Assistindo Como Treinar Seu Dragão escrita por HeloiseC, Mad Girl
Notas iniciais do capítulo
B= Bea H= Helo
Bea: ~se esconde~
H: Hãm... Desculpa?
B: Pois, a gente sumiu MUITO!
H: Desaparecemos por um (longo) tempo.
B: Pois é né, to envergonhada...
H: Já enrolamos vocês por meses (?) então vamos logo para o capítulo.
B: Beijos, até lá em baixo!
H: Boa leitura! :3
Soluço e Boção estavam voltando para casa e Soluço continuava a teimar:
—Mas eu acertei mesmo.
—Ta, ta – Disse Bocão já cansado.
Valka se sentiu incomodada por ninguém acreditar em seu filho.
—Ele nunca me ouve – Soluço diz se referindo ao seu pai.
— Isso é de família – Bocão dá de ombros.
— Verdade.
— E quando ele ouve, faz um olhar decepcionado, sabe? Com aquela cara murcha como se faltasse carne no sanduíche dele – Chegam em casa, mas param na frente da porta e Soluço começa a imitar Stoico – “Dá licença, garçonete, acho que a senhorita trouxe o moleque errado. Eu pedi um menino jumbo com braços carnudos, porção extra de coragem coberta de glória. Olha só! Isso aqui é uma espinha de peixe falante”.
Algumas pessoas riram com a imitação (muita parecida), enquanto Stoico olhou para Soluço.
— Eu falo mesmo assim?
—Não, você entendeu tudo errado – Fala Bocão – O problema não é a sua aparência, é o que está dentro de você que ele não aguenta.
Soluço revirou os olhos lembrando de como isso havia “ajudado” a ele.
—Valeu, sua sinceridade é comovente – Soluço ia entrar em casa, mas Bocão fala:
—A questão é: Pare de se esforçar tanto em ser o que você não é.
—Eu só quero ser igual a vocês – Soluço entra em casa e o mais velho suspira logo virando de costas.
A aldeia ficou em silencio entendendo o lado do garoto naquela época.
O mais novo, teimoso, atravessa a casa e sai pela portas dos fundos.
Todos reviraram os olhos.
— Lá vai ele... de novo.
***
Stoico havia reunido a vila toda e falava com um mapa estendido em sua frente numa mesa.
—Ou nós acabamos com eles ou eles acabam conosco – Stoico começa seu discurso – É o único jeito de nos livrarmos deles. Se encontrarmos o ninho e destruí-lo, os dragões irão embora. Irão procurar outro lugar – O líder pega sua adaga e crava em seu mapa estendido bem no lugar onde estavam desenhados os dragões – Mais uma busca antes de tudo congelar.
Valka ficou indignada pelo jeito em que Berk via os dragões.
—Mas os navios nunca voltam! – Um viking fala.
—Somos vikings. É um risco ocupacional. Quem vem comigo? – Pergunta Stoico, mas ninguém levanta a mão.
— Eles era covardes... – Resmungou Stoico.
Os vikings deram sorrisos nervosos ao ex-chefe.
—Hoje não vai dar pra mim – Diz um.
— E eu pensando que o Perna-de-Peixe era covarde. – Riu Melequento.
— Ei! – Exclamou Perna-de-Peixe.
—Ta bom. Quem ficar cuida do Soluço – Stoico fala e todos acabam por levantar suas mãos e falam coisas como: “Aos navios!” “Vou com você” – É assim eu gosto.
— Então era assim que ele convencia as pessoas. – Riu Cabeca-Quente com seu irmão.
— Você me usava para isso? – Pergntou Soluço incrédulo.
— Foi mal... – Stoico sorriu.
Bocão que estava com um copo em lugar de seu gancho levanta e diz:
—Bom, vou por as cuequinhas na mala.
— Argh! – Exclamou os gêmeos.
— Só de pensar... argh! – Melequento estremeceu.
—Não – Stoico o impede – Preciso que fique e treine novos recrutas.
—Ah, perfeito –Se senta novamente – E enquanto eu estiver ocupado, Soluço cuida da ferraria. Ferro derretido, lâminas afiadas tempo a beça sozinho. O que é que poderia dar errado? – Pergunta irônico.
— Quanto confiança em mim, ein Bocão? – Soluço cruzou os braços.
— Sempre acontecia algo quando você ficava sozinho na ferraria. – Disse Bocão. - Se bem que de vez em quando ainda acontece...
- O que eu faço com ele, Bocão? – Suspira Stoico.
—Ele pode treinar com os outros – Sugere.
— Te disse que não havia convidado ele.
—Estou falando sério – Se vira para ele.
—Eu mais ainda!
—Ele vai morrer antes que você solte o primeiro dragão na arena.
— Olha a confiança de novo! – Soluço exclamou.
—Ah, como é que você sabe?
—Mais é claro que eu sei – Rebate Stoico.
— Sabe não.
—Não sabe!
—Eu sei sim, Bocão.
— Nha, nha.
—Não, não sabe.
—Escuta! Você sabe como ele é – Levanta e começa a andar pelo salão – Desde que engatinhava ele era... diferente – Suspira – Ele não me escuta, não presta a menor atenção em nada. Eu levo ele para pescar e ele fica procurando por trolls.
— Sério? – Perguntou Valka intrigada.
— Bem... – Soluço coçou atrás da cabeça. – Eu ficava muito tempo com o Bocão...
—Trolls existem! Eles roubam meias, mas só as do pé esquerdo. Por que será?
— Viu?
—Quando e era menino...
— Senta que lá vem história!
— E lá vem – Bocão interrompe.
—...meu pai mandou eu bater a cabeça na pedra e eu bati. Achei uma loucura, mas não questionei. E sabe o que aconteceu? – Pergunta retoricamente.
— Dor de cabeça? – Sugeriu Cabeça-Quente.
— Eu sei! Eu sei! – Cabeça-Dura levantou as mãos. – Sua cabeça se partiu ao meio!
— Idiotas... – Resmungou Eret de braços cruzados.
—Deu enxaqueca?
—A pedra se partiu ao meio. Aquilo me ensinou do que um viking é capaz. Pode esmagar montanhas, devastar florestas, domar os mares! Mesmo menino, eu sabia o que eu era e o que tinha que me tornar – Se senta novamente – Soluço não é assim...
— Não é mesmo.
—Não pode impedi-lo Stoico, apenas pode prepara-lo. Eu sei que parece um caso perdido, mas não poderá protegê-lo sempre. Ele vai acabar saindo de novo. Se bobear, já até saiu!
— O Bocão é vidente ou o que?
***
Soluço olha em seu mapa e marca mais um lugar dos quais já havia procurado o dragão que derrubou na noite passada. Ele para e fecha os olhos fortemente se virando, logo os abrindo na expectativa de ter achado o seu dragão.
Ele apenas acha mais verde da floresta, suspira e abre seu caderno de novo marcando outro “x”, mas acaba se irritando e risca a página toda. Ele coloca o lápis dentro e fecha seu caderno com força.
— Uh, estressadinho...
—Ah, os deuses me odeiam – Fala sozinho e põe o caderno em seu colete – Tem gente que perde a faca, o escudo... eu não! Eu perco um dragão inteiro – Caminha mas logo, distraído, bate em um galho de árvore onde sua metade havia caído, como se tivesse sido partida ao meio.
— Ué...
Ele olha para o tronco e logo olha para a trilha de terra feita.
O salão ficou em silencio.
O mesmo segue a trilha curioso. Quando acha o corpo do dragão mais a baixo, ele se assusta e volta um pouco se escondendo. Ele olha novamente hesitante vendo o Fúria da Noite deitado amarrado com suas cordas.
— É o Banguela...
Muitos sussurros foram ouvidos.
— E não é que aquela arma dele funciona mesmo?! – Exclama Eret e vários vikings olham desconfiados pra ele- Calma, só comentei. Não sou mais caçador, lembram? – Levanta as mão em sinal de redenção, logo as abaixando e voltando a prestar atenção no filme.
Soluço saca sua adaga desajeitadamente, apontando-a com as duas mãos para o dragão derrubado. Ele desce e se esconde atrás de uma pedra grande, logo saindo de trás dela se aproximando do réptil.
—Olha só! Eu consegui! Ah, eu consegui. Isso vai limpar a minha barra –Comemora – É, eu derrubei essa fera poderosa – Põe o pé em cima do Fúria da noite, mas se assusta ao ouvir um rosnado e anda para trás batendo suas costas na pedra.
— Desajeitado como sempre...
Soluço saca novamente a faca e se aproxima apontando-a para o dragão que abre os olhos encarando o pequeno viking. Ele respira fundo e levanta a adaga.
Mesmo sabendo que nada irá acontecer, os vikings prendem a respiração, principalmente Valka.
—Eu vou te matar agora, dragão. Depois, eu vou arrancar os seu coração e levar para o meu pai. Eu sou um viking. Eu sou um viking! – Fala para o réptil.
— Ele só queria o orgulho do pai... – Comenta um viking.
— E a gente queria tirar isso dele – Concorda outro.
Stoico olha para o filho com compaixão e põe o seu braço em volta dos ombros do mais novo.
— Você, com certeza, me trouxe muito orgulho.
Soluço lacrimeja os olhos de felicidade. Banguela se esfrega no braço de Soluço, que sorri para o amigo.
— Foi mal, amigão.
Ele levanta a adaga mais alto fechando os olhos, ele olha novamente para o dragão e fecha os olhos com mais força. O Fúria da Noite fecha os olhos também e deita novamente desistindo. Soluço acaba desistindo e abaixa a adaga.
—O que foi que eu fiz? – Ele vira, porém se interrompe olhando de novo para o dragão.
O silencio voltou ao salão.
O réptil abre os olhos ao perceber Soluço cortando suas cordas. Ao perceber que já estava livre, ele sobe em cima do viking e encara o mesmo que o olhava com medo.
Banguela choraminga, mas Soluço sorri tranquilizador.
— Eu te entendo amigo, você estava assustado.
O Fúria da Noite levanta as asas e se prepara para atacar, mas ele rosna para Soluço e sai dali rapidamente tentando voar, porém batendo em pedras e acaba por cair novamente um pouco mais fundo.
— Então foi assim que o Banguela perdeu a cauda... – Comentou Valka, fazendo Soluço encolher os ombros.
Soluço atordoado respira fundo, levanta e suas pernas ficam bambas e acaba caindo no chão.
O Grande Salão explode em várias risadas com o “desmaio” do garoto.
***
Soluço entra em casa quando seu pai estava na sala mexendo no fogo. Ele tenta passar despercebido, mas Stoico percebe sua presença.
—Soluço – Chama Stoico.
—Pai! É...Eu preciso falar com você - Soluço para de subir as escadas e desce novamente.
—É, eu também preciso, meu filho – Stoico se vira e junta suas próprias mãos para falar.
—Eu decidi que você pode combater/não quero combater dragões – Stoico e Soluço falam ao mesmo tempo – O que?
Os vikings riem com a semelhança dos dois.
— Vocês são parecidos mesmo!
— Fala primeiro – Deixa Stoico.
—Não, fala você.
—Muito bem. Você venceu. O treino com dragões começa amanhã cedo.
— Vish...
—Ah, eu devia ter falado primeiro. Sabe o que eu tava pensando, pai? Que nós já temos um exército de vikings para combater dragões, entendeu? Mas não temos tantos vikings padeiros e nem vikings quebra-galhos...
— Padeiro? – Astrid olhou para Soluço rindo. – Sério?
— Era só uma desculpa...
—Vai precisar disso – Stoico o interrompe sem lhe dar ouvidos e dá um marchado para o filho.
— Eu não quero combater dragões, pai – Fala pegando o marchado desajeitadamente.
—Ora, claro que quer –Ri e vira de costas para o filho.
— Falando por seu filho, não é Stoico? – Valka cruzou os braços. Stoico desviou o olhar, só faltando assoviar.
—Traduzindo: Pai, eu não consigo matar dragões.
—Mas você vai matar dragões!
—Não, eu tenho muita certeza de que eu não vou.
—Chegou a hora, Soluço – Vira de volta para ele.
—Você não tá me ouvindo?
— Não.
—Isso é sério, filho. Quando levar este marchado – Pega o marchado dele -, levará todos nós com você. Quer dizer que você andará como nós, falará como nós –Ajeita a postura do filho e o devolve a arma -, pensará como nós. Vai parar com tudo... isso – Gesticula para o mais novo.
— Mas você tá apontando para eu todo.
— De novo esse papo...
—Entendeu?
—Essa conversa tá me parecendo mais um monólogo.
— Concordo!
—Entendeu? – Insiste Stoico.
—Entendi – Soluço suspira.
—Ótimo – Stoico pega sua bolsa com armas – Eu vou voltar... Talvez – Sai de casa pegando seu elmo e o colocando.
— E eu vou ficar aqui... Talvez.
— Você não estava pensando em fugir, não é? – Perguntou Valka.
— Ham... – Gaguejou Soluço.
— Soluço... – Astrid olhou para ele com aquele olhar de... bem, Astrid.
— Eu estou aqui, não estou? Não tinha com o que se preocupar.
— Ah, mas tinha sim. – Disse Bea e eu assenti.
— Aguardem as próximas cenas.
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B: O bom desses meses é que conseguimos TRINTA comentários. Obrigadaaaaa!
H: E com apenas um capítulo! Acho que é um recorde pessoal, obrigadaaaaa!
B: To emocionada, sério, espero que tenham gostado desse também.
H: Sim! Mas isso não quer dizer que não devem comentar mais!
B: Isso, por favor, continuem a comentar, isso deixa a gente muito feliz!
H: Aguardamos ansiosas seus comentários!
B: Isso! Até o próximo capítulo!
H: Tiau!! ;)