Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 26
Uma viagem ao Submundo


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo é um oferecimento: Saint Seiya – The Lost Canvas.
Ok, vamos fazer uma viajem? Escolham: vamos para o Mundo dos Mortos ou Hades? – nenhum dos dois, de preferência :P



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Último capítulo

Finalmente os achei! – falou a deusa Ísis. – Vocês pagarão pelo que fizeram com meu filho! – antes que o grupo tivesse a chance de fazer algo, a deusa os teletransportou, jogando-os para um lugar o qual sabia que eles não sairiam.

Agora

— Onde... Onde estamos? – perguntou Hinata, confusa, olhando ao redor. A única coisa que via, assim como os outros, era uma terra desértica, onde pessoas andavam em fila atravessando portões.

— Bem-vindos – a voz familiar os fez olhar para trás, onde viram um deus gigante – ao Julgamento Final. – seguindo o corpo do mesmo, viram Anúbis com uma balança em mãos.

— Anúbis. – Sai colocou a mão para trás, pronto para pegar sua espada, mas percebeu estar sem a mesma. Os outros buscaram suas armas em suas marcas, porém perceberam não serem capazes.

— O que fez? – perguntou Naruto.

— Eu? Nada. – dando de ombros, ignorando a presença do grupo a seu lado, voltou a olhar para frente. Um coração apareceu em um dos lados da balança, enquanto havia uma pena no outro. A balança pesou para o lado do coração e, desviando o olhar, olhando para o homem gordinho a sua frente, o mesmo tremeu.

— Não, por favor. – pediu o homem. – Por favor, não. – dando um passo para trás, bateu em uma múmia, a qual começou a empurrá-lo para frente, fazendo com que passasse por baixo da perna de Anúbis, caminhando em direção a um precipício.

— Próximo. – chamou o deus de dois metros.

— Eu tenho família! – ouviram a voz dele ao fundo.

— Eles também serão julgados, – um grito ecoou pelo local, o grito do homem, fazendo não só os Servos tremerem, mas todos da fila – quando chegar a hora. – completou.

— Ei. – chamou Sasuke, sendo ignorado. – Ei, não pode nos ignorar!

— Claro que sim, estou o fazendo. Entrem na fila que já os julgo. – apontou e, seguindo a direção, viram a fila que parecia não acabar.

— Hinata... – Sakura chamou preocupada e, voltando a atenção para a mesma, os amigos a viram sentada no chão respirando rapidamente. Naruto não perdeu tempo em abaixar para ver como ela estava, preocupado.

— O que foi, meu amor? Está se sentindo mal?

— Eu... Eu sei onde estamos. – explicou, tentando controlar as reações de seu corpo, mesmo que não tenha obtido sucesso.

— Onde? – Shikamaru perguntou.

— Na outra vida egípcia.

— Tecnicamente ainda estão no Julgamento, mas estão a alguns passos do paraíso, ou da barriga de Amnut. – esclareceu Anúbis, enquanto continuava seu trabalho.

— Então é verdade? – em choque, Lee caiu de joelhos.

— Não pode ser verdade. Não morremos, vencemos Seth! – retrucou Temari.

— Feito impressionante, devo dizer. – admitiu o deus presente. – Mas, Ísis, mãe de Hórus, aquele a quem derrotaram em uma partida e cegaram, – ele parecia feliz em jogar na cara deles e ver o desespero estampado em seus rostos – os encontrou e os teletransportou para cá.

— Então era ela? – refletiu o Servo de Atena. – Se ela nos teletransportou, se não estamos mortos de fato, então não pode nos manter aqui.

— Na verdade, eu posso. – a balança pendeu para o lado da pena e um sorriso se abriu no coração da criança em sua frente, a qual ganhou um pequeno carinho na cabeça por parte do deus e foi autorizada a seguir para a esquerda. – Estão nos meus domínios, o que significa que estão sujeitos ao meu poder. Tenho certeza que já perceberam que suas marcas não ativam aqui.

— Não pode nos manter aqui, nossos deuses nos salvarão!

— Seus deuses não tem permissão para pisar no Egito, quem dirá no mundo dos mortos. Estão a mercê. – informou. – Só é uma pena, – olhou para Sai – afinal você daria um ótimo Discípulo. – voltando a prestar atenção em seu trabalho, abriu um sorriso de canto, o que fez os que perceberam saber que algo estava vindo. – Mas poderia pensar em deixar seus amigos irem caso decidisse me servir. – jogando como quem não quer nada, continuou seu trabalho.

— É isso. – concluiu Sasuke. – Sai, chega uma hora que um amigo tem que se sacrificar pelos outros.

— Quer que eu negue a meu deus para servir a ele? – perguntou irritado. Estava preparado para morrer em campo, não era isso que o assustava, a guerra não assustava a nenhum dos Servos de Ares, mas negar ao próprio deus era um ato impensável para qualquer um, e não se sabia o que aconteceria se tentasse.

— Acho que vou julgá-los logo. – informou, virando-se para eles, ouvindo a reclamação dos mortos. Levantando a mão livre, uma tempestade de areia cercou os mortos, abafando o som que faziam. – Quem será o primeiro?



Com o passar do julgamento da maioria, faltava apenas Sasuke, que estava na frente de Anúbis, enquanto os outros estavam atrás, esperando-o. Os rotos pareciam ser de enterro, e de fato era. O enterro deles.

Já pareciam conformados pelo fato de que não seriam salvos, caso contrário teriam aparecido no começo de tudo aquilo. No fundo ainda esperavam por algum milagre, já que não puderam usar seus poderes, pois segundo Shikamaru, não havia como lutar contra um deus em seu domínio sem as armas, seria loucura – e realmente não puderam manifestar seus poderes divinos.

— Não pode fazer isso, Anúbis, não pode me julgar como egípcio. – não era uma ordem ou reclamação, era um aviso. Estava preocupado e, se Naruto estivesse prestando atenção, teria percebido que era uma das poucas vezes.

— Dê sua opinião para Osíris, – a balança começou a se mover – quando estiver com ele daqui a pouco. Parando de pender, a balança ficou equilibrada, coisa que até mesmo o deus estranhou. Naruto e Sakura haviam tido um resultado parecido, pois apenas os deuses possuíam o coração com peso similar a pena branca, mas não sentia o mesmo poder divino vindo do garoto em sua frente, por isso o olhou em busca de uma melhor explicação para o ato.

— Eu avisei.

Fogo e eletricidade saíram da marca de Sasuke ao mesmo tempo, lutando por espaço, e ambas começaram a crescer. A marca oscilava entre o raio de Zeus e uma chama, a chama de Hades.

Os elementos se fundiram em um tornado e cobriram Sasuke, indo até os outros, repetindo o processo. Com todos devidamente cobertos, o tornado desapareceu, levando-os.

— Ah, ah, eles se foram. – observou o deus, vendo-se sozinho. – Próximo. – gritou, o que fez a tempestade de areia se desfazer e o próximo condenado andar.

Servos e deuses –

Sendo jogados bruscamente no chão, o portal os deixou e desapareceu logo em seguida.

Levantando, gemendo um pouco pela maneira que caíra, olhou em volta a fim de saber onde estavam, percebendo que estavam sobre um pequeno pedaço de terra o qual possuía um caminho estreito para um pedaço maior. Estavam cercados por fogo em sua maioria, o que só significava uma coisa.

— Sabia que ele não podia fazer aquilo. – comentou. – Não podia me julgar como a um egípcio, e olha no que deu.

— Isso tem a ver com ter nascido Servo de Hades, o deus do Submundo? – perguntou Naruto e o olhou assustado. Não sabia que ele sabia, ninguém deveria, contudo, esquecera o fato importante: ele era um deus. – Pretendia contar para seu melhor amigo ou guardar segredo para o resto da vida?

— Fui proibido de contar. – respondeu.

— Onde estão os outros, Servo de Hades? – o ressentimento era quase algo tocável.

— Pode não me chamar assim? – pediu. Talvez o fato de que agora Naruto sabia que era um deus, uma divindade, o impedia internamente de se irritar com ele ou faltar com respeito.

— Então temos que ir atrás! – ditou.

— Eles devem estar bem. – falou o moreno. – Provavelmente se separaram em mais dois grupos, quem ficar com a Sakura ou o Shikamaru ficaram bem por ela ser uma divindade e ele, um Cavaleiro.

— Agora que saímos de um inferno para outro, como vamos sair daqui? – mesmo que um deus, não fora criado como um, não aprendera tudo sobre tudo, apenas possuía conhecimento elevado pelo que estudara como Servo, e nada dizia que se podia sair de um inferno uma vez jogado nele.

— Existe uma passagem a qual Servos de Hades podem usar. – olhando para Sasuke, ficou surpreso de descobrir sobre aquilo. Era claro que Hades criaria uma passagem para seus Servos, e Sasuke levantar a mão com a marca em forma de chama significava que ele tinha acesso a tal. – O único problema é que não sou mais um Servo oficial, então... – o barulho de passos e gritos foram ouvidos, chamando a atenção da dupla para a frente deles, um caminho repleto de mortos os quais pareciam ir em sua direção – os mortos podem tentar nos impedir.

— O terceiro inferno, o inferno dos Ashuras. – Sasuke ouviu Naruto falar baixo enquanto se colocava em sua frente. Sentindo o poder divino dele, viu de relance algo se materializar nas mãos dele, constatando ser uma harpa. – Não será problema. – disse confiante, enquanto via os que foram transformados em guerreiros para lutarem eternamente irem em sua direção.

Servos e deuses –

— O que faremos, Shikamaru? – perguntou Sai. Havia caído junto do dito e Temari e, pelo local, estavam em um dos rios, o primeiro ou entre um dos outros.

— Isso é mau, isso é mau, isso é mau. – era a única coisa que a mente de Shikamaru conseguia pensar e a boca reproduzir.

— Ele endoidou. – avisou o Servo de Ares, olhando para Temari, esperando que ela possuísse uma saída para a situação atual. Já haviam percebido onde estavam, era fácil, e a mente de Shikamaru travou quando o fez.

— Shikamaru. – chamou Temari, aproximando-se. – Shikamaru. SHIKAMARU! – seu grito fez Sai tapar os ouvidos e interrompeu o monótono do Servo de Atena. – O que houve? – ela perguntou.

— Eu não devia estar, eu não devia estar, eu não devia estar. – cansada, a garota acertou um tapa na cara dele, fazendo com que novamente ele parasse com sua loucura.

— O que houve? – repetiu.

— Atena e Hades estão em guerra, e como Servo e Cavaleiro da minha senhora o último lugar que eu deveria visitar é o Submundo. – esclareceu. – Isso pode ser considerado um ato de espionagem ou de ataque direto ao deus do Submundo, e pior, se me pegarem podem tentar me usar como barganha.

— Ninguém vai te pegar, estamos aqui e vamos te ajudar. Vamos encontrar os outros e sair daqui, juntos. – garantiu, passando-lhe confiança.

— Então, passagem para três? – a voz os assustou e, olhando para trás, o rio que havia ali, viram um barqueiro no mesmo. – Vocês não estão mortos, cheiram como vivos.

— Caronte. – Shikamaru semicerrou os olhos e abriu um sorriso.

— Lamento, não transporto vivos, ordens de cima, ou melhor, de baixo. – começando a remar, o pequeno barco começou a sair da margem.

— Sai. – ainda sustentando o sorriso, o Servo de Atena chamou.

— Eu.

— Sua marca funciona? – o Servo de Ares tentou ativá-la, tendo sucesso ao ver que seu pincel aparecera.

— Sim.

— Passagem para três. – pediu.

— Já disse que não transporto vivos. – disse o barqueiro, vendo três pássaros de Sai se materializarem.

— Não estava falando com você. – pulando para cima do pássaro, cada qual ficara com um e os mesmos começaram a bater asas. – Problemática.

— Hm?

— Confio em você. – ela ficou surpresa pela afirmação, e sorriu. – Até mais, Caronte. – levantando voo, os três seguiram por cima do barqueiro, indo adiante no reino do deus do Submundo, Hades.


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Notas finais do capítulo

É isso por hoje. Atenção meninas que tanto esperaram a luta entre mulheres deusas, ela não vai vir no próximo capítulo. É, não vai. Sakurinha vai lutar, de novo, mas dessa vez a filha de Hera e Zeus enfrentará um primo – tá, foi sacanagem, a garota tem trocentos primos.



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