- Bella, como... você... fez... fez isso? – vampiros gaguejam? Eu não sabia, mas E Agora? O que eu faço?

Todos estavam pensando coisas como “Eu vi mesmo isso? da onde ela tem poderes? ela é uma vampira? ela parece ser tão frágil...”.

Ou seja, estavam todos chocados. E eu com medo, será que eles vão ficar bravos comigo? Será que vão me expulsar da família deles? Bom, se eu dizer que não fui eu, vai ser mais difícil para contar mais tarde, daí sim eles ficariam chateados por eu ter mentido. Mas se eu contar a verdade, não sei como vão reagir e eu nunca mexeria na mente deles, pois eles são minha família. Mas e agora, o que eu faço?

- Bom... – comecei – acho que eu tenho umas coisinhas para explicar né?

- É, nós também achamos – Jasper disse

- Tudo bem, vou contar toda a minha história – eu estava muito nervosa. Todos assentiram – no meu aniversário de 17 anos, eu fui transformada em vampira – falei sem olhar para eles – não sei quem foi, só sei que no outro dia eu estava numa floresta. Eu vi um animal e por impulso o ataquei. Depois fui até um parque, e tinha crianças brincando lá. Me segurei muito para não atacá-las, e consegui. – parei um pouco ao me lembrar disso

- Você não atacou os humanos? – Jasper e todos estavam incrédulos

- Não, eu sempre tive um ótimo auto-controle. Mas continuando. Eu não sabia para onde ir, estava perdida. Então voltei para casa. Claro que eu não falei nada para meus pais, mas eles se apavoraram com meus olhos vermelhos. Eu disse que eram só lentes de contato e eles fingiram acreditar. Mas eu sei que não acreditaram.

- Como assim, você sabe? – Carlisle perguntou com toda a calma do mundo

- Eu posso ler mentes – falei, e todos se apavoraram, mas eu continuei – eu continuei vivendo com meus pais mas não fui na escola com a desculpa de estar com alguma doença. Eu tinha medo de atacar humanos, e eu só comia animais, sou vegetariana como vocês – dei um sorriso, mas todos estavam sérios – então, alguns meses depois, soube que meus pais sofreram um acidente de carro. Eu até pensei em transformá-los, mas não adiantava. Seus corações já não batiam mais. Então, como sou de menor, fui obriga a ir para um orfanato. Eu aceitei, pois além de não ter para onde ir, pensei que ninguém iria quere adotar uma adolescente. Mas eu me enganei. Aquele dia em que vocês foram lá, me apavorei não só por vocês estarem me adotando, mas sim por serem vampiros. Mas eu gostei muito de vocês, na verdade eu adorei – sorri para Esme que também retrubiu – mas eu tive medo que vocês não me quisessem mais como parte da família se eu contasse que era vampira. Então decidi não contar. Mas eu sabia que esse segredo eu não poderia esconder por muito tempo – parei. Todos ainda estavam chocados. Então de repente Emmet perguntou

- Quais são seus poderes? – suspirei e respondi

- Eu tenho um escudo mental, por isso Edward não conseguia ouvir meus pensamentos – olhei Edward que ainda estava sério – e, eu posso fazer qualquer coisa com o poder da mente. Posso ler pensamentos, colocar pensamentos na mente das pessoas, mover objetos... Mas é claro que agora eu não colocaria nada na mente de vocês para pensarem que fui eu que fiz isso com o lustre – olhei para onde o lustre estava – eu não conseguiria mais mentir para vocês – ninguém falava nada. Todos estavam apavorados com meus poderes. Isso estava me deixando angustiada – mas eu entendo se não me quiserem mais na família... – essas palavras me doeram muito. Eu estava indo para meu quarto fazer as malas, mas Esme me impediu

- Não Bella, você é da nossa família! – sorri na mesma hora. Mas todos olharam para Esme. Eles estavam chateados comigo, mas não queriam que eu fosse embora.

- Esme, isso não depende só de você – sorri tentando tirar sua angustia. Mas eu estava mais angustiada do que ela

- Não Bella, nós entendemos você, claro que ficamos um pouco chateados por você não ter nos contado... Mas acho que entendemos seus motivos – meu rosto se iluminou

- É, agora sei que você não perdeu seu sangue vindo pra cá – eu ri

- Emmet, você não sabe o quanto eu me controlei para não rir disso – todos riram

- Bom Bellinha, nós estávamos indo caçar, quer ir com a gente? – todos iriam caçar, menos Edward. Ele quer falar comigo

- Não Alice, já fui ontem – dei um sorriso e todos foram caçar. Menos Edward

- Edward, posso fazer uma pergunta? – ele apenas assentiu - Por que você me beijou? – ele foi pego de surpresa. Mas logo respondeu

- Bom, Bella, eu... eu... eu te amo – me enchi de felicidade - E com certeza isso não é um amor de irmão. – ele falou se aproximando – eu não paro de pensar em você

- É, isso eu sei – ironizei – mas eu também não paro de pensar em você – ele deu um sorriso lindo, e foi se aproximando cada vez mais.

E me beijou.

Mas não foi só um celinho. Ele me puxou pela cintura e minhas mãos foram para seu cabelo. Ficamos um tempo nos beijando. Não precisamos de ar. Quando nos separamos, estávamos ofegantes e ele pediu:

- Quer namorar comigo?