The Mentalist Summer Season escrita por TM
A agente Lisbon andava nervosamente de um lado para o outor , na tentativa de aquietar seus pensamentos juntamente com suas emoções. Cho estava lendo algum livro de época — porém, ela não lhe deu atenção, Rigsby estava comendo e Van Pelt tentava descobrir algum rastro do sequestrador que tornara-se assassino numa explosão de raiva. Já passavam das oito da noite, e até agora, nada de Jane. Durante o dia, Lisbon ligou inúmeras vezes para o consultor, mas só dava em caixa postal.
Como se seus pensamentos projetassem, Jane surgiu na CBI com um ar triunfante e com um sorriso no rosto. Segurava seu paletó com o antebraço, e em sua outra mão possuía uma grande caixa de pizza.
— Servidos? — Anunciou Jane, não se deixou intimidar pelos olhares que lançaram sobre ele, pelo contrário, sentia-se grato por isso.
— Eba! Pizza! — Van Pelt pegou a caixa em suas mãos e exibiu uma fileira de dentes brancos e alinhados, como se estivesse pensando, parou e encarou a agente Lisbon com os olhos cansados. — Chefe? Podemos?
— Claro, podem ir para a cozinha. — Lisbon apertou seu lábio.
— Já era hora! — Rigsby estava com um sorriso no rosto e Cho balançava sua cabeça negativamente expressando um leve sorriso.
Os agentes deixaram a sala de computadores rapidamente e em silêncio, como se de alguma forma, o barulho desrespeitasse sua superior. Enquanto Patrick Jane observava os agentes saírem com um ar satisfatório, Lisbon o fuzilava com seu olhar.
— Como você pôde nos deixar assim? Você sabia que eram os filhos do governador Hills, mas mesmo assim, ignorou minhas ordens. Além disso, o assassino nos mandou uma carta não só citando o seu nome, como o meu também. Temos que resolver esse caso o quanto antes, ou ele matará uma por uma.
— Lisbon, me desculpe. — Jane abaixou os olhos. — Eu não sabia o quão importante era esse caso pra você, ou para o governador. Prometo que não ignorou mais as suas ligações, ou até mesmo, uma ordem.
— Chega de promessas! — Explodiu Lisbon. Ela colocou sua mão na cabeça e respirou profundamente. — Só resolva o caso como você sempre faz, ou o FBI irá pegá-lo.
Lisbon deu as costas para Jane e curvou os ombros; o cansaço atingira seu ápice e o estresse fazia de sua mente, sua nova moradia. Antes que pudesse dar mais um passo, ouviu uma voz cortar o silêncio.
— Lisbon! Onde está a carta?
— Em cima de minha mesa. Só não... Faça bagunça
Lisbon não o fitou, mas podia jurar que Jane tinha concordado com a cabeça, e que a encarou, lentamente, antes de deixá-la pronta para ir embora. Pronta para finalmente, poder descansar.
***
Os agentes passaram a tarde inteira estudando o caso, descobrindo tudo sobre a família Hills, e mais ainda sobre os trigêmeos: Gabe, Abby e Robbie. Lisbon permitia-se olhar para Jane por um segundo apenas, já que o consultor ficara a manhã e a tarde inteiramente quieto, pensando nas possibilidades, e quem seria o assassino. As vezes, o consultor também correspondia ao seu olhar, mas com uma expressão séria. E nestes breves momentos, a agente daria tudo para saber o que ele estava pensando.
***
O Sol já estava se pondo, dando lugar á noite. Lisbon olhou para o relógio na casa da família Hills: marcava-se seis horas e trinta minutos, meia hora antes da ligação do assassino. O governador Jim Hills era um homem cinquentenário, de aparência nobre, acompanhado com belíssimos olhos azuis e cabelos louros tão claros que assemelhavam-se ao branco. Ele conversava com o seu segurança particular, Eric Dinario, seus olhos estavam cansados e sua postura, curva.
Uma moça loura dos olhos de um castanho profundo atravessou a sala. Possuía uma postura reta, de modo que seria facilmente confundida com uma modelo. Ela encarou todos na sala, e foi até em direção a um louro.
— Você vai trazer minhas irmãs de volta?
— Tudo depende de você, Mary Ann. Tá vendo aquela agente? — Ele apontou para Lisbon, que deu-lhes um sorriso simpático. — Você vai atender o telefone, e tudo o que ela escrever no papel você repetirá de forma calma, faça com que pareça natural. Não demonstre medo.
— Em posição! Cinco minutos! — Lisbon gritou.
— Lembre-se: NÃO DEMONSTRE MEDO! — Jane gritou, tentando gravar tais palavras na cabeça da jovem.
Os agentes tomaram seu lugar: na enorme sala de estar, estava uma mesa com dois computadores — Van Pelt estava com um fone de ouvido, pronta pra detectar qualquer ruído que levasse ao assassino — e ao lado do governador, Rigsby estava parado com a arma em punhos, pronto para qualquer coisa. Cho estava na porta de entrada, evitando qualquer surpresa desagradável. Na mesa, Lisbon pôs uma cadeira ao lado de Mary Ann, e aguardava ansiosamente o bipe do telefone para começar a escrever. Já Jane... Este estudava os quartos em que os trigêmeos passaram boa parte da vida.
O celular de Mary Ann começou a tocar loucamente, e Van Pelt concordou com a cabeç a para que pudesse atender.
— Alô? Quem é? — Mary Ann se manteve calma.
— Você sabe quem eu sou. — Disse a voz modificada por algum programa de alto nível, Lisbon escreveu rapidamente "PERGUNTE DE SUAS IRMÃS, SE ELE MUDAR DE ASSUNTO, INSISTA".
— O que você fez com minhas irmãs?
— Me fale sobre seu livro favorito.
— O que você fez com as minhas irmãs?
— ME FALE SOBRE A PORRA DO LIVRO!
— Hamlet. O que você fez com as minhas irmãs?
— Hmmmmm... Interessante.
— Como estão Abby e Robbie? EU QUERO SABER! — Lágrimas escorriam do rosto da jovem, Lisbon pousou sua mão em seu ombro, tentando confortá-lá.
— Olha, preste atenção. Quero que me leve os meus 500 milhões na rota 16, se tiver com policial, eu vou saber. Só quero você, Mary Hills. Se não fizer o que eu mandar, suas irmãzinhas terão o mesmo fim de Gabe. E você não quer isso... Ou quer? Me encontre pontualmente daqui a 15 minutos. Você andará com a mala de dinheiro até que eu mande parar. Espero que tenha entendido. — Ele desligou o telefone. Mary Ann estava em pratos.
— Nada, chefe. Não consegui nada. — Van Pelt disse tristemente.
— E agora? O que vamos fazer? — Jim Hills perguntou.
— Vamos dar á ele o que ele tanto deseja. Onde está o dinheiro? — O governador apontou para uma mala no canto da sala. — Vá antes que o tempo acabe.
— Você só pode estar louco! — Lisbon falou entre dentes.
— Minha filha sozinha? De jeito nenhum!
— Você prefere três filhos mortos com a consciência pesada de saber que não moveu um dedo para salva-los, ou tentar seu último recurso? — Os olhos do velho responderam-no. — Vá, Mary Ann!
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O que estão achando?
Saibam que eu leio todos os comentários, apesarde estar ocupada para responde-los. Beijos!!