Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 7
Mais um Servo do deus da guerra


Notas iniciais do capítulo

Naruto ressurgiu e veio para lutar.



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Hades (Madara):Hades é o deus do Mundo Inferior e dos mortos. Seu nome era usado frequentemente para designar tanto o deus quanto o reino que governa, nos subterrâneos da Terra. Filho de Cronos e de Reia, irmão de Hestia, Deméter e Hera, e assim como de Poseidon e Zeus. Hades também ficou conhecido pelo rapto de Persefone filha de Deméter, com quem manteve-se casado e fiel, mas não tiveram filhos.



26/05/2015, dia seguinte.

Garotos e garotas andavam de um lado para outro. Alguns mais preocupados em ir para a sala, outros só em conversar, e tinham aqueles que tentavam fazer os dois, mas priorizavam a conversa para descobrir as últimas fofocas e acontecimentos.

Haviam chegado cedo, mas o processo de não assistir aula era o mesmo, afinal era quinta, aula de história com o professor Kakashi.

Ela, por outro lado, já estava no seu armário pegando seu livro. Ainda digeria algumas coisas que ouvira ontem de Sasuke, então vira e mexe se pegava olhando para as mãos dos outros, vendo quem poderia ser um Servo e quem não.

– Sakura. – ouvir aquela voz a irritou profundamente.

– Me esquece, Sasori! – disse, fechando o armário e fazendo menção de andar, contudo, foi segurada por ele. – Quer que eu grite?

– Eu quero pedir desculpa.

– Por tentar me arrastar para um lugar que eu não queria ir ou por me largar sozinha com um animal raivoso? – esse final havia sido ensaiado. Sasuke dissera para ela que se Sasori tocasse no assunto, era isso que ela deveria dizer.

– Ah, Sakura, estamos juntos a tanto tempo, temos dezesseis anos, achei que você ia gostar. – disse.

– Mas não gostei. – falou. – E correção, não estamos juntos, estávamos juntos. Eu não quero mais ver seu cabelo ruivo de novo.

– Não pode estar falando sério, né? – perguntou.

– Algum problema? – a voz de Sasuke foi ouvida, e ambos olharam para o lado, o vendo ali parado com as mãos no bolso.

– Você de novo.

– Está tentando arrastar ela para aonde agora, Sasori? – perguntou. O corredor inteiro parou para olhar o “triângulo amoroso” que se formara ali.

– É impressão minha ou você sempre está por perto?

– Talvez eu seja um stalker. – ironizou. – Agora solta logo. – colocou sua mão sobre a dele, beliscando-o e o forçando a soltá-la.

– Sabe, eu posso me defender sozinha. – falou Sakura.

– Eu sei, mas é bom mexer com o Sasori. – confessou.

– Você vai deixar eu falar com minha namorada ou vai ficar aí, na frente? – fuzilou com os olhos.

– Ela não é mais sua namorada, o que me permite fazer isso. – puxou a rosada para um beijo, surpreendendo não só a ela, assim como todo corredor.

– Seu... Eu sempre... Eu... – vendo que estava sendo ignorado, e que o corredor inteiro caçoava de si ou tirava fotos da cena, o garoto saiu dali, rumando qualquer lugar distante daqueles dois.

O beijo estava bom, muito bom, na verdade. Não esperava ser beijada por Sasuke, e nem que ele beijasse tão bem, mas assim que viu que Sasori não estava mais ali, mordeu os lábios do moreno, afastando-o de si.

– Ai, por que fez isso? – perguntou com a mão no local.

– Não me lembro de tê-lo deixado me beijar. – falou corada, seguindo seu caminho para a sala.

– Problemática. – sussurrou.

– Eu ouvi! – falou.



Andando sem rumo, o ruivo acabou indo para a área dos banheiros, onde esbarrou com a loira antes de entrar no masculino.

– Olha por onde anda, Ino. – reclamou.

– Ai, eu estava te procurando. – disse. – Soube que a Sakura terminou com você.

– Veio rir de mim, se for, com licença. – tentou passar por ela, entretanto, a garota se pôs na frete. – O que foi?

– Poxa, Sasori, eu só quero conversar. – fez uma voz manhosa.

– Ino, você me odeia, vai logo pro assunto!

– Então tá. – deu de ombros e olhou em seus olhos. – Ontem, quando você e Sakura encontraram o Sasuke, vocês brigaram e ele te bateu, então você fugiu após apanhar do Sasuke.

– Eu fugi após apanhar do Sasuke. – repetiu, mecanicamente.

– Isso mesmo. – sorriu para ele.

– Vai ficar aí na minha frente? Eu quero ir no banheiro.

– Ah, desculpa. – disse, dando passagem para ele. – Sinceramente, eu vou ter que ficar limpando a barra deles? – pensou.



– Você fez o quê? – perguntou Naruto, andando de um lado para o outro. Como matariam o primeiro tempo de aula, haviam ido para o terraço da escola, assim ninguém os acharia lá. Por isso Naruto aproveitara para gritar a pergunta assim que ouviu Sasuke confessar que beijara Sakura. – Eu beijei a Hinata e você ficou irritadinho, agora você vem me dizer que beijou a Sakura? Sabe quanto tempo eu to pensando em um plano para conquistar ela.

– Calma, dobe, foi só para irritar o Sasori.

– Quando ela finalmente tá livre beija logo você, teme? – disse.

– É sobre isso que quero falar também. – olhou para o alto, imaginando como o amigo reagiria aquilo. Ontem já o havia deixado a par de Sakura, Sasori, Sai e Ino, mas o que estava por vir era pior. – Eu quero trocar.

– Como?

– Eu quero trocar de par, de garota. Quero que você deixa a Sakura para mim e você fica com a Hinata. – propôs.

– O Sasori bateu muito forte em você? Eu acabei de falar que estou pensando em um plano a um tempão.

– Eu sei, eu sei, mas acho que estou gostando da Sakura. – confessou.

– Mas ontem você gostava da Hinata. – argumentou.

– A Ino disse que não. Como eu disse, ela falou que eu não gostava da Hinata, e está tentando me empurrar para a Sakura, ou seja, eu acho que ela vê o futuro amoroso das pessoas.

– Então acha que é o destino vocês ficarem juntos? – parou de frente para o moreno encostado na parede. Estava chateado, claro, apesar de não mostrar.

– Só quem ver o destino são as Irmãs Destino, estou falando que é uma possibilidade, e admito que ela é bonita. – mais uma vez uma confissão.

– Mesmo que eu queira que você seja feliz e tudo, eu não ficaria com a Hinata. – andou até ele, encostando-se na parede e sentando no chão.

– Por quê? Ela é bonita e vocês já se beijaram, meio caminho andado. – falou.

– Não é isso. Eu sinto que não deveríamos ter nos beijado. – admitiu. – Não que eu não tenha gostado, mas é que parece que é errado, sabe? Como se eu e ela não pudéssemos ficar juntos!

– Sei. – disse, olhando-o enquanto o mesmo olhava para a frente, vendo os montes de prédios. Não havia contado para ele que o mesmo poderia ser uma divindade ou um deus, preferia não dar informações errôneas ou atiçar o loiro.

A porta do terraço foi aberta, e ambos puderam ver Temari entrar na mesma.

– Sasuke. – chamou-o. – Que bom que te achei, precisamos ter uma conversinha sobre a Sakura.

– Eu vou descer. – disse meio desanimado. – Temari. – cumprimentou-a.

– Naruto. – fez o mesmo. – O que deu nele?

– O amor.

– Ah, é dele que quero falar. – disse, parando na frente do moreno. – Soube que beijou a Sakura.

– E?

– Não sabe mesmo quem a Sakura é, né? – perguntou.

– Ontem eu descobri que ela é alguma coisa, mas não tem a marca de uma Serva! – contou. – Por quê?

– Porque ela me fez várias perguntas ontem, então quer dizer que já descobriu ser alguma coisa, só não sabe o que é.

– E você sabe o que ela é, não sabe?

– Uma deusa. – contou.

– Impossível. – gargalhou, porém, vendo que a amiga se mantinha séria, parou. – Sério?

– Não tem como diferenciar um deus de um humano, a menos que use o seu poder, mas quando a encontrei, minha marca reagiu a ele e sentia uma forte vontade de obedecê-la. – disse.

– Então ela é filha de Hera? – perguntou, não acreditando naquela possibilidade. – Isso explicaria o motivo dela se mexer na barreira.

– Sim. Eu confirmei!

– Mesmo que ela seja filha da sua deusa, o que explica sua vontade de servi-la, mas enquanto a mim? Eu sou Servo de Zeus, deveria acontecer o mesmo comigo.

– Já pensei nessa possibilidade, e talvez ela não seja filha de Zeus! – falou.

– Mas isso é o que, quase impossível? Meu deus traiu Hera com várias mulheres, mas nunca ouvi falar que era Hera traiu o marido!

– É só uma possibilidade, mas ou a Sakura é uma deusa ou é uma semideusa, e dependendo da resposta para essa pergunta, sabe que não pode namorá-la, não é mesmo? – perguntou.

– Servos não devem se relacionar com deuses. – citou uma das regras. – Bom, tecnicamente ela não é uma deusa, então não tem problema.

– Sasuke. – falou preocupada. Quebrar as regras dos deuses assim poderia ser prejudicial para ambos: Sakura e Sasuke.

– Não se preocupe, vou ver se descubro alguma coisa. O que não significa que ficarei longe da Sakura, pelo contrário, ainda pretendo conquistá-la. – disse.

– Obrigada por tê-la protegido do Sasori. – agradeceu. – Queria poder ter ficado com ela, mas como ela mandou que eu fosse, não quis desobedecer uma ordem dela, mesmo não sabendo ao certo o que ela é, ainda é superior a mim.

– Se quer agradecer, me dê algumas dicas de como conquistar aquela garota, porque sinceramente, ela é muito complicada!

– É a Sakura, afinal.



No recreio, estavam todos reunidos, exceto Sasori, que com certeza não andaria mais com eles. Todos já estavam sabendo das novidades, e Temari só sabia fuzilar Sasuke. Ainda estava furiosa por ele ter falado para Sakura durante a aula antes do recreio sobre quem ela era, e a rosada fora encher a loira de perguntas. Não estava irritada por terem escondido isso dela, entendia que não podiam falar, mas agora que sabia, estava cheia de perguntas.

– Temari, por que fuzila tanto o Sasuke com os olhos? – perguntou Tenten. – Se você tivesse uma arma ele estaria morto agora.

– Ele sabe porquê! – disse, mordendo seu pão com raiva.

– Então, tá. – falou Neji.

– Ino, preciso falar com você. – disse Sasuke, olhando para a loira.

– Comigo?

– Vocês tem andado muito juntos, não? – falou Gaara, não olhando para nenhum dos dois.

– O Sasuke quer ajuda em algo, então o estou ajudando. – disse a loira, levantando-se.

– Não precisa me dar uma explicação. – falou.

– Bom, não sintam minha falta que já voltamos. – um pouco constrangida pela fala do ruivo, saiu com o Uchiha, afastando-se da mesa.

– Você sabia que a Sakura era uma deusa? – perguntou, quando pararam no corredor.

– Por que acha que nunca acertei uma flecha nela para separá-la do Sasori?

– Por causa do livre arbítrio?

– Não, porque eu seria uma amiga má se me metesse na vida dela assim. – falou. – E porque não funcionou, a flecha meio que escorregou e a acertou, mas nada.

– Ou seja, ela é mesmo uma deusa. – disse o Uchiha, surpreso.

– Ou amava mesmo o Sasori, mas acho que não. Ela não derramou uma lágrima por ele! – falou, dando de ombros.

– Se ela é mesmo uma deusa, por que quer me fazer ficar com ela? Você sabia o que estava acontecendo com ela quando me mandou para aquele endereço ontem! – acusou-a.

– Porque ela tecnicamente não é uma deusa, então está livre para poder ficar com você.

– Por acaso você vê o futuro amoroso das pessoas, as almas gêmeas? – perguntou.

– As almas gêmeas, mas não me baseio nisso. – disse. – Se você nasceu para ficar com ela é uma chance maior de eu te acertar. Eu te dou uma chance até que a chame para sair, aí atiro a flecha. É assim que a Cúpido trabalha.



Na mesa do refeitório, o pessoal comia normalmente conversando. Shikamaru não dormia hoje, conversava com Temari e os outros. Neji e Tenten continuavam no chove e não molha, enquanto Gaara estava maculando sobre Ino e Sasuke.

– Gente. – Naruto chamou baixo, sendo ignorado pois os outros conversavam. – GENTE. – aumentou o tom de voz, chamando a atenção não só dos que estavam sentados consigo, mas também de alguns ao seu redor.

– Que foi? Está gritando por quê? – perguntou Sakura.

– Eu... é que preciso dizer algo. – disse.

– Precisava gritar? – Shikamaru tirou a mão do ouvido.

– Está tudo bem? – perguntou Hinata.

– Não. Eu...

– Ai, meu Deus, você não está morrendo, está? – perguntou Tenten. – Precisamos ligar para a emergência.

– Deveríamos levá-lo para a enfermaria, é mais rápido. – disse Neji.

– Não é nada...

– Vamos...

– POSSO FALAR? – gritou. Não era de seu costume gritar, e já estava fazendo isso pela segunda vez seguida no mesmo dia. Tinha algo de errado consigo. Com certeza à Terra o estava afetando de algum jeito.

– O que foi? Por que está todo irritadinho? – perguntou a rosada.

– Quer sair comigo, – a rosada estranhou, assim como todos que estavam na mesa, achando que ele estava falando com ela – Hinata? – ao completar a frase, Sakura respirou um pouco mais aliviada, mas logo voltou a atenção para a Hyuuga que estava vermelha e paralisada.

– Ei, pera, como assim? – perguntou Neji.

Shhh. – fez Temari.

– “Shhh”, nada.

– Neji, por acaso você gosta da Hinata? – perguntou Tenten, séria, olhando-o nos olhos.

– Já disse que ela é como uma prima. – respondeu.

– Então não se mete. – falou.

– Continua, Naruto. – pediu Sakura.

– Hinata Hyuuga, quer sair comigo? – perguntou, porém, ela continuava sem reação alguma. – Se não quiser eu vou entender e continuamos amigos.

– Eu... é....

– Diz “aceito”! – incentivou Sakura. – Loiros dos olhos claros não caem do céu todo dia.

– É que... eu não...

– Podemos ser amigos, se quiser, mas isso não vai mudar o fato de eu querer te levar para um encontro! – disse decidido.

– Que fofo. – falou Tenten. – Por que não me chama para sair assim? – bateu no braço de Neji.

– Porque você não é fofa e, até onde sei, não gosta de fofuras. – disse ele, ganhando um soco dessa vez.

– Eu aceito! – falou a Hyuuga, ainda tímida, para surpresa e felicidade dos presentes.

– Voltamos. – anunciou Ino, juntando-se aos amigos. – Perdemos alguma coisa? – estranhou o clima. Sakura tentava animar Hinata, Naruto parecia envergonhado com algo e ficava lançando olhares para Hinata, enquanto Neji o fuzilava com os olhos e Tenten não gostava nadinha. – Falem ou eu vou descobrir. – para aqueles que sabiam sobre a verdadeira identidade de Ino, puderam perceber que ela estava se referindo a usar seu poder de cúpido.

– O Naruto chamou a Hinata para sair. – contou Temari.

– O QUÊ? – gritou, recebendo os olhares do refeitório. – Como assim ele a chamou para sair e eu perdi isso?

– Ninguém mandou ir conversar com o Sasuke. – tá, o ruivo fora duro nas palavras, mas saíra sem querer. Acontece, né? Você ficar com ciúmes da garota que você gosta a um tempão e chega um garoto agora ameaçando o seu território... nossa, desde quando eles eram lobos?

– Gaara, menos ciúmes. – repreendeu Sakura.

– Ela aceitou, gente?

– O que você? – Neji perguntou de volta.

– Aí, dobe, não perde tempo. – Sasuke o cutucou.

– Chama ela de novo, Naruto. – a fala sem noção de Ino fez com que os amigos a olhassem. – O quê? Eu quero rever esse momento épico da minha vida. O momento onde o Naruto foi atingido pela flecha do amor. – falou romântica.

– Não sabia que acreditava nessas coisas, loira. – confessou Gaara.

– É romântico, oras.

Servos e Humanos –

Era final de tarde, cinco horas, mais ou menos. Estava adiantado, mas era seu primeiro encontro depois de anos, estava ansioso. Parando para pensar agora, agira na empolgação. Era verdade que não saía com alguém a bastante tempo, seu último beijo havia sido o quê? Novembro do ano passado, se não contasse com o da Hinata e da Ino. Depois do beijo com a amiga, a primeira, admitia que ficara pensativo sobre ela.

Não achara que fosse algo demais, afinal, ainda gostava de Sakura, ou não? Havia marcado um encontro com a Hinata, então isso significava que não gostava de Sakura como pensava, e Sasuke ter querido trocar fora um alívio para si, assim poderia ficar com Hinata, ou tentar, claro.

Como um beijo pode fazer uma pessoa ficar tão feliz, gostar tanto da sensação e do momento a ponto de querer parar o tempo para ficar ali, só naquele tempo? Mas ao mesmo tempo fazer a pessoa achar que fora errado, que algo os puxava para o lado de que não era certo que ele ficasse com Hinata, ou que algo os impedia de ficar juntos.

Será que estava amando? Que o amor era tão complicado todos sabiam, então poderia ser isso. Ele poderia estar amando Hinata, o que explicaria tudo, mas, por que estava a amando logo agora? Talvez fosse obra de Ino, a Cúpido, contudo, Sasuke lhe explicara que Ino não fazia esse tipo de coisa, então talvez fosse apenas o beijo que dera nela há algum tempo, e que significava que estava apaixonado por ela por isso. Mas isso levava a outra dúvida, Servas de Afrodite quem faziam os homens se apaixonar com um beijo, o que significa que Hinata era Serva de Afrodite? Não, impossível. Não tinhas as características de uma Serva da deusa do amor, então o que era, deusa Afrodite? Por que estava apaixonado justo por quem sentia que não deveria se apaixonar?

– A senhora sabe a resposta, Afrodite? – perguntou após suspirar. Parou de andar para ouvir os pássaros. Eles não cantavam, não via pessoas, não ouvia barulhos de carros nem nada. – Já havia reparado na barreira há um tempo, mas quando pretendia se revelar? – virou-se para trás, vendo um garoto moreno, mais ou menos do seu tamanho, cabelo castanho e olhos pretos. – Digo, falta pouco para eu sair da barreira, não?

– Os loiros não são tão idiotas assim, não é? – perguntou arrogante. Um Servo de Zeus?

– O que quer? – parando para pensar, já o havia visto algumas vezes na escola.

– Você está indo para um encontro com a Hinata, não é mesmo? – perguntou.

– Até onde sei ela não possuí parentes, então não é da sua conta. – falou, virando-se. – Como ele sabe? – pensou.

– Eu quero que se afaste dela. – falou e o loiro parou, olhando para trás. – Eu gosto da Hinata muito antes de você, e você está me atrapalhando!

– Se é isso, por que não a chama para sair? Outro dia, claro, hoje ela é minha acompanhante. – disse.

– Você não entendeu. – colocou as mãos no chão e suas unhas cresceram, parecendo garras. Seus olhos mudaram, ficando como o de um animal, assim como os dentes dele. Seu rosto ganhou duas marcas vermelhas, uma de cada lado. – Não foi um pedido!

– Olha, não tenho tempo para lutas hoje, então foi mal, mas se quiser lutar a gente marca um dia. – virou-se e começou a andar, mas o Servo apareceu em sua frente.

– Eu sou Kiba, Servo de Ares do tipo lutador com feras – o loiro sentiu um rasgo no braço de sua camisa – e você não vai passar daqui! – falou.

– Essa camisa era nova! – reclamou. Tentou se virar e correr, mas quando sentiu o garoto o seguindo, virou-se rapidamente e lhe acertou um forte chute no rosto, o jogando contra a parede. – Não me importa quem você é, mas ninguém vai estragar meu encontro hoje! – mudou suas roupas. – Ninguém!

– Esse chute foi bom. – se recompôs. – Mas vejamos como se saí contra nós.

– Nós? – pensou, entrando em posição. A marca do oponente brilhou, e dela, um cão grande e de pelo branco saiu. – Que isso?

– Nunca lutou contra um Servo de Ares antes, Servo de Apolo? – perguntou, subindo em cima do cão. – O meu tipo luta com feras invocadas por nós, além de nos tornar feras. – o cachorro começou a correr na direção de Naruto e, na metade do caminho, Kiba pulou, e para poder desviador do cachorro, Naruto fez o mesmo, indo em direção do domador. Sentiu um par de presas em seus pés e gemeu de dor, olhando para os mesmos, vendo o cachorro ali o mordendo. Voltou rapidamente sua atenção para Kiba, que lhe acertou um chute, que por pouco foi defendido com os braços, mas o loiro acabara sendo jogado com força no chão. Conseguira colocar uma mão no chão e rolar com cuidado, caso contrário, estaria morto devido ao impacto.

– Não acredito que vou me atrasar para meu primeiro encontro depois de tanto tempo. – pensou.

Servos e Humanos –

Hinata havia sido liberada um pouco mais cedo do trabalho, então passara em casa e se arrumara, na verdade, chegara até mais cedo no local programado, meia-hora mais cedo. Sabia que poderia ter esperado um pouco mais para sair de casa, assim não ficaria ali em pé atoa, como estava agora, porém, estava ansiosa, e o frio na barriga só fazia crescer.

Os minutos pareciam se passar devagar, e eram apenas cinco e trinta e cinco, faltando ainda vinte e cinco minutos para o horário do seu primeiro encontro, porém, não conseguia se acalmar, era a sua primeira vez, afinal.

Servos e Humanos –

Arfando já cansando, apoiou-se na parede, ficando de uma forma que qualquer ataque que viesse viria pela sua frente. O garoto avançou em sua direção, assim como seu cachorro. Com sua velocidade, não conseguiria desviar da deles, então colocou a marca para frente e a mesma emitiu um brilho forte, cegando-os e os fazendo se chocar e ir contra a parede.

– Você é insistente! – falou.

– Você nem sabe quanto! – correu na direção dele, acompanhado do cachorro. Naruto se focara em Kiba e desviaria do animal, mas para sua surpresa, o mesmo mudara de forma, ficando como o dono. Não teria problemas, afinal cada um estava de um lado, mas eles começaram a trocar e, antes que pudesse diferenciá-los, os mesmos já estavam em cima de si, cortando-o com suas garras. Tentou revidar, entretanto, ambos atacavam rápido e em conjunto, dificultando que o loiro pudesse fazer algo, sem contar que seus cortes já o estavam fazendo-o sentir dor a ponto de não conseguir mais se movimentar como antes.

Acertou um chute no cão, e parece que enfim ele se desfez, até porque era uma arma em forma de animal, uma hora seria destruída ou se desgastaria.

Servos e Humanos –

Ali, parada, terminava de ver o sol se pôr. Já estava na hora de seu encontro, porém, ainda não via Naruto. Bom, Sakura dissera que geralmente os homens se atrasavam, então estava tranquila. Estava tranquila. Estava tranquila? Tinha uma forte sensação que dizia algo, só que não sabia interpretar o quê.

– Servos e Humanos –

Um soco o jogou no chão, mas derrubara o seu oponente junto. Apressaram-se para levantar e foram um na direção do outro, ambos com os punhos cerrados. Prontos para acertar um soco nele, o garoto conseguira desviar e lhe acertara, jogando-o no chão, sem forças.

– Sabe, eu não gosto de Servos de Apolo, mas você eu odeio!

– Recíproco.

– Fique longe da Hinata! – falou, andando na direção dele, mas antes que pudesse fazer algo, foi levado por algum animal voador.

– Desculpa por isso, ordens superiores! – ouviu a voz e tentou olhar na direção dela, mas a única coisa que conseguira ver foi um pássaro com alguém branco de cabelos morenos.

– Sai?

Servos e Humanos –

Seis e meia, nada. Nem um sinal de vida de Naruto, uma ligação, até um sinal de fumaça para si estaria bom. Já sabia qual era a sensação, havia sido largada em seu primeiro encontro, e isso doía.

Servos e Humanos –

Sentindo sua consciência indo embora, suas pálpebras começaram a se fechar. A última coisa que vira fora uma mulher parar em sua frente, após isso, só conseguiu sussurrar:

– Hinata. – depois, tudo se tornara negro.

– Desculpa mesmo. – levantou-o e jogou seu braço por cima de seu ombro, apoiando-o ali. Pensou em como ele era pesado, mas não podia perder mais tempo ali. – Esperava que eu acabasse acertando a Hinata, não que outra pessoa o fizesse antes com você!


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Notas finais do capítulo

Explicações e outras coisas ficam para o próximo capítulo, além do suspense esse capítulo já ficou grandinho.



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