Melanie responde, sincera.

O sereno na madrugada a deixou com frio. Melanie se abraçou e tentou se aquecer.

– Aqui. Usa isso. - Max diz enquanto tira a sua camiseta e entrega para Melanie vestir, deixando á amostra seu abdómen definido.

– Não posso. Você vai ficar com frio. - Melanie responde. "Acho muito fofo da parte dele", pensou.

– Eu vou te obrigar! - Max diz, vestindo a camiseta em Melanie.

– Obrigada. - Ela diz com um sorriso. Ficaram ambos em silêncio durante alguns segundos.

– Como você curou as feridas de seu pai? - Max finalmente fala algo para quebrar o silêncio.

– Eu só desejei aquilo. - Melanie dá de ombros.

– Então... É só você desejar para descermos! - Max exclama.

– Bem, vou tentar. - Melanie diz.

Ela desejou com todas as suas forças descer. Bem, desejou de forma errada, mas desejou.

Melanie e Max começaram á cair. Sabe quando você pula do avião e cai com tudo? Foi o que estava acontecendo com Melanie e Max.

– Ahhh! - Melanie gritou e se agarrou á Max. - Vamos morrer!

– Você desejou que caíssemos? - Max gritou.

– Foi mal! - Melanie gritou em resposta.

Ela estava com medo de morrer. Por outro lado, estaria com Max.

– Tente desejar algo para amortecer nossa queda! - Max pede.

E, outra vez, Melanie faz o desejo errado. Aparece um pequeno lago abaixo deles, na vila.

– Sério? - Max pergunta antes se chocarem com a água. Grudados um no outro, Max e Melanie caem na água. Cinco segundos depois, ambos estavam nadando para a superfície.
Com respirações ofegantes, os dois conseguem sair da água e se deitam de barriga para cima na terra.

– Nunca pensei que um dia isso iria acontecer. - Max diz enquanto se recupera.

Melanie sorri e se levanta.

– Preciso ir. - Melanie diz enquanto Max levanta. - Tome. Foi bom da sua parte, mas está molhada. - Ela o entrega a camiseta.

– Boa noite. - Diz Max. Melanie sorri e caminha até sua casa. - Se precisar de algo me chame! - Max grita quando Melanie abre a porta.

Melanie entra em casa e não vê seu pai.

– Pai! - Melanie grita enquanto anda pela casa. - Pai! - Ela entra no porão, no quarto, na cozinha... Todos os cômodos atrás de seu pai. Mas ele não estava ali.

Gejoan está com Catharina e Phill. Melanie nunca ouviu falar nestes nomes em sua vida e nem sabia que essas pessoas existem. Melanie é muito inocente. Ela ama tanto o pai que fica cega em relação á isso. Ele tem outra família. Max sabe disso, mas Gejoan o ameaçou para que não contasse para Melanie. Existem várias interrogações em sua vida. E seu pai, não lhe explicou nem a metade delas.

– Pai! - Melanie sai de casa e grita. - Eu não acredito nisso.

Max ouviu seus gritos e correu em sua direção. Não sabia ela que Max morreria para salvar sua vida.

– O que aconteceu? - Max pergunta para Melanie. Melanie estava com os olhos brilhantes e bastante assustada.

– Meu pai! Ele sumiu! - Ela responde.

– Desgraçado! - Max pensou alto. Mas a expressão de Melanie mudou. Agora tinha uma interrogação de 500.358 metros em sua testa.

– Desgraçado? - Melanie repete. A intenção de Max era sussurrar ou simplesmente pensar. Não sabia que acabara de gritar.

– Ele... Ele deve... Ter ido para... Hã... Eu... - Max incrivelmente era ruim de mentira. Ruim não, péssimo. Sempre gagueja, fica vermelho e começa á soar. E ele ficou assim. E Melanie sabia que ele estaria mentindo. - Hã... Ele te largou sozinha, ora!

– Max? Está tudo bem? - Melanie pergunta se aproximando dele.

– Vem. - Max segura o braço de Melanie e a guia para dentro de casa. Ele fecha a porta e se senta ao lado de Melanie no sofá humilde e encardido.

'Devo abrir o jogo?', ele se perguntava.

– O coroamento é amanhã. Disseram que ocorreu algo que mudou a data. Não sei bem o quê. Mas, amanhã, vou te mostrar algo. - Diz Max.

– O que é?

– Na hora você verá. - Max responde com um sorriso.

– Onde está meu pai, Max? - Melanie segura sua mão.

Aquilo mexeu com ele. Cada olhar, cada toque, mexe com ele. Ele, por incrível que pareça, ama Melanie. E se odeia por não ter coragem de dizer. Mas ele a ama.

– Amanhã você verá. - Max diz, dessa vez, sério. Ele se levanta e caminha em direção á porta.

– Por favor, Max. Eu não quero ficar aqui sozinha. - Melanie diz. Parecendo uma garotinha mimada. Sempre tivera esse jeito. Mesmo não sendo mimada.

Max deu um sorriso. Se lembrou dos seus treze anos de idade, com Melanie. "Max! Max! Meu pai sumiu!", ela havia dito quando tinha onze anos. "Está tudo bem, Mel. Ele não está aqui mas eu estou.", Max disse a abraçando. Eles estavam deitados na cama de conchinha, apertados, encolhidos. Um esquentando o outro com o calor de seu corpo. Ambos ouviam suas respirações aceleradas diante a cena. "Estou assustada, Max. Eu tenho medo de tempestades", diz Melanie se encolhendo mais em Max ao ouvir um raio. A chuva estava muito forte. "Está tudo bem. Não importa quando, onde e porquê. Eu sempre vou te proteger, Melanie. Sempre", Max responde lhe dando um beijo na testa. Ela se sentia protegida em seus braços. Melanie adormeceu em seus braços ouvindo Max falar repetidas vezes "sempre".

– Tudo bem. Eu fico com você. - Max responde e caminha até Melanie.

– Pode me esperar? Vou tomar um banho. - Ela diz.

– Como quiser. - Max responde, dando de ombros.


2:00 AM

– Está muito estranho. - Diz Max ao notar Melanie. Ele estava deitado na cama, no outro quarto. Melanie, sem querer, acabou fazendo chover. Uma grande tempestade. Ela foi até o quarto onde Max estava.

– O quê? - Ela pergunta, deitando-se na cama, de frente para Max.

– De repente, começou á chover. - Ele diz.

– Eu sei. Por isso que vim. Eu odeio tempestades. - Melanie diz.

– Eu te protejo. - Max abraça Melanie.

Ele se sente no paraíso quando Melanie pede sua proteção.

Melanie morde os lábios e se aproxima de Max. Era de se acreditar que ela iria o beijar. E foi o que aconteceu. Ela o beija. Dessa vez, ele fica sem ar e se afasta. É nesse momento que ouvem outro raio.

– Ah, Meu Deus. - Melanie berra se agarrando em Max.

– Calma... - Max diz rindo. De fato, é uma cena engraçada.

– Você ainda ri? - Melanie dá um tapa fraco em Max.

– Tudo bem. Vai dormir. Você precisa descansar. - Max diz. E Melanie obedece, caindo no sono.

15:22 PM

Melanie estava ao lado de Max, no meio da multidão que queriam ver os novos reis no cortejo real. Eles estavam em carruagens abertas, para que o povo os vissem. Na primeira carruagem, estava Shaan, o novo rei. Ao lado de Shaan, estava Mary, sua esposa e rainha. Uma outra carruagem, atrás do rei, estava Colin, futuro herdeiro do trono.

Melanie o fitou com atenção. Ela se encantou por aquele loiro de olhos azuis brilhantes. Ele abaixa o olhar, para Melanie. 'Nossa... Que linda', ele pensou. Ficou vidrado nos olhos de Melanie. Não conseguia desviar o olhar para ninguém. Colin sorriu para Melanie e ela sorriu de volta. Era como se tudo estivesse em câmera lenta e ele só visse Melanie.

– Melanie, acorda! - Max chama Melanie. Ela acorda do seu transe e disfarça estar olhando para o príncipe.

Logo atrás do príncipe, estava a princesa, Catharina e seu filho, Phill.

– Veja isso, Melanie. - Max pede. Melanie olha para a princesa. Ela estava conversando com um homem que estava a pé. Eles riam e conversavam. De acordo com seus trajes, ele era o general do reino. - Aquele homem. - Ele aponta para o general.

– O que foi? Ele é o general, não é? - Melanie pergunta, desviando o olhar de Colin, que já havia avançado no cortejo.

– O observe com atenção. - Max pede. O general desvia o olhar da princesa e se vira para o lado, para o povo. E com um sorriso no rosto, ele se vira para Melanie, sem querer.

– Pa-pai? - Melanie pergunta. O homem tira o sorriso no rosto e fica sério.

– Tenho que fazer algo, Catharina. - Ele sussurra para a princesa e caminha até o guarda mais próximo.

Melanie não segurou as lagrimas. Seu pai estava bem vestido, estava rindo e era o general do exército. Max segura Melanie.

– Aqueles dois. - O general, que era Gejoan, aponta para Melanie e Max enquanto fala com um dos guardas. - Tire-os daqui. - Ele ordena.

– Sim, senhor. - O guarda diz e se direciona para Melanie e Max.

– Vão embora. - Ele segura o braço de Max e Melanie e os tiram da multidão, os largando bem longe do cortejo, que já avançava.

– O que foi? Isso dói! - Max grita.

– Eu recebo ordens. E elas não os permitem aqui. - O guarda responde.

– Não fizemos nada! - Max responde.

– Estou só fazendo meu trabalho. - O guarda responde. - Ou podemos fazer uma visitinha no calabouço...

– Deixa para lá, Max. Já vi o bastante. - Melanie puxa Max e eles voltam para casa.

Durante o percurso, nenhum dos dois disseram uma palavra.

Eles entraram na casa de Melanie e se sentaram no sofá. Melanie estava com o olhar frio. 'Ele me enganou', ela repetia isso na sua cabeça.

– Ele é o general do exército real. - Max diz.

– Eu vi. - Ela diz.

– Quer que eu conte tudo? - Max pergunta.

– Não deixe passar nada. - Melanie diz.

– Eu não sei sobre a história com sua mãe, só sei do seu pai.

– Por que não contou antes?

– Ele me ameaçou.

– Te ameaçou? - A expressão de Melanie muda. Ela agora está furiosa.

– Eu juntei o quebra-cabeça. - Ele diz.

– Monte-o para mim. - Melanie pede.

– Seu pai era o general do exército. Então ele se casou com a princesa Catharina. Teve um filho com ela, Phill. Em um certo ano, ele começou á sair á noite para uma casa de prostituição. As mulheres eram sensacionais e ele não resistiu. Ele conheceu uma mulher chamada Saula. E ela engravidou dele. O resto, você já sabe. Ele cuida da família dele e de você ao mesmo tempo. Ele iria te abandonar, mas ele havia se lembrado do que Saula havia dito sobre os seus dezenove anos.

– Então... Eu sou a outra? - Melanie começou á chorar.

– Seu pai sempre foi ambicioso. Ele ficou com pena de você. Você não percebe? Ele sai e entra em casa. Sempre fica fora de casa e você nunca percebeu. Ele tem dinheiro para pagar muito mais que o triplo daquela dívida na taberna. Ele te enganou, Mel.

– Como você sabe disso?

– Em uma noite, quando você tinha dez anos, eu o vi saindo de casa no meio da noite. Eu estava tocando arpa e o vi pulando a janela de casa. O segui até a porta do palácio e o fiz parar com um comentário. O obriguei contar, e foi o que ele fez. Disse que se eu contasse para você, ele iria matar minha mãe. O deixei entrar no palácio e o acompanhava com o olhar em suas fugidinhas. Sempre foi assim. Sempre. - Max diz.

– Ele se passava por pobre?

– Ele se passava por seu pai. Ele te enganou e guardou uma família. Ele não é seu pai. Pais, não fazem isso.

– Eu estou sozinha, Max. Estou sem ninguém! - Melanie abraça Max.

– Eu estou com você, Mel. Eu estou com você.


20:46 PM

– Era ela, não era? - Catharina pergunta para Gejoan ao vê-lo entrar em seus aposentos.

– Sim. - Gejoan responde.

– Por que a mandou embora? - Catharina pergunta.

– Ela não podia ficar. Ela não pode saber a verdade. - Gejoan tira o capacete e senta na cama.

– Ela já sabe.

– Não sobre você e Phill.

– Gejoan... - Catharina se aproxima do marido, o abraçando por trás. - Eu já lhe falei, traga a garota para cá.

– Não vou, Catharina. Não vou. - Ele se levanta.

A porta se abre e Phill entra.

– Pai, o rei está lhe chamando. - Phill diz.

– Tenho que ir. Assuntos do reino. - Gejoan pega o capacete e sai do quarto.

21: 26 PM

– Com a sua licença, senhor. - Gejoan diz.

– Pode ir, general. - Shaan diz. Gejoan balança a cabeça positivamente e sai da sala do trono.

– Colin. - Ele se direciona ao filho, em pé, ao seu lado.

– Sim, pai? - Colin pergunta.

– Ouviu? - Shaan pergunta.

– Perdão, pai. O quê?

– Os assuntos do reino com Gejoan.

– Hã... Sim, ouvi. Hã... - Shaan suspira.

– Logo você vai virar rei, Colin. Tem que prestar atenção em cada passo que dou.

– Eu presto. Mas eu estou meio cansado hoje...

– Conte-me, filho. Te conheço. Algo está mexendo com a sua cabeça.

– Uma.... Uma garota. - Colin responde. Shaan cai na gargalhada.

– Quem é a felizarda? Nina? - Shaan pergunta rindo.

Ele sempre obrigou Colin á se casar com Nina, a princesa de um reino vizinho. Colin, por outro lado, nunca gostou dessa ideia. Nunca gostara de Nina, só a suportava.

– Não. Uma garota linda que vi no cortejo. - Colin responde com um sorriso ao se lembrar de Melanie.

– Uma camponesa? - Shaan se levanta do trono.

– Acho que sim. - Colin dá de ombros.

– Não te quero com nenhuma camponesa... - Shaan responde enquanto caminha com velocidade em direção as portas enquanto sua capa voa.

– Como quiser. - Diz Colin enquanto segue o pai.

DIA SEGUINTE

Alguém bate na porta. Melanie não sabia quem era, então continuou sentada tomando seu café. Max se levantou e abriu a porta.

– Vai embora. - Max diz ao ver Gejoan. Melanie se levanta rapidamente e fica atrás de Max.

– Essa é a minha casa. - Gejoan empurra Max e entra na casa. Ele caminha até o quarto e junta algumas coisas. Melanie o segue e fica o observando da porta.

– Você vai embora? - Ela pergunta.

– Vai fazer alguma diferença para você? - Gejoan pergunta.

– Sim. Sei que não sente o mesmo mas, eu te amo.

– Eu sinto o mesmo, Melanie. - Gejoan diz. - Mas não posso ficar. Estou deixando mil moedas de ouro para você. - Ele entrega o saco de dinheiro.

– Não quero seu dinheiro. - Ela responde.

– Aceita logo.

– Quero lhe fazer outro pedido.

– Pode fazer.

– Eu quero ir com você.

– Para o palácio?

– Sim. - Gejoan guarda o saco.

– Não. - Gejoan passa por Melanie e caminha em direção á sala.

– Ou quer que Catharina saiba? - Melanie o segue. Gejoan para e se vira para Melanie.

– Ela já sabe. E já me perdoou por isso. Você deveria fazer o mesmo. - Gejoan diz.

– Por favor, pai. Me leva. Eu não tenho mais ninguém aqui a não ser Max. - Ela diz com aquele tom de garota mimada.

– Ele vai cuidar de você. - Gejoan responde. Max balança a cabeça positivamente, parece apoiar.

– Eu sei. Mas eu não quero ficar longe de você, pai.

– Pelo o que eu fiz, Melanie, você deveria me odiar. - Gejoan diz e sai de casa. Melanie o segue para fora de casa.

– Mas eu não te odeio. Eu só quero ficar com o você, pai. Eu nunca mais irei te perdoar. - Melanie diz.

– Tudo bem. Você vem. Mas, o Max fica. Não precisa pegar suas coisas. Apenas me siga. - Gejoan diz. Melanie sorri e segue o pai.

– Isso é loucura, Mel. - Max sussurra para Melanie enquanto caminha ao seu lado.

– Eu tenho um plano. Logo estarei de volta. - Melanie responde sussurrando.

– E se o rei te pegar?

– Não vai. Confie em mim. Tenho que ir. - Melanie abraça Max e segue com seu pai. Max fica parado olhando Melanie ir embora.

11:00 AM

– Faça tudo que eu mandar. - Gejoan sussurra para Melanie. - Concorde com tudo que eu falar. - Melanie balança a cabeça positivamente.

Eles estão na sala do trono, caminhando em direção ao rei.

– A que devo a honra, general? - Shaan diz ao ver Gejoan.

– Essa é Melanie. Minha filha. - Gejoan responde.

– Sua filha? - Shaan repete. Ele ficou um pouco incomodado com isso. Sempre foi muito apegado á irmã.

– Ela é minha afilhada. Uma amiga minha, como se fosse uma irmã, morreu e deixou essa filha. Ela não tem ninguém.

– Interessante... - Shaan diz.

– Ela precisou vir morar aqui. Quer dizer, com a sua autorização, é claro. - Gejoan diz.

– Hm... Tudo bem. Ela pode ficar aqui o tempo que quiser. - Shaan responde.

– Obrigado, meu senhor. - Gejoan diz se curvando para Shaan.

– Liz, leve a garota para seus novos aposentos. - Shaan pede. Liz, uma ruiva bem bonita, segura a mão de Melanie e a guia para fora da sala do trono.

13:30 PM

Melanie estava sentada em sua nova cama. Estava com cabelos arrumados, perfumada e vestida de bom gosto. Teve que praticamente implorar para a serva não a maquiar. Melanie odeia se maquiar.

Ele ouve batidas na porta.

– Pode entrar. - Melanie diz. Gejoan entra no quarto e fica em pé de frente para a filha. - Por que falou aquilo?

– Se eu falasse a verdade ele me mataria com as próprias mãos. - Gejoan responde.

– Tudo bem. Obrigada. - Melanie diz.

– Só queria saber se estava bem. Tenho que ir. - Gejoan diz, caminha em direção á porta. - Ah, você está bem bonita.

– Obrigada. - Ela responde com um sorriso. Gejoan abre a porta e sai.

– Acho que vou arrumar algo para comer sem ser frutas. - Melanie diz para si mesma. Ela sai do gigantesco quarto e caminha pelos corredores procurando a cozinha real.

Depois de se assumir perdida nos corredores, ela se bate com alguém. Os dois caem no chão e Colin cai em cima de Melanie.

– Desculpa. - Ele diz, sem desviar seus olhos.

Tinha algo nela que ele gostava. Não só sua beleza, também algo que ele não sabe o que é. Melanie também se sentia atraída por ele. Acha ele lindo e muito lindo.

– Você é tão linda... - Ele diz.

– Hã... Você está em cima de mim. - Melanie o avisa.

– Ah, sim. Desculpa. - Colin se levanta, saindo de cima de Melanie e a ajuda á se levantar. - Hã... Á propósito, sou Colin Willians.

– Você é um dos Willians? Tipo... Willians? - Melanie pergunta ajeitando seu vestido.

– Se quer dizer se sou filho do rei Shaan, sim. - Colin responde com um sorriso, com uma postura real.

– Nossa. Quer dizer, desculpa majestade. - Melanie se curva.

– Não. Não precisa disso. Hã... - Colin a levanta. Ele se sente desconfortável com isso. - Hã... Você é a garota que vi no cortejo, não?

– Melanie, ao seu dispor, senhor. - Outra vez, Melanie se curva para Colin.

– Para de se curvar, Melanie. - Ele pede.

– Você é futuro rei, não é? - Melanie levanta e volta á fitar Colin.

– Sim. - Ele responde.

– Então... Lhe devo respeito. - Melanie diz.

– Já que é assim... - Colin rosna. - Eu ordeno que não se curve mais para mim. - Ele diz com uma voz grave. Ambos caem na gargalhada.

– Tudo bem. - Melanie responde, ainda rindo.

– Então... Melanie, certo? - Colin pergunta. Ele perguntou de propósito, sabia que seu nome era Melanie. Ela havia dito.

– Sim, senhor. - Ela diz.

– Pode me chamar de Colin.

– Sim, senhor Colin... - Colin ri.

– Só Colin. - Ele responde.

– Sim, Colin. - Ela responde.

– Agora, sim. - Colin diz com um sorriso.

– Hã... - Melanie se lembra do que iria fazer. - Tenho que ir. - Melanie caminha pelo corredor.

– Você está voltando pela mesma direção que veio... - Colin segue Melanie.

– Pois é... Lembrei de algo. - Melanie responde.

– Ou será que está perdida? - Colin caminha ao seu lado.

– Perdida? Não. Não estou. - Melanie responde com um sorriso falso.

– Seu sorriso e seu olhar contam outra história, Melanie. - Colin diz. Melanie para e se vira para Colin. - Como veio parar aqui? Nunca te vi por estes corredores.

– Minha mãe morreu e um grande amigo dela, Gejoan, você devo o conhecer como o general, ele me trouxe para cá.

– Bem, de qualquer jeito, bem-vinda. - Colin sorri.

– Obrigada. - Melanie sorri de volta. Eles ficam segundos se olhando. - Preciso achar a cozinha. Tenho que ir. - Ela volta á caminhar.

– Posso te acompanhar? - Colin pergunta, seguindo Melanie, que balança a cabeça positivamente. - Posso te dizer algo?

– Claro. - Melanie responde.

– A cozinha fica pelo outro lado. - Colin aponta para atrás, por cima de seu ombro.

– Ah, sim. - Melanie cora e ambos voltam.

13:34 PM

– Senhor Willians? - Charlie, o cozinheiro, diz ao ver Colin.

Ele sempre gostara de Colin. Desde quando ele fazia ataques coletivos na cozinha que deixavam Charlie de cabelo em pé.

– Charlie... Como vai? - Colin dá um breve abraço em Charlie, mas volta á ficar ao lado de Melanie.

– Ah, eu vou bem. - Charlie responde, com um grande sorriso no rosto. - Vejo que você também... - Ele olha para Melanie e dá uma piscadela para Colin.

– Estou bem, sim. Essa é minha amiga, Melanie. - Colin aponta para Melanie.

Charlie olha para Melanie e para Colin, de Colin para Melanie.

– Prazer, sou Charlie, o cozinheiro real. - Charlie estende a mão para Melanie.

– Sou Melanie. - Melanie aperta a mão de Charlie.

– Charlie, tem algo de especial? Estamos morrendo de fome! - Diz Colin.

– Ah, claro... Venham... - Charlie responde guiando os dois pela gigantesca cozinha.



16:12 PM

Melanie estava nos aposentos de Colin, junto com ele. Ele está mostrando as coisas que ganhou das guerras. Neste momento, ele está mostrando uma espada danificada. Melanie está com a cabeça nas nuvens. Nunca se interessara por guerras. Mas parece que agora vai ter que se interessar muito, por seu pai.

Dianna, serva da princesa Catharina, bate duas vezes na porta.

– Entra! - Colin grita. A mulher entra nos aposentos do príncipe e se dirige á Melanie.

– A princesa Catharina está lhe chamando em seus aposentos. - Dianna informa.

– Tudo bem. Depois te vejo, Colin. - Melanie diz se levantando e seguindo Dianna.

– Tchau. - Colin diz.


16:15 PM

Dianna levou Melanie para os aposentos de Catharina. Melanie entrou e encontrou Catharina sentada na cama á sua espera.

– Se aproxime, querida. - Catharina pede. - Pode sentar-se aqui.

Melanie faz o que ela pediu. Senta ao seu lado na cama.

– Sabe quem sou, não é? - Catharina pergunta.

– Princesa Catharina Willians, irmã do rei Shaan Willians e esposa de general Gejoan Kim. Sim, sei quem a senhora é. - Melanie responde o mais rápido que conseguiu. Parecia aquelas carruagens reais que via passar, arrancando a grama de tanta velocidade. Aquilo era diversão. Isso não.

– Que bom. Sei quem você é também. - Catharina suspira e se levanta. - Sabe o que aconteceu, não é?

– Senti que meu pai mentiu. - Melanie responde.

– É a pura verdade, Melanie. - Catharina diz.

– O que quer de mim, Catharina? - Melanie pergunta se levantando.

Catharina simplesmente suspirou.

'Lá vem bomba....', pensou Melanie.

Melanie sempre pensa. Até demais...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam de Colin? Comentem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Encantados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.