BlackList escrita por Myle


Capítulo 2
Memórias/ Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ooie! Tudo bem pessoal?
Demorei um pouco, mas é culpa das férias kkkkkk ironicamente.
Aqui esta mais um capitulo da fanfic. Espero que gostem
Boa leitura.



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– É um prazer finalmente vê-la minha filha. – Valentim diz dando um passo para frente.

Clary não diz nada, só da um passo para trás, segurando sua vontade de chorar que ainda não foi embora.

– Não seja tímida, eu sou seu pai. Agora, que tal sairmos desse frio e tomar um chá lá em cima.

– Você matou minha mãe, meu irmão e meu pai. Acho que prefiro ficar aqui fora mesmo. – Ela disse com uma mistura de voz chorosa e voz de raiva.

– Ora, Luke? Ele não era necessário. Ele roubou minha mulher e meus dois filhos de mim. Teve o que merecia. – Valentim disse frio deixando Clary com mais raiva ainda. – Agora, se puder colaborar, entre aqui.

– Nem morta. – Clary disse e se virou correndo o máximo que conseguia.

Não olhou para trás nem uma vez, mas escutou Valentim mandado a mulher vir atrás dela. Estava com medo, mas não parou. Teve que virar para a esquerda quando se deu de cara com um monte de rochas gigantes à frente.

– Você poderia facilitar meu trabalho sua ruiva idiota. – A moça berrava atrás de si.

– Poderia, mas não vou. – Clary falou para si mesma ofegante.

Clary não fazia ideia de para onde estava indo, estava simplesmente correndo, fugindo para tentar despistar aquela psicopata atrás de si. Ela corria tanto que, quando uma mão que veio das rochas a puxou para dentro de uma fenda, quase capotou com a freada repentina.

– O q- - Foi interrompida por uma mão em sua boca.

– Ora, você achou mesmo qu- - A moça tinha parado em frente a fenda que um garoto misterioso havia lhe puxado, ela falava mas se interrompeu quando viu quem era o garoto. – Eu acho melhor você me dar essa ruivinha garoto.

– Eu acho melhor você sair daqui velha. – ele disse com uma voz fria e perigosa mostrando uma lamina brilhosa ao dizer, Clary arrepiou-se atrás do garoto que havia colocado uma mão a frente dela, como se tivesse protegendo-a.

– Eu sou uma bruxa, quer mesmo fazer isso? – Ela perguntou com um sorriso maldoso e chamas nas mãos. Clary respirou fundo.

– Ah, acho, que ele quer sim. – Outra voz surgiu, e um vulto caiu em pé atrás da moça, fazendo-a se virar espantada,

– Hmm... Magnus Bane, esta do lado dele agora? – Moly falou insegura.

– Sempre estive. - O carinha brilhoso falou dando passos ameaçadores para frente.

– Claro. – A moça disse, parecia com medo. – Você nunca foi tão esperto né Magnus, Valentim pode te dar muito mais do que esse jovenzinho de meia tigela daria.

– Deixe a garota em paz, vá. – O homem simplesmente disse ao comentário da moça. Quando a moça não se moveu, chamas azuis brotaram nas mãos de Magnus e furioso ele repetiu. – Vá. Agora. – Moly não esperou um terceiro comando, simplesmente saiu correndo. No fundo, Clary quase teve vontade de rir, mas bem no fundo mesmo.

Clary não sabia o que fazer, estava com medo daquele garoto loiro com uma arma afiada na mão e do moreno em chamas ali atrás.

– Clary? – Ela assustou-se ao ouvir seu nome. – Você esta bem?

Ela não respondeu ao moreno.

– Esta tudo bem, você pode confiar em mim. Eu era um amigo próximo da sua mãe. – quando ele disse isso, ela quase deu um passo para frente, mas o loiro tava ali.

– Quem é você? – Ela perguntou.

– Magnus Bane. – ele respondeu calmamente – Você não deve lembrar de mim, mas quando era uma criança eu visitava muito a sua mãe.

Ela não lembrava mesmo.

– Não podemos ficar aqui, Valentim vai querer vir atrás de você, custe o que custar. – Magnus disse. – Você tem que confiar em mim.

– Eu não posso confiar em ninguém. – disse com lagrimas nos olhos.

– Não pode mesmo. Mas eu prometi a sua mãe te proteger caso algo desse tipo acontecesse. Então...

– O que Valentim quer comigo, o que exatamente esta acontecendo? – Ela disse interrompendo-o.

– Vamos explicar tudo para você. Mas eu adoraria fazer isso em um lugar seguro, eles vão voltar. – ele disse e foi para frente da rocha. Começou a fazer umas coisas ali, a pedra começou a brilhar ate ficar completamente azul. – Nós temos que passar por isso, Jace, vá. – ele disse para o garoto loiro que obedeceu imediatamente. Clary escondeu um grito quando viu que o garoto havia completamente desaparecido. – Agora, Clary, segure a minha mão e pule para dentro do portal, no três! – Então ele contou ate três, e eles pularam.

Clary não conseguia descrever o que estava sentindo agora. Primeiro ela pulou naquele portal de mãos dadas com Magnus, então dentro do portal a sensação de cair no infinito parecia que não ia acabar nunca. E enfim, um impacto quando caiu no local em que o portal havia sido programado para levá-la. Ela pensou que ia cair com tudo no chão ou algo do tipo, mas alguém a pegou primeiro.

– Pode abrir os olhos agora. – Alguém disse, ela abriu devagar e viu o loiro segurando-a no colo. – Vu Alá, estás em casa. – ele disse soltando-a no chão bruscamente.

– Não exatamente em casa. – ela murmurou se recuperando do quase tombo.

– Venha Clary. – Magnus chamou em frente da porta de sua casa. – Entre para podermos conversar.

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– Ok espera. – Clary disse se levantando do sofá após ouvir tudo que Magnus dizia sobre a vida de alguém que supostamente deveria ser a dela. – Você quer dizer que Valentim Morgenstern é meu pai, Jonathan Christopher Fray é Jonathan Christopher Morgenstern e que sabia que Valentim era meu pai, minha mãe se chama na verdade Jocelyn Farchild que adotou Morgenstern quando se casou com Valentim. Luke era o melhor amigo da minha mãe e para... Para... – Ela enrolou a língua.

– Parabatai. – Jace disse entediado.

– Parabatai do Valentim, mas quando foi mordido por um lobisomem ele se transformou em um e não era mais o parabatai dele. Então, minha mãe comigo na barriga fugiu para sua casa pedindo ajuda para escondê-la de Valentim.

– Basicamente. – Magnus afirmou.

– Então quando eu nasci com um dom que nem todos os caçadores de sombras... – Ela olhou para Magnus que confirmou que estava certo. – A Visão. E para que eu não visse o mundo... Das sombras, minha mãe veio até você – apontou para Magnus – para que você fizesse um feitiço, para que tudo que eu visse nesse mundo, eu esquecesse?

–Exatamente. – Magnus concordou mais uma vez. – Você pegou a história toda.

Ela pegou, mas sua cabeça parecia que ia explodir.

– Eu não entendo... – Ela disse sentando novamente à frente dos rapazes. – Por que esconder minha vida, o que eu realmente deveria ser? Por que ela simplesmente não se separou de Valentim em vez de fugir e ter que ficar escondida?

– Valentim tinha planos para destruir Idris. – Jace disse. – Sua mãe fugiu com os dois objetos que Valentim havia conquistado... O Cálice Mortal e a Espada Mortal.

– E o que seria isso? – Ela perguntou.

– Dois dos três instrumentos mortais do meu povo. Muito poderosos inclusive. Sem eles Valentim não poderia atacar Idris. – Ele explicou. – É certo que ele tem os demônios ao seu lado, porem ele precisa do Cálice e da Espada.

– E onde eles estão agora? – Ela indagou curiosa.

Porem os rapazes não responderam, eles olharam um para o outro com uma leve expressão de surpresa.

– Nós não sabemos. –Magnus respondeu depois de alguns segundos. – Nós só sabemos que sua mãe os colocou em cartas de tarô.

– Cartas de tarô? – Ela exclamou confusa. - Espera, como ela poderia por dois objetos em uma carta... de... tarô... – Clary concluiu a frase parecendo se lembrar de alguma coisa.

– O que foi? – Magnus perguntou ansioso. – Você se lembra dessas cartas?

– Acho que sim, eu não sei bem. – Clary disse com uma expressão de quem tenta procurar uma coisa em um baú. – Eu acho que me lembro de ter visto ela guardar algumas cartas em uma caixinha azul... É, ainda que tinha um símbolo bem estranho desenhado nela. Eu me lembro de ter visto um cálice dourado em uma delas.

– É esse mesmo. – Jace disse com o mesmo tom sério de antes.

– Você se lembra onde poderia estar Clary? – Magnus perguntou.

– Eu não sei... – Ela disse se levantado mais um vez, começando a andar pela sala, que estranhamente e de repente, começou a soar familiar. – Eu não... Sei. – Disse lentamente como alguém que caia no sono. Ela começou a ver um menininho loiro na casa, parecia como uma miniatura de Jace.

– Clary! – Magnus exclamou quando viu a menina tombar para trás, Jace foi mais rápido e conseguiu pegá-la antes que caísse e batesse a cabeça no chão.

– O aconteceu? – Ele perguntou, pela primeira vez expressando algo que não fosse seriedade total.

– Acho que é o feitiço perdendo o efeito. Pressionamos muito ela para que se lembrasse de um passado que fora escondido dela, e por isso sua mente se sobrecarregou. O certo é deixá-la descansar. Leve-a para o quarto de hospedes.

E assim Jace fez, levou-a para o quarto de hospedes, que ficava ao lado do seu próprio, e a deitou delicadamente na cama que havia ali.

– Tomara que se lembre... – Ele disse antes de sair.

*Nas memórias de Clary há alguns anos atrás... *

– Para onde nós vamos mamãe? – A ruivinha perguntou.

– Para casa de um velho amigo meu. – Ela respondeu.

– Fazer o que?

– Um favor para nós duas querida. Agora, sem mais perguntas tudo bem. – Jocelyn disse.

A menina não perguntou mais, mas sua mente explodia a cada passo em davam em direção ao meio do nada. Clary ia perguntar se faltava muito até que avistou uma casa com um enorme gramado em volta, e árvores também. Ela ficou de boca aberta.

Jocelyn bateu na porta e após alguns segundos um menininho loiro atendeu a porta.

–... Sim? – Ele disse depois de um tempo encarando as duas.

– Magnus esta aí Jonathan? – Jocelyn perguntou gentilmente.

– Sim. – Ele respondeu sério. – Entrem, ele já vem para cá. – Ele abriu passagem para que as duas passassem.

– Obrigada. – Jocelyn entrou por primeiro

Clary acompanhou a mãe, mas não conseguiu se controlar e continuar quietinha e comportada.

– Você tem o nome igual a do meu irmão! – Ela disse olhando sorridente para o menino sério na frente dela.

Ele deu um empurrão na porta fazendo a mesma fechar, fez isso sem tirar os olhos da menina ruiva a sua frente.

– Legal. – Ele disse com uma voz de tédio.

– E você é bonitinho igual a ele. – Ela acrescentou ficando vermelha no ato.

O menino loiro deu uma risadinha para ela e sorriu “sexymente” para um garoto tão novo.

– Aposto que não. – Ele virou as costas, porem Clary o acompanhou.

– Você parece ser sempre tão gentil... – Clary disse ironicamente, isso foi suficiente para que ele virasse para ela novamente.

– O cavalheiro em pessoa. – Ele ia acrescentar mais alguma coisa, mas Magnus havia chegado e estava conversando com Jocelyn.

– Como assim Magnus? – Ela exclamou, quase desesperada.

– Sinto muito Jocelyn, mas esses meses eu não vou poder renovar o feitiço da Clary.

– Mas por quê?

– Valentim. – Ele só disse.

– Ele esta atrás de você?

– Não, ele não vai nem chegar perto daqui. É melhor você tomar cuidado alias, ele esta atrás de você.

Jocelyn suspirou andando de um lado para o outro na sala.

– Eu posso deixá-la aqui por esse tempo? Ate que você possa renovar o feitiço. Por favor- Ela pediu.

–... – Ele suspirou em forma de rendição. – Tudo bem. Mas e você?

– Não se preocupe comigo. Cuide dela, por favor. – Ela disse apontando para Clary, que olhava tudo sem entender uma só palavra.

– Jonathan... – Magnus disse sem tirar os olhos de Jocelyn. – Leve nossa querida ruivinha para o quarto de hospedes. Parece que vamos ter uma nova companhia por um tempinho.

– Obrigada. – Ela sussurrou para Magnus e foi em direção a Clary. – Querida me escute esta bem, você vai ficar na casa do Magnus esta bem? Não se preocupe com a mamãe, só se comporte em quanto estiver aqui. Ok?

– Mas e o Jonathan mamãe? – Clary perguntou se referindo ao irmão mais velho.

– Ele vai estar bem, não se preocupe. Aproveite seu tempo aqui minha querida. – Ela beijou a testa da filha e fez um sinal para o loiro levá-la para cima. – Magnus, evite magia ao máximo. – Ela disse para ele que concordou, porem, sorrindo, o que foi um sinal claro de que provavelmente ele usaria.

– Venha tampinha, vou te mostrar o quarto em que vai ficar. – Jonathan disse esfregando a cabeleira ruiva da menina. Ela olhou furiosa para ele que sorria subindo de costas a escada.

– Quem você esta chamando de tampinha. – Ela o encara toda nervosinha o que faz com que ele ria, ela corre atrás dele e ele sai correndo subindo as escadas.

– Uau... – Magnus disse. – O que sua filha tem?

– O que? – Jocelyn disse sem entender.

– Jonathan, não age dessa forma há muito tempo...

Continua...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem aí.
Até o próximo,
Bjoss



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