The Mentalist Summer Season escrita por TM


Capítulo 9
Episódio 3 — Dear agent




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Mary Ann Hills não exitou em pegar a mala de dinheiro e sair em busca de seus irmãos. Antes de ir, percebeu a inquietação da agente Lisbon, e soltou um riso fraco. Colocou a mala no banco de trás do carro e sentou-se rapidamente no banco do motorista, suas mãos tremiam e sua cabeça rodava. Ela dirigia o mais rápido que pudia, passando os limites de velocidade. 

— Que se dane! Estamos falando das minhas irmãs! — Ela falou consigo mesma. 

Ela tinha insistido para que Lisbon não a seguisse, com medo de que o plano falhasse e seu esforço fosse tudo em vão. Faltava cinco minutos para completar o prazo final, e percebendo que faltavam poucos metros, meteu o pé no acelerador e deixou-se levar. Quando chegou na rota 16, viu que um carro preto sedã estava no acostamento e parou. Uma mensagem chegara no seu celular, estava escrito: "Chegue mais perto, entregue o dinheiro nas minhas mãos".

Mary saiu do carro com a mala de dinheiro em mãos, e andava lentamente até o carro, como se estivesse vidrada, até que sentiu que um corpo se jogou contra o seu e que caíra no chão violentamente. O sedã preto disparou na frente, cantando pneus. Ela virou para encarar seu agressor. Era Lisbon.

+++

Teresa Lisbon chegou abraçada com Mary na residência Hills. Ela estava abalada pelo o que acabara de acontecer, e não falara uma palavra se quer desde o trajeto que chegava até o ponto de partida. Lisbon tentava se esticar ao máximo, já que o percurso dentro do porta-malas a deixara dolorida como uma idosa. Jim Hills encarou sua filha com os olhos cheios de lágrimas e a abraçou com ternura, até que ele cravou os olhos na agente.

— Por que decidiu que ia?

— Ele ia matar Mary de qualquer jeito, tinha que impedir isso. 

— Agora ele vai matar Robbie e Abby! Por sua causa! — Hills gritou.

— Na verdade, não vai. — Jane a defendeu. — Se for o sequestrador que estava no carro, ele vai ligar dentro de poucos minutos. Ele vai estar irado e tentará ver Mary Ann outra vez. Acho que ele aumentará o resgate.

O telefone tocava furiosamente, todos olharam para Jane e depois para o aparelho. Mary Ann foi correndo em direção á este, e antes de atendê-lo, olhou para Lisbon.

— Deixe que eu atendo. — Disse a morena.

Mary Ann entregou o telefone nas mãos da agente e sentiu seu sangue gelar.

— Alô? Aqui quem fala é a agente Teresa Lisbon, no que posso ajuda-lo? — A agente colocou em viva-voz.

— Quero falar com Mary Ann Hills AGORA! 

— No momento ela não se encontra, senhor. Só em alguns minutos.

— Por favor! Ela pedia para que eu a sequestrasse, seus olhos demonstravam isso! Seu corpo pedia por isso! Ela nasceu pra ser minha, juntamente com Abby e Robbie. — Nesse momento, Patrick Jane tomou o telefone das mãos de Lisbon e o desligou.

— Você perdeu a cabeça? — Gritou Lisbon. — Ele vai matar as duas!

— Na verdade, não vai. Estamos procurando alguém que tem eretomania; ele crê que Abby, Robbie e Mary Ann estão, secretamente, apaixonadas por ele. É por isso que matou Gabe, não vê? Ele queria ser feliz com elas, mas Gabe fez como qualquer pessoa normal faria, o chamaria de louco e impedisse de encostar em suas irmãs. 

— Isso explica o "seu corpo pedia por isso"... Inacreditável. — Cho estava com os olhos vidrados no chão.

— Apaixonadas? Por quem? — Mary Ann estava enfiada nos braços do pai. — Esse cara é doido! Isso não é possível!

— Eis a questão, é possível sim. Ele está apaixonado por vocês por causa da classe social mais alta, e diz que suas ações pediam por isso... Está ligada a esquizofrenia. — O telefone tocou e Jane desligou-o rapidamente. — Van Pelt, pesquise os casos tratados e veja se alguém parece familiar.

— Ok. — Em questão de segundos, os nomes já estavam na tela e ela lia o conteúdo rapidamente. — Paul Clark, Jan Trevor, Simon Jay — Jim Hills a interrompeu. 

— Trevor? Trevor trabalha aqui! Contratei ele como segurança particular dos meus filhos... Óh, não pode ser! — Ele colocou suas mãos no seu rosto. — Eu provoquei tudo isso... Não consigo acreditar!

— Fique calmo, senhor! — Lisbon mantinha a voz mansa. 

De repente, todas as luzes se apagaram, deixando uma completa escuridão. Os agentes pegaram suas armas pronto pra atirar em qualquer coisa que os ameaçasse. Lisbon mantinha Mary Ann junto á ela, a protegendo. A agente segurou Jane, e mesmo que não pudesse enxergar nada, jurava que ele estava com a testa enrugada.

— Jane, a proteja. Eu vou procurar Trevor! — Antes de ir, Lisbon sentiu um puxão em seu braço, era Jane.

— Só... Tenha cuidado. — Ele a soltou e ela saiu destemida. 

Jane tentava reconfortar Mary Ann, mas naquele espaço era impossível. Imaginou sua filha, anos antes, e tentou sorrir para afastar o medo que o devorava de dentro para fora. Apenas as luzes de fora se acenderam, e Jane pôde ver que Jim Hills estava desmaiado no chão.

— Papai! Papai! Acorde! — Ela gritava em prantos.

— Vamos Mary Ann, vamos! — Jane a puxou em direção a cozinha.

Só dava para ver a silhueta das coisas, e quando Jane viu o faqueiro, não exitou em pegar duas facas enormes. Entregou uma para Mary Ann, viu que ela ia negar, mas apertou sua mão e fez que sim com a cabeça.

Andou entre os comados e viu Lisbon no chão com um corte enorme em sua cabeça, o sangue escorria como uma cachoeira. Parecia uma boneca semi-morta. Jane afastou esse sentimento e foi ao encontro á sua parceira. A pegou nos braços e deixou a faca de lado. 

Sentiu um olhar queimar sua nuca, quando virou a cabeça, viu um homem de baixa estrutura com uma arma na mão, seus olhos demonstravam frieza, rapidamente, pegou a arma e mirou em direção á Jane. O consultor fechou os olhos e disse:

— Não acho que as meninas estejam apaixonadas por você. Robbie é minha namorada, você está ficando louco? — Seus olhos encararam seu agressor.

— Elas são minhas! — Trevor mirou para Jane.

Jane fechou os olhos e os abriu rapidamente, para ver o que estava acontecendo. Trevor estava no chão com sangue jorrando de sua barriga, atrás dele, apavorada, estava Mary Ann.

— Você está bem? — Mary Ann concordou com a cabeça. — Ele vai nos dizer onde suas irmãs estão, ok? Vai tudo ficar bem.

Lisbon abriu  os olhos e se surpreendeu por estar no colo de Jane.

— O que eu perdi?

— O encontro com Peter Blake. — Os dois trocaram sorrisos significativos.

+++

 Na outra noite, Jim Hills decidiu comemorar a volta das filhas fazendo uma festa em sua mansão. Todos foram convidados e saudados na festa; o traje era gala, o ar exilava dinheiro. 

Lisbon estava com um vestido bege com alguns brilhos, sua maquiagem estava leve e seu cabelo preso num coque desalinhado, enquanto Peter Blake estava com um paletó azul marinho da mais cara marca.

— Lisbon, Blake. — Cumprimentou Jane. Ele estava com seu velho traje, mas isso não o fazia ficar menos atraente, pelo contrário. — Você está linda, Lisbon. Com todo o respeito. 

— Obrigada. Você não está tão mal assim. — Ela deu um meio sorriso.

— Então... Jane, vamos conversar? 

— Claro, por favor. — Jane fez menção para que Blake o seguisse.

— Não, hoje não. Qualquer dia desses ta bom para você? Queria lhe falar sobre uns assuntos... Um tanto quanto importantes para mim e também para você.

— Lisbon! Você vai ser mamãe?! Meus parabéns para o casal!

— Jane! — Lisbon deu um bom gole no vinho que tomava.

— Não, Jane. É um assunto bem mais sério do que isso. — Blake deu um sorriso.

— E o que poderia ser mais importante que a gravidez ou o matrimônio de Lisbon? 

— Familiaridade, Jane. — E com essas palavras, Blake deu alguns passos e saiu da festa, deixando Lisbon e Jane intrigados com o que ele acabara de falar. 


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Notas finais do capítulo

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