Servos e Humanos escrita por Ed Henrique


Capítulo 18
O Servo classe S


Notas iniciais do capítulo

Konnichiwa, meus nekos. Mais um capítulo e mais uma luta.



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Anúbis: — O deus com cabeça de chacal nasceu da união de Osíris e Nephtys. Foi ele quem criou a primeira múmia, ao preparar o corpo do pai assassinado. Tem papel importante na passagem para o mundo dos mortos.



De alguma forma, conseguiram.

Não fora fácil, a deusa Bastet, por ter forma de uma gata era muito rápida e ágil, o que fez de Lee a força de ataque e o trunfo para ganharem, e Temari veio logo depois, criando uma barreira de vento ao redor de cada um, impedindo que sofressem nas mãos da impiedosa deusa.

Todos foram úteis de modo geral, afinal os dois anteriores precisavam de ajuda, não poderiam ganhar sozinhos. Quando Sai se livrou de todos os gatos, as coisas ficaram mais fáceis. Aparentemente o poder dela enfraqueceu e ela ficou mais lenta, o suficiente para que pudessem forçá-la a fugir. Cogitaram em matá-la, afinal era a inimiga, mas Shikamaru os advertira que poderia haver consequências por partes dos deuses egípcios, o que queriam evitar. Não estava ali para começar uma guerra, e sim saber se eles pretendiam começar uma.

— Está quente. – reclamou Hinata, enquanto andavam.

— Eu pensei que uma Serva de Ártemis era acostumada ao calor. – comentou Sai, enquanto voava na altura dos amigos, como Sakura, que invocara sua serva e subira em cima da mesma.

— Elas vivem em florestas, o clima é mais fresco que esse sol de quarenta graus. – explicou Temari.

— Do que tanto reclamam? Sintam esse sol lhes banhar a pele, revigorar cada músculo de seus corpos. – Naruto parou, abrindo os braços e juraram tê-lo visto brilhar.

— Menos, dobe, está quase pegando fogo.

— Falou o garoto que prefere chuva. – disse, inflando as bochechas.

— Eu os parabenizo. – a voz forte os chamou a atenção, fazendo com que parassem e ficassem de costas um para o outro.

— Ali. – Hinata apontou e, olhando na direção indicada, viram um braço enfaixado saindo do chão.

— Fazer com que Bastet, a deusa que desafia a noite, protegendo pessoas a saírem no horário, fuja, é um feito admirável, para simples Servos, claro. – continuou a voz.

— Estamos cercados. – avisou Sai, saindo de cima de seu pássaro. Mais inimigos se levantaram do chão, todos como os outros, com a forma de humanos enfaixados. Múmias.

— Merecem minha atenção. – viram um homem aparecer, esse possuindo a cabeça de um chacal.

— Mau cuidamos de uma... – pensou Shikamaru, olhando ao redor, analisando a situação.

— Foi isso que nos atacou. – acusou Naruto, referindo-se as múmias. – Elas estavam sendo controladas por Toth naquele dia.

— Tem razão. – concordou Sasuke.

— Está correto, Servo. – falou o homem com cabeça de chacal. – Emprestei minhas múmias para Djehuty a alguns dias e soube que ele atacou algum país com elas.

— Então sabe o motivo dele nos ter atacado. – sugeriu Sakura.

— Quem sabe? – perguntou misterioso. – Não estou aqui para falar das ações de Djehuty, e sim para testá-los. Se foram bons o suficiente para vencer uma das filhas do deus sol, então devem dar boas múmias. – em um piscar de olhos, viram-no sentado sobre um trono sustentado por algumas múmias.

— Se são simples múmias não teremos problemas. – comentou Naruto, sem pensar, como sempre.

— Como vamos matá-las se já estão mortas, idiotas? – perguntou Sakura.

— Precisávamos de um Servo de Hades, então.

— Não precisamos de um dos Hades. – retrucou Sasuke, partindo para o combate.

— Sakura, fique com ele. Naruto fica com a Hinata, eu com a Temari e Sai e Lee.

— Certo. – não perderam tempo em mudarem suas roupas, aqueles que podiam, claro. Shikamaru já havia percebido que não precisavam ativar a barreira ali, a última luta provava isso. Ou os deuses por si só ativavam, como os classes S, ou o Egito tinha algo de especial.

Enquanto lutavam, perceberam que realmente não seria fácil uma batalha contra aquelas múmias. No Japão elas viravam areia e voltavam, ali elas mal caíam e já se reerguiam. Sasuke usou uma de suas técnicas de fogo, tentando queimá-las, porém outras simplesmente apareceram. Nessa hora, o deus, que Shikamaru lembrou ser Anúbis, o deus que obviamente criava múmias, riu.

— Quantas pessoas acham que já foram sepultadas seguindo os meus princípios de mumificação? Terão que matar séculos de múmias. – avisou.

— Só precisamos lhe parar então. – um dos cães de Sai foi na direção do deus, atingindo uma múmia que se pôs na frente.

— Coragem não será o suficiente para o ato, entretanto. – disse e uma múmia se jogou para o alto, batendo em Lee antes que ele pudesse chegar em Anúbis. Sai aproveitou para criar outro pássaro, subindo nele e pegando o amigo. Voando para longe e dando a volta, ficou de pé, criando quadro cães para atacar o deus, sendo interceptados pelas múmias, novamente. Dessa vez, Lee fora junto e, quando as múmias saíram da frente, o garoto ia em direção a Anúbis com um chute preparado, sendo parado por uma unha. – Deixem-me lhes contar uma coisa: meu primo Djehuty é bem mais fraco do que eu! – a fala chocou a todos, pois viram o poder de Toth com os próprios olhos e, com um leve afastar do dedo, o deus chacal jogou Lee para longe.

— Lee. – chamou Sai, puxando sua pequena espada, indo em direção do inimigo. Múmias se puseram na frente, mas o Servo de Ares pulou do pássaro, deixando-o com os mortos-vivos, parando em cima do suporte para o trono. Avançou contra o deus e, para a surpresa do mesmo, uma unha não foi suficiente para parar o avanço. Viu quando a unha se partiu e, rapidamente, usou poder no dedo, pondo-o na frente.

— Interessante. – levantou-se e, ainda parando o ataque, chegou o rosto mais próximo do de Sai. – Dará uma ótima múmia. – Sai tentou se afastar, mas um soco forte em sua barriga o fez se ajoelhar, levando as mãos ao local.

Uma luz forte o fez estreitar os olhos, olhando para Naruto, a fonte da mesma. Suas múmias seguiram na direção do loiro enquanto Lee aproveitou a distração para pegar Sai. Pulou, passando por Anúbis, indo para trás do trono, sendo cercado pelas múmias.

— Se pode fazer alguma, então faça.

— O quê? – perguntou Sai, pondo-se de pé com um pouco de dificuldade.

— Na última luta você lutou muito, mas não usou todo seu poder, certo?

— Não sei do que está falando. – negou.

— Você é o Servo de Ares cujo qual é um classe S disfarçado de A. O Servo abençoado por Ares graças a grande participação em guerras. – falou.

— Como...?

— Podem me achar um viciado em exercícios e corrida, mas sei quem é você. Os boatos voam, ainda mais quando se faz parte do grupo que os espalha. – respondeu. Não era questão de serem fofoqueiros, apenas acontecia que ninguém espalhava notícias tão rápido quanto os Servos de Hermes. – Se pode fazer algo para derrotá-lo, então faça.

— Não é tão simples. – falou. – Não posso me controlar, mesmo que o consiga neutralizar.

— Tente. – incentivou.

— Se morrer a culpa é sua. – avisou, invocando um pincel gigante. – Afastem-se todos. – bateu o pelo do pincel no chão, fazendo-o soltar tinta. Arrastando-o, da tinta, criara humanos, que saíam e iam em direção das múmias.

Existiam três tipos de Servos de Ares ao todo: os que lutavam com feras, os que controlavam oponentes atacados e os que criavam monstros. Os que geravam tendência para criar eram raros, como Sai, que se tornava o oponente perfeito para alguém com o poder como o dele.

Com o máximo de humanos criados, correu até Anúbis, não pensando muito em suas ações. Não precisava pensar, afinal, era um Servo do deus da guerra, e sua “função” mais primitiva era não correr de um inimigo no campo de batalha.

Pulou, vendo o deus, tentando acertá-lo, mas sendo parado. Novamente o deus se surpreendeu com a força dele, tendo que usar mais do que um dedo para parar o ataque, a mão inteira. Empurrou Sai para trás, mas ele logo se recuperou, voltando a atacar o deus. Bateu o pelo do pincel no chão enquanto corria na direção do deus, atacando em conjunto com uma cópia sua.

O deus destruiu a cópia, sendo atingido no rosto pelo original, sangrando um pouco. Surpreso, mesmo que não demonstrando, pulou para trás e Sai o seguiu, tentando acertá-lo, sendo parado. Ambos caíram na areia, cercados pelas múmias, que impediam a passagem dos outros Servos.

— Sirva-me, Servo. – com um sorriso, sua proposta os pegou de surpresa, incluindo o dito. – Se renunciar a seu deus e se tornar meu Discípulo, te farei o comandante de meu exército, o exército de Anúbis. – suas múmias sumiram, levando junto os monstros de Sai. – Perceberá que não há outro que se compare.

— Eu sou Servo de Ares, o deus da guerra. Não sirvo a nenhum outro deus! – respondeu.

— Então, vocês me farão um favor. – ditou, afastando-o. – Vocês matarão o próximo deus que encontrarem!

— Recusamos. – respondeu Shikamaru.

— Não seremos escravos dos egípcios! – disse Sasuke.

— Não perceberam que não foi um pedido?

— Se matarmos um deus começaremos uma guerra, e é exatamente isso que você quer. – Anúbis não respondeu, continuando imparcial. – O que pretende, Anúbis?

— Só precisam matar, assim saberei que aceitaram. – disse, descendo o chão, deixando-os.

— Sai. – chamou Naruto e, quando o moreno se virou, viram-no com os olhos completamente negros.

— Isso é mal. – disse Shikamaru.

— O que é mal? – Hinata perguntou. Sentia que Sai estava diferente, como se não fosse mais ele mesmo.

— Para um Servo do deus da guerra, Sai é muito controlado enquanto luta, só mudando um pouco e assumindo uma personalidade mais agressiva. – explicou. – O problema é: quando excitados com a batalha, só param com o comando de Ares, ou quando não resta nada. – viram um sorriso doentio se abrir no rosto dele e o mesmo pular, partindo para cima deles. Se houvessem prestado mais atenção, teriam percebido que ele era Servo do deus que causava guerras e conflitos pelo mundo.

— Pare, Sai, não quero machucá-lo. – pediu Sasuke, esquivando.

— Acho que será o contrário. – disse Lee.

— Sai. – chamou e, como não obteve resposta, fez um estalar com a boca, mas o garoto fugiu, já sabendo o que aconteceria. O mesmo aproveitou que estava perto, partindo para cima de Sakura.

Sem saber o que fazer, a garota deu um passo para trás, assustada, e o moreno se aproximou o suficiente para batê-la, sendo interceptado por Temari. A loira usara o leque fechado para parar o pincel de Sai, contudo, ele contra-atacou, atingindo a barriga dela com uma joelhada. Tentou acertar a rosada novamente, mas dessa vez Sasuke se pôs na frente, sendo jogado no chão pelo impacto. Shikamaru e Lee avançaram contra ele, que simplesmente pulou, deixando-os se chocarem.

Parando próximo a Hinata, se preparou para acertá-la, mas o que conseguiu foi acertar os braços de Naruto. Tentando competir em força com o mesmo, aumentou a pressão de seu pincel, o que não adiantou muito.

— Pare, Sai. – ignorando, ele continuou. – Eu mandei parar! – sua voz saiu forte e, a partir de sua marca, seu corpo brilhou, atingindo o amigo. Sai voou para trás, caindo no chão, inconsciente. – Sai. – Naruto correu até ele, vendo se o mesmo estava bem. – Não morre não, cara. Sou muito novo para ser punido por matar um Servo. – pediu, chacoalhando-o.

— Ele não vai morrer, Naruto. Ele é um Servo. – explicou Shikamaru, indo até eles, como os amigos. – Hinata, pode curá-lo, por favor?

— Claro. – disse, indo até ele. Depois cuidaria dos outros também, mas o moreno era a prioridade.


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Notas finais do capítulo

E é isso por hoje. Sai desmaiado, deus com proposta suspeita e muitos outros para virem.



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