BlackList escrita por Myle


Capítulo 3
Memórias Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!! Me desculpem pela demora! Estava sem internet =/
Mas cá estou eu com um novo capítulo para vocês.
Leiam e deixem seus comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/667001/chapter/3

Anteriormente em Black List

— Uau... – Magnus disse. – O que sua filha tem?

— O que? – Jocelyn disse sem entender.

— Jonathan, não age dessa forma há muito tempo...

#Na memória da Clary, há alguns anos atrás... (Em caso de duvidas, Clary tem seis anos, Jace tem 7)

  Era noite e Clary já havia ido para o quarto em que fora destinada a dormir, porem ela não conseguia dormir, havia se revirado de um lado para o outro naquela cama gigante, mas não conseguia pegar no sono. E tudo piorou quando começou a chover violentamente, com direito a trovões e relâmpagos. Clary morria de medo de chuvas fortes como essa. Normalmente, seu irmão Jonathan ficava consigo na cama até que dormisse e se acalmasse, ela se sentia segura quando ele o fazia. Porem agora era diferente, o irmão dela não estava ali.

  Ela tentou manter a calma e lembrar o seu irmão disse tentando lhe acalmar enquanto fazia cafuné na sua cabeleira ruiva. Mas quando um trovão de mexer até o pé da cama apareceu, ela esqueceu isso e gritou de susto. Cobriu-se até a cabeça e ficou lá tremendo de medo por alguns minutos, até alguém tocar seu ombro delicadamente.

 - Clary. – Ela ouviu uma voz masculina. Ela conhecia aquela voz, era Jonathan. Conhecia-o a pelo menos dois dias, mas pareciam anos. Quando estava com ele sentia o mesmo de como estar com seu melhor amigo Simon. – Clary, esta tudo bem, sou eu, Jonathan.

  Ouvindo isso, a menina ruiva retirou o cobertor lentamente mostrando os olhos e vendo um loiro sorrindo tranquilizador para ela. Ela retirou todo o cobertor e esquecendo que era tímida se jogou nos braços de Jonathan abraçando-o, ainda com medo.

 - O-o que houve Clary? – Ele disse completamente surpreso com a ação repentina da garotinha, porem devolvendo o abraço.

 - Eu to com medo Jonathan. – Ela disse com uma voz chorosa.

 - Esta tudo bem, são só alguns trovões. – Ele disse acariciando seu cabelo por alguns segundo ate que se separou e olhando calmamente para ela. – Volte a dormir.

 - Jonathan, por favor não me deixa sozinha. – Ela disse com medo.

  Jonathan olhou-a relutante, pensando se podia se permitir ficar, pensou que não. Mas olhando para ela, despertava um sentimento que ele não sabia o que significava, queria protegê-la e cuidar dela. E foi por isso que ficou.

 - Tudo bem. – Ele suspirou rendido.

  Ele deu a volta na cama e deitou-se do outro lado, sendo assim Clary e Jace ficaram cara a cara. Ela pensou em como era possível que seus olhos brilhassem mesmo no escuro, era lindo.

  Jonathan pegou a mão dela e entrelaçou os dedos com os dela e disse:

 - Agora você promete que vai dormir?

 - S-sim. – Ela disse, e rapidamente fechou os olhos, com rosto totalmente corado.

  Jonathan riu baixinho e ficou um bom tempo só olhando para Clary. “Assim, até parece que você não é uma pestinha”- Ele pensou. Até que finalmente dormiu...

  De manhã.

 - Jonathan? – Magnus chamou batendo na porta do quarto do menino. – Jonathan acorda!

  Magnus não aguentou e abriu a porta do quarto, porem o garoto não estava ali. Ele franziu a testa achando isso completamente estranho, pois onde ele poderia ter ido afinal? E como se o instinto falasse, ele foi automaticamente ao quarto de Clary. Abriu lentamente a porta com intenção de não fazer barulho e o que viu a seguir fez com que um sorriso brotasse em seu rosto.

  Jace e Clary estavam dormindo, um virado de frente para o outro e com as mãos entrelaçadas. Sorriu de novo e fechou a porta saindo do quarto. Resolveu que o que tinha para Jonathan fazer, ele poderia fazer depois...

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

 (Nota: Jonathan Morgenstern tem 8 anos)

 - Jonathan?!

 - Sim mãe?

 - Ele esta vindo filho. – Ela o olhou séria, que a olhou igualmente sério.

 - Espero que não esteja pensando que vou traí-la e ir com aquele monstro que me torturou por anos. – Ele disse seco, imaginando o que a mãe estaria pensando.

  Jocelyn nada disse, era exatamente isso que estava pensando, foi por isso que decidiu não mostrar onde ficava a casa de Magnus, para que em caso de traição, Clary estivesse a salvo.

  *toc toc*

  Ouviu-se alguém bater na porta. Era Valentim. Ele nem esperou alguém abrir e arrebentou com a porta. Quando entrou, encontrou Jonathan e sua ex mulher armados olhando-o com fúria.

 - Ora, que lindo. Minha mulher e meu filho me esperando com tal emoção na porta. É realmente muito bom ser bem vindo. – Ele disse dando passos lentos para dentro, olhando atentamente para todos os lados.

 - O que você quer aqui Valentim? – Jocelyn perguntou fria.

 - Ora, esta faltando alguém não é mesmo? – Ele disse fingindo tristeza para Jocelyn, que o olhou enojada. – Onde esta minha querida filhinha?... Clarissa? Certo?

 -... –Jocelyn.

 - É, eu sei muita coisa sobre ela. Enquanto você achava que estava escondida, meus homens estavam de olho em vocês. Eles viram Clarissa. Ela é igualzinha a você Jocy.

 - Não me chama assim. – Ela rosnou apertando mais fortemente a lamina na mão.

 - Olhos verdes, cabelos ruivas... Baixinha. – Ele disse lentamente andando em direção dos dois. – Ela esta com Magnus não esta? – Ele perguntou.

 Jocelyn arregalou os olhos, espantada, a filha não estava segura?

 - Ah. – Disse percebendo o medo na ex-mulher. – Eu não sei onde o maldito mora. Infelizmente meus homens não acharam a tal casa da floresta. Talvez já tenham passado por ela e não percebido. Visto que Magnus é um excelente feiticeiro, com certeza eles não irão descobrir tão fácil onde ele mora. É uma pena ele não ter aceitado trabalhar comigo.

 - Ele é inteligente, por isso. – Jonathan falou, pela primeira vez desde que Valentim havia entrado.

  Valentim o olhou pela primeira vez ate então. Sorriu friamente e se aproximou do filho, que estava calmo demais.

 - Jonathan. – Ele disse. – Meu filho, pensei que não o veria nunca mais.

 - Que tristeza, não? – Jonathan ironizou.

 - Oh sim.  – Valentim riu sem humor. – Eu sabia que você viria para cá... Vendo como é um fraco. – Ele provocou, o que deu certo. – Os fracos preferem ficar com seus semelhantes afinal de contas não é mesmo?

  Coberto de fúria, Jonathan usou sua espada em um ataque mortal contra Valentim, porem, ele foi mais rápido e desviou. Jocelyn segurou Jonathan para que o mesmo não tentasse aquilo novamente, já que isso poderia acabar mal para ambos.

 - Impaciente, como sempre. – Valentim suspirou ajeitando o terno. – Infelizmente eu terei de ir, meu objetivo era vir ver minha amada filha. Mas, ela não esta aqui.

 - Você nunca a terá Valentim. – Jocelyn disse friamente, ainda segurando Jonathan pelos ombros.

 - Sim, claro. Se você acredita nisso. – Ele sorriu, fez uma reverencia e foi embora juntamente com seus capangas.

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

 - Clary? – Magnus chamou. – Clary?

 - Sim!?! – Ela gritou ao longe, estava no jardim.

  Magnus foi lá conferir o que ela estava fazendo e viu que ela estava brincando com uma fadinha que estava presa nos arbustos. Ele suspirou e a pegou no colo, fazendo-a rir.

 - Vamos para dentro sua pestinha.

 - O que vamos ter para comer hoje tio purpurina? – Ela perguntou para Magnus, que a olhou surpreso pelo apelido que ela lhe deu.

 - Tio purpurina?

 - Sim! – Ela riu da expressão dele. – Você é muito brilhoso, por isso.

 - Ora, isso é estilo! – Ele disse pondo-a na cadeira da cozinha. – Me chame de Magnus, por favor.

 - Então que vamos ter para comer hoje, “Tio Purpurina”? – Um garoto loiro perguntou irônico da patente da porta da cozinha.

  Magnus o olhou com olhos semicerrados para Jonathan.

 - Vamos ter Jonathan frito, com molho de ódio e um suco de raiva para acompanhar. – Ele respondeu sarcástico, o que fez com que as duas crianças ali rissem muito. Magnus suspirou. – Vamos ter panquecas, com o molho especial do Magnus e um suco de laranja para acompanhar.

 - Acho que agora ficou melhor. – Jonathan disse sentando-se à mesa.

  Magnus distribuiu panquecas para todos e sentou-se para comer também. A noite foi longa e divertida. Para Clary, eles já eram seus novos melhores amigos, não queria deixá-los nunca mais...

x—x—x—x—x—x—x—x—x—x

 #Agora...

  Magnus havia voltado de Idris e foi procurar por Jace para que o mesmo fizesse uma coisa antes que fosse dormir, porem não o achou em nenhum lugar na casa, nem mesmo na sala de treinamento.

  Não lhe ocorreu à ideia de ele poderia estar com Clary, fazia muito tempo em que os dois não se viam, o fato de que Magnus teve que apagar a memória de Clary  quando era pequena machucou muito Jace. E desde que ela voltou para cá, ele vem agindo muito... “Seco” com ela. Mas isso fugiu de sua mente quando entrou no quarto em que ela estava.

  Ele sorriu tristonho quando viu Clary adormecida na cama com uma das mãos entrelaçadas com a de Jace que estava dormindo, exausto, na cadeira ao lado...

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Me diz aí =3
Me desculpem pelo capítulo curto que este ficou, mas em compensação o próximo esta bem grandinho.
Então é isso, comentem e até mais
*w*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "BlackList" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.